•• EPÍLOGO ••
Um ano depois....
Acordo sentindo uma brisa fresca soprar contra meu rosto e o aquecer do Sol em minha pele. Resmungo um pouco chateado tentando lembrar se deixei a janela e cortina abertas antes de dormir. E após muito pensar ainda de olhos fechados, chego a conclusão de que não. Não deixei.
- Vó! - murmuro me encolhendo um pouco mais na cama, virando - me de costas para minha perdição.
Começo a me perder novamente em meio aos sonhos. Mas uma batida de estremecer minha porta e o grito de minha amiga me faz sentar em um pulo na cama. O coração quase na boca. Fico até um pouco tonto mesmo estando sentado.
- Ramon! O que em nome de Deus está fazendo que não atende o celular?
- Dormindo cacete! - respondo nervoso. - É o que humanos normais fazem!
- Não me responde cara! - bate de novo. Desperto aos poucos e percebo o quanto está nervosa. - Temos quinze minutos para chegar no salão de festas.
Sinto meus olhos quase sairem do meu rosto tamanho o espanto.
- Quinze minutos? Está maluca? Estou de folga se lembra?
- Claro que não. - bufa e mesmo sem vê - la, sei que está revirando os olhos. - Fui eu quem te deu. Mas surgiu um imprevisto. Evento de última hora.
- Nana...- faço beicinho. Luna me observa do terrário.
- Ramon...
Me espreguiço e parecendo me imitar, minha bebê faz o mesmo.
- Me espera acordar direito?
- Impossível! Dez minutos.
- Nana! Não seja má! - levanto - me para logo cair meio torto no chão. Um gemido deixa meus lábios. Minha amiga na certa escutando do lado de fora do meu quarto, ri alto de engasgar.
- Ah meu Deus!
- Não ri, Jesus Cristo!
- Não dá! - ofega. - Você me diverte sabia?
- Não me chama de palhaço! - me coloco de pé indo em direção ao meu guarda - roupa.
Meu conjunto de ficar em casa me chamando como uma sereia seduzindo sua presa. Minhas meias furadas quase que sorriem para mim. Desvio meus olhos suspirando desanimado. Minha folga foi para o inferno. Tenho que ligar para Arthur avisando que não vamos almoçar hoje. Com um evento de última hora, nem temos tempo para sequer respirar. Escolho uma calça jeans escura, cueca boxer preta e uma blusa azul. É nova e ganhei de presente de aniversário do meu amor. Tomo um banho rápido e após alimentar Luna, coloco meu tênis All Stars vermelho e vou para a cozinha tentar pelo menos comer alguma coisa.
- Olha mamãe, o tio chegou! - Não aguento de emoção. Corro para pegar meu neném nos braços. Ele cresceu tanto nesse tempo que passou.
- Cheguei mesmo. Louco para te encher de beijos. - ele ri do mesmo jeito que a mãe, se contorcendo todo meus braços quando cheiro e beijo seu pescocinho diversas vezes.
- Bonito cabelo. - lanço um olhar atravesado para ela. Ela me apressou tanto que nem deu tempo de arrumar meu topete.
- Vá se catar!
- Não fica bravinho! Amiga! Amiga! - diz com as mãos erguidas.
Olho ao redor enquanto Caio tenta enfiar sua maçã babada na minha boca. Sem louvores pela manhã, sem Davi montando lego no chão, sem Aline gingando na cozinha roubando biscoito antes do café da manhã. E ela consegue, pois segundo vovó não se pode negar os pedidos de uma mulher grávida. Me lembro que sua gravidez literalmente foi um susto. Ela foi morar com Paolo dois meses após a visita nada agradável de nossos pais e nunca a vi tão feliz. O rapaz um tanto quieto mas de sorriso acolhedor realmente a estava fazendo muito feliz. Alguns meses depois encontro minha irmã sentada na porta de nosso apartamento em prantos. Balbuciando algo sobre troca de remédios e que ficou fodida. Ao fazer a transição de um anticoncepcional para outro, a coitada engravidou e ficou com medo da reação do namorado. Foi a melhor possível, o homem só faltou chorar quando soube.
