[001] BATIDAS DE CARRO, ENCONTROS INUSITADOS.
para houndwolfz <3
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QUANDO SE DECIDE COMPOR UMA EQUIPE DE EXY EXCLUSIVAMENTE COMPOSTA POR JOVENS DESAJUSTADOS, à quem ninguém concederia uma segunda chance, espera-se que, a partir desse instante, a habilidade de enfrentar qualquer desafio ou circunstância já esteja entranhada nas entranhas desse grupo peculiar. Tal era a perspectiva de David Wymack em relação ao mundo que o cercava. As raposas da universidade de Palmetto State, sob sua tutela, revelavam-se como uma força caótica e praticamente incontrolável, porém, acima de tudo, uma irmandade solidamente unida. A satisfação do mentor transbordava, mesmo que, por razões de orgulho inabalável, jamais ousasse admiti-lo abertamente para aqueles cujos destinos moldava. O auge desse silencioso regozijo materializou-se em um discurso motivacional, proferido não mais que alguns meses antes, no épico confronto entre as astutas raposas e os astutos corvos, representados pelos sagazes jogadores de Edgar Allen.
O ambiente tumultuado e aparentemente desordenado do time de Palmetto State era, na verdade, um intricado tecido de vínculos entrelaçados por experiências compartilhadas e desafios superados em conjunto. Era a sinfonia dissonante de personalidades diversas, cada uma contribuindo com sua nota única para criar uma harmonia peculiar. Sob a orientação discreta, porém firme, de Wymack, as raposas evoluíram de um amontoado de indivíduos desfavorecidos a uma coesão inquebrantável, onde o caos aparente cedia espaço a uma ordem singular, forjada na fornalha das adversidades comuns.
Nesse microcosmo universitário, a união de almas errantes tornava-se uma lição silenciosa de resiliência, superação e, sobretudo, família. A visão peculiar de David Wymack, enraizada na crença de que, mesmo entre os desajustados, a força da coletividade poderia transcender todas as expectativas, tornava-se a epopeia sutil de um mentor que via além das aparências, lapidando jóias brutas até que brilhassem com uma luz única e inconfundível.
Um vendaval de emoções percorria a equipe, emanando de cada um deles, enquanto uma grande expectativa de triunfo pairava no ar. Aquele momento clamava por um discurso inspirador, uma injeção de confiança que todos necessitavam, embora, tal como o treinador que os liderava, nenhum deles se permitisse expressar abertamente essa demanda.
A despeito de sua confiança inabalável, David Wymack acreditava que não existia cenário capaz de abalar sua compostura, nem de deixá-lo desprovido de palavras. No entanto, essa certeza vacilou quando seu filho, envolto em uma empolgação incomum, começou a compartilhar entusiasmadamente sobre sua notável professora de história da arte. Kevin, dedicado estudante do curso de história desde sua chegada à universidade, nunca antes demonstrara tamanha animação a ponto de envolver seu treinador, que também ostentava o título de pai.
Não é necessário mencionar que a curiosidade de David fora despertada de maneira inegável, ávido por descobrir a identidade da professora que conquistara o entusiasmo até então desconhecido de seu filho. Com experiências limitadas no papel de pai, ansiava por qualquer indício que pudesse lançar luz sobre o filho que, de certa forma, conhecera tardiamente, perdendo vinte anos da vida do garoto.
A trajetória que os conduzira até esse ponto revelava-se como uma narrativa singular e, por vezes, improvável. Após os tumultos envolvendo a equipe de Edgar Allen, esforços conjuntos foram empreendidos para atenuar a dependência de Kevin, gradualmente auxiliando-o a se libertar da necessidade de companhia constante. Foi assim que o jovem começou a fazer uso do carro de seu pai para atender às suas obrigações acadêmicas, desencadeando, incidentalmente, uma série de eventos que conduziram David ao estacionamento da universidade em busca de uma resolução para um acontecimento que o deixara exasperado naquele dia: uma colisão ocorrida na traseira de seu veículo, justamente dentro do recinto do estacionamento.
Kevin encontrava-se em um estado de aflição tão profundo que a ideia de contatar seu pai parecia um fardo secundário, desencadeando a cena atual: Dan Wilds tentando articular uma explicação coesa enquanto Kevin, aos poucos, se recuperava de um acesso de pânico. Não houve tempo sequer para contemplar a razão pela qual Dan, entre todas as raposas, se encontrava ali. No centro desse turbilhão emocional, a culpada pelo infortúnio revelava-se como algo que transcendia a descrição comum, sendo possivelmente a manifestação mais sublime da beleza que Wymack já testemunhara.
Era a professora de história da arte.
