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• SETE • RAMON


Vovó nos serviu chá e biscoitos que ela mesma fez. Anunciou muito orgulhosa que ela e o pequeno David fizeram com muito amor. Enquanto ela apertava e beijava a neta matando sua saudade, coloquei Luna em seu terrário para que pudesse desfrutar do seu banho da manhã. A danada adora uma água. Aline observou eu carrega - la com os olhos arregalados e um pouco temerosos mas a deixei na sala com um joinha seguida de uma piscadela. Ela vai se acostumar penso comigo mesmo, rindo um pouco.

Volto para a sala, encontrando - a sentada com os ombros delgados caídos e o olhar perdido dentro da caneca com chá de morango, um dos preferidos de nossa avó. Ela sempre diz que as vezes só precisamos de um pouco de chá, palavras gentis e um abraço quente para que tudo se resolva. Me lembro, sentindo um sorriso gigante ocupar meu rosto, que fui recebido assim por ela quando cheguei do meu primeiro dia de aula. Onde fui muito feliz, até sofrer um assalto na porta da universidade. O lugar tinha um segurança que de repente não estava lá quando mais precisei. Apanhei por não ter um celular na época. Eu ainda não trabalhava e não queria dar gastos para minha avó. A mulher que conhecia por poucas semanas.

Tomando novamente meu lugar ao seu lado no sofá macio, afogo um pouco da minha saudade que arde em meu peito, quando toco seus cabelos. Os fios loiros não são longos. Eles chegam até os ombros apenas, caindo em ondas por eles. Ela nunca gostou deles grandes mas os mantinha quando mais nova pois nossa mãe praticamente a obrigava, dizendo que mulheres de bem mantinham cabelos grandes. Com a ponta do meu indicador, percorro as linhas suaves se seu rosto. Ela dá uma risadinha pois sente cócegas. Ela se afasta um pouquinho.

- Sei que sente cócegas!

- Sabe mas mesmo assim faz! - revira os olhos, levando a caneca até os lábios rosados sorvendo um pouco do chá. Fecha os olhos por um momento e os abre. - Este chá está maravilhoso! Onde está vó Elisa?

- Está no quarto, ela quis nos dar um momento a sós.

Acena levemente.

- Sabe, até hoje não acredito que tenho uma avó! Ela é tão linda, tem os olhos do papai!

- Ela diz o mesmo. - suspiro profundamente. - Como chegou aqui? Como soube do nosso endereço? - ela pigarreia. Seguro sua mão firmemente na minha, olhando em seus olhos. - Sei que está cansada, mas é que são tantos anos longe, que eu quero tudo.

Ela deixa um beijo estalado em meu rosto.

- Te entendo. - Ficamos em silêncio. Olho para o teto. - Te achei pelo Facebook. - inicia baixinho. Como fazíamos quando éramos crianças e um de nós estava de castigo, ela ou eu entrava no quarto um do outro escondido e dava colo para o outro. Ela deposita seu chá sobre a mesinha de centro e deita a cabeça em meu colo. Nem hesito em enfiar meus dedos pelos fios loiros e começar a lhe dar o carinho que aposto não recebe há tempos.

- Facebook? - sinto minhas sobrancelhas se juntarem em sinal de confusão e também na vã tentativa de me lembrar quando foi a última vez que acessei minha conta. - Nossa nem me lembro quando foi a última vez que entrei.

Recebo um beliscão em minha coxa, o que me faz gritar como uma garotinha pulando para bem longe dela. Que ri erguendo entre dedão e dedo indicador um fio de cabelo claro da minha perna.

Faço careta.

- Por que me beliscou, posso saber? - acaricio o local que arde agora.

- Lembrando dos velhos tempos e também para te dar uma sacudida! Onde já se viu ficar três anos sem entrar no Facebook? Ramon, aquela foto de perfil que aparece só sua testa está horrível! - diz em um fôlego só. Reviro meus olhos diante da agressão gratuita. A rede social em questão, já foi mais interessante para mim. Hoje eu entro na conta da Nana mesmo e fico com rindo dos memes.

- Eu tenho uma testa muito bonita sabia? - ela ri alto e quase caí do sofá.

- E oleosa também! Quando foi a última vez que fez algo na pele? - quase senta no meu colo e cutuca com seu indicador minha testa. Lhe dou um tapa na mão. Ela me soca o ombro. Quando vejo estamos nos embolando no chão da sala, rindo como hienas desesperadas e só paramos quando acerto minha testa na ponta da mesinha. - Senti sua falta sabia? - enfia o rosto no meu pescoço, completamente sobre mim.

- Eu também! - toco seu nariz. Nos sentamos no chão mesmo, lado a lado. - Agora vai me dizer a história toda depois de tentar me distrair. E não vamos esquecer que me agrediu também. - bufa alto, toma um pouco mais da bebida antes quente, que aposto estar morna agora.

