Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

• VINTE E DOIS • ARTHUR/ RAMON

Arthur

Bocejo pela décima vez desde que estacionei o carro diante do bloco de apartamentos. Confesso que quando recebi o endereço via whatsapp não acreditei. Na minha pré concepção, o filho de uma das famílias mais ricas e prestigiadas do Brasil, não poderia morar nesse lugar. Mas aprendi que nada com os Nikolaiev é normal. Eles sempre estão nos surpreendendo com dia alegria genuína de viver e humildade que parece fazer parte deles.

Esfrego meus olhos um pouco mais, eles ardem e pesam. Ainda sinto o peso das palavras que troquei com Viviane. Quando meu dia começou ontem eu não esperava ter que lidar com ela. Nunca tive e esperava não ter de faze - lo. Ela nunca foi uma figura presente na minha vida, então não era uma preocupação real ela de repente surgiu passando uma crise de consciência e exigindo ver o filho.

Depois que Davi chegou, fiquei com ele no quarto do meu namorado, que praticamente me fez deitar lá para descansar. Os papéis de repente mudaram. Não era eu quem estava cuidando dele e sim ele de mim. E confesso que foi tocante se deixar ser cuidado por algumas horas. As vezes você fica tão preocupado em cuidar dos outros, que acaba se esquecendo que você é no final de tudo apenas um ser humano que também tem seus momentos de fraqueza.

Por um instante tive medo de me mostrar frágil diante do homem que amo com todo o meu ser. No entanto, seu olhar que transborda sinceridade e coração que decidiu me abrigar, foram mais fortes.

"Quando acordei com meu irmão deitado sobre meu peito, ouvia palavras baixas e reconheci as vozes instantaneamente. Meus amigos estavam ali, com algumas paredes apenas nos separando. Mas se deslocaram seja de onde estivessem para estar comigo. Uma única lágrima se derramou de meu olho esquerdo, descendo lentamente, marcando todo o caminho do meu rosto. Uma lágrima cheia de gratidão. Ramon me observava da porta, braços cruzados, cabelos bagunçados e roupas leves. Ergui minha mão em sua direção e o chamei. Ele sem hesitar caminhou até onde estava deitado e entrelaçou seus dedos aos meus. Levei seis dedos em direção a minha boca, depositando ali um beijo que dizia muito.

- Eu te amo muito sabia? - ele ri baixinho, com as bochechas em chamas.

- Agora tenho que dizer, meu amor é maior. - brinca.

- Há controvérsias. - bufamos juntos. - Obrigado pelo que fez por mim hoje. - a sinceridade está agarrada a cada palavra minha.

Suspira profundamente.

- Sabe, você está sempre cuidando dos outrose nunca se dá um momento de parar e analisar se está tudo bem com você. Hoje foi o dia que você precisou e tive sorte de estar com você. Pude cuidar do meu segurança sexy.

- Segurança sexy? - ergo uma sobrancelha. - Eu sou sexy? - me dá um tapinha no ombro.

- Você sabe que é! Esse tamanho todo, cara de mal mas são seus olhos que dizem muitas coisas.

Deixo passar as imagens de nós dois juntos, em cada momento desde que nos conhecemos. Nossos banhos onde só tínhamos momentos de carinho, as vezes que o levava para o hospital, a noite que dei um banho de fonte nele. Sua risada, seus toques. Seus silêncios. O amor que sente pela avó e irmã. A ligação tremenda que tem com a amiga e o afilhado, o pequeno Caio.

- O que meus olhos dizem agora? - faço um teste.

Engolindo em seco, aperta minha mão.

- Acho que dizem o mesmo que os meus.

- E seria?

- Sempre que me olho no espelho depois que chego em casa, eles dizem o quanto te amo. - sua voz soa embargada. Com cuidado deixo seus dedos por um instante. Me ergo deitando Davi ao meu lado, seguro sua nuca suavemente e beijo seus lábios lentamente.

Quase temos um ataque cardíaco com uma risada baixa. Silas, o filho da puta está encostado na porta e tem um sorriso besta no rosto.

- Então o pequeno Ramon vejo tirar uma casquinha? Vocês ficam muito bonitinho juntos! - faz beicinho, tirando uma com nossa cara. Pego meu sapato que está ao lado da cama e jogo nele sem dó. Que desvia rindo mais com as mãos grandes erguidas. Na sala o falatório aumenta e até uma música preenche o ar. - Oh, amigo! Amigo!

