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• DEZ - ARTHUR ||


Eu tento segurar o grunhido que deixa meus lábios quando escuto que ele beijou ou fez mais que beijar um cara nessa chopperia. Todos na mesa escutam mas parecem não ligar mas o demônio loiro na minha frente, me olha por um segundo desviando o olhar logo depois. Aperto minhas mãos em punhos me arrumando em meu lugar. No palco uma imitação barata do meu cantor favorito canta, com o olhar pregado no cara que faz das minhas noites e sonhos mais quentes. O homem sentado diante de mim, que não me olha nos olhos por muito tempo desde que cheguei, simplesmente não sabe o poder que tem sobre mim.

Desde que nos conhecemos, não consigo parar de pensar nele. E eu tentei. Não tenho tempo para relacionamento, tenho uma faculdade para terminar e um irmão para criar. Um envolvimento mais profundo agora não era o ideal para mim. No entanto, ele entrou na minha vida sem permissão e habita minha mente como se fosse seu lugar.

- Vão querer comer alguma coisa? - uma moça simpática diz com a voz alegre. Mas nem sorrir para ela consigo.

- Eu quero uma porção de batata com linguiça e amor capricha nas cebolas! - a amiga diz.

Me obrigo a olhar para meu primo que me observa atentamente. Não compreendo a raiva que domina suas feições. Ainda estou tentando entender o motivo dele ter saído da casa de nossa avó no interior do Estado e ter vindo para cá. Nos falamos todos os dias e ela nunca disse sobre estarem passando por necessidades e ele escolheu vir para para trabalhar. Mas entendi que ele queria estar em um lugar novo, conhecer novas pessoas mesmo não engolindo sua mentira.

Fábio é filho do meio irmão da minha mãe. O qual não foi criado junto com Viviane, por ser filho do primeiro casamento da mãe. Ambos os filhos ao deixar os netos com a avó para nos criar, argumentaram que tinham uma vida pela frente para viver. E sempre me perguntei: por que ter filhos então?

Mesmo sem nossos pais presentes. Vovó com seu jeito torto deu o carinho que precisamos mais bonito. O carinho de mãe. Ela em todos os níveis possíveis é nossa mãe, nos abraçava quando tínhamos sonhos ruins, cantava para nós quando não conseguiamos dormir e fazia nossa comida preferida. Por isso gosto muito de dona Eliza. Ela me lembra um pouco a avó que ficou em uma cidade menor que um ovo.

- O que vai querer Fábio? - volto para o agora.

- O que você quiser!

- Vi que vocês oferecem churrasco também! Vamos querer. 

Assente e após deixar nossas bebidas, volta para o interior do estabelecimento. Não era meu plano sair de casa hoje. Amanhã terei uma prova na parte da tarde e queria estar bem para fazer ela. No entanto, desde ontem meu primo me cobra uma saída. Entendo que esteja ansioso para conhecer um pouco mais da cidade mas realmente não era minha vontade estar aqui. David está na casa de Sam em uma festa do pijama juntamente com os sobrinhos de Gregório.

Quando cheguei aqui, achava que iria relaxar um pouco e de quebra iria apresentar a noite no Rio para meu primo. Só não contava com a presença de Ramon que não fala mais comigo e quando o faz é carregado ora de frieza ora de deboche. E se tem uma coisa que odeio é deboche. Não sei o que fiz para ele. O beijo que trocamos ainda está vivo em minha memória e quente feito brasa em minha boca.

Ainda que esteja sentado, posso ver o quão apertada suas calças estão. Posso ver o contorno de sua coxa que me chama para aperta - la e se ele levantar vou comprovar o quão maravilhosa sua bunda ficou na maldita roupa.

Tomo um pouco do Chopp tentando distrair minha mente. A conversa flui levemente pela mesa. A música tocada é boa no fim das contas. Ramon está ficando cada vez mais alegre, ele ainda não me reconhece. Olha para todo mundo menos para mim e isso já está me tirando do sério. Nem sei o que fiz para ele me tratar dessa maneira. Quando nos beijamos, achava que ele também queria.

