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• QUATORZE - ARTHUR



Me sento na cadeira vaga ao lado dele. Que tem a boca cheia e olhos fixos em mim. Me inclino deixando um beijo em uma de suas bochechas infladas, arrancando uma risadinha de sua avó. Ela me observa com olhos alegres e satisfeitos. O senhor ao seu lado, a olha como se ela fosse uma jóia preciosa. Pelo visto, ele estava realmente interessado tem muito tempo na simpática senhora diante de mim. Davi bebe avidamente um pouco do seu Nescau. Me sirvo com um pouco de café preto.

- Como foi a corrida menino Arthur? - ambos os netos fingem estremecer.

- Foi boa. Eu gosto de manter a rotina de correr pela manhã, mesmo sendo domingo. Me sinto muito bem durante todo o dia.

- Eu também costumava correr na minha juventude.

- Não sabia vó! - Aline se pronuncia pela primeira vez, há um bigode de leite enfeitando seu lábio superior mas ela parece não se importar.

Mas meu namorado sim, pois ainda comendo, pega um guardanapo sobre a mesa e limpa suavemente a boca da irmã, que lhe beija o rosto. Meu coração se aquece ao ver o quão carinhosos e unidos são. Mesmo tendo ficado separados por anos, a ligação entre eles nunca foi enfraquecida ou quebrada pela saudade ou pela ausência, imposta pelos pais omissos e preconceituosos.

Quando meu irmão chegou em minha vida de forma inesperada, por alguns dias eu cheguei ao ponto de pensar que não iria conseguir. Eu tinha vinte anos, estava no início do meu trabalho com a família Nikolaiev. Naquela mesma semana, eu tinha acabado de conseguir sair dos turnos somente na empresa e tinha sido designado para o turno com a família. Não tinha com quem deixar um bebê.

Mas graças a Deus tinha meus amigos comigo. Eles me ajudaram a encontrar alguém para cuidar dele enquanto trabalhava. E assim seguimos nossas vidas. E a cada dia que se passava, terminando com seus abraços, beijos e sorrisos, eu tinha noção de que estava aguentando bem. Que estava fazendo as coisas certas.

Um dia estava fazendo a segurança da senhora Nikolaiev, quando meu celular tocou. Era a babá que ficava com meu maior tesouro enquanto trabalhava, dizendo que estava no hospital pois se distraiu por um instante e meu irmão caiu da cama. Eu fiquei tão desorientado que só fui reagir, quando Silas também trabalhando comigo naquele momento apertou de forma dolorosa meu ombro. Dona Márcia assim que soube o que tinha acontecido, me liberou para sair mais cedo e foi comigo até o hospital público para onde tinham levado ele. A babá se esqueceu que temos um bom plano de saúde e nos é possível sermos atendidos em um hospital particular. Mas naquele momento eu nem me liguei nesse fato. Apesar de tudo, meu irmão foi muito bem atendido lá. Quando pude vê - lo, notei um galo na sua testa. Ainda de costas para minha patroa e amigo, eu chorei baixinho, me desculpando por não estar com ele quando aconteceu.

Não tinha mais como a moça continuar, eu não confiava mais nela. Sabia que bebês eram escorregadios quando aprendiam a se virar mas eu dispensei seus serviços. Minha patroa após brincar um pouco com meu irmão, me chamou para uma conversa e já fui pensando que iria ser demitido. Eu era novo, tive que sair antes do horário. Mas assim como existiam pessoas ruins no mundo, eu descobri também que havia as pessoas boas. A senhora de sorriso deslumbrante e enorme coração, era uma delas. Me informou que eu ficaria por um tempo fazendo a segurança dela em sua casa e que a mesma babá que cuidou dos netos ela, ficaria com Davi. Eu quase me ajoelhei em agradecimento, mas lhe dei o abraço que ela pediu tão carinhosamente.

