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Capítulo 94 - Confissões

Olá Xuxus!

Com vocês...

Lembrando que esse capítulo contém o GATILHO DE VIOLÊNCIA SEXUAL. Portanto se algum leitor(a) for sensível sugiro que pule este capítulo.

Boa leitura!!!

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"Ele é um impostor, ele não presta, ele é um fracassado, um vagabundo. Ele mente, ele finge, não é confiável. Ele é um idiota com uma arma. Eu sei que você me disse para me afastar. [...] Ele é um rebelde com um coração estragado, e até eu sei que isso não é bom. Mas, mamãe, eu estou apaixonada por um criminoso. E esse tipo de amor não é racional, é físico. [...] Apesar de tudo, eu apenas não posso negar, eu amo esse cara. Ele é um vilão das leis do diabo. Ele é um assassino por diversão."

Criminal - Britney Spears

Camile

     Fui comprar meus anticoncepcionais, não queria ficar grávida pela... já perdi as contas de quantas vezes isso aconteceu, não sei nem se eu poderia mais ser mãe um dia com tantos abortos que meu útero sofreu.

     Só poderia ser brincadeira que de todas as farmácias dessa merda de cidade ela e eu entramos justamente na mesma. Entro no estabelecimento e vejo os volumosos cachos da ruiva, eu reconheceria aquela caipira onde quer que fosse. Eu estava pensando nela esses dias e acho que depois de tanto desprezo não tinha mais como odiá-la, eu sempre vivi na pele tudo o que fazia a ela e pensei que pudesse ser uma aliada, caso um dia eu precisasse.

     Só espero que o Nicholas não esteja aqui também.

     − Boa tarde! Gostaria de um medicamento para dor abdominal e um para enjoo. – Escuto ela pedir ao cara do balcão, não era possível que ela estivesse grávida do Nicholas, então certamente estava grávida de outro porque eu conhecia bem esses sintomas.

     − E isso aqui também. – Falo entregando ao cara um teste de gravidez qualquer, não sei o que me deu para ajudá-la. Vejo-a virar-se para trás lentamente e me olhar em choque, sorri de sua atitude e continuei. − Olá Lívia, é um prazer te rever.

     − Não sei se posso dizer o mesmo. – Ela fala na defensiva.

     − Ora, o que é isso? Vamos lá, Lívia, seja gentil! Eu só estou aqui para comprar um medicamento e, por obra do destino, te ajudar com essa dor aí...

     − Você se formou como médica por acaso? – Ela continua, ríspida.

     − Olha, vamos deixar o passado para trás.

     − Por que eu deveria confiar em você? Eu sei ler, Camile; e outra, o Nick não pode ter filhos a não ser que façamos uma inseminação. – Fala na defensiva.

     − Ah, entendi. Eu estou bem como estou e te prejudicar não é do meu interesse, pelo menos não por enquanto. Se o Fábio tiver interesse em você outra vez aí sim as coisas ficarão difíceis.

     − Vocês se merecem, duas pessoas más. Caso ele venha ter interesse eu vou deixar bem claro que EU não tenho e NUNCA terei. – Fala com o dedo em riste na minha cara, sorrio com deboche. Ela teria sido uma excelente amiga se fosse do meu "clube".

     − São R$ 62,75 com o teste de gravidez. – O vendedor fala "apaziguando" a situação. Ela paga chateada e vai em direção a porta.

     − Vamos lá, Lívia querida, me dê um voto de confiança; as pessoas mudam.

     − Tudo bem. – Ela cede. Lívia e seu enorme coração, acho que o Nicholas realmente merece essa garota. Mas o quê que eu pensando? Ela deve ter jogado um feitiço sobre mim.

     − Vamos até o banheiro. – Ela passa na minha frente e se dirige para a porta branca com a placa "banheiro feminino". Pego um copo descartável no bebedouro e quando passo e tranco a porta, ela me questiona:

     − O que eu tenho que fazer?

     − Aqui! – Entrego o copo a ela. – Faz xixi nesse copinho e vamos ver a mágica acontecer.

