• DEZENOVE • RAMON
Nunca senti tanto desespero na vida como no momento que as palavras deixaram os lábios de minha irmã durante a ligação. Ela parecia muito nervosa, não lhe tiro a razão. E também um pouco perdida. Demorei a reestabelecer um diálogo sem interrupções com ela. Que me informou estar na casa do rapaz que está saindo, que é muito longe de onde moramos. Por isso havia ligado para mim, com a esperança de que eu pudesse chegar primeiro na delegacia o quanto antes para que pudesse ver nossa avó. Depois que desligamos, o choque da notícia finalmente caiu sobre mim, fazendo - me quase chorar de desespero. Não sei quanto tempo se passou, só me lembro do instante que meu namorado me levou para que me sentasse na cama e devagar expliquei a situação para ele.
Arrumo as mangas de minha camisa pela décima vez, em menos de quinze minutos desde que deixamos a casa. Enquanto eu tentava arrumar nossas coisas sem tremer feito uma vara verda, Arthur entrou em contato com o dono da residência para informar que iríamos adiantar nossa saída. Iríamos curtir um fim de semana prolongado, indo embora somente na segunda - feira pela manhã. Mas com a prisão de vovó, tudo mudou.
Não me importo se meu fim de semana foi interrompido. Mesmo sendo o primeiro que tiro totalmente para mim, desde que comecei a trabalhar com Nana. Só preciso ver minha avó e confirmar com meus próprios olhos que ela está bem. Arthur foi muito compreensivo comigo, o que agradeço muito.
Com tudo arrumado, levamos para o carro e após um banho rápido, pegamos a estrada.
Passo a mão por meu cabelo, tentando deixar meu topete no lugar.
Olho para a estrada tentando não pensar em como ou onde minha avó está. Nunca fui preso, não sei como funciona as coisas em uma delegacia. Mas tenho esperança de que tudo não passe de uma enorme confusão e a mulher que abriu as portas de sua casa e coração para o neto que nunca tinha visto pessoalmente na vida, seja liberada.
Um aperto sutil em minha coxa me faz olhar para Arthur que dirige em uma velocidade aceitável. Ele tem seriedade marcando suas feições. Divide sua atenção entre a estrada e eu. Engulo em seco.
- Vai ficar tudo bem. Não precisa ficar nervoso.
- Minha avó foi presa amor! Tenho que ficar nervoso sim. - suspiro profundamente.
- Não sabemos o que aconteceu. Como ela está. - faz uma curva, sua mão permanecendo no mesmo lugar. - E sei que isso está te tirando do sério, mas precisa ficar com a cabeça fria para que possamos resolver as coisas ao chegarmos lá entende?
- Eu...- fecho meus olhos.
- Não sabia se vocês tem um advogado, então tomei a liberdade de chamar o mesmo que está me ajudando com a situação de David. Ele é muito bom.
- Não temos como pagar. - agora quem suspira é ele. Posso ver vergonha em seis olhos mas é muito rápido. Dá de ombros.
- Eu também não tenho. Mas aceitei a ajuda do meu patrão.
Ficamos em silêncio por um tempo. Eu digeria vagarosamente suas palavras. Eu realmente não tinha ideia se nossa pequena família tinha um advogado próprio. Só poderia me sentir agradecido pela ajuda. Mesmo com o cinto privando - me de movimentos mais soltos, deito minha cabeça em seu ombro.
- Obrigado, de verdade.
- Não agradeça. Gosto de sua avó como se fosse minha. - sua voz vacila mas ele logo se recompõe, pigarreando baixinho.
- Eu a amo muito sabe? Tenho medo de que algo aconteça a ela. - meu coração se comprime em meu peito com a meta ideia de que não a tenha mais comigo por qualquer motivo que seja. Ela se tornou minha família quando meus pais escolheram sua religião e imagem acima de mim.
- Eu sei. - deixa um beijo em meus cabelos.
- Quem nessa terra de Deus, prende uma senhora como minha avó? - aperto minhas mãos em meu colo.
