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Capitulo III- Estrela Parisiense

Bati a porta com força quando adentrei correndo meu apartamento.

Passei a mão em outra muda de roupa e me pus a trocar as peças rapidamente enquanto pegava mais munição pra meu revólver e escondia algumas lâminas pequenas pelo tecido da vestimenta.

Estava calçando os sapatos quando escutei os passos de pelo menos três homens vindo pelo corredor. Tratei de retirar o calçado e na ponta dos pés sair pela janela no momento em que ouvi a porta ser aberta.

Aos poucos sumi de vista e me misturei as sombras que eram produzidas pela luz pálida da lua. Teria que solucionar aquela porcaria de crime se quisesse me inocentar.

Eu tinha um corpo feminino supostamente morto a facadas em uma madrugada em um dos bairros menos movimentados de Paris. A mulher parecia ter entre vinte e nove e quarenta anos, dos cabelos ruivos tingidos. Pela aparência e as vestimentas parecia uma mulher da noite.

É talvez não fosse tão vantajoso assim ser uma prostituta.

Certo, certo isso foi indelicado.

Além de que não posso lá julgar as roupas de outras mulheres, afinal não sou um exemplo de compostura, mas em meu trabalho tenho que supor coisas então que se dane.

Não tinha nenhuma casa noturna naquela região e eu não tinha nada que pudesse identificá-la perante outras pessoas. Só me restava esperar amanhecer e ver se saía algo sobre o caso no jornal.

Dois bairros longe de meu chiqueiro finalmente girei a chave na fechadura da porta do galpão onde funcionava uma antiga loja de roupas. Estava largado as traças a muitos anos e já fora um local de reunião entre os Resistentes no tempo da Guerra.

Era um galpão abandonado completamente detonado e encoberto de poeira e teias de aranhas, assim como eu me lembrava. A magia acontece abaixo do tapete pesado que serve de local de orgia para milhões de ácaros e que abriga um alçapão e uma escadaria, onde um porão enorme recebeu mobílias e manutenções hidráulicas e elétricas para servir de quartel de emergência.

Eu o mantinha ativo para caso de necessidade e isso se mostrou bem útil naquela noite. Atirei os sapatos no canto e tratei de pegar o telefone na mesinha, se eu estivesse certa pela horas que já eram Rebecca tinha dado uma de Cat Woman e se mandado da cama de quem quer que fosse, deixando um bilhete perfumado e voltado pra casa como a cretina que era.

Depois do terceiro toque ela atendeu.

- Acabei de sair do banho o que você quer Nat? - protestou.

- Que saia dai assim que amanhecer e me traga comida, cigarros e um jornal aqui no Galpão. - Coloquei a ela esticando e contraindo a perna por baixo da mesa.

- Em qual confusão se meteu agora Lestrangge? - sua voz exalou zombaria pelo aparelho.

- Conto a vocês quando chegarem. - Desliguei a máquina sabendo que ela viria e ainda traria o outro junto.

Me joguei na cama completamente exausta e assim que fechei os olhos adormeci.

E provavelmente teria continuado a dormir se não fossem meus adoráveis amigos atirando o maço de cigarros em meu rosto enquanto colocavam sacolas com lanches na mesa do porão.

- Bom dia Renard Noir! - cumprimentaram os gêmeos em uníssono. Era extremamente irritante quando faziam isso.

- Pedi para trazerem e não praticarem tiro ao alvo. - reclamei enquanto cobria a cabeça com o travesseiro.

- Ah deixe de reclamar e agradeça - jogou o jornal em minhas costas - está aí a encomenda Mademoiselle e aliás parabéns pela matéria de capa.

- Matéria de capa?!! - exclamei alegre - era tudo que eu precisava.

- Ser uma foragida da polícia com a cara estampada no jornal pra ser reconhecida aonde quer que vá? - Rebecca ironizou colocando um pedaço de pão na boca - realmente promissor.

- "Detetive particular assassina prostituta na madrugada" - comecei a ler a manchete seguindo pra matéria - Natasha Lestrangge, ex combatente de guerra e atual investigadora particular, foge da delegacia de Paris após ser encarceirada em prisão preventiva"

" A ex combatente encontrada na cena do crime, em cima do cadáver e portando arma de fogo, fugiu da cela em que estava nesta madrugada (dia 25) após ser interrogada pelos oficiais. Ainda atirou em dos guardas e desmaiou um segundo antes de escapar.

A vítima era Lucy Albuquerque, ou Lyli como era conhecida no Bordel Fleur D'agent onde trabalhava. Morta a facadas com apenas trinta e dois anos (32) o corpo ainda se encontrava quente no momento do flagrante.

' Contamos com os cidadãos parisienses para ajudarem a capturar a suspeita de assassinato Natasha Lestrangge. Qualquer notícia por favor informem as autoridades' diz o oficial Delegado René Vermant ' Ela é perigosa, tem que se ter muito cuidado quando se trata de uma mulher como ela' completou se referindo as habilidades da ex combatente."

- Vamos lá conte tudo mademoiselle. - Trevor exigiu.

- Eu estava fugindo de um bando de mauricinhos que queriam me pegar depois que vocês foram satisfazer seus desejos sexuais e me deixaram no bar - Acendi um cigarro tragando a fumaça e sentindo o efeito desestressante invadir a mente - já estava indo embora quando aconteceu. Na fuga rolei um barranco e cai em cima da morta no momento em que a polícia chegou, e agora virei uma estrela famosa com meu rosto embelezando os jornais de Paris. - soprei a fumaça pro alto.

- Ah claro super star, espero que seus minutos de fama sejam gloriosos. - fez uma mesura exagerada.