- Por que está nos olhando assim vizinho? - ela quebra o silêncio que se tornou em volta da mesma e nem ao menos notei. Mergulhado em minhas lembranças.

- A ligação de vocês é muito bonita!

Aline praticamente agarra o irmão pelo pescoço, no ato quase engasgando ele. Mas sem se importar com o fato, ela o enche de beijos.

- Eu amo o meu irmão! Nossa família, seu preconceito e sua religiosidade não foram capazes de mudar isso.

- E nunca vai ser! Você é minha metade Aline!

- E você a minha! - a mesa inteira suspira.

Sinto um dedo indicador minúsculo cutucar minhas costelas. Olho para baixo e para o lado, Davi também tem um bigodinho mas o dele é marrom. Seus olhos de igual cor, me observam com um pedido imerso neles.

- Posso mostrar para eles todo o meu amor por você? - agora estão todos rindo. Sérgio limpa o canto de seu olho discretamente. A idade pode ter chegado para ele, como acontecerá com todos nós um dia, mas ele não deixa de ser um homem de grande porte.

- Own fofo!

- Está esperando o que? - lhe pisco um olho. Ele ri, escala meu colo e se enfia em meu peito. Sinto o gelado do Nescau que bebeu ao senti - lo beijar minha bochecha. - Somos a fortaleza um do outro!

- Sim! - dança em meu colo.

- Onde está a mãe de vocês? - Aline solta do nada, olhando do meu irmão para mim.

Engulo em seco, tento não deixar transparecer toda a raiva que tenho dela. Ainda é domingo de manhã e eles não merecem sentir toda a mágoa que essa mulher nos causou. Até certa idade, eu tinha esperanças de que ela voltasse para mim e por mim. Mas isso nunca aconteceu. Davi chegou e assim como eu, ainda nutre a maldita esperança de que nossa mãe volte.

- Não precisa responder, se não quiser! - meu loiro toca meu ombro.

- Desculpa menino Arthur, se fui muito intrometida. - a pequena senhora se mostra constrangida. Dou de ombros, oferecendo meu melhor sorriso para ela. Que não tem culpa de nada.

- Não se desculpe, você só está curiosa. Fui criado pela minha avó desde que me entendo por gente. Minha mãe me deixou com ela...- passo olhando para o pequeno em meu colo que ficou estranhamente quieto em meu colo.

- Viviane me deixou com minha avó quando se viu não preparada para ser mãe. - tento suavizar a informação. - Minha avó criou a mim e a meu primo, desde que éramos bebês. Não sofremos maus tratos mas ainda assim ela se mostrava um pouco amarga com a situação em alguns momentos. Vim para o Rio com vinte anos em busca de uma melhor oportunidade de emprego pois onde morava não havia muita. Um tempo atrás até encontrei com um antigo professor meu que veio morar aqui também. Consegui um emprego como segurança na família Nikolaiev e pouco tempo depois, Davi chegou em minha vida para alegra - la.

Ele se anima, me olhando com um enorme sorriso em seu rosto.

- Sim, sem mim a vida do meu irmão seria um caos!

- Seria mesmo carinha! - eles nos observam mas não fazem mais perguntas. O que agradeço.

Sorri para o restante da mesa, tentando desfazer, ao beber um pouco mais do meu café, o bolo que se formou em minha garganta. Viviane não me faz falta. Não mais. Mas sua ausência na vida do meu irmão, ainda será sentida por mais algum tempo.

O restante da refeição é feito com dona Elisa nos informando a hora que seria o bingo, como nos vestir e que iríamos a uma pizzaria depois do nosso compromisso. Ela falou sobre seus planos que nos incluem com tanta paixão, que mesmo não tendo aceitado antes, eu concordei prontamente em ir com eles.