     Eu estava com muito remorso depois que descobri tudo e só queria ver o Nicholas feliz, sei que ele sempre quis ter uma família e a vida dele mudou desde que ficou em uma cadeira de rodas por minha culpa. Em outro tempo eu iria gostar de ser amiga do Nicholas.

     − Ei!!! Eu estou te chamado a um tempão e você viajando em pensamentos.

     − Oh, me desculpa!

     − Aí está! – Ela aponta o copo na pia. Coloco o teste e aguardo um minuto para saber se apareceria uma ou duas barras. Quando vejo o resultado fico neutra e entrego para a Lívia. Eu já tinha explicado a ela como funciona e ela viu o resultado com pesar.

     − Queria que tivesse dado positivo ou não, Lívia? – Pergunto curiosa.

     − Eu não sei, Camile. Acho que eu queria esse bebê, mas não sei o que pensar. Obrigada por sua ajuda, eu já vou. – Ela se afasta antes que eu possa dizer qualquer coisa.

     Volto para o interior da farmácia e pego o que fui comprar e outras coisas mais. Após o pagamento passo por Lívia olhando alheia e pensativa para uma prateleira qualquer e falo o que estava engasgado:

     − Sinto muito por tudo! – Não espero resposta e volto para o Porsche estacionado do outro lado da rua. Meu James Dean olha-me com intensidade e curiosidade, fumando seu cigarro.

     − Foi mandar manipular o remédio? – Fábio fala sarcástico e sorri o sorriso que eu adorava. Tudo nele cheira a cigarro de menta e problemas, mas, nossa como eu o amava!!!

     − Fui fazer um teste, meu querido.

     − Um teste? Que tipo de teste? – Ele questiona.

     − Um teste de glicose, ora! – Desconverso.

     Ele dá partida alisando minha perna coberta com uma meia-calça e me traz recordações do passado, de quando eu me apaixonei por ele.

∞∞∞∞∞

     Tudo corria normalmente até eu perder a minha mãe. Eu e nem ninguém sabíamos quem era meu pai, este segredo minha mãe levou para o túmulo, então fiquei com meu parente mais próximo a única que me aceitou: minha adorável tia.

     As coisas iam muito bem entre nós até que seu marido apareceu em nossas vidas. Ele fez minha tia ficar viciada em drogas para mantê-la sob controle e bebia bastante. Por um verdadeiro milagre ainda mantinha seu emprego de vigilante noturno em uma empresa qualquer.

     Ele me batia "nos lugares certos" para que eu não ficasse com manchas, pois havia descoberto uma maneira de ganhar dinheiro com meu corpo e beleza e só aguardava minha idade chegar.

     Quando fiz treze anos ele me levou para um lugar, na capital, no qual nem eu, nem a maioria das pessoas imaginamos a existência. O ambiente é subterrâneo e requintado; era visível que o local era frequentado pela alta sociedade e extremamente secreto.

     Foi nesse ambiente tenebroso e hostil que conheci o senhor Lince e seu herdeiro. Um cara mal encarado me pegou pelo braço e me arrastou até um corredor com várias portas e tanto nas paredescomo o chão eram cobertos de veludo vermelho. Entrou por uma das portas comigo, a sala em questão era bastante chique e nela havia um homem com o que parecia ser um terno caríssimo com uma bebida na mão sentado em uma poltrona magnífica.

     O jovem ao seu lado me olhava de maneira curiosa e vestia-se igual ao mais velho. Três homens faziam a guarda da sala.

     − Boa noite, senhor Lince! – O homem nojento que segura meu braço cumprimenta o homem mais importante da sala.  Trouxe nossa melhor mercadoria para que o senhor possa vê-la antes do leilão. Muito bonita, jovem e virgem. Esta começará com um preço um pouco mais caro que as demais.

     − O que me diz, meu filho? – O homem pergunta ao jovem.

     − É essa, pai!!! – O playboy me encantou assim que pus meus olhos nele e não pude deixar de me sentir atraída mesmo eu sendo ainda tão jovem.

     − Daremos um lance então. Obrigado pela prioridade, Caio!

