QUEDA
E assim, de repente, perde-se a força,
Perde-se o vigor, perde-se a suma vontade!
Assim, de repente, perde-se a rapidez vivaz;
Perde-se tudo sem se perceber, com velocidade...
De repente, perde-se a rima, a afinação,
Perde-se o equilíbrio, o raciocínio, a razão...
De repente, na verdade, é para o mundo lá,
Porque aqui se conhece a dor da corrosão!
De repente, perdem-se todas as capacidades,
Sobretudo a de diferenciar a rua da sacada.
Abre-se vereda para aquelas Insanidades...
Aquelas das quais ninguém quer falar nada!
De repente, no silêncio inóquo para o outro..
De repente, na febriedade da decadência...
Um corpo pende na efêmera descida de lá!
Agonia, entorpecimento, múltipla falência.
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