Voltei para casa após ajudar na lavagem e secagem da louça, enquanto roubava uma vez ou outra alguns beijos de Ramon. A avó foi para o sofá, onde trocou carinhos com seu namorado. Eu só sabia rir do inconformismo do neto que queria saber primeiro que a irmã. Sua filha, a cobra de cor amarela clara não se fez vista enquanto estava lá. O que agradeci pois ainda sinto um leve arrepio de medo quando penso nela.

Retornei para meu apartamento sem meu irmão como sempre. Encontrando Fábio no sofá, braços cruzados e olhar perdido em um ponto qualquer da parede da sala. Abro a geladeira e pego uma garrafa com água, retiro a tampa e me jogo no sofá ao lado. Ele me observa de canto de olho.

Assim como eu, ele tem todas as características do pai que segundo nossa avó, sempre foi muito bonito e mulherengo. Me lembro das vezes que meu primo, dizia odiar sua própria imagem no espelho. Pois ele tinha que encarar todos os dias o homem que o deixou sem ao menos olhar para trás. Sua mãe morreu quando ele nasceu, então nem ao menos contar com uma mãe ele pôde.

- Por que decidiu vir para cá? - repito a mesma pergunta desde que chegou aqui.

- Se já falou com vovó, sabe o motivo. - diz rigidamente.

Dou uma risada sem humor.

- Falei com ela. Mas não tirei nada dela. Ela disse que teria de conversar com você.

De seus lábios, um profundo suspiro preenche o ar. Passa os dedos pelos cachos.

- Agora não importa mais.

- Por que?

Não faz questão de me responder. Entrelaça seus dedos uns nos outros. Ergue o olhar conformado em minha direção.

- Vou me esforçar mais em fazer amizades.

Sorrio de lado, feliz por ele. Ninguém é feliz sozinho.

- Isso é bom!

- Só preciso de tempo.

- Tudo bem! - me ergo, termino de beber minha água e estalo minha coluna. Minha mente me levando para a pilha de livros a minha espera sobre a escrivaninha em meu quarto. - Vou estar no quarto se precisar de alguma coisa.

- Tudo bem!

Abro a janela do meu quarto, as cortinas escuras balançam conforme o vento leve entra através dela. Ao lado dela está minha escrivaninha, ela é toda de madeira escura. É bem antiga mas foi reformada, sendo posta a venda logo em seguida. Quando a vi, nem ao menos hesitei em compra - la. Era do tamanho que queria e mesmo com um aspecto antigo, é bonita. Sobre a superfície lisa e escura, há meus livros da universidade. É semi presencial e desse moro posso conciliar trabalho e meu irmão com ela.

Retiro minha camisa a lançando o lado, ela cai sobre a cama. Abro minha apostila no tópico no qual parei ontem de ontem e me ponho a estudar. Tentando resolver algumas fórmulas que as vezes me dão um nó em meu cérebro. Hora ou outra paro para escutar se ele já chegou mas pelo visto, eu terei de ir busca - lo.

Com os exercícios feitos, dou uma pausa na leitura do material complementar e olho para as horas em meu celular. Quase meio - dia. Está na hora de busca - lo. Na sala Fábio assiste a uma série de terror deitado no sofá. No apartamento vizinho, quase não consigo levar meu garoto. Aproveito e convido Ramon para darmos uma volta pelo condomínio. Ele aceita com um sorriso completo no rosto bonito.

Separo as roupas que meu irmão irá usar após o banho. Vou para meu quarto pegar as minhas e também jogo uma água em meu corpo. Me sentindo um pouco mais leve, me sento com Fábio no mesmo sofá, com minha cópia em meu colo. A série de terror sendo substituída por um desenho. Sobre a mesa de centro abarrotada de peças de lego, revistas e cadernos de desenho, meu celular vibra. Quando vejo o nome que aparece na tela, não consigo frear meu sorriso. Desde que o conheci sorrio mais livremente. Não que eu fosse infeliz antes. Só não tinha tantos motivos assim para estar sorrindo.