Comemos e bebemos. Sua amiga o chama para dançar. Ele nem ao menos hesita estando alegre demais, se colocando de pé juntamente com ela. Sua irmã troca mensagens mas não deixa de participar. Um dos meus sambas favoritos começa a ecoar e não consigo tirar meus olhos dele. Os pés calçados em All Stars mal toco o chão quando se rende ao samba com a amiga.

Sinto um toque que me arranca de minha contemplação. Queria tanto estar com ele ali, mas não sei qual seria sua reação a minha presença. Olho para o lado, meu primo tem os lábios pressionados em uma linha fina.

- Você nem ao menos disfarça!

- Eu deveria? - digo olhando profundamente em seus olhos. Ele bufa.

- Gosta dele? - me responde com outra resposta.

- Mais do que deveria! - sou sincero.

- Ele não parece estar na mesma página que você! - diz em tom ácido. Ignoro prontamente para não gritar com ele aqui. Respiro profundamente.

- E ele não é obrigado a sentir nada por mim. - dou de ombros. É a verdade. - Só que o...- me dou do que iria dizer. Mas me freio em minhas palavras.

- O que?

- Nada! - olho para onde sua mão ainda está. Percebo que ela subiu um pouco e agora descansa em meu ombro. Ele se dá conta e a retira.

Volto minha atenção para a roda de samba que se abriu para eles dançarem. O suor molha sua blusa, fato que não parece incomodar meu vizinho escorregadio. Os cabelos também úmidos caem na frente de seus olhos e vez ou outra ele os retira. Em um desses momentos, não havia como nossos olhos se cruzarem. E ali ficaram presos por um tempo. Um tempo que poderia ser um segundo, um minuto ou uma hora mas que de alguma forma tiveram uma duração além do aceitável.

Sinto lábios em minha bochecha e é como se o encanto que nos mantia reféns de uma forma maravilhosa, fosse quebrado. Eu vi bem diante de mim seu rosto sorridente se fechar assim como seus pequenos punhos.

E como se tivesse ligado algo em mim. As duas vezes que nos encontramos e meu primo estava comigo, ele se retraiu. Como fui lerdo para perceber. Ele está com ciúmes. Quase dou pulinhos no lugar. Mas apenas sorrio, o que parece ser a coisa errada a se fazer.

Vejo - o sair pisando duro, entrando no estabelecimento. Me levanto pronto para ir atrás dele. Mas meu caminho é bloqueado pela amiga de corpo bonito mas olhar feroz. Com as mãos cheias de anéis e pulseiras, me olha com intensidade.

- Agora entendi o motivo do meu amigo não ter nada para falar. Mas antes que vá atrás dele, preciso saber: você tem um namorado? - seu olhar passa por sobre meu ombro.

- Não! Até dias atrás não era uma prioridade para mim.

- Vou te dar apenas um aviso: se machucar meu amigo, eu mesma arranco seu pau e bolas com minha faca de cozinha. Estamos entendidos? - um estremecimento passa por meu corpo.

- Foi muito clara! - digo seriamente. Ela sorri largamente, como se não tivesse acabado de ameaçar minha masculinidade e volta a dançar puxando a irmã de Ramon junto que ri alto e tenta seguir o ritmo.

Tomo fôlego e me preparo para enfrentar sua ironia e sarcasmo.

Procuro - o por toda a chopperia. Pergunto para algumas pessoas se o viram e descubro que foi ao banheiro. Me recosto na parede ao lado da porta e espero pacientemente. A estrutura de metal não demora a se abrir e de lá sair ele.

O dono dos meus pensamentos.

Ele está falando sozinho e nem ao menos me nota de início.

- Meu Deus! Como sou burro!

- Você é muito mais que isso! - não resisto e me intrometo em seu diálogo interno. Ele fica ereto e cruza os braços.

- Não pedi dia opinião! - dou uma risadinha. O que parece deixa - lo com ainda mais raiva. - Está rindo do que seu palhaço?

- De você! - bufando, ele tenta passar por mim. Mas não deixo, me colocando em seu caminho.

- Me dá licença! - engole em seco quando ficamos muito perto. Tão próximos que sinto o calor de seu corpo e acredito que ele possa sentir o do meu também.

- Não sem antes falar com você! - recebo um elevar de sobrancelha loira como resposta. Meu corpo de aquece. E não acredito que estou ficando excitado com sua raiva.