- Se perdeu no caminho? - Nana resmunga enviando um olhar atravessado para meu amigo, que arruma a postura ficando sério subitamente. Quase sorrio com isso. - Você disse que iria no banheiro Silas.

- Estamos conversando não é gente? - implora ajuda com um olhar.

- Claro!"

Pulo alto no banco, quando batem na janela ao meu lado. O Sol das primeiras horas da manhã pintam o céu com um amarelo intenso, mostrando que o restante do dia talvez seja de muito calor. Retiro o cinto de segurança e desço do carro um pouco confuso ao vê - lo vestindo short de corrida na cor preta, tênis branco e camisa na mesma cor. Os cabelos estão uma desordem e ele não parece estar ligando para isso.

Pisco uma vez, quando ele sorri largamente para mim. Seu bom humor de repente me atingindo. Tento organizar meu cérebro confuso, que mesmo após ter o apoio de meus amigos em volta de muita cerveja, não consegui dormir direito quando fui para casa. Não queria abusar da hospitalidade de dona Elisa, por isso decidi que seria somente eu e meu irmão no meu apartamento.

Sem querer fazer feio e um pouco mais desperto, lhe dou "bom dia!" em libras. Se for possível, seu rosto se ilumina todo.

Retorna o cumprimento.

"Desculpa se te assustei. Você deve ser meu novo cão de guarda."

Ele não parece incomodado de ter que trocar de segurança e nem eu. Ele aparenta ser um rapaz bem simpático e tranquilo. Dou de ombros, sorrindo tranquilamente.

"Terá que se contentar com essa massa de músculos."

"Não esperava nada menos. Eu gosto de correr pela manhã, se puder me acompanhar."

Olha ao redor.

"Mamãe me mata se for sozinho."

"Fique tranquilo, eu vou. Só peço que confie em mim para tudo o que for fazer. Sua vida está literalmente em minhas mãos. Temos que estar cientes que haverá dias que serão ruins e outros nem tanto."

Acena firmemente.

"E pelo que vejo, o seu foi uma porcaria ontem! Sua cara está horrível!"

Ele parece realmente sentir por mim e  também estar preocupado. Aperto seu ombro e indico um caminho asfaltado próprio para caminhadas e corridas que há perto de onde mora.

"Não imagina o quanto!"

Ele não comenta mais nada apenas me entrega uma garrafa d'água lacrada e fica com a sua, indo na frente. Travo o carro e o sigo calmamente. Damos a volta no quarteirão inteiro, com ele mantendo um ritmo acelerado na minha frente. Meu cansaço foi posto de lado e me fiz ficar mais atento. A vida do rapaz estava realmente nas minhas mãos e não poderia falhar com ele ou sua família que tanto me ajudaram.

O acompanho de volta para seu apartamento. Ele cumprimenta o porteiro e trinta minutos depois volta com uma bolsa preta parecendo couro, com sua alça grossa transpassando seu corpo. Usa calça jeans clara, coturnos na cor marrom e uma camisa branca de mangas curtas.

Abro a porta do passageiro no banco de trás para ele. Que sorri de lado. Quando fecho a porta, a outra se abre com ele saltando do veículo, fechando a porta e dando a volta no carro, e se sentando no banco ao meu lado. Fico no lugar por um segundo. Ergo as mãos com a intenção de lhe dar uma bronca. Ele ergue a dele me parando no ato. Toca com o dedo indicador o ouvido.

- Podemos falar normalmente. Uso o aparelho coclear mas gosto de conversas em libras também. - diz perfeitamente. Sua dicção é maravilhosa. - E fiquei realmente muito feliz por ter alguém que realmente esteja disposto em conversar comigo em libras. São poucos que procuram estudar essa área.

Fico sem fala.

-  Sua voz é bonita! - é a primeira coisa que digo mas tapo minha boca rapidamente. Que ele não pense que estou cantando ele. Mas acontece o contrário. O homem segura seu abdômen enquanto ri de engasgar. - Desculpa.

- Não tem nada com o que se preocupar. - dispensa meu comentário com um gesto de mão, arfando entre as palavras. Afivela seu cinto, colocando a bolsa sobre o colo. Tomo meu lugar. - Acho que herdei ela a do meu pai. E outra, homens pode se elogiar sabia?