- Acho que nosso pai enlouqueceu de vez! - dá de ombros. - Sabia que fiz faculdade escondido? - olho espantado para ela. Que me lança um sorriso infeliz agora. Faço - a se deitar com a cabeça em meu colo novamente. - Quando anunciei que tentaria uma vaga no vestibular, ele pareceu ficar fora de si. Dizendo que eu não iria estudar coisa nenhuma. Que eu deixasse essa bobeira de lado e me focasse em aprender a cozinhar, passar e tudo mais. Pois iria me casar. Eu ri na cara dele e aquela foi a primeira vez que ele me bateu! - senti meu sangue ferver. Fechando minhas mãos em punhos e com uma vontade absurda que ele estivesse aqui só para socar seu rosto.

- Ele te bateu? - acena. - E nossa mãe? Não fez nada?

- Nunca fez! - toma um fôlego a mais. - Depois daquele dia ele passou a monitorar minhas saídas de casa. Nunca podia fazer nada. Por causa disso não conseguia sair para estudar no pré - vestibular social que tem lá perto de casa. Fiquei de molho por quase dois anos. Mas sempre que podia fazer alguns bicos como babá. Ele não gostava muito mas não podia me prender para sempre em casa. Nossa mãe fingia não ver. Consegui entrar para uma universidade a distância e com muito esforço e lágrimas consegui me formar em administração! - bato palmas animado e muito feliz por ela. E com um pouco mais de raiva de nossos pais.

- Estou muito orgulhoso por você!

- Eu também!

- Você não deixou se abater por nada! Merece o mundo minha irmã!

- Obrigada!

- Mas e essa história de casamento? - seu corpo se sacode em um estremecimento.

- O Franscisco, filho do Pastor da igreja que eles frequentam foi estudar fora. Voltou e não parava de ir até nossa casa para me ver. Eu sempre negava, até que meu pai anunciou em um domingo de manhã que eu iria casar com ele daqui há três meses. - grunhe apertando minha coxa. Se ela está com raiva, estou livido!

- Ele é maluco ou finge que é?

- Aceitei com um sorriso no rosto. Mas ainda de madrugada, sai com somente uma roupa de frio e meu celular. Cheguei na casa do Pedrinho batendo queixo pois estava muito frio.

- Falou com ele? - sorrio ao lembrar do meu guardião. O homem que me ajudou tanto quando precisei.

- Primeiro quase engoli minha língua quando ele atendeu a porta usando somente um short de moletom. - olho para baixo rindo baixinho, vendo - a piscar um olho. - Nunca tinha visto um peito tão bonito na minha vida. - rimos. - É sério! Mas aí quase sofri um AVC quando o marido o abraçou por trás, com aqueles lindos cabelos loiros com alguns fios brancos nas laterais e me olhou com aqueles olhos claros que parecem enxergar sua alma. - se abana dramaticamente. - Eu nem sabia para onde olhar!

- Para as alianças nos dedos de ambos, seria uma coisa interessante não acha?

- A vista era melhor! Mas voltando! Depois se secar aqueles homens lindos, pedi ajuda para te encontrar. Eles me levaram para dentro, ofereceram algo para eu beber e perguntou do que eu precisava. Contei que era sua irmã e que não podia mais ficar em casa. Eles me deixaram dormir no sofá deles pois não tinham um quarto extra. André, o loiro de olhos incríveis me levou para casa no dia seguinte. Ramon aquele homem é uma estátua humana! - gargalho fitando seu rosto.

- Por que diz isso?

- Ele não fala! Quase nunca. A única vez que disse algo foi quando me pediu para ter cuidado depois de tropeçar na frente dele.- Suas bochechas ficam vermelhas. Engasgo com minha própria saliva, segurando meu estômago. Ganho tapas nos braços e peito. - Não ri de mim! Foi vergonhoso!

- Eu queria te visto!

- Ridículo! Enfim, discuti com meu pai e depois peguei minhas coisas. Na sede da ONG informei que sabia do seu endereço após te achar no Facebook.  Eles apenas confirmaram se era o mesmo, me comparam uma passagem. E fui embora daquela cidade sem ao menos olhar para trás.

Mais uma vez o silêncio reina entre nós. Ambos perdidos nos próprios pensamentos. Não deveria esperar menos de nossos pais. Nossa mãe sempre foi fiel ao marido e sua religião. Assim como nosso pai. Não é surpresa alguma que ele tenha praticamente exigido um casamento para minha irmã. Mas não dói menos. Machuca pensar que não há um só laço entre nós. Nunca vou me esquecer de suas palavras ou punhos, ambos pesados demais para não me marcarem de alguma forma.

- Como é sua vida aqui? - murmura tão baixo que se não estivesse perto, não ouviria.

- Eu gosto daqui. No início me perdi muito por não estar acostumado a morar em uma cidade tão grande. Campos de Esperança é bem pequena. Mas fiz amigos e também encontrei minha verdadeira família.

Uma lágrima solitária e que tem o poder de me abalar por inteiro, desliza devagar por seu rosto, se infiltrando em seus cabelos. Com delicadeza, limpo o rastro que ela deixou para trás.

- Tem lugar nessa família para mim?

- Sempre! Você é o pedaço de mim que ficou para trás entende? Não voltei para aquela cidade e muito menos entrei em contato por medo. Eu achava que você estava feliz sem mim e não queria atrapalhar. Ou te prejudicar com nossos pais.