- Não tenho nada para falar com você! - aponta o dedo para meu rosto. Mas acho que erra um pouco pois a direção está na do meu ombro. Acho que ele está mais alegre do que imaginava.

- Tem! Quero saber por que está me tratando assim?

- Vai ficar querendo! - desdenha e não resisto. Eu gargalho alto. O que faz ele ficar ainda mais puto. Seu rosto, orelhas e pescoço ficam escarlates.

- Ramon, eu vou explicar o que acho que está acontecendo.

- Você acha seu cínico de uma figa? - respira fundo. - Não quero saber! - fecha os olhos e diz baixinho. - Mas você queria saber até ontem. - Abre - os novamente piscando e se dando conta do que disse. - Volta para seu Fabiozinho e me deixa em paz! - tenta me contornar mas não deixo mais uma vez.

Não é sensato conversar depois de beber um pouco mas não posso deixar esse mau entendido entre nós. Mas é só ficarmos a uma distância de centímetros que não consigo me segurar. Seguro sua nuca com uma mão e com a outra sua cintura. Ele ofega baixinho mas só faço o que queria tem tempo. O beijo com força, fome e brutalidade. É uma luta de dentes, lábios e língua. Suas mãos em punhos me batem no início mas não sinto. Apenas degusto de seu gosto misturado a chopp.

Nossos gemidos se misturam em uma sinfonia de desejo reprimido por dias. Eu quero mais, por isso o prendo entre a parede do corredor e me encaixo entre suas pernas, sinto - o rebolar e nossas excitaçoes lutam por espaço.

Mas não dura muito tempo. Sinto primeiro a dor e em seguida o gosto de sangue na minha boca. Me separo grunhindo.

- Porra! Por que fez isso?

Tentando se orientar, me surpreende novamente  ao se apoiar com uma mão na parede e chutando minha canela.

- Ah caralho! Ramon o que está fazendo?

Tenta domar seus cabelos que estão apontando para todas as direções. Acho que minhas mãos foram responsáveis pela bagunça. Esfrego o local atingido.

- Você tem namorado! E me beijou de novo!

- Ramon...

- E eu gostei! - tapa o rosto. Decido tomar uma decisão drástica.

Sinto que não me ouvirá. Ele precisa de um banho e clarear a mente para eu me explicar. Jesus Cristo.

Agindo rápido, o pego de surpresa. Em segundos está em meu ombro, seus punhos batem costas minhas costas mas nem ligo.

- Meu põe no chão Arthur!

- Não enquanto você não se acalmar!  - sigo a passos rápidos até uma saída de emergência no fim do corredor. Abro - a e sinto o ar fresco da noite. Ramon ainda se debate em meu ombro.

- Não vou me acalmar! Quero voltar para dentro!

- Não vai! Vamos nos resolver primeiro! - digo calmamente, nem um pouco afetado por estar andando com ele sobre meu ombro. Algumas pessoas passam por nós e nada fazem.

- Me coloca no chão seu grosso! Eu sou pesado!

- Nem estou sentindo seu peso!

Quase tropeço no caminho que estou seguindo para seu banho improvisado quando sinto sua mão apertar minha bunda. Meu pau quer reagir mas tento pensar em outra coisa.

- Se a intenção é que eu te deixe depois disso, sinto em te informar. Não vai acontecer. Vou apenas ficar muito duro! - ele ofega mas nada diz.

- Hum...- seu corpo fica mole e sei que ele parou de lutar.

Não demora muito e avisto meu alvo. O lugar está vazio e só o que pode-se ouvir é o correr rítmico da água.

- Não me odeie tudo bem? - ele se move. Acho que tentando olhar por sobre meu ombro.

- Por que?

Não respondo, apenas jogo - o na fonte que avistei enquanto vinha para a chopperia. Ela fica a duas esquinas do estabelecimento. E até comentei com meu primo que está sendo raro encontrar uma em bom estado hoje em dia. Ela está em ótimo funcionamento e bem conservada.

Ele grita e esperneia quando voa, logo atingindo a água gelada com tudo. Ele mergulha não demorando para emergir puto. Sorrio e espero. Ele tenta se orientar e ficar de pé dentro da fonte. Os cabelos estão grudados no rosto e a roupa colada em seu bonito corpo. Todas as curvas nos lugares certos. Quando consegue se manter de pé, bufando caminha até onde estou. Sai da fonte e soca meu abdômen. É fraco então não sinto dor.