- Onde esse povo foi parar?
- Sairam!? - Nana diz de costas para mim. Está mexendo em algo na sua bolsa.
- Elas sairam ou não? - recebo dela o silêncio. Tento ver o que está fazendo, vejo que está digitando ferozmente em seu celular. Quando percebe que estou muito perto, esconde a tela no peito, com os olhps arregalados.
- O que você viu?
A observo de perto. Ela parece bem nervosa.
- Nada. - minhas sobrancelhas quase se tornam uma devido minha confusão. - Deveria?
- Claro que não! - grita quase em pânico.
Mudo Caio para meu quadril. Ele ri balançando os pés, parecendo amar a nova posição.
- Você sua safada! Está trocando mensagens sexuais com Silas?
- Talvez! - diz sem muita firmeza.
- São fotos?
- Não seja um pervertido! - revira os olhos rindo baixinho, menos alerta. Joga o aparelho dentro da bolsa enorme.
- Aprendi com a melhor!
- Com quem, sua avó? - ri.
- Com você! - tranco o apartamento. Caio deita sua cabeça em meu ombro. - Ele vai conosco?
- Sim. Meu irmão ficará de olho nele enquanto trabalhamos.
Aceno afirmativamente. Acomodo - o em sua cadeirinha. Ele ainda tem metade de um pedaço de sua maçã presa firmemente em sua mão. Nana pede para eu assumir a direção, peço um minuto para avisar ao meu namorado que não poderemos almoçar juntos hoje. E pode ser impressão minha mas o senti um tanto aéreo. Dou partida no carro pronto para seguir em direção salão de eventos quando Nana diz que temos que passar em uma loja. A olho sem entender por que tinha tanta pressa em me tirar de casa e de repente podemos passar em outro lugar no caminho. Engulo a resposta atravessada que diria.
Seu telefone toca, muito depressa ela atende. Ouvindo atentamente o que dizem do outro lado da linha.
- Meu Deus cara. Vocês só me fodem! - ergo uma sobrancelha quando olho rapidamente seu estado frenético. - Só dirige Ramon.
Dou de ombros e escuto ela falar um pouco mais baixo. Suspirando pesadamente, desliga.
- Posso saber o motivo do nervoso?
- Não é nada!
Seguimos em silêncio. Depois de achar uma vaga quase virando a esquina da loja para onde iremos, reitiro meu afilhado do carro e seguimos sua mãe. Somos recebidos por um moço muito simpático que assim que ouve atentamente o pedido de Nana por saltos, vai em busca de alguns no depósito. Olho para as horas em meu celular e já são onze e quinze da manhã. Estou com fome e só queria estar com meu amor. Nana parece desconhecer a palavra pressa pois está sentada em um sofá muito bonito e prova pacientemente cada sapato de salto alto que o rapaz trouxe. Caio começa a ficar agitado em meu colo e resolvo dar uma volta pela loja com ele. É bem grande e tem diversos departamentos. Ele ri e acena para os funcionários e clientes pelos quais passamos.
Volto para onde sua mãe está dez minutos depois. Ela usa um salto alto azul royal e fica muito bem nos pés dela.
- Nana, não estávamos atrasados?
- Já estou terminando. - me lança um sorriso nervoso. - É para um casamento sabe?
- Casamento? - tento puxar na minha mente quem vai casar. - De quem?
Desfila diante do espelho.
- Uma ex colega de turma.
- Hum...- o celular que só vi agora em sua mão, vibra.
- Já podemos ir! - parece aliviada. - Vou levar esse tudo bem?
O rapaz acena animadamente e digo que vou espera - la no carro enquanto ela finaliza sua compra. Caio exige mais um pedaço da fruta que tanto gosta. Pego o pote em sua bolsa e lhe dou. Recebo como recompensa, seu sorriso de contentamento. Com ele em sha cadeirinha, cantando uma música infantil do seu jeitinho, espero. Não demora muito para sua mãe surgir esbaforida com três sacolas na mão.