- Eu não te conheço bem, você poderia interpretar errado o elogio. - dou partida no carro. Tudo o que não quero é ser acusado de assédio no meu primeiro dia trabalhando com ele.

Ele parece ponderar passando a mão pelo cabelo, o deixando ainda mais desorganizado.

- Muito bem, vamos nos conhecer. - cruza as mãos atrás da cabeça e puta que pariu, o gesto dele o faz parecer ainda mais com o pai. Deixo o bloco de apartamentos e o carro avança rua a fora. - Fui criado não só por meu pai e minha mãe. Fiquei muito na casa dos meus padrinhos e dos meus tios. Meus pais me criaram para ser um homem de caráter, que não tem um ego frágil e que pode demonstrar o que sente, pois não será errado sabe? - aceno levemente. Faço uma curva. - Não vamos ficar desconfortáveis só por que me elogiou. Senti sua sinceridade cara. E mesmo o conhecendo tem uma hora apenas, sinto que você leva seu trabalho a sério. 

- Obrigado!

- Nada! - ele mantém o sorriso no rosto.

- Vamos para onde agora?

- Para a agência. Temos fotos logo cedo. - concordo, inserindo o endereço no GPS pois é um lugar para onde nunca fui.

Desde que fui contratado, ocupei dois postos de trabalho apenas. Ou na empresa da família ou nas casas das famílias. Sendo que os grupos de dividiam em fazer a segurança da família de Tyler, de dona Márcia ou de Peter. Os seguranças dos filhos de Tyler e Belinda, que também morem sozinhos eram outros. Estar aqui com um herdeiro, é diferente e de certo modo amedrontador. Estou sendo responsável pela vida de um rapaz que nunca vi na vida, só ouvi falar e que está me surpreendendo com sua simpatia.

- Eu costumo almoçar no italiano que fica na esquina da agência onde trabalho. As uma da tarde. - informa simplesmente, aceno.

O restante do caminho ele passou falando sobre a viagem que fez no final do ano passado que foi para a casa da bisavó, em uma vila pequena na Rússia. De como estava frio lá mas que mesmo assim ama o lugar. Pois é parte da história do pai, a quem ama de todo o coração. Eu pude sentir o amor que tem por cada familiar seu em cada palavra que dizia.

Na agência, antes de deixa - lo entrar em sua sala, fiz a verificação padrão. Nos despedimos com um toque de mão, como se fôssemos amigos de longa data. Fui para o carro e ali passei toda a manhã. Falei por mensagem com Ramon que estava trabalhando em um café da manhã executivo e também com Sam, que estava com Davi.

Fábio chegou hoje pela manhã, cheirando a álcool e rindo alto. Não nos falamos e nem sei quando sentirei menos raiva dele para tal. Quando sai para o trabalho, ele estava começando a se preparar para dormir. Conforme verifico minha lista de contatos, meu dedo paira sobre um número para o qual não ligo tem tempo. Minha avó não é de demonstrar sentimentos e acredito que nem se importa se os netos ligam ou não com frequência para ela. Mas tenho que ao menos dizer uma vez ou outra que as coisas estão bem.

Desisto de ligar no último segundo.

Como informou mais cedo, perto das uma da tarde, Raphael sai do prédio. Mas diferente de quando entrou, não está mais sozinho e sim conversando com uma moça. Tento puxar na minha mente de onde a conheço, é quando ela ri que me vem a mente. Ela é a irmã, que é modelo. Abro a porta para ambos. A irmã se  senta no banco de trás me oferecendo um sorriso educado. E Raphael toma seu lugar ao meu lado. Está eufórico.

- Essa é minha irmã Arthur! Vivi Nikolaiev. - aponta para o banco de trás. A moça já está tirando a camisa xadrez azul e fica somente com uma camiseta branca, se fazendo a vontade. Vejo que está com calor e é compreensível. Hoje o clima está sufocante. Regulo o ar condicionado do carro. - E Vivi esse é Arthur. Meu novo cão de guarda. - ela lhe dá um olhar atravessado, seguido de um tapa em sua cabeça. - Ai! Doeu!

- É para doer mesmo. Seja educado, se não eu conto para a mamãe!

O rapaz realmente se cala rapidamente. Sorrio para os dois que parecem duas crianças.

- Vai para o mesmo restaurante?