     A noite foi longa, e eu estava com medo além de saudades da minha mãe e até mesmo minha tia negligente.

     O nojento me deixou em uma sala com outras meninas chorosas e tão jovens quanto eu. Algum tempo depois uma mulher entra na sala e fala comigo.

     − Vamos querida! Vou fazer sua maquiagem; você será a primeira a se apresentar.

     − Moça, o que acontece aqui? – Indago enquanto ela finaliza a maquiagem.

     − Vocês serão vendidas para os ricaços como uma escrava sexual. Tomara que tenham sorte de seus novos donos serem bons. – Parece que tudo ao meu redor parou depois que ouvi a mulher.

     Ela não teve tempo de falar mais nada, pois me puxaram para fora. Entramos em uma sala oval parcialmente escura e com paredes de vidro mais escuro ainda; não era possível ver quem estava do outro lado.

     Na sala estávamos apenas eu e o homem que me levou ao senhor Lince. A frente dele havia uma pequena mesa da altura de seu peito e um pedestal com o microfone, então ele começou:

     − Camile Ellen, treze anos, muito bonita e virgem. Vamos começar com um lance mínimo de vinte mil. Vinte mil para o senhor número três,... – À medida que ele ia falando um número holográfico surgia na frente do vidro de quem estava dando o lance, mas continuava sendo impossível ver quem estava do outro lado. – ...eu ouvi vinte cinco? Vinte e cinco para o senhor número nove...

     Ele continuava com seu discurso idiota então percebi que as coisas dali em diante nunca mais seriam as mesmas.

     − ...quem dá mais? Dou-lhe uma, dou-lhe duas. Vendido para o senhor número três! Próxima garota! – Bate o martelo na mesinha. Fui puxada para fora da sala e as lágrimas jorraram, eu não me importava em borrar a maquiagem, só precisava aliviar o estresse. Precisava pensar numa maneira de sair daqui.

     − Se recomponha! – O brutamonte que me tirou da sala ainda me puxando falou. Novamente estávamos no corredor de veludo vermelho e adentramos na mesma sala de antes, só agora vejo um pequeno detalhe bem sútil na maçaneta que passaria despercebido por qualquer um: era o número três. – Fique aqui quietinha que seu novo dono virá em instantes.

     Ele sai sem me dar a chance de falar algo e ao olhar ao redor vejo o requinte da sala que combinava com o resto do prédio, explorei um pouco mais e vi que o banheiro tinha uma grande janela com uma corrente de ar, havia uma saída em algum lugar. Um barulho na porta me fez correr de volta para a sala bem a tempo de se abrir e revelar o rapaz que antes estava aqui com o pai.

     − Olá, moça! Meu nome é Fábio. Como percebeu acabamos de te comprar para que seja minha. – Ele está com os braços cruzados para trás e fala com uma naturalidade que assusta, parece até que acabou de comprar uma garrafa de vinho e não um ser humano. – O seu nome é Camile, não é mesmo?

     − Sim. – Falo quase sussurrando. De repente senti muita falta da minha tia. Ele começa a gargalhar.

     − Não precisa ter medo, não vou te matar, pelo menos não por enquanto. – Por mais encantada que eu estivesse com ele e por mais difícil que fosse viver na minha casa, não trocaria a minha liberdade por todo o luxo do mundo. Eu iria descobrir muito em breve que mais uma vez fiz as escolhas erradas.

     − Eu não estou com medo, só não sei o que fazer. – Falei quase tremendo, eu não estava com pouco medo.

     − Vou começar te beijando, ok? – Ele se aproxima, enlaça uma mão em meus cabelos dourados e começa a invadir minha boca com sua língua. Então isso é um beijo?

     Ele não fica apenas no beijo sua mão livre aperta minha bunda me deixando incomodada, em seguida desce por minha barriga penetrando meu sexo. Dou um pulo para trás com o susto e chuto sua virilha saindo pela janela do banheiro. A adrenalina corria em minha veia dando-me o combustível necessário para correr e me guiando para fora do estabelecimento.

