Capitulo 85 - Hey, eu ainda estou vivo!
Olá xuxus, volteeeeeeeei.
Como vocês estão? Espero que bem. O capítulo NÃO está revisado, mas estava devendo a vocês. Provavelmente vou ficar mais um tempinho sumida, mas volto em breve.
Boa leitura!!!
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"Quando eu olho nos seus olhos eu posso ver um amor reprimido. Mas, querida, quando te abraço você não sabe que eu sinto o mesmo? Pois nada dura para sempre!"
November Rain - Guns N' Roses
Nicholas
Alguns meses depois...
Os dias passavam na velocidade da luz e, enquanto minha rotina com a Lívia e com minhas necessidades eram as mesma, nada estava igual dentro de mim.
Eu procurava sair mais com meus pais para espairecer e também passar um tempo de qualidade com meus irmãos e amigos. Gostaria que carregassem boas lembranças de mim, não apenas as recorrentes onde sou quase cem por do tempo ranzinza e implicante.
Eddie Vedder com sua voz icônica em meus fones de ouvido me fazia pensar na vida, ou no que tinha sido a minha até agora:
"Tem algo errado - ela disse.
É claro que tem! Você continua vivo. - ela disse.
E eu mereço estar? É essa a questão?
E se for... E se for... Quem vai responder? Quem vai responder?"
− Hey, você está bem? Está tão concentrado...distante. – Lívia retira um dos meus fones e senta ao meu lado na varanda do quarto enquanto eu observava a chuva de novembro caindo torrencialmente no telhado acrílico e escorrendo prédio abaixo para uma queda de mais de sessenta metros de altura.
− Estou bem, mas você parece cansada.
– Só um pouco. O que está ouvindo, meu amor?
− Não é country, pode ter certeza! – Ela sorri e coloca um dos fones descobrindo minha playlist para os dias tristes. Eu gostaria de levantar da cadeira, ir até o banheiro ainda ouvindo a música e ser seguido de perto pela Lívia recebendo seu abraço pelas minhas costas. Eu viraria e beijaria sua testa só para enfatizar o quanto ela é baixinha, sem questionar retribuiria seu abraço como ela merece.
Havíamos progredido muito com o nosso escritório unificamos "nossas heranças" em uma única empresa, porém decidimos manter os escritórios que já estavam em pleno funcionamento com seus respectivos nomes de fantasia e endereços. Abrimos um escritório de onde controlaríamos os demais, ou melhor, de onde OS MEUS AMIGOS fariam isso. Seria a sede.
− Eu gosto do Pearl Jam. – Comenta ouvindo a canção e, é claro cantando junto. – "E tudo o que ensinei a ela foi tudo. Eu sei que ela me deu tudo que possuía e agora minhas mãos amargas se esfolam abaixo das nuvens. Do que um dia foi tudo? Todas as imagens foram banhadas todas em preto? [...] Eu saio pra passear, sou cercado por algumas crianças brincando. Eu posso sentir suas risadas, então porque eu desanimo? E pensamentos confusos giram ao redor de minha cabeça".
− Por que não vai descansar? – Questiono quando ela para de cantar e boceja. A Lív e a Lúcia organizaram um chá de bebê para a Vick que esperou quase o último momento da gravidez para realizá-lo.
O meu amigo finalmente assumiu seu romance com a Victória, casou em uma cerimônia simples e em breve seria pai de uma menina. Uma vida perfeita! Eu apenas desejava o melhor para ele, uma carreira de sucesso e um futuro brilhante exatamente como ele estava a construir.
− Nick, vem para cama comigo. Você já está pronto para dormir? – Ela pergunta já que chegamos do evento tem menos uma hora.
− Sim, estou só dando um tempo escutando um pouco de música antes de dormir.
− Então eu fico aqui até você querer ir para a cama. – Ela fala bocejando outra vez.
− Lívia, não seja tão teimosa. Você está exausta! Decidiu dormir comigo hoje?
− Sim. Você poderia cantar algo para mim, o que acha? Se você ficar cansado pode ir mais devagar ou fazer uma pausa.
− Não deveria ser o contrário? – Pergunto surpreso com a proposta da garota.
− Será possível que eu nunca te ouvirei cantar? – Suspiro derrotado sob seu olhar bravo.
− Tudo bem, você venceu. – Guio a cadeira de rodas para dentro do quarto. Lívia arruma os travesseiros e me prende ao guincho de transferência antes de içá-lo. Feito isso ela tira o robe revelando seu baby doll com a estampa de mini potes de Nutella; francamente não sei quando me acostumaria com isso.
Lívia recosta a cabeça em meio peito com uma porção de almofadas nos cercando cobrindo-nos com o cobertor até a cintura e eu a abraço a minha maneira. Tomo fôlego e canto mais lento que o comum 'The sound of silence'.
