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• TREZE - ARTHUR


Após escovar os dentes e jogar uma água no meu rosto, me visto rapidamente para uma breve corrida como faço todos os domingos. Hoje é meu dia de folga, além de correr vou aproveitar para passar um tempo com meu irmão e se Ramon tiver vontade, ele poderá se juntar a nós também. Passo pelo quarto de meu irmão, vendo - o dormir todo esparramado em sua cama, há até uma peça de lego presa firmemente em uma de suas mãos. Entro e após me aproximar, me inclino deixando um beijo leve em sua cabeça.

A porta que fica na frente está fechada, e nem faço questão de saber se está em casa ou não. Fábio já é adulto e sabe o que faz. Ele nem ao menos se esforça em ser amigo das pessoas que convivem comigo, por isso vou ter uma conversa com ele assim que chegar. Se insistir em se comportar assim, vou manda - lo de volta para a casa de nossa avó.

A passos leves agora, chego na sala que está escura por causa das cortinas da mesma cor. Não deveria ser fofo alguém dormir com o boca aberta e emitindo pequenos roncos, mas meu vizinho consegue essa proeza. Seguro uma risada quando passo meu indicador por sua bochecha e recebo um tapinha para que eu pare. Parte de sua bochecha está com marcas de travesseiros, na certa dormiu usando o mesmo lado a noite toda. Ao contrário do irmão que ronca, Aline está tão quieta e imóvel que se não fosse o descer e subir das cobertas sobre ela, acharia que está morta.

Eu tinha uma noite planejada comigo e meu irmão assistindo a filmes com Ramon, o cara que tem conquistado mais e mais lugar em nossos corações e vidas. Nós não tivemos pressa em rotular o que temos, apenas estamos saindo e nos conhecendo. Meu corpo implora pelo dele quando nossos beijos ficam intensos, como se uma avalanche caísse sobre nós com toda a sua força e fúria. Mas me obrigo a parar pois sei que ele ainda não está pronto. Pelo pouco tempo que estou com Ramon, percebi que infelizmente ele tem problemas em gostar do próprio corpo. Mas acredito que aos poucos posso ajuda - lo com isso.

Faço mais um pouco mais de carinho nele, agora tocando seus lábios. Deixo um beijinho ali e logo sua mão está me empurrando. Olho para seu rosto, sendo preso por seus olhos meio confusos pelo sono. Ele está me olhando atentamente, talvez ponderando se está sonhando ou não.

De repente seus olhos ficam arregalados. Tento não rir. Vejo - o tapar a boca e todo o seu pescoço, orelhas e bochechas ficam carmesim. É bonito ver que não preciso de muito para faze - lo ficar assim.

- Ah, não é um sonho? - sua voz soa abafada através de sua mão. Sinto meus lábios se erguerem em um sorriso leve.

- Quer dizer então que anda sonhando comigo? - ergo uma sobrancelha. Ele recua olhando ao redor.

- Oh meu Deus! Não é um sonho! - dou uma risada baixa para não acordar sua irmã. O que acho meio impossível, mas não vamos arriscar.

- Claro que não! - tomo sua mão livre na minha e a levo até meu peito. Sua mão quente me arrepiando o corpo. Ele lambe os lábios rosados que me chamam para beija - los, morde - los e suga - los. Ah Ramon, se soubesse o que ronda minha mente. Seu peito sobe e desce em um ritmo acelerado. - Sou bem real não vê?

- E - eu...- pigarreia tentando se recuperar. - Nossa, nem um bom dia antes de tentar me seduzir Arthur?

- Bom dia lindo! - digo de forma sincera e lhe pisco um olho. Agora ele parece que vai explodir de tão vermelho que fica.

- Acho que tem baba no meu queixo e sempre acordo com metade do meu rosto amassado. - dá de ombros fugindo do meu olhar. - Estou tudo agora, menos lindo.

Ainda apoiado em um joelho e com sua irmã morta - viva ao nosso lado, seguro seu rosto, faço - o olhar para mim. Ele o faz, depois de alguns segundos.

- Eu quis dizer que você é lindo! Não que está lindo, como se tivesse se arrumado para tal.

Ele engole em seco. Bem debaixo de toda a alegria que inunda os lindos e sinceros olhos verdes, vejo a insegurança tentando firmar suas raízes.

- Obrigado, eu acho! - diz por fim.