- Precisava me jogar na droga de uma fonte? - gesticula freneticamente. Os olhos ora azuis, ora verdes. Agora parecem cinzentos.

- Você bebeu, precisamos conversar. Foi a única opção. - digo muito calmo e isso parece o irritar ainda mais. Mas somente fica em silêncio.

- Quero ir embora! - olha para o chão. Seu corpo treme.

Tiro minha camisa, pegando em seu braço o trazendo para mais perto de mim. Ele vem sem reclamar. Com minha camisa em meu ombro, tento retirar a sua. Ele entendendo o que vou fazer, luta um pouco. Mas desiste quando vê que não vou parar até livra - lo pelo menos da camisa molhada.

Nu da cintura para baixo, tento não imaginar minha língua passeando alegremente por essa pele pálida e bonita. Ele tem uma barriguinha e sua cintura não é modelada mas não me importo.

- Não precisa ficar encarando! - sua garganta trabalha quando engole em seco. Ele parece constrangido.

- Você é lindo Ramon! - não posso seu rosto mas seu pescoço e orelhas evidenciam que ouviu o que disse e gostou. Me aproximo devagar e o ajudo a vestir minha camisa. - Vem, vamos nos sentar naquele banco.

Ele olha para o lugar para onde apontei. Ainda treme um pouco mas decido resolver esse problema, abraçando - o de lado. Ao contrário da fonte, o banco está com uma aparência desgastada e não parece muito firme e me questiono se ele aguentaria nosso peso combinado.

Não deixo de abraço - lo quando nos sentamos.

- Vai me ouvir agora?

- Tenho outra opção?

Reviro meus olhos. Olho para o céu escuro pela falta da Lua, mas as estrelas se fazem presentes e de alguma forma parecem ansiosas pelo desenrolar de nossa situação aqui em baixo.

Opto por ser sincero.

- Não consigo parar de pensar em você! - sua respiração engata mas não me viro para ver sua expressão. - Desde o momento que o vi, você se fixou na minha mente. Mas não avancei nem nada do tipo. Eu achava não ter tempo para relacionamentos mas aqui estou tentando me explicar para o demônio loiro que me tenta até quando não está perto.

- Não sou um demônio! - o ignoro.

- Eu tenho um irmão pequeno que precisa de toda a minha atenção, um emprego no qual corro riscos a todo o instante e uma faculdade que está sugando o resto das minhas energias. Mas ainda assim me pego pensando no vizinho que vive e respira música, que ama a avó com tudo de si e nunca deixa de sorrir. E então nos beijamos e acredite eu queria mais que um beijo. Muito mais. Mas então de uma hora para outra ele está me tratando com sarcasmo e nem ao menos sei o motivo. Quando o vi hoje nessas calças apertadas eu quase fui a loucura!

- É só uma calça! - dá de ombros.

- Fábio é meu primo Ramon!

Silêncio.

É como se uma nuvem carregada que pairava sobre nós, tivesse sido afastada pelo vento e Sol. Nós não temos nada, mas imagino como foi para ele pensar que eu era comprometido. Eu também ficaria com raiva de ter beijado o homem de outra pessoa. Acredito que se a relação não funciona mais, o melhor é cada um ir para seu canto. Trair o outro é horrível e uma falta de consideração sem igual.

Quando você trai alguém, é o mesmo que dizer que ela já não é o suficiente para você. Que não teve a decência de dar fim ao relacionamento.

Ramon continua olhando para as mãos cruzadas sobre suas coxas.

- Não vai dizer nada?

- Desculpa por presumir que você tinha um namorado. - sorri minimamente. - Foi infantil da minha parte.

- Só um pouquinho! - faço graça. - Só queria que tivesse falado comigo antes. - digo muito calmo.

Acena levemente.

- Será que poderia me beijar agora? Juro não te morder! - diz com as bochechas vermelhas. Nem penso, somente o trago para meu colo, segurando sua nuca e tomo sua boca na minha.





O sufoco que Arthur passou kkkkk

O último do dia gente. Espero que gostem.

31/10/20







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