A menina fecha os olhos e sorria satisfeita enquanto ouvia minha voz rouca e um pouco gutural satisfazer sua vontade. Não demorou muito para que ela dormisse devido ao cansaço eu estava, sem dores, então fiquei contemplando meu rubi de carne e osso aconchegada em meus braços e quase sinto culpa por ter de deixa-la em breve.
− Eu tenho uma surpresa. – Falei sorrindo ao ver seus olhos brilhando de expectativa. – Um presente de aniversário bem diferente.
− Nick, você sabe que eu não quero nada apenas a sua companhia, mas estou muito curiosa pra saber o que é.
− E quem foi que disse que não envolve minha companhia? Está se adiantando, mocinha! – Ela me dá um beijo e indaga:
− Então o que é? – Ela tinha feito o vestibular e estava entrando no período de provas, logo estaria de férias e eu queria aproveitar esse tempo para viajar com a Lívia. Ela entraria em um novo ciclo da sua vida, tinha certeza de sua aprovação no curso desejado, mas eu não cabia nessa nova vida.
− Seu aniversário está chegando e eu quero te dar o mesmo presente que me deu ano passado.
− Sério?
− Sim, e quem sabe podemos colocar em prática as instruções do meu urologista.
− Oh não! – Ela tapa a mão com a boca sem acreditar. – Você está bem com isso o suficiente pra gente tentar?
− Sim, senhorita e de preferência com você!
− Olha, não é que eu costume sair por aí batendo nas pessoas, mas se não fosse comigo eu certamente teria de dar uns tapinhas em alguém. – Ela ironiza.
− Meu rosto e eu sabemos muito bem que você não é violenta. – Gargalhamos juntos, era bom ter tempos de paz como esses, a Lív me proporcionava mais do que eu merecia. Ela volta a me beijar e deita o rosto em meu ombro. – Porque você quer tanto isso, Lívia?
− Quero estar inteiramente conectada a você. – Depois de ouvir isso eu não soube mais o que dizer, fiquei completamente sem graça. Ela deve ter percebido. – Ei,é... seu aniversário também está próximo, podíamos pensar em algo legal pra fazer no seu aniversário e no natal também...
− Já tenho planos, vamos viajar pra algum lugar que você queira conhecer.
− Jura? – A empolgação voltou a brilhar nos olhos da menina. – Há tantos lugares que eu gostaria de conhecer!
− Qual o primeiro deles?
− Évora, sem dúvida!
− Évora? Porque?
− Dizem que é lindo e eu pretendo visitar todos os lugares históricos que eu puder, de preferência os locais que houver acessibilidade, é claro.
− Tudo bem, senhorita, eu tenho que ir ao escritório. Vejo-te mais tarde.
Lívia
Segurava firmemente a mão do Nick no banco de trás do carro mesmo sabendo que ele não estava sentindo, com Celso dirigindo e seu namorado, Tom, no banco do carona. Mal podia acreditar que estava em um relacionamento com o Nick, ele até me chamava de namorada.
O Nick estava distraído olhando pela janela do carro e eu não fazia ideia do que se passava em sua mente. Era incrível como seus olhos ficavam ainda mais claros quando a luz do sol batia neles.
Eu estava vivendo meu conto de fadas particular e ele nem sequer tocara mais no assunto Dignitas. Soltei sua mão e agarrei seu braço como uma tábua de salvação, um pouco desajeitada por eu estar presa ao cinto.
O carro estava em silêncio e inevitavelmente a leve puxada que dei em seu braço o fez voltar sua atenção para mim.
− O que houve? Você está bem? – sua voz grave preencheu o ambiente e o Celso olhou sutilmente pelo espelho retrovisor.
− Só estou um pouco entediada. Está tão silencioso aqui, mas eu só estava tentado ficar mais perto de você.
− Você é a primeira pessoa que eu vejo que não tira o tédio navegando pelas redes sociais ou um aplicativo qualquer, sei que esse trecho do caminho ainda tem sinal de celular. Na verdade, me admira você ainda não ter cantado nenhuma canção. – Ele gargalha jovial e vejo que vinco de preocupação no meio da sua testa havia desaparecido, ele estava mais relaxado.
− O que eu posso fazer? Não sou muito ligada a isso, passei bastante tempo na serra e acabei me acostumando. Prefiro passar um tempo de qualidade com você.
− Princesa Disney, você acaba de me lembrar de que temos de agradecer ao meu cuidador super chato por ter insistido que você fosse me ver no dia que devolveu minhas roupas. Talvez não estivéssemos aqui juntos.
− Verdade! – Dou uns tapinhas no ombro do Celso e falo: − Obrigada, Celso! Você é o melhor!
− Meu amor é mesmo muito romântico. – Tom elogia.
− Falando em romantismo, que tal uma musiquinha country pra esquentar o clima de amor aqui dentro desse carro?