- Já são mon amour, quem é Hedy Lamarr perto de moi? - baforei novamente pelo aposento - Acontece que ia ser uma tarefa hercúlea descobrir quem era a vítima sem nenhum tipo de identificação. Agora que a polícia já fez metade do serviço adiantou meu caminho. Bem competentes eles tenho de admitir.

- Bom eu iria perguntar se não é problema a sua exposição no jornal, mas pelo visto acho que não é uma preocupação. - Trevor comentou.

- Já se esqueceram com quem estão falando? - sorri maliciosamente - enfim, preciso solucionar esse caso antes que me peguem ou já estarei atrás das grades. - apaguei o cigarro no cinzeiro e me dirigi a mesa ocupada com o café da manhã.

- E vai precisar de mais alguma coisa?

- Na verdade vou Becca. Quero que peguem pra mim minha mala no fundo falso do guarda roupas. Vou precisar do que tem dentro. - comecei a comer o pão e tomei um gole do café fresco ainda quente.

- Tudo bem, voltamos em breve. Vamos Trevor.

- Tragam bebida! - gritei ao vê-los sumir pelas escadas.

Tempo depois eu me encontrava na rua andando por entre os transeuntes completamente tranquila e incógnita. Cheguei a comentar o crime absurdo ao lado de outros pedestres que encaravam uma foto minha pregada em um poste de iluminação.

Incrível como ninguém nunca suspeita de uma loira elegante.

Embaixo da peruca, óculos escuros, sem as maquiagens habituais e uma roupa que definitivamente não era meu estilo eu até aparentava ser uma moça decente.

Me aproximei da Fleur D'agent observando a quietude que reinava aquelas horas do dia. Entrei sendo recebida por uma recepcionista com uma cara de quem comeu croissant estragado.

Me olhou de cima abaixo com um ar de deboche e aquelas alturas estava de saco cheio dessas pessoas me avaliando. Detestáveis.

- O caminho da igreja é pro outro lado madame. - lixou as longas unhas com um sorrisinho sarcástico na cara.

- Meu nome é Chantelle Bourdeur, Inteligência da Polícia de Paris - mostrei o distintivo falso - Vim aqui colher informações sobre Lucy Albuquerque. - me recostei na bancada de frente pra ela.

- Ah perdão pelo mal jeito - tratou de se desculpar.

- Não me importa desde que fale o que preciso saber - ela me ofereceu uma das cadeiras do salão e nos sentamos de frente uma pra outra.

- Aceita um chá? Café? - Perguntou se levantando.

- Aceito informações - ela voltou a se sentar repleta de nervosismo - diga pra mim, qual seu nome, quem era Lucy e qual o relacionamento dela com as outras aqui da casa.

- Bom - remexeu na cadeira - meu nome é Lauren Breton. Sobre Lucy, ela era estrangeira sabe, não me recordo de exatamente onde, mas veio morar em Paris quando a mãe morreu segundo ela contou.

- Não tinha parentes que a acolhessem?

- A mãe também havia sido uma mulher da noite, então as duas eram sozinhas no mundo, rejeitadas pelos parentes. Ela estava aqui a onze anos. Era meio intempestiva e uma mulher de opiniões fortes, mas todas a adoravam com seu jeito prestativo e alegre. - Lauren começou a enrolar uma mecha de cabelo nos dedos.

- Não tinha nenhuma inimizade aqui dentro? Ou lá fora? Alguma...briga recente? - forcei o tom de voz inquisitivo enquanto a via engolir em seco.

- E-eu... Bem, n-nós chegamos a ter uma discussão alguns dias atrás, mas não foi nada demais! - Exclamou nervosa.

- E discutiam sobre? - inquiri.

- Trivialidades. Ela tinha usado um de meus melhores perfumes além de conseguir o cliente que eu estava tentando laçar aqui na casa. Coisas de bordel nada significante.

- Quem decide se é significante ou não aqui sou eu - respondi taciturna - vocês ainda estavam brigadas até ontem?

- Não e por pode perguntar pra qualquer uma das meninas. Estávamos em bandeira branca.

- Esse cliente, quem é?

- É um dono de uma rede de lojas de perfumaria. Leonel Neville o nome. É um cliente frequente da casa e sempre trata todas com muita cortesia e respeito. É o cliente que qualquer garota de programa iria atrás de conquistar.

- Alguma movimentação estranha na rotina de Lucy nos últimos dias?

- Ela estava meio distante, meio misteriosa. Saia quase todo dia no mesmo horário, sempre as três da tarde e sempre muito bem apeçoada. Nunca contou nada sobre.

- Vem acontecendo a quantos dias? - enquanto ela falava eu anotava as informações.

- Um mês. Você gostaria de ver o quarto dela?

No instante em que ela terminou de falar a viatura daqueles carrapatos
parou em frente ao bordel. Ridículos chegaram atrasasados.

- Não, isso já é o suficiente. Obrigada pela colaboração. - me levantei e virei pra ir embora.

Cumprimentei com um aceno de cabeça ao passar pela dupla dinâmica na entrada do estabelecimento, e continuei andando tranquilamente pelas ruas de Paris.

Quando descobriram que uma falsa policial havia obtido informações por meios ilegais e correram pra viatura ligando as sirenes com aquelas prováveis caras de otários, eu já me encontrava longe das vistas do Leôncio e o fiel escudeiro Bigodes.

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Hedy Lammar: Uma das atrizes da década de ouro do cinema ( entre os anos 30 e 40) e considerada a mulher mais bonita daquela época. Responsável pela base do que hoje chamamos de Wi-fi a partir de um sistema de comunicações que produziu para os EUA durante a Segunda Guerra Mundial.

Renard Noir: Raposa Negra

Fleur D'agent: Flor de Prata

Mademoiselle: Senhorita

Mon amour: meu amor

Mói: mim

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