- Sim. Vai se sentar para comer conosco não vai?

Quase freio com tudo. O observo de lado.

- Ele vai! Ficou muito quieto. - a irmã responde por mim, sem me dar chance de resposta.

[....]

Ramon

Me encolho quando dedos minúsculos tocam meu pescoço. Caio que me observa atentamente com seus olhinhos marrons espertos, joga a cabeça para trás praticamente debochando da minha facilidade em sentir cócegas. Quando volta a tentar me cutucar, finjo comer seu dedinho indicador. Agora quem se retorce em meu colo é ele. Enfio meu nariz em seu pescoço e fungo o enchendo de beijos.

A mãe, que retira de sua bolsa sua garrafa de água, ri de nossa brincadeira. Davi passa correndo por nós, um sorriso largo enfeitando seu rosto bonito. Sua bermuda azul está salpicada de areia e ele não parece se importar nem um pouco. Caio dica agitado ao ver sua água. O firmo em meu colo e pego a garrafa, abrindo sua tampa e lhe oferecendo. Com suas mãos pequenas mas firmes, se farta só líquido fresco.

- Já decidiu se vai fazer uma festa de aniversário para ele?

- Não sei. Na verdade nem parei para pensar nisso. - passa a mão pelos cabelos que descem como um rio pelas costas.

Brinco com os dedinhos da mão livre do meu afilhado. Ele ri, seus dentinhos ficando a mostra.

- Você não quis pensar não é? - digo baixinho. Ela não me encara mas sei que a peguei com minhas palavras. Ao nosso redor há falatório e gritaria de crianças e seus pais que as vezes tentam colocar algum limite em seus pequenos. - Não é pecado sentir saudades dele sabe?

- Sei que não! - percebo quando sua voz treme. - Mas é difícil. Muito. - bem devagar, sem perturbar a concentração da criança em meu colo, me aproximo um pouco mais de sua mãe. A mulher que me conquistou desde que conheci. Que nunca me julgou pela minha orientação sexual e que simplesmente, me viu. Como eu realmente era. Um jovem meio perdido, vivendo pela primeira vez em uma cidade na qual nunca estive. Envolvo seu ombro, beijando sua bochecha demoradamente, arrancando uma risadinha dela. - Ele vai fazer três anos e o pai não estará aqui. Nós fizemos planos, foram tantos e quando ele morreu, vi cada um deles ruir bem diante de mim.

- Você ainda pode realizar cada um deles, mesmo ele não estando aqui. Mesmo estando distante fisicamente, sei que onde quer que ele esteja, tem olhado por vocês.

Silêncio.

- Para muitos eu pareço louca. - uma criança que estava em um dos quatro balanços do parque, caiu quando foi sair. A mãe veio correndo, tentar consola - la. Rolou até um beijinho no joelho dela. Sorri com a cena.-  Tenho alguns pau amigos mas eu amei meu marido. O pai do meu filho, acho que por isso não me permito me envolver com outro. Ou ao menos não me permitia.

Pisco algumas vezes com sua última frase. Me viro em sua direção. Caio tenta se colocar de pé em minhas coxas.

- Tem algo que queira me contar?

- Talvez? - limpa uma lágrima sorrateira em seu rosto. Os lábios carnudos se estendem em um sorriso de lado.

- Tem que me contar quem conseguiu entrar em seu coração mulher.

- Ninguém entrou em meu coração. - nega veementemente.

- Mas vai!

- Não sei. - esfrega as palmas das mãos nas coxas cobertas pela calça jeans.

- Nana! - faço do seu nome uma exigência. Revirando os olhos, deita a cabeça em meu ombro. Caio ri pensando que é alguma brincadeira e pula para os braços da mãe. - Já está me trocando bebê?

- Ele ama mamãe dele. - beija os cabelos do filho. - Lembra quando te falei que fui "salva" de um assalto? Mesmo eu ficando nervosa pois o cara lutou com o assaltante? - aceno e seguro uma risada pois minha amiga parecia muito puta. - Alguns dias depois encontrei com esse cara novamente. Começamos a conversar e de repente eu estava indo em alguns fins de semana na casa dele. - suspira feliz como se estivesse se lembrando de algo muito bom. Belisco seu braço de leve.