Kevin, sem dúvida, estava justificado em celebrar cada manhã em que mergulhava nas aulas dessa mestra encantadora. A magnificência da situação resplandecia não apenas nas curvas retumbantes do destino, mas na figura da educadora cujo semblante, por um instante, eclipsou até mesmo a turbulência do incidente. Enquanto Dan buscava articular as palavras que dariam sentido à situação, a professora permanecia ali, inadvertidamente tornando-se o ponto focal de uma narrativa que, até então, era dominada por preocupações automobilísticas e relações familiares complexas.
──── Dan, leve Kevin de volta à torre das raposas; eu cuidarei disso. ── As palavras decididas de David ecoaram, uma ordem que Dan Wilds prontamente acatou, expressando consentimento com um sinal antes de encaminhar Kevin para o carro.
Assim que a jovem se retirou, a professora aproximou-se com um olhar ligeiramente apreensivo. Trabalhando na mesma instituição, ela, provavelmente, já tinha conhecimento do histórico nada conciliatório de David. Ele, por sua vez, não economizava nas palavras, sempre adotando a postura mais incisiva que a situação demandasse.
──── Veja, posso arcar com os custos do conserto. Lamento profundamente pelo seu carro; foi, de fato, uma grande distração da minha parte. ── Pronunciou a mulher, claramente exibindo um olhar culpado em seu rosto.
A atmosfera que pairava entre eles denotava uma tensão sutil, um jogo de cortesia e apreensão em face de um contratempo inesperado. A mulher, consciente da reputação de David, apresentava-se com uma sinceridade tangível, assumindo a responsabilidade pelo ocorrido. Enquanto as palavras fluíam, revelava-se não apenas uma oferta de compensação material, mas também um pedido de desculpas genuíno, ecoando na expressão de culpa que desenhava suas feições.
Contudo, surpreendentemente, Wymack não a insultou ou elevou o tom de voz. Em vez disso, ele riu. Uma risada suave e quase imperceptível.
──── Não se preocupe com isso; não é nada tão grave. ── Declarou ele, com os braços cruzados sobre o peito, observando atentamente o estado do seu carro.
Não era uma afirmação completamente desonesta; afinal, o estrago não era significativo. Tratava-se apenas de alguns arranhões aqui e ali, além de um pequeno amassado na placa. O riso de Wymack, paradoxalmente, ecoava como uma resposta à simplicidade do contratempo. A ironia do destino, que poderia ter inflamado o temperamento do treinador, resultou, ao contrário, em uma reação inesperada de leveza.
Uma breve pausa se estabeleceu, pontuada pelo olhar atento de Wymack sobre os danos mínimos ao veículo. Essa escolha de reação, desprovida de exasperação, acrescentava uma nuance inesperada à interação, sugerindo que, por vezes, até mesmo as contrariedades podiam ser enfrentadas com uma serenidade que transcendia as expectativas.
──── Oh, não, eu insisto! Se não o conserto, posso compensar de alguma outra forma? ── indagou a professora, evidenciando uma genuína disposição para remediar a situação.
O homem, por sua vez, contemplou a proposta por alguns instantes.
──── Que tal sairmos para beber alguma coisa? Estou meio atrasado para essa experiência, mas adoraria conhecer a professora favorita do meu filho. ── sugeriu Wymack, exibindo um sorriso singelo em seus lábios.
A mulher ponderou por um momento, como se estivesse avaliando a peculiar sugestão do homem. No entanto, um sorriso doce iluminou seu rosto.
──── Kevin é seu filho? Vocês são realmente muito parecidos! ── observou ela. ──── Acho que uma bebida é uma ótima ideia. Vamos no meu carro?
Essa inusitada reviravolta na situação revelava-se como um desfecho inesperadamente amigável. A tensão inicial, decorrente do incidente no estacionamento, transformou-se em uma proposta de reconciliação, uma oferta de compensação que transcendeu os limites materiais. A sugestão de compartilhar uma bebida, embora impregnada de simplicidade, carregava consigo a promessa de uma troca mais profunda, uma oportunidade para desvendar as camadas que se escondiam sob as superficialidades do acaso. E assim, entre sorrisos e aceitação, o convite se tornava não apenas uma solução para um contratempo, mas uma ponte para a construção de laços inesperados entre duas vidas que, até então, mal haviam se cruzado.
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Orie, eu fiquei tão desesperada quando descobri que havia tirado você como minha amiga secreta, de verdade. Mas meus olhos literalmente brilharam quando li suas respostas do formulário e descobri que voce tambem é fã de all for the game. Fiquei tão nervosa, eu te admiro tanto e, na hora, não fazia ideia do que escrever. Espero que goste dessa double shot, e sinto muito por não ter escrito algo maior, não confio na minha capacidade de escrever algo longo sem tirar os direitos humanos de algum personagem.
jhopiest; franchaels; alascie; khaleesisword; gentjacks; _gwldn; SUNSTICES; noctislvcis; sweetinacai; SHAD0WL0KI.
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