− Não!!! – Tom e Nick responde em uníssono.
− Pode ser a Faith Hill? Eu adoro uma boa música country romântica. – Nick ficava tão lindo quando estava irritado!
− Porque não pode ser uma música clássica? – Tom reclama.
− Porque a Faith Hill é muito mais romântica! – Entro na brincadeira batendo no ombro do Tom e começo a cantar olhando nos olhos do Nick. − 'Cause I can feel you breathe,It's washing over me. And suddenly I'm melting into you, there's nothing left to prove. Baby all we need is just to be, caught up in the touch slow and steady rush. Baby isn't that the way that love's supposed to be? I can feel you breathe. Just breathe!
Nicholas estava tão irritado que eu poderia jurar que ele explodiria feito uma panela de pressão.
− Detesto música country, todos vocês sabem disso! – Ele reclama. Acabamos todos rindo da cara emburrada.
Quando chegamos à casa dos meus avós tinha um bolo me esperando, fiquei muito emocionada e feliz por estar comemorando com pessoas que eu gostava, embora faltasse bastante gente aqui.
Depois de que estávamos devidamente instalados fomos almoçar e comer o bolo de sobremesa. Eu estava fazendo dezoito anos e se alguém me disse que seria o melhor aniversário da minha vida eu teria duvidado. Minha mãe faleceu, bem aqui nesta mesma casa, alguns dias depois do pequeno evento e isso me marcou.
O Nicholas é uma pessoa difícil, mas valeu cada esforço e batalhas que travei para tê-lo ao meu lado. Temos uma ligação que não sei explicar, não sei como seria sem ele aqui.
− Agora quem está perdida em pensamentos é a senhorita viciada em doces. – Ele alfineta enquanto passeávamos pela propriedade. Acho que quem estava começando a ficar com medo era eu, seria oficialmente a minha primeira vez e eu não sabia o que fazer. E se o Nick não gostasse o que eu faria? Tropecei em cima do Nicholas e cai sentado em seu colo, não tinha percebido que ele parou na minha frente. – Já pode começar a falar o que está havendo.
− Nada!
− É claro que não é nada. Porque seria alguma coisa já que eu te chamei umas cinco vezes e você não me ouviu mesmo eu estando ao seu lado? Está tudo correndo na mais perfeita ordem.
− Tá legal, eu comecei a pensar que talvez... sei lá, você saia correndo e não olhe nem na minha cara. Eu estou com medo de fazer algo errado, entende?
− Como é que é? De onde você tirou essa ideia que eu vou sair correndo? Isso é alguma pegadinha? – Ele me olha indecifrável.
− O que? Não, não! É só maneira de falar...
− Pode levantar, por favor? Vamos continuar a caminhada, ou você quer uma carona? – Percebi que ele ficou meio ressentido e ainda não era noite. Ele guiou a cadeira motorizada até um banco de tronco de árvore, lembro muito bem do dia que meu pai e avô construíram ele. – Senta!
− Olha, eu não quis ofender. Eu...
− Tudo bem! – Ele coloca a mão inerte em cima do meu joelho e suspira antes de continuar. – Lívia, eu não sairia correndo nem se eu pudesse andar. Não se trata de algo apenas casual, eu gosto mesmo de você...
− Você gosta?
− Já te disse isso e se você não estiver segura eu vou entender, você me deu segurança e isso já foi muito importante pra mim. No momento só quero ser a pessoa que vai fazer dar certo. Só por hoje não vou permitir que nenhuma negatividade entre em nosso caminho. E se você não quiser tentamos outro dia. – Eu estava olhando fixamente para o rosto de lindo homem tentando acreditar que ele era real. – ... entendeu?
− O que disse? – Pisquei algumas vezes para voltar ao presente.
− Eu disse que você não vai e nunca deverá fazer nada que não queira, entendeu? – Balanço a cabeça positivamente como uma criança ouvindo a explicação da bronca do pai. – Você está no mundo da lua hoje, Princesa Disney!
− Agora o meu medo virou empolgação, e é por isso que estou distraída. Vamos voltar e tomar um banho? Está quase na hora do jantar.
− Vamos lá, menina veneno! Também estou animado. – Levanto e faço menção de caminhar para a direção da casa. – Espera! Eu tenho um presente, está na minha bolsa. Você pode abrir agora se quiser. Vou procurar o Celso para tomar banho.
Munida de uma curiosidade absurda entrei quase que correndo dentro do quarto. Abri a mala dele e vi a caixa luxuosa vermelha de formato retangular. Fiquei chocada ao ver o conteúdo.
− Minha nossa!!! O que é isso?
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Se gostar do capítulo deixa sua estrelinha.
Abraços!!!
Até breve!
#gratidãosempre
Capítulo publicado e revisado dia: 21/11/2021
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