- Anda Ramon! Estamos arrasados.
- A culpa é sua! Que quis passar na loja! - ganho um revirar de olhos. Dou partida assim que coloca o cinto de segurança.
O caminho todo é feito com ela digitando ferozmente em seu celular. E eu me ocupo em prestar atenção no trânsito, pois uma vez ou outra um engraçadinho tenta nos ultrapassar. Estaciono na frente do salão. O lugar parece estar vazio. A porta se abre revelando o irmão de Nana, que não demora em vir até o carro e abre a porta traseira, retirando o sobrinho.
- Tem certeza que teremos um evento hoje? É o que? Almoço? Ou um café da tarde?
- Café da tarde! - envio adagas para ela com meus olhos. Ela ri nervosamente. - Almoço!
- Você está muito estranha amiga! Está acontecendo alguma coisa? Eu posso ajudar no que for! - ela sorri de lado, toca meu rosto e beija minha bochecha.
- Não está acontecendo nada! Está tudo bem.
- Tem certeza? - seguro suas mãos nas minhas, apertando brevemente.
- Absoluta! - retira o cinto e faço o mesmo. Saltamos do carro e antes de entrar, ela me para. - Eu te amo muito sabia e meu maior desejo é que seja feliz. - sinto minha garganta se fechar.
- Eu já sou feliz Nana. - digo com toda a sinceridade que há em mim. Eu sou feliz. Tenho tudo o que sempre quis na vida. Que é ser amado. Não importando quem eu sou. Sou aceito assim e isso não tem preço.
A passos lentos, entramos através das portas duplas do local e se não estivesse segurando no braço de minha amiga, tetia caído no chão pois simplesmente perdi a firmeza das pernas. Começo a respirar com dificuldade e não consigo segurar as lágrimas que insistem em caírem sem freio algum por meu rosto.
Todos estão aqui. Minha avó, minha irmã, meus colegas de trabalho do hospital. Os amigos do Arthur que se tornaram meus amigos também, sua mãe e seu padrasto que começaram a fazer parte do nosso convívio de forma constante nos almoços de domingo, as pessoas que trabalham comigo e Nana, sua família. Tem outras que não conheço mas já tenho uma ideia de quem sejam. Levo minha mão ao peito quando encontro os homens da minha vida no centro do salão, os dois estão muito bonitos em suas roupas sociais. Eles sorriem para mim. Sinto meu rosto úmido e sei que perdi a batalha em tentar segurar meu choro.
Nana tenta andar comigo mas minhas pernas estão bambas, não consigo me mover. Parecendo saber o que se passa comigo, se ajoelha e diz algo no ouvido do irmão que acena rapidamente. A passos comedidos e firmes, vem até mim. Suas mãos grandes seguram meu rosto, pacientemente limpa com os dedos indicadores minhas lágrimas.
- Não chora! - beija minha testa. A atenção de todos está sobre nós. Minha amiga está com sua pequena família, Silas me dá um joinha de longe, com Caio enrolado nele.
- Não consigo parar! - é a verdade. - O que é tudo isso?
No fundo eu sei o que é. Só quero que ele me confirme.
- Mesmo tendo me pedido em casamento primeiro...- ele ri. Minhas bochechas esquentam enquanto as pessoas riem. Lhe soco o peito.
- Não foi assim. - tento não fazer beicinho.
- Foi assim, sim! Dona Elisa está de prova! - mais risadas e acabo rindo junto. Me lembrando do dia em questão. Não era minha intenção, saiu sem querer.
- Bobo!
- Mas mesmo assim, estou aqui hoje para te pedir em casamento da maneira certa. Dessa vez eu fui mais rápido.
- Amor...