Passo meus dedos pelos cabelos macios, com algumas áreas emboladas. Ele estando mais acordado agora, me observa de cima a baixo.

- Onde vai?

- Correr! - ele engasga com a própria saliva, segurando sua gargalhada. Estende o braço entre nós e aponta para os poucos pêlos claros neles.

- Tô até arrepiado e não é do jeito bom.

- Você realmente não gosta de praticar exercícios não é?

Dá de ombros.

- Quando era criança minha mãe vivia me obrigando a fazer exercícios e forçando - me a fazer dietas, muitas delas malucas quando as que a nutricionista indicava, não davam resultados. - fecho meus olhos para me acalmar diante do tom ressentido de sua voz.

- Quantos anos tinha?

- De acordo com ela, sempre fui gordinho. Então acho que desde sempre.

- Você era apenas uma criança e não é gordo Ramon! - digo firmemente.

- Mas já fui! E tenho alguns pneus!

- Eu gosto dos seus pneus! - roubo um selinho dele. - E um dia vamos correr juntos.

- Um dia!

- Estou falando sério!

- Eu também!

- Vai me esperar aqui ou vai para seu apartamento?

- Assim que Aline acordar, vamos arrumar sua sala e iremos para casa.

- Toma café com a gente!

- Não podemos! - uma voz diz no meio das cobertas, fazendo Ramon dar um pulinho no lugar, levando a mão ao peito de susto. Não aguento e gargalho. A mulher surge com os cabelos loiros apontando para todas as direções, seu rosto está inchado e marcado pelas cobertas.

- Aline do céu! Precisava me matar de susto?

- Eu já estava acordada! Vocês que não perceberam, estão se pegando aí.

- Não estamos nos pegando!

- Hum, sei! Até um gemidinho eu ouvi! - Ramon a olha atravessado, sei que ela está provocando ele.

- Eu não gemi!

- Gemeu sim, lindo! - jogando as mãos para o ar, se levanta bufando.

- Desisto! - pega uma escova de dentes, creme dental e um pente de dentro de sua mochila que está ao lado do sofá. - Vou escovar meus dentes que é o melhor que eu faço!

Desaparece no corredor.

Nem um segundo a mais se passa e estou caindo sentado no chão, rindo de engasgar com a loira que tenta domar os cabelos, mas ela também ri de lágrimas escorrerem de seus olhos. Olhos tão parecidos com os do irmão.

- Bom dia cunhado lindo! - pula do sofá - cama vestindo uma das camisas do irmão que parecem um vestido nela.

- Dia! - digo levemente, praticamente contagiado pela sua alegria logo de manhã. - Pode ficar a vontade, vou correr antes que passe do meu horário.

Ela estremece.

- Sou alérgica a exercícios físicos!

- Outra que vou trazer para meu lado! - aperto o nariz pequeno dela. - Você e seu irmão vão aprender que correr ou caminhar tem seus benefícios e que nem sempre é uma atividade ruim.

- Se você diz! - bufa ainda tentando amansar os fios. Parecendo perder a paciência, ela junta os cabelos e os prende com uma presilha. - Vai ao bingo hoje?

- Bingo?

- Um domingo de cada mês, vovó e todo o condomínio participam de um bingo. É muito legal.

- Se me lembro bem, seu irmão me disse que já foi bolinado em alguns.

- Ninguém mandou ele ser fofo! Todos querem apertar! - faço careta.

- Não sei. Vou passar o dia com meu irmão e talvez o seu.

- Ah, programa de casal! - seus olhos brilham. - Vou avisar a vovó! - se abaixa abrindo sua pequena mala que está ao lado da mochila. - Ela vai gostar de saber como as coisas estão andando entre vocês. - diz em um tom baixo.

- Hum?

- Nada!

Nego veementemente e bagunço seus cabelos ao passar por ela. Tento não rir ao passar pela porta do apartamento ao lado do meu, ao imaginar uma pequena senhora maquinando com a neta sobre minha vida íntima com o neto. Não me sinto sendo invadido de alguma forma mas sim, divertido por toda a situação.

Antes de conhecer pessoalmente Ramon, quando ajudava sua avó com suas compras, eu primeiro o ouvi. Eu havia acabado de me mudar, após ser promovido de cargo e pude pagar por um lugar melhor e mais seguro para vivermos. Aqui é um condomínio fechado, com área de lazer para os condôminos e com diversos aposentados. Não teria problemas com noites insones com um vizinho passando dos limites ao fazer uma festa. E claro, ficava perto da escola onde Davi estuda algum tempo.