- A polícia? - faz graça, fazendo - me rir baixinho. Lhe dou uma cotovelada, que tira o ar dele por alguns segundos.
- Eu sei disso seu ridículo! Minha avó faz doações para o programa Médicos sem Fronteiras. Quem prende uma pessoa tão boa assim? - Murmuro fracamente.
- Vamos chegar na delegacia e tudo vai se resolver tudo bem?
- Tudo bem. - tomo fôlego. - Mas ainda assim, não aceito.
- Eu sei.
Logo a paisagem rural foi ficando para trás. As ruas foram se tornando mais presentes e logo estávamos no meio do trânsito do Rio de Janeiro em um domingo de Sol. Parecia que nunca iríamos chegar na delegacia em questão. Nesse meio tempo, tentei ligar para minha irmã mas o celular dela estava dando desligado. Sérgio, o namorado dela também não atendia. Nana estava no buffet. Ao contrário do que pensei que daria quando estivesse no local. Não pulei como um louco para fora do carro. Minhas pernas não funcionam e parecem gelatina. Arthur dá a volta após estacionar em uma das vagas disponíveis, abre minha porta e como se eu fosse uma criança abre meu cinto de segurança, me ajudando a sair do veículo.
- Ah, que vergonha! - sinto meu rosto ficar quente.
- É normal estar nervoso. - envolve seu braço em minha cintura.
E vamos a passos vagarosos para o interior do local que a meu ver é o último que gostaria de estar em pleno domingo. No meio das escadas, meu namorado me oferece uma garrafa com água. Sorrio em agradecimento, nem ao menos o vi estar levando uma.
Nos identificamos com um jovem rapaz que está atrás de um balcão extenso, com um computador ligado e após ouvir ao meu namorado atentamente e digo que com um pouco de medo, nos pede para esperar. O garoto parece ter uns dezoito anos, de estatura média e magro. Mas tem olhos inteligentes. Nos indica algumas cadeiras para nos sentarmos e mesmo com o coração a mil, eu faço.
O tempo todo Arthur não larga minha mão. O que agradeço. É dele que estou tirando forças para não chorar como um bebê. Não demora nem dez minutos e logo uma moça que parece ter também a mesma idade do rapaz que nos atendeu, entra na delegacia vestida em um conjunto de terninho branco, saltos altos preto e cabelos escuros cortados em um Channel que a deixa aparentando ser mais velha.
- Você é Arthur Santos?
Ainda confuso, se ergue.
- Sou a filha do Paulo Novaes! Seu advogado.
Acena lentamente. Suas sobrancelhas se juntam em confusão.
- Desculpe, mas seu pai não vem?
Ela nem se abala.
- Infelizmente não. Ele está um pouco doente no momento. - diz com firmeza. Mesmo com preocupação marcando seus traços bonitos - Mas posso te assegurar de que vamos estar fora dessa delegacia em breve. - seu olhar castanho escuro se fixa em mim. Se aproxima e faz o inimaginável. Se abaixa para ficar na minha altura e segura minhas mãos nas dela. São pequenas, suaves mas tem uma força que não pensava ter. - Vamos tirar sua avó daqui ok? - aceno agradecendo mentalmente.
- Obrigado desde já.
Se levanta, pega a pasta de couro que nem tinha visto me lançando um sorriso gentil.
- Não agradeça. Estou fazendo o meu trabalho.
Nos deixa, ela conversa normalmente com o rapaz. De repente ele fica pálido, se atrapalha na hora de verificar alguns papéis e logo está acenando freneticamente.
- Ela parece um pequeno tubarão! - diz baixinho. Dou uma risadinha concordando.
- E ele um pequeno peixe fugindo da sina de ser uma presa.
Cinco minutos depois, a moça que nem ao menos se apresentou direito se volta para nós.
- Vão poder ver dona Elisa. De acordo com o rapaz ela está em uma sala aguardando para dar seu depoimento.