     Corri no sentido da corrente de ar e consegui sair não sei como. Minha visão estava turva pelas lágrimas, mas continuei a correr até me sentir segura, foi quando enxerguei umas luzes piscando. Era uma viatura.

     − Senhor policial, me ajude! Eu estava quase sendo estuprada naquele prédio. – Olhei para trás e não vi nada além de prédios comuns, eu não sabia de onde tinha saído.

     − Você está bem, garota? – Ele parecia realmente preocupado.

     − Só me leva para casa, por favor! – Ele concordou na mesma hora então lhe passei o endereço. Ele estaciona em frente ao prédio onde seria palco de mudança na minha vida e também na do Nicholas, alguém que eu conheceria muito em breve.

     Entrei de fininho e constatei que meu tio/padrasto não estava no pequeno apartamento popular. Apenas a minha tia dopada pela cocaína. Que sorte a minha!

     Não demorou mais que três dias e ele descobriu com a pessoa que tinha me levado vendada que eu havia fugido então ele não receberia nenhum dinheiro apesar de que, por um milagre, o jovem não iria prestar queixa.

A PARTIR DESSA CENA COMEÇAM OS GATILHOS.

     Meu inferno particular começou depois disso. A noite ele disse que conversaria comigo no quarto e concordei em pânico por não saber o que aconteceria. Ele entrou e fechou a porta, sentou na minha cama e começou seu discurso. A serenidade que transmitia na fala me deixou em alerta, ele era um homem violento e a calma dele não está combinando com sua personalidade forte.

     − Camile, eu amo a sua tia e nós somos uma família. Você sabe que eu preciso sustentar essa casa e também o vício da sua tia, sabe também que depois que sua mãe morreu sua tia recorreu às drogas e precisamos ajudá-la. – Isso era mentira, ela ficou viciada porque ele a obrigou a usar drogas, era uma maneira de controlá-la. – Você precisa me ajudar trazendo dinheiro para esta casa, não vai achar emprego em lugar algum por causa de sua idade, então precisa ganhar dinheiro com sua beleza, e esta noite eu vou te ajudar.

     Ele prendeu meus pulsos com o lençol a cabeceira da cama e tirou minha virgindade da maneira mais cruel e dolorosa que conseguiu. Por anos foi assim e várias vezes fiquei grávida tendo que tomar medicamentos para abortar constantemente. Eu ainda não tinha morrido com tantos abortos por ser uma garota muito forte. Algumas vezes ele levou 'amigos' para que tivesse prazer comigo, em troca ele recebia dinheiro. Eu precisava estar sempre apresentável e o dinheiro que chegava até mim nem sempre dava para cobrir os custos da minha frágil saúde, quanto mais da aparência.

     Passei a ter diversos 'ficantes' e virei acompanhante de luxo; sempre buscava meu lugar feliz para fuga em minha mente para aguentar o meu tio e os clientes me torturando. Minha vida voltou a mudar de curso quando uma amiga da minha tia a reencontrou no supermercado em um raro dia de sobriedade quando a acompanhei.

     Entre tantos assuntos a amiga disse que tentaria uma bolsa de estudos na escola em que trabalhava como recepcionista depois da minha tia reafirmar por diversas vezes o quanto eu era inteligente.

     Quando a vaga foi confirmada e minha matrícula feita fiquei feliz com a possibilidade de seduzir alguns playboys e tirar algum proveito disso, eu estava bem produzida e com uma roupa que cobria todos os hematomas do meu corpo, meu tio nunca me batia no rosto, pois ganhava dinheiro com minha aparência.

     Eu logo fiz amizade com umas garotas tão vazias quanto eu e formamos um clã. Estávamos conversando na praça de alimentação da escola quando sou abordada por mais um garoto, mas eu podia sentir que este garoto era diferente.

     − Oi, tudo bem? Sou o Nicholas! – Abri o meu melhor sorriso.

     Era meu dia de sorte!

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Se gostar do capítulo deixa sua estrelinha.

Abraços!!!

Até breve!

#gratidãosempre

Capítulo publicado e revisado dia: 27/03/2022

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