- Não estava! E não te julgo, também não vou voltar para lá tão cedo. Eu juro não incomodar, vou arrumar um emprego e quando estiver pronta, um lugar para mim.

- Você não incomoda minha neta! - vovó vem gingando e se senta na sua poltrona de frente para nós. - Minha casa é sua!

- Obrigada vó!

Conversamos um pouco mais sobre o curso que fez. E me dava uma satisfação imensa ao ver os olhinhos de minha irmã brilharem conforme expunha como gostou do curso mesmo sendo a distância. Que o desânimo em alguns dias a fazia querer largar tudo mas ela se forçava a continuar. A levei para o quarto vago ao lado do meu e após colocar suas malas nele, a deixei no banheiro. Ajudei minha avó com o café e a mesa. Em alguns momentos eu fugia para a sacada e tentava ouvir algum som do apartamento vizinho mas não havia nada. Já eram quase dez da manhã e acredito que ele estivesse no trabalho nesse horário. Meu coração murchou um pouco por não vê - lo depois do beijo que trocamos ontem mas meu cérebro comemorou. Era o melhor. Para ambos. Arthur parece ser um cara muito aberto com sua sexualidade, ao contrário de mim que infelizmente as vezes me deixo levar pelas palavras do meu pai.

- Ele saiu cedo com o menino Davi meu neto. - não me viro de imediato. Aproveito mais alguns segundos sentindo os raios se Sol contra meu rosto e entro sem olhar para ela.

- Não sei do que está falando! - escuto - a estalar os lábios pronta para replicar.

- Nossa que cheirinho bom! - minha irmã me salva sem ao menos saber. Sorrio largamente. Abraçando e lhe indicando a cadeira ao lado da minha para que se sente.

- Voce gosta de broa? Pão caseiro? Ah fiz também bolinho de chuva!

- Esse último eu ajudei a fazer! - levo um tapa na cabeça.

- Não se sinta tanto meu neto! Você apenas os fritou!

- Não deixei de fazer! - mostro minha língua, que ela muito rápido para sua idade, a agarra. Tento sair de seu agarre mas ela é forte. Aline se derrama em seu lugar de tanto rir. - Nossa vó! Eu só disse a verdade.

- Não toda!

- Sinto que vou amar estar aqui! - diz e começa a se servir. - Já falei muito sobre minha vida! E os namoradinhos irmão?

O suco de uva que bebia fez um caminho errado dentro de mim e o sinto em meu nariz. Ele realmente sai por ele, molhando minha camisa de dormir favorita. Rindo, vovó dá palmadas em minhas costas. Aline me observa de perto, como se quisesse desnudar minha alma.

- Você tem alguém?

Lhe dou um olhar atravessado.

- Não! - digo rápido demais. Seus olhos se apertam em minha direção.

- Respondeu muito rápido. Vó ele tem namorado?

- Em breve!

- É muito complicado! - passa manteiga no seu pão.

- O complicado da história é seu irmão!

- Ele nunca foi fácil! - olho de uma para a outra chocado.

- O "Ele" está aqui, se não perceberam.

- Ele está caidinho pelo nosso vizinho sabe?

- Não estou não! - elas me ignoram.

- Ui, adoro um vizinho! É gostoso? - queria que ele fosse feio. Seria mais fácil fugir dele mas até suas raras risadas são bonitas.

- Normal! - dou de ombros.

- Ele é segurança  de uma família muito rica daqui da cidade. Tem um irmão de dez anos que é um amor, os amigos dele também são uma coisa e ele quer pegar seu irmão! - olho assustado para minha a senhora fofoqueira.

- Ele não quer me pegar coisa nenhuma! - falo mais alto do que deveria. As duas só sabem rir.

- Ele vive se iludindo!

- Bem, se não for tirar uma casquinha. Eu preciso conhece - lo. - dá uma mordida em seu pão, como se não tivesse dito que iria pegar meu homem. Solto um grunhido sem ao menos perceber lhe dando um olhar atravessado. Pisco atordoado diante do pensamento possessivo que passou por minha mente.

- Hum...

- Oh, você está apaixonado. - suspiro profundamente, massageando minhas temporas.

Apaixonado?

Eu?

Reviro meus olhos.

- O homem é um gato não nego. Mas...

- Vó, eu preciso conhecer o homem que está virando a cabeça do meu irmãozinho. - jogo um pedaço de pão nela. Apanho de minha avó por brincar com comida.

Resmungo, tentando ignorar a voz da minha irmã traçando planos para ter uma boa visão do meu vizinho. Enfio algumas fatias de bolo na boca para não gritar em frustração, quase me engasgando no processo. Dois lados de mim estão guerreando firmemente. Um quer explorar o que for que poderá acontecer entre nós e o outro diz para eu correr para as montanhas o quanto antes.

Resta saber quem sairá ganhando nesse jogo de forças, meu coração ou meu cérebro.

















O jeito que Ramon se ilude é diferente gente KKKKKKK.

28/10/20

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