- Eu não esperava te conhecer Ramon. Eu só queria terminar minha graduação e criar meu irmão em paz. Tive muitos relacionamentos onde meu irmão não era aceito. As pessoas com quem me relacionei, só queriam a mim. Mas a minha outra metade era deixada de lado e eu não queria isso. Por isso não estava a procura de ninguém. Não era amargurado nem nada do tipo. - sua voz vacila um pouco. Uma lágrima escorre por seu rosto, agora sou eu quem a seco. - Mas você apareceu e eu não tive medo ou hesitei em ir fundo em seja lá o que poderia haver entre nós. E quando vi que a presença do neu irmão não o incomodava, eu te amei ali. Pois você o amou primeiro. - aceno sorrindo. Davi realmente é uma criança fácil de amar. - Eu não sou rico mas te dou meu coração que é todo seu. - fungo baixinho. Ele se ajoelha e quero gritar de alegria. Do seu bolso retira uma caixinha preta. - Eu já disse "sim" para seu pedido meses atrás. Mas falta o seu "sim". Ramon Vieira, quer se casar comigo?
Levo minha mão livre em direção ao meu peito. Tentando fazer meu coração ficar dentro do meu peito. O coitado bate descontrolado dentro de mim. Há silêncio ao nosso redor, enquanto esperam minha resposta. Engulo em seco algumas vezes, acenando freneticamente.
- Quero suas palavras meu loiro. - murmura sorrindo.
- Sim! - sai em um grito. - Eu aceito. Eu não tenho palavras bonitas agora. - o povo não se aguenta rindo alto. - Você me pegou desprevenido homem. Mas sim, aceito me casar com você.
- Mandou bem Arthur! - um rapaz grita, com o punho no ar. Seu sorriso é bonito e só por ele, sei quem é. Raphael Nikolaiev. O rapaz de quem Arthur é segurança. Há outras pessoas com ele e na certa são sua família.
Silas é quem puxa os assobios e as palmas. Aline pula no lugar, sendo contida pelo namorado. Vovó se recosta em Sérgio, enquanto seca suas lágrimas. Arthur coloca o anel em meu dedo devagar, suas mãos assim como as minhas tremem. Ele se ergue, sorrindo largamente e me joga no ar. Jesus, nunca vou me acostumar com isso. Davi entra no meio de nós tentando escalar o irmão. Quando consegue, envolve meu pescoço com seu braço esquerdo. Ele beija meu rosto.
- Agora você é todo nosso tio Ramon!
- Eu sou mesmo!
- Não vale devolução! - Nana grita. Quase mostro meu dedo do meio para ela.
Devagar sou parabenizado. Gregorio me abraça e sinto como se estivesse abraçando um pai. Nos aproximamos muito de uns tempos para cá e sua sabedoria e maturidade me fazem enxerga - lo como alguém bem mais velho e onde sempre vou encontrar abrigo. Seu marido me abraça também. Sam aperta minhas bochechas, dizendo não acreditar que o neném dela vai casar. Eu digo que vou, com toda a segurança do mundo. Eu tenho certeza de que quero dar esse passo com o homem da minha vida. Aline praticamente pula sobre mim, quase me causando um ataque cardíaco. Mesmo grávida, o jeito de ser não mudou. Principalmente correr como uma maluca, o patrão lhe deu uma licença extensa com medo dela cair no trabalho.
- Estou tão feliz meu irmão! Vai casar!
- Eu vou! - digo orgulhoso. Ela ri e chora ao mesmo tempo. Paolo aperta minha mão, me felicitando.
- Vó! - ela me envolve com seus braços. Onde encontrei muito mais que refúgio. Encontrei compressão, aceitação e amor. Ela beija meu rosto, alisa meus cabelos com seus dedos e me beija de novo.
- Gosto de te ver assim meu neto. Resplandecente. Sendo amado como merece. Eu te amo muito.
- Eu também vó! - se vira para Arthur. Davi já está nos braços da mãe. - Estou lhe confiando meu bem mais precioso menino Arthur. Não me decepcione.
- Não vou. - diz com firmeza. - Ele é minha vida.