Fico aliviado e quase caio no chão tamanha a vontade de chorar. Mas somente me levanto e pego a moça de surpresa, a abraçando firmemente. Ela ri baixinho e retribuí o gesto.
- Obrigado de novo. - limpo meu rosto. Arthur tem a mão nas minhas costas. Há um pequeno sorriso em seu rosto. - Nem ao menos seu seu nome.
Conforme ela ri, seus olhos ficam pequenos a tornando muito mais bonita.
- Camila.
- Camila você é meu anjo.
- Só fiz meu trabalho. - quase aperto as bochechas dela que ficam vermelhas com o elogio. - Vamos?
Aceno animadamente. Andamos por muitos corredores até que chegamos a uma porta de madeira com uma placa de metal, onde há escrito "Sala de descanso".
- Por que ela está aqui? Ela passou mal?
- Não. Só a colocaram aqui por insistência do policial que atendeu ao chamado.
- Tudo bem! - mas pulo no lugar, quase sentindo minha alma deixar meu corpo quando gritos seguidos de um baque atravessam a porta. - Jesus, o que está acontecendo aí dentro?
Arthur não espera mais, se colocando na nossa frente abrindo a porta.
A cena me surpreende em muitos níveis. No centro da sala composta por dois janelões que dão vista para a parte traseira da delegacia, há uma mesa de metal. Com duas cadeiras. Nas quais há homens sentados, além de estarem fardados, eles tem sour cobrindo o rosto e pescoço devido ao esforço. As veias de seus braços musculosos estão saltadas sob suas peles, enquanto disputam uma queda de braço. Ao redor há outros policiais e outros funcionários do local. Procuro pela mulher que quase me matou de susto horas mais tarde. A encontro acompanhada um homem de traços rígidos, barba castanha farta no rosto e que tem sua mão a segurando pelo cotovelo, enquanto ela alegremente recolhe dinheiro. Notas e mais notas de vinte.
Pisco uma vez na esperança de que tudo seja fruto da minha imaginação. Que minha avó não está fazendo apostas dentro de uma delegacia. Procuro Arthur, o vendo já longe de mim, analisando ambos os homens que não querem ceder. Camila ao meu lado procura por algo em sua carteira.
Meus olhos crescem que quase doem.
- Até você Camila? É advogada lembra? - ela me lança um sorriso sem graça, ficando ereta.
- Bruno eu apostei em você caralho! Não me decepcione. - um baixinho diz, segurando uma vassoura firmemente nas pequenas mãos.
- Vagner, mostra para o que veio cara! Dei cinquentinha em você.
Quando um dos homens parece estar cedendo, uma outra leva de gritos desapontados enche o ar. Cruzo meus braços decidindo que é hora disso acabar.
- Elisabeth Vieira! O que está acontecendo aqui? - praticamente tenho que gritar sobre o tumulto.
Mas tem efeito. Um dos homens se assusta, se virando na minha direção. Com a distração, deu abertura para que o outro investisse nele com força, fazendo seu braço e mãos baterem com força contra a superfície da mesa. O outro se ergue jogando o punho no ar.
- Revanche! Revanche! Revanche! - o time do lado perdedor implora.
Vovó tem um sorriso completo no rosto. Os cabelos estão em ondas, ela parece muito bem para quem foi presa. O homem ao lado dela a traz para onde estou. Arthur recupera o pouquinho de sua seriedade se colocando ao meu lado. Ela assim que está bem perto de mim, se joga em meus braços. A aperto todinha sentindo seu perfume. Irritação e preocupação guerreiam dentro de mim.
- Me assustou vó! - digo engasgado.
- Estou bem meu neto.
- Eu vejo! Está realizando apostas em uma delegacia vó. Vai ser presa de verdade.
- Não se preocupe meu neto. Eles são meus amigos, não podem me prender. - afirma com uma segurança sem igual.
A afasto um pouco, segurando - a por seus ombros. Tentando ver se não tem nada machucado nela. Ela parece estar bem, até melhor que eu.
