Capítulo 3
05 DE ABRIL DE 2011, TERÇA-FEIRA.
O dia amanheceu belíssimo, mas Lena acordou triste.
Antes de levantar-se da cama, declarou para si mesma, que não criaria expectativas sobre absolutamente nada, deixaria as coisas fluírem, afinal, nem sabia se ele pensava a mesma coisa a respeito dela.
Desanimada, prosseguiu seu dia, e foi para a escola, seus olhos declaravam a sua empolgação para aquele dia, que no caso, era nenhuma!
Sentada em sua cadeira, abaixou a cabeça, e tentou dormir ali mesmo, mas foi em vão, o barulho dos alunos, ignorava esse querer dela.
Ergueu a cabeça, pegou o seu caderno, e tentou escrever alguma coisa. Ela curtia escrever naqueles momentos, em que não se sentia tão bem, a ajudava a ficar melhor, e ainda lhe rendia bons textos.
Gostava de escrever sobre romances... sobre sentimentos, mesmo nunca tendo vivenciado um amor verdadeiro.
"Era um dia como qualquer outro -ao menos parecia ser.
Até que meu celular tocou, o atendi, e naquele momento, o meu mundo caiu.
Ela havia partido! Ela havia ido buscar cura para sua dor.
Minhas pernas perderam o controle e acabei por cair sentado na cama.
Tudo parecia em câmera lenta, e ali, eu tive noção que ela era mais importante do que eu pensava.
Um misto de sensações tomou-me, e um filme ressoava em minha mente.
E saber que não a veria mais dissipava meu coração.
Mas ela teve que ir;
Ela não suportava mais, viver em um mundo onde mortes, são conquistas.
Sua importância para mim, não era diminuto, e eu apenas percebi isso após sua partida.
Naquele momento, eu queria ter você para dançarmos na chuva, ao menos pela última vez.
Fechei os olhos, e se não podia ter-te ali, te trouxe em pensamentos. -Me dá as honras?. -Ajoelhado pedi, você me deu a sua mão, e dançamos lentamente, enquanto a chuva caia intensa sobre nós.
Você rodopiava em meus braços, e eu fazia questão de admirar-te.
Você parecia real, e para mim, naquele momento, era.
A beijei, necessitava daquilo.
Mas a realidade me puxou..."
O professor adentrou a sala, pedindo para que todos deixassem seus pertences sobre a mesa, e se dirigissem para o pátio, haveria uma palestra.
Lena revirou os olhos involuntariamente, odiava palestras, para ela, era tedioso ter que ouvir tudo aquilo, por longuíssimos minutos.
Mesmo contra a sua vontade, seguiu para o pátio, percorreu seus olhos por todo o local, em busca de uma cadeira vazia. Ao avistar uma na terceira fileira, seguiu para lá, e sentou-se.
-Bom dia. -Uma voz ressoou ao seu lado, virou-se e notou que a voz era de Benjamim, estava tão apressada em sentar-se, que não havia notado que era ele, quem estava ali.
-Bom dia, Benjamim!. -Ela falou baixo.
-Você está bem? Estava muito quieta, lá na sala. -Ele fixou os olhos nela, por uns instantes, o que ocasionou bochechas vermelhas em Lena.
-Eu sempre estou quieta!. -Ela revirou os olhos.
-Digo, parecia triste.
-Oh sim, não, está tudo bem comigo!. -Mentiu! A verdade, é que ela estava preocupadíssima com tudo aquilo, a sua mente estava lhe pregando peças a respeito de Benjamim, pensava em quão idiota era, por achar que ele iria querer ser amigo, de uma estranha como ela.
O que Lena não sabia, era que ela era maravilhosa, e tinha muita essência para oferecer.
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