Tínhamos acabado de arrumar as coisas de um jeito simples, até que eu pudesse parar de verdade e coloca - las no lugar que eu quero. Davi estava na sala juntamente com os tios que me ajudaram a me mudar deitado no tapete tomando o refrigerante que comprei. Fui até a sacada por enquanto nua e contemplei o céu que naquela noite estava livre da lua mas as estrelas estavam ali. O silêncio era reconfortante mas então uma voz macia e baixa chegou até mim. Era bonita, firme mas suave. Não foi incomoda, a música era uma das minhas preferidas. Não me movi ou disse nada para que não assustasse ele. Após terminar de dar voz as notas, ele entrou sem ao menos reconhecer minha presença na sacada ao lado mas de alguma forma, sua voz me marcou. Não pude ver seu rosto direito.

Quando chegava de um turno dobrado dias depois, encontrava sua avó cheia de bolsas tentando se equilibrar em sua bengala. Não hesitei em ajudar mas fiquei nervoso ao vê - la retirar um molho de chaves e abrir a porta ao lado do meu. E muito menos estava preparado para dar um rosto para a voz do outro dia. A primeira coisa que me chamou a atenção, foram seus cabelos loiros que tinham um topete no alto de sua cabeça, que em muitos homens o fariam parecer um adolescente, mas nele não. Ele era bonito demais para desviar os olhos. Então o observei de rabo de olho de cima a baixo mas foi o modo como falou com a avó, que me ganhou. O respeito em cada palavra e me fez sentir um pouco de saudades da minha.

Dali em diante, ele ficou marcado na minha mente e coração. De início eu não sabia o que fazer. Mas depois decidi deixar as coisas se desenvolverem no seu tempo. E hoje estamos saindo, sem rótulos mas com muitos beijos. Termino minha corrida coberto de suor, passo na padaria que fica perto do condomínio e compro uma garrafa d'água para mim, abro - a bebendo a maior parte do líquido em um gole só. Compro alguns itens para café da manhã e seleciono alguns sonhos para levar para ele.

Chego em casa, sendo abraçado por meu pequeno que pula para cima e para baixo falando que irá ser muito legal ir ao bingo mais tarde. Sorrio pensando que Aline já me deixou a meio caminho andado. Fábio está arrumando a mesa para o café da manhã, os cabelos cacheados estão presos no topo de sua cabeça, está usando novamente uma camisa minha e um shot curto. Deixo as coisas que comprei sobre o balcão e separo a sacola com os doces do meu lindo.

- Posso saber onde estão suas camisas?

Ele faz uma pausa e depois de olhar por alguns segundos para baixo, ergue o olhar para mim. Ele é firme e não há constrangimento algum.

- As minhas estão sujas!

- Temos máquina de lavar aqui e uma sacada onde suas roupas podem secar antes do dia acabar! - digo de forma firme. Posso estar sendo um ignorante agora, mas Fábio está agindo como um a todo o momento desde que chegou aqui.

- Posso retirar sua linda camisa agora se quiser! - empina o queixo, me desafinando a ir em frente. Me pego pensando em Ramon, e se ele viu Fábio assim? Eu particularmente não iria gostar de ver meu homem usando as roupas de outro.

- Ótimo, aproveita e leva as suas roupas para lavar. O domingo está ensolarado, então irão secar rapidamente. - seus lábios se tornam uma linha fina.

- Posso ir na vó Elisa? - meu irmão parecendo notar o clima pesado que se instalou, diz agarrado a minha cintura. Sorrio para ele, pego a sacola com os sonhos e lhe entrego.

- Pode! Pegue um para você e dê o restante para Ramon!

- Hum...gosto muito de sonhos! Será que se eu pedir, ele divide comigo?

- Com certeza! - ele ri e vai para o apartamento ao lado, que pelas músicas, indicam que dona Elisa está acordada ouvindo seus louvores.

Quando a porta se fecha, o clima volta a pesar. Fábio não deixa de me olhar nos olhos. Braços cruzados e postura ereta. Com as mãos na cintura, dou voz aos meus pensamentos.

- Pode me dizer o que está acontecendo com você?

- Nada!