- Amigos? São policiais e os conheceu hoje! - gesticulo freneticamente indicando o local e as pessoas que nos cercam.
- Eu prometi trazer bolos para eles.
- Vó isso é suborno! - sussurro desesperado perto de seu ouvido.
- Não seja um engraçadinho. Não fiz nada para ser presa. - dá de ombros. Procuro pelo rosto de Camila.
- Na verdade, está sendo acusada de depredação.
- Depredação? Vó?
- Aquela homofóbica mereceu! - irritada, praticamente grita.
- Quem?
Por sobre seu ombro, vejo que outros dois homens tomaram os lugares dos outros. A farra teve início novamente. O homem baixinho que tinha apostado agora é que recolhe o dinheiro.
- Pensei que ela era minha amiga. - diz baixinho.
A abraço de lado. O homem enorme que tem pernas para perder de vista, continua ao seu lado.
- Está tudo bem vó! Quando podemos ir para casa?
- Só após esclarecimentos. De acordo com as informações que recebi, a amiga dela está dando depoimento ainda.
- Eu não me arrependo! - ergue o queixo no ar.
- Fala baixo vó!
- Ela não tinha o direito de te ofender daquele jeito!
- Vamos nos sentar. Aí pode me contar tudo o que aconteceu!
- Você é bonita menina! - nota a moça ao meu lado.
- Vai Juninho! Tô contando com você cara! - grita um outro rapaz quando a luta parece estar no fim. A porta de abre em um estrondo e de repente todo mundo fica quieto.
- Que merda está acontecendo aqui?
Silêncio.
A mulher de porte altivo está na porta, braços cruzados e olhos verdes afiados feito lâminas assassinas sobre cada um na sala.
- O maldito gato comeu a língua de vocês? Está dando para ouvir essa baderna lá de fora porra! - quando ninguém responde ela dá um passo para o lado, aponta para o corredor e exige. - Todos vocês! Fora, temos trabalho para fazer!
Ela não precisou mandar de novo. A sala ficou vazia em segundos. Com os homens e mulheres que só vi agora quase se atropelando na pressa de deixar a sala. O senhor pernas longas também se dirigia a porta, quando a mulher agarrou seu braço.
- Você fica Maximilian!
- Sim senhora! - tenta ficar sério. Olho tudo sem entender.
- Agora vamos ao que interessa! - prende os cabelos em um coque. Se aproxima de nós, que percebi estarmos em um canto da sala. Com um sorriso gentil, que me surpreendeu segura as mãos da minha avó.- Você deve ser a Elisa certo?
- Sim.
- Vamos nos sentar? Assim pode me dizer o que aconteceu? - Ela nega rapidamente.
- Tem que facilitar as coisas vó.
- Não preciso me sentar para que eu diga que não me arrependo de ter destruído o carro daquela mulher. Ela mereceu!
Passo as mãos por meu rosto. A mulher olha para mim, Arthur e Camila ainda sorrindo. O gigante chega até nós levando um copo com água. O oferecendo para minha avó.
- Ela me disse que não fez nada.
- Três horas para te dizer que não fez nada? Mentirosa. - a guio até a mesa. A mulher se senta na cadeira na frente de nós.
- Quero deixar claro que não é um depoimento oficial. O caso já está resolvido, só preciso saber o que aconteceu. A propósito, me chamo Samira Alencar, delegada.
Vovó nada diz por um tempo.
- Estavamos em um passeio. Fazia muito tempo que não saia com minhas amigas. Mas só Helena veio. Passeamos um pouco e ela começou a falar sobre sua neta e como seria bonito que ela e meu Ramon ficassem juntos. - engasgo com minha própria saliva. Arthur me abraça. - Mas eu disse que meu neto já era comprometido. Já tinha o homem dele. A mulher riu de mim, me perguntando como eu deixava que ele praticasse um ato digno de condenação diante de Deus. Que pessoas como Ramon não deveriam existir e que deveriam morrer. Que esse mundo não merecia uma abominação como eles. - conforme ela foi falando, eu via como aquilo a afetou e suas palavras eram muito familiares para mim. Foram as mesmas que seu filho me dizia. O sonho voltou com força total em minha mente e me segurei para não chorar.