"Vovó exige sua presença aqui em casa para o almoço! 😎😎" Ramon

"Só sua avó?😏" Eu

Alguns segundos se passam com ele digitando e apagando a mensagem.

"Talvez eu já esteja com muitas saudades suas!😪" Ramon

"Estou no mesmo estado que você! E olha que moramos no mesmo prédio. Nós iremos para o almoço!" Eu

Deixo meu celular em meu colo. Davi o pega com dias pequenas mãos rápidas e baixa um jogo qualquer com uma velocidade sem igual. Se distraindo rapidamente. Fábio me observa novamente de esguelha.

- Vamos almoçar no apartamento ao lado, quer ir?

Silêncio.

Ele fica completamente parado ao apertar somente suas mãos uma nas outras.

- Tenho um compromisso.

- Tem? Já conheceu alguém aqui e não me disse nada?

- Estava esperando o momento certo. - o olho mais atentamente.

- Tem certeza?

- Absoluta! - tento não revirar meus olhos.

- Se você diz. - Me levanto levando meu irmão a reboque comigo.

Viro - o de cabeça para baixo arrancando uma sonora e bonita gargalhada dele. O som me tem relaxando e agradecendo aos céus por te - lo na minha vida. Nosso começo foi um pouco complicado mas se tivesse que passar por tudo de novo, passaria.

Na porta do apartamento ao lado, sou recebido novamente pelo namorado de minha vizinha. Ele me diz para entrar com um sorriso imenso no rosto maltratado pela idade. Meu sorriso quase desliza de meu rosto ao ver a cobra em um tour pelo chão do apartamento. Ramon tem seu inseparável violão em seu colo enquanto dedilha por ele com dia irmã falando a mil por hora em seus ouvidos. Por um instante me esqueço de tudo e todos me fixando no fato do quão bonito ele fica assim. Relaxado, sorrindo de lado e olhos ávidos sobre o caderno em seu colo.

Sou arrancado de meus pensamentos com meu irmão dançando em meus braços para estar no chão. Ele corre para a cozinha onde dona Elisa está, abraçando - a pela cintura e recebe um afago de presente.

Ramon ergue o olhar não muito depois disso. Antes seu sorriso era pequeno mas agora é um que toma seu rosto todo, mostrando todos os seus dentes. Ele me pisca um olho, chamando - me para sentar ao seu lado. Eu vou na mesma hora.

Não perco tempo. Assim que estou bem pertinho dele, aspiro seu perfume que não é muito forte e puxo seu rosto para tomar meu beijo. Ele suspira em surpresa e por um instante penso que o constrangi ao beija - lo na frente da família. Mas não é o que acontece, ele se rende gemendo baixinho e enfiando sua língua na minha boca. Devoro - o sem pena.

Só nos separamos quando um pequeno corpo se enfia entre nós e algo gelado toca meu pé. Meu irmão se pendura em meu loiro enchendo - o de beijos e ao olhar para baixo, vejo a tal da cobra bem perto do meu pé. Engulo em seco.

- Ela não vai morder Arthur! - Ramon ri alto.

- Como sabe disso? Viu o tamanho dela?

- Luna é uma flor delicada. Ela quer fazer amizade com você!

- Nem pensar! - me encolho em meu lugar. Eles gargalham debochando da minha situação. Parecendo sentir que por enquanto não é bem vinda perto de mim, a cobra se afasta vagarosamente. Sinto - me respirando aliviado. Querendo fazer alguma coisa, satisfeito com o beijo que troquei a poucos minutos e conformado que perdi meu namorado para meu irmão por enquanto, me sinto na obrigação de fazer algo. - Então, em que posso ajudar?

Parece que disse uma palavra mágica. Em segundos uma bacia com batatas e cenouras surge sobre meu colo. Sorrio me sentindo em casa, muito animado pelo passeio a tarde e pelo bingo.


07/11/20

Cheguei gente. Desculpa o sumiço.


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