- Meu caralho que é "nada"! Desde que chegou aqui semanas atrás, você nem ao menos faz um esforço de ser simpático ou amigo das pessoas que fazem parte da minha vida. Vive trancado no seu quarto, quando sai não dá atenção para Davi que não faz mais questão de estar perto de você e tem sua atitude com meu namorado. - paro por um momento depois de pronunciar a última palavra. Pisco algumas vezes e tento voltar no foco da conversa. De qualquer forma não vai demorar muito para eu pedi - lo em namoro.

Meu primo parece que engoliu algo azedo. Mas não me importo.

- Já estão namorando? - diz ironicamente. Mas descarto seu comentário.

- Pensa que não vejo o jeito que olha para ele? Ele nunca te fez nada! E meus amigos sempre que vêem aqui, são recebidos por você como se fossem uma peste. Pois logo se tranca no quarto. - tomo fôlego. - Quer ir embora é isso? Se quiser, me avise, vou comprar a passagem de ônibus para você e poderá voltar para a casa da vovó!

- Não quero voltar para aquele lugar! - seu queixo treme como se fosse chorar. Mas não me abalo. - Eu só pensei que ao chegar aqui seria diferente. Que nós passaríamos muito tempo juntos.

- Se não percebeu Fábio, eu trabalho as vezes em turnos dobrados na empresa ou na casa da família Nikolaiev, estudo e cuido do meu irmão. Não tenho tempo para te levar sempre que quiser passear. E achava que ao chegar aqui, faria amigos. Mas não é o que está acontecendo. Vovó não quis me dizer quando liguei perguntando, mas vou tirar a informação direto da fonte. Por que veio para cá? Aconteceu alguma coisa lá? - engole em seco mas dá de ombros.

- Nada!

- Jesus Cristo! Não me faz perder a paciência! Eu saí de lá em busca de oportunidade, nem imaginando que tinha um irmão que seria deixado comigo por uma mãe irresponsável. Onde moramos, infelizmente não há muitas oportunidades. Pensei que esse fosse um motivo para sua vinda para cá. Mas você não se esforça em fazer um curso, tentar uma vaga na universidade ou em procurar um emprego. Achando que é o rei do mundo, deixando a todos afastados.

- Se estou incomodando, era só falar! - joga ironicamente. Sorrio friamente e acredito que minhas feições tenham mudado, pois ele recua um passo.

- Acredite Fábio, não estaria mais aqui se eu me sentisse incomodado. Só quero que se esforçe em tratar bem as pessoas e principalmente Ramon!

Faz careta.

- Não pode me obrigar a nada!

- Veremos então. Já que se acha tanto, fique e tome seu café sozinho! - sua boca cai aberta.

Passo por ele, entrando no banheiro tirando minhas roupas suadas e coladas em meu corpo. Minha mente a mil depois de praticamente discutir com meu primo. Eu o amo, pois fomos criados juntos e temos a mesma história de sermos deixados com nossa avó como se não fossemos nada. Sempre o protegia na escola, pois sempre foi magricela e pequeno. Ao contrário de mim que sempre fui grande para minha idade. Ninguém tirava sarro de mim ou dele.

Não queria discutir com ele. Mas suas atitudes estão me tirando do sério.

Me seco rapidamente, no quarto coloco uma camisa de manga curta e uma calça de moletom juntamente com chinelos. Na cozinha Fábio come devagar com o olhar distante. Meu coração se aperta, suspiro. Aperto seu ombro, fazendo - o pular no lugar. Ele ri pela primeira vez em dias de forma gostosa, do jeito que me lembro.

- Não gosto de brigar com você Fábio. Mas só quero seu bem, ninguém é feliz sozinho. Por isso insisto tanto para você se enturmar. Vou tomar café com meu namorado, você quer vir?

O sorriso se vai. Solto um grunhido.

- Você é quem sabe!

Deixo - o sozinho. Na frente da porta do apartamento ao lado, me dou conta de que mais uma vez, me referi ao meu lindo como meu namorado e não consigo segurar o sorriso que divide meu rosto, ele é tão intenso que toca meu coração. Bom, vejo que terei um pedido oficial pela frente. A porta se abre após eu bater e quem me recebe é um senhor de idade, cabelos brancos e ralos, uma boina e roupas coloridas. O sorriso com o qual me recebe, é resplandecente.

- Ah, você deve ser o vizinho! Entre, entre! Vamos tomar café agora.








02/11/20

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