Para pessoas assim somos pecadores indignos de salvação. Que nossa maneira de amar está errada. Mas eles estão enganados. Toda forma de amor é valida. Não somos menos só por que não amamos do jeito que querem e acham ser o certo.
- Então, eu peguei minha bengala e acertei aquele carro bonito dela com todas as minhas forças. - fecha o pequeno punho sobre a mesa.
Me abaixo para ficar na sua altura e a abraço. Ela beija meus cabelos com carinho.
- Helena não vai dar queixa.
- Eu não esperava mesmo.
- Mas com a condição de que fique longe dela.
- Ela está com medo de que eu possa processa - la por homofobia! - dá de ombros. - Ela é a última pessoa que quero ver na minha vida.
Samira me observa.
- Você deve ser o neto?
- Sim, ele é. Lindo não é? Eu estava dizendo para o menino Max que ele já é comprometido com o menino Arthur.
Arthur tosse escondendo sua risada. Eu não sei onde enfiar minha cara. Posso me sentir todo quente por causa do constrangimento.
- Com todo o respeito. Gostoso também. - o homem simplesmente solta essa. Primeiro há silêncio mas depois risadas enchem o ar. Arthur me dá um selinho rindo baixinho.
- Você não presta cara! - se volta para nós. - A senhora está liberada. Sem acusação, sem processo.
- Obrigada. Onde está minha bengala?
- A prova do possível crime será trazida em minutos. - faz asmas rindo baixinho. Se inclina sobre a mesa, dizendo em um tom conspiratório. - Então, quanto arrecadaram?
- R$ 350,00 reais!
Os olhos dela se arregalam.
- Tudo isso?
- Sim.
Fica em silêncio.
- O que acha de doar esse dinheiro?
- Já tenho um destino certo.
Se ergue.
- Vocês não viram ou ouviram nada. - sai da sala após vovó a pegar desprevenida a abraçando. A mulher ficou tão dura, que desconfiei se estava respirando.
A bengala foi entregue, Arthur foi na frente para tirar o carro. Camila se despediu de nós e foi embora. Na saída, Aline e Sérgio surgiram esbaforidos. Aline catalogou cada centímetro do corpo dela e chorou aliviada ao ver que tudo estava bem. E Sérgio, beijou ela na minha frente. Uma cena que nunca vou esquecer.
Fomos para casa gratos por tudo ter se resolvido. E como disse, vovó doou o dinheiro para o Médicos Sem Fronteiras.
* Médico Sem Fronteiras:
Médicos sem Fronteiras (MSF, em francês: Médecins sans Frontières) é uma organização internacional, não governamental e sem fins lucrativos que oferece ajuda médica e humanitária a populações em situações de emergência, em casos como conflitos armados, catástrofes, epidemias, fome e exclusão social. É a maior organização não governamental de ajuda humanitária do mundo, na área da saúde.
MSF proporciona também ações de longo prazo, na ajuda a refugiados, em casos de conflitos prolongados, instabilidade crônica ou após a ocorrência de catástrofes naturais ou provocadas pela ação humana. A organização foi criada com a ideia de que todas as pessoas têm direito a tratamento médico, e que essa necessidade é mais importante do que as fronteiras nacionais (com base na tese do direito de ingerência humanitária).
MSF recebeu o Nobel da Paz de 1999, como reconhecimento do seu combate em favor da ingerência humanitária. Atualmente, a organização atua em mais de 70 países e tem como presidente Joanne Liu.[1] A Carta de MSF indica que as intervenções são realizadas em nome da ética médica universal, e não permite nenhuma discriminação de raça, religião, filosofia ou política.[2]
Fonte: Wikipédia
23/12/20
Policial Max
Delegada Samira Alencar
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