Parecendo satisfeita com sua resposta, se afasta com Sérgio que me abraça forte e até me tira do chão. Nos minutos seguintes abraço e converso com as outras pessoas presentes. Arthur não se afasta, sua mão presa firmemente a minha. A família Nikolaiev fez questão de estar aqui e mostrou como se importam com seus funcionários, segundo Tyler, eram como se fossem sua família. O homem é tão bonito que fica difícil não se perder no sorriso que sempre alcança os olhos ou no sotaque que aparece muito. A esposa é a sinceridade em pessoa, me senti bem perto dela. O filho não é muito diferente. Formam uma família muito bonita. Fábio me parabenizou e finalmente me apresentou seu namorado. Que foi seu professor de cursinho. E parecem se dar muito bem. A avó de Arthur não quis vir e meu namorado parece estar bem com isso.
Eu achava que já tinha chorado tudo o que tinha que chorar. Mas assim que o casal surgiu diante de mim, percebi estar enganado. Eu não sabia se me jogava nos braços do meu anjo da guarda ou se sentava no chão de uma vez e chorava pelo resto de minha vida. Ele não mudou nada, a não ser uns poucos fios brancos que insistem em aparecer entre os longos fios negros como a noite. Os olhos cheios de vida, alegria e compreensão estão úmidos. Não sei quem deu o primeiro passo, se eu ou ele. Mas quando vi, estava em seus braços. Chorando como um bebê. Grato pela oportunidade de ter conhecido ele. O marido com o semblante sério observa a tudo a uns passos de distância. Me acena discretamente. Os olhos claros sorriem para mim.
- Olha só como está lindo! - segura meu rosto, os olhos parecendo gravar cada linha do meu rosto. Faço o mesmo. Como senti falta dele, ainda nos falamos por telefone mas não é o mesmo que pessoalmente. - Olha como ele cresceu amor. - o marido sorri de lado.
- Ele parece o mesmo para mim. - diz simplesmente. Rimos pois esse é seu jeito.
- Não liga para ele, não sabe curtir o momento. - me abraça de novo.
- Senti saudades.
- Ah eu também. Não imagina o quanto. Minha vida é uma correria só, nunca dava para dar um pulinho aqui para te ver.
- Eu sei. - olho para trás dele. - E as crianças? Não vieram? - fiquei pouco tempo perto delas mas criei um laço com elas.
- Não. Estão de férias com os tios. Me abandonaram sabe? - faz drama.
- Eles foram hoje de manhã Pedrinho!
- Mesmo assim! - olha para Arthur. - E você senhor segurança. Faça o favor de faze - lo muito feliz!
- Eu vou! - diz olhando dentro dos olhos dele. Que acena parecendo muito satisfeito com sua resposta.
- Ele já faz Pedrinho! - nossas mãos se fecham juntas. - Obrigado por me estender a mão quando não tinha ninguém por mim. - uma lágrima desce por sua bochecha. O marido o abraça. - Você mudou minha vida e me mostrou que não era errado o meu jeito de ser e amar.
- Não precisa agradecer. - abana o rosto. - Não me faz chorar também. Só fiz o que meu coração pediu.
Aceno lentamente. Minha mente repassando como um filme cada momento da minha vida. Tive minhas dores, uma família que mais me machucou do que me cuidou. Mas no decorrer do caminho muitas vezes pedregoso que é a vida, aprendi que laços podem vir de onde menos esperamos. Que as vezes não temos escolha, a não ser aceitar que o sangue em muitos momentos não é nada perto dos laços de carinho, amizade, fidelidade e amor que formamos no decorrer de nossas vidas. Eu fui agraciado com tantas coisas. Que só posso ser grato.
E enquanto seguimos em direção a uma das dezenas de mesas espalhadas pelo salão, constato que ainda tenho um longo caminho para trilhar. Mas não tenho medo, pois não estarei sozinho. Nunca mais.
Ai meu coração Frozen's não aguento.
25/12/20
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