- Você está apaixonada por ele? Quem é? - não me responde de imediato. Davi está agora brincando na gangorra, uma garotinha de cabelos cacheados ri alto quando ele a deixa por muito tempo no alto.

- Não sei. Não sei o que estou sentindo. Mas as vezes me sinto estar traindo ele.

- É normal se sentir assim Nana! - acaricio seus cabelos. Minha amiga sabe esconder muito bem seus sentimentos. E se ela está sentindo a necessidade de expo - los para mim em uma conversa em pleno parque, é por que tem sido algo que esteja pensando tem muito tempo. - Vovó costuma dizer que somos seres feitos para amar e serem amados. Seu sentimento pelo pai dessa criaturinha aqui pode nunca ir embora. Mas você tem direito a voltar a amar e ser amada.

- E se não der certo?

- As vezes fica como aprendizado. Mas algo me diz que vai dar certo. Você nunca se permitiu ter um relacionamento com outro homem depois de tudo.

- Só tenho medo. - Davi vem até nós, enfia a mão em sua mochila de passeio e pega sua garrafa com suco. Bebe um pouco e volta a correr.

- E quem não tem Nana? Você sempre me aconselhou a ter um pau amigo ou um relacionamento. Se você acredita que eu posso, você também pode mulher.

- É diferente.

- Não vejo nada de diferente. - cutuco suas costelas. - Agora vai me contar quem é ou vou ter que adivinhar?

- Silas. - sussurra. Prendo uma risada e para tirar uma com sua cara, finjo não ouvir.

- Como? Não ouvi.

- Vá se foder Ramon! - sussurra, agora quem leva o cutucão sou eu. - Você me ouviu!

- Vocês são mestres na arte de esconder as coisas ein? Aposto que nem Arthur está sabendo que nossos amigos estão juntos.

- Talvez. - Nana tem as bochechas vermelhas.

- Olha essas bochechas! - aperto - as ao ponto de formar um beicinho em seus lábios. Ela me enche de tapas. Largo seu rosto desviando de suas agressões.

- Você ganha de mim no quesito vermelhidão, não se esqueça disso.

- Como se eu pudesse não é? - suspiro me fazendo mais confortável no banco.

Fecho meus olhos e permito - me degustar dos fracos raios de Sol do restante da tarde. É uma sexta - feira, um dia fora do comum para se ter folga mas hoje, de alguma forma o buffet ficou vago e meu dia de estar no hospital não é hoje. Nana que vai jantar com os pais mais tarde, me ligou hoje mãos cedo me convidando para ir ao parque com ela e o filho. Como Davi estava com minha avó na minha casa, mandei uma mensagem avisando para meu namorado, informando até o endereço de onde estaríamos.

Chamo meu garoto para comer um pouco. Ele tem corrido desde que chegou aqui. Sua energia parece não acabar. Ele vem com suor lhe cobrindo a pele do rosto mas não tira o sorriso que mostra todos os dentes. Beijando minha bochecha rapidamente, se senta ao meu lado e pega o sanduíche que vovó fez especialmente para ele juntamente com o suco. Caio vê e praticamente dança no colo da mãe.

- Pão! - aponta o dedinho para o alimento. Davi olha encantado para ele e de forma muito bonita, parte seu sanduíche ao meio, no processo fazendo um pouco de frango desfiado cair pelo caminho. Oferecendo para meu afilhado, que o pega na mesma hora. - Brigada.

Nós rimos, a vontade de apertar essa delícia só aumenta.

- Own que fofo.

- Obrigada Davi. Você é um garotinho muito bom. - o menino fica constrangido mas arruma sua postura, enchendo o pequeno peito de ar, em claro sinal de orgulho e diz.

- Obrigado, meu irmão que me ensinou.

Um movimento no canto do meu olho, faz - me virar bruscamente. E meu coração quase sai do meu peito. Ainda com os olhos presos na mulher que vi tem alguns dias, enfio a mão em meu bolso já com o dedo indicador sobre o dispositivo de bloqueio e desbloqueio, que só funciona com minha digital. Só esperando ela vir até nós. De alguma forma e graças a Deus, só eu a vi ainda.

Após cinco minutos, ela parece desistir de somente encarar e ameaça vir na nossa direção. Não perco tempo, já com não a tela desbloqueada, ainda com os olhos presos nela e com uma calma assustadora, disco seu número.

- Oi, isso tudo é saudade?





23/12/20






Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro