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Capitulo 79 - Alguém como você

Oi gente, faltam cerca de 20 capítulos para o final e talvez vocês encontrem algumas contradições na história, será feita uma correção detalhada, ok?

Gente, dá uma forcinha aí: comenta, compartilhe com seus amigos e deixe uma estrelinha. Isso me incentiva muito!

Boa leitura!!!

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"Asas cortadas, eu era algo partido. Tinha uma voz, mas não conseguia cantar. Você tinha me desgastado! [...] Não vou me importar se cantar fora do tom, eu me encontro nas minhas melodias. Eu canto por amor, eu canto por mim; eu berro como um pássaro libertado."

Bird Set Free − Sia

Lívia

     Eu passei uma semana muito mal, a dor de vê-lo beijar outra garota foi indescritível, mas eu não era sua dona para brecá-lo. Só estou me sentido assim por causa das palavras que ele me disse, pareciam tão reais que me recuso a acreditar que ele mentiu.

     Disse-me que estava rendido, que não saía de seus pensamentos; ledo engano, entregou a outra o amor que era destinado a mim na primeira oportunidade que apareceu e nem sequer me explicou o porquê disso.

     Após um mês desde o flagra do Nick e com as aulas bem próximas de começar decidi arrumar meu quarto e para isso estava contando com minha melhor amiga que tagarelava sobre o quanto o Samuel era maravilhoso e que suas manias estranhas não atrapalhavam o relacionamento enquanto devorava meu pote de Nutella® que encontrou na geladeira.

     − Sério, Liv, eu nunca pensei que pudesse ser feliz com esse maluco, você lembra o que houve a primeira vez que o vi?

     − Claro que sim. – Falo sorrindo.

     − Até meu pai gostou dele, só não está por dentro dos problemas que assolam o Sam porque ficou me perguntando dentro do mercado se eu iria trabalhar com vendas de álcool por causa do estoque que eu compro sempre. Mas tenho de manter meu quarto organizado e higienizado. Por falar nisso vamos começar logo essa faxina.

     − Claro, afinal era eu que estava o tempo todo comendo chocolate e falando do meu namorado. – Reviro os olhos, só a Lúcia mesmo.

     − Tá legal então vamos começar a faxina em cima do guarda-roupas porque sempre quero te perguntar o que tem naquela caixa vermelha e esqueço.

     − Curiosidade matou a gata sabia? – Sorrio fazendo suspense, mas eu nunca esconderia nada da Lú. – Olha logo o que tem aí.

     Ela fica na ponta do pé e puxa a caixa ansiosa para ver o conteúdo.

     − Rosas Violet Carson? Quem te deu elas?

     − O Nicholas. Eu as embalsamei com resina pra não estragar. Tudo que é importante pra mim está nessa caixa.

     − Estou vendo: têm nosso primeiro colar da amizade, as rosas do Nick, o broche da sua mãe e... esse biscoito? – Ela pega o biscoito duro e examina-o.

     − Você lembra como eles ficaram deliciosos? Foi o último biscoito que a minha mãe fez então guardei um de lembrança, também está com resina.

     − Que pena, estava uma delícia. – Ela sorri triste e fecha a caixa. − Lív, você gosta daquele imbecil, não é?

     − Um dia vou deixar de gostar, essas são apenas as lembras da minha adolescência.

     − Você é nobre, minha princesa Disney. – Ela me envolve num abraço e continua a falar afagando os meus cabelos. – O que tiver de ser será, Lívia. E eu sempre estarei aqui por você e para você. Sabe que pode contar comigo, não é?

     − Vai me fazer chorar novamente? – Falo já enxugando as lágrimas que escorriam pelas minhas bochechas.

     − De jeito nenhum. Vamos começar pelo guarda-roupas, então. Quero ver que roupas irei roubar de você.

     − Tudo bem, vamos lá.

     − O que uma camisa do seu pai está fazendo no seu armário? Tá legal não sei porque seu pai compraria uma camisa da Zara então é claro que não é dele.

     − É do Nicholas. Parece que não consigo simplesmente me livrar dele.

     − Isso explica muita coisa, mas veja pelo lado bom você pode vender essa camisa quando precisar de grana. – Rimos da besteira que ela acabou de falar. – Você vai se livrar dele, minha amiga, o problema é que ele mora em cima da sua casa, né? Vai ser difícil, mas não impossível.

     − Deixa separada em cima da cama Lú, no final da semana eu vou devolver pra ele.

     Mais de uma semana havia se passado e eu encarava aquela camisa como se fosse um monstro a me fazer mal.

     − Quer saber? Você está quase atingindo a maioridade penal, Lívia, mostre um pouco de maturidade. E outra, você pode muito bem entregar a qualquer pessoa que atender a porta. – Falo a mim mesma encarando o espelho enquanto ajeito meus cachos, tudo que eu não queria era me deparar com o casal feliz.

     Preparo-me conferindo se a maquiagem estava com algo fora do lugar ou se minha roupa tinha algum amasso, eu precisava passar na biblioteca para entregar os livros que eu havia pego e também compraria uma mochila nova.

     Comunico ao seu José, da guarita do prédio, que iria até o apartamento do Nick para que ele liberasse o acesso até a cobertura. Toco a campainha insegura, não sei porque esse nervosismo todo se o Nick nunca atenderia essa porta.

     − Oi, Lívia! Tudo bem? – Celso me dá um abraço caloroso.

     − Olá, Celso! Eu fiquei com uma camisa do Nick no dia em que ele vomitou e precisei tomar um banho. – Estendo a sacola de papel.

     − Ah, entra! Porque você mesma não entrega a ele?

     − Não mesmo, eu preciso sair e também não quero atrapalhar o casal, vai que de repente a namorada dele vem!

     − Lívia! Seria ótimo se você pudesse dar um oi a ele. Nick está fazendo o que costuma fazer quase sempre: nada. Ele está bem 'pra baixo'.

     − Chama a namorada então, ué!

     − Ele terminou, sabe como é: ela não é você. Ele se aborreceu porque ela foi meio insensível.

     − Eu sinto muito Celso, mas realmente preciso ir.

     − Lívia, por favor, só diz um oi ou canta um pouquinho, ele adora.

     − Olha Celso, eu não sei porque ele fez o que fez comigo. Estávamos indo bem na casa dos meus avós e ele simplesmente parou de falar comigo sem nenhuma explicação e ainda arranjou uma namorada, mas ele não me destruiu e é por essa integridade que não vou até lá.

     − Você deveria perguntar a ele porque eu vi tantas ligações suas na tela do celular que ele não quis retornar. – Celso ergue uma sobrancelha me desafiando a recusar o que eu mais queria saber. – Seja o que for ele não quis me contar; está péssimo, mesmo quando estava com a namorada parecia sombrio.

     − Tá legal! Você venceu. Vou lá só pra dar 'um oi'.

     − Ele está no terraço, na área da piscina. – Balanço a cabeça em concordância já subindo as escadas, eu estava ansiosa não sabia o que diria ou faria.

     Entrei no acesso ao terraço em silêncio, mas permaneci na porta; meu coração palpitava tanto que fiquei com medo do Nick ouvir. Ele não parecia muito feliz, o olhar perdido na linha do horizonte da vista fantástica que a altura do prédio proporcionava.

     Os ombros estavam caídos e ele parecia pensativo. Eu conseguia perceber um pouco da sua dor, ele nunca seria totalmente honesto comigo, disso eu sabia, mas via no seu olhar o grande peso de frustração.

     Resolvi cantarolar baixinho uma canção cuja letra lembrava um pouco a atual situação. A questão é que o Nick jamais cederia à chance de tentar ser feliz independente de seu físico. Ele olha para baixo e um lampejo de sorriso passa por seus lábios. Começo a canção:

Quantas tristezas você tenta esconder, num mundo de ilusão que está cobrindo sua mente?

Eu mostrarei a você algo bom, oh, eu mostrarei a você algo bom.

Quando você abrir sua mente você descobrirá o indício,

Que existe algo [que] você está ansiando encontrar.

O milagre do amor levará embora sua dor,

Quando o milagre do amor vier na sua direção novamente.

     Eu amava essa canção, minha mãe havia cantando pra mim diversas vezes. 

     − Mas que idiotice estou pensando? – O ouço dizer enquanto continuo cantando. Ele sorrir talvez se achando meio maluco por falar sozinho, ainda não percebeu minha presença apesar de me ouvir.

     − Oi Nick, falando sozinho? Isso não é um bom sinal. – Interrompo a música quando ele se vira e me encara surpreso. – Só vim te dar o que você merece.

     Atravesso o espaço passando ao lado da piscina e tasco um tampa bem dado do jeitinho que ele merece. Eu tenho meu amor próprio, não vou deixar ele arruinar isso somente porque o amo demais.

     − Lívia eu... – Ele tenta dizer algo com o desenho da minha mão no seu rosto perfeito. Faz menção de tocar o próprio rosto e reprimo a vontade de ajudá-lo.

     − Já disse que você merece!!!

     − O que? O benefício da dúvida? – Mais que cretino!!! Por que eu daria uma chance dele se explicar?

     − Por ser um cretino? Você disse que me amava...

     − Eu disse isso?

     − Tá bom, não com essa palavras, mas tinha o mesmo significado e... – Tento esconder minha cara de vergonha e ser firme, porque eu realmente achava que ele me amava.

     − Pra você ou para mim? O que você acha pode não ser a mesma coisa que penso.

     − Da pra parar de me interromper?

     − Aliás, você bate muito forte e sempre tem a música certa para cantar, hein? Bela canção! – Não resisti e sorri. Ele também abriu um sorriso, era impressionante como estávamos sempre em sintonia.

     − Eu sinto muito que você tenha passado por alguma situação constrangedora, mas me deve satisfação do porque me deixou sem nenhuma explicação.

     − Acho que vou precisar de gelo no meu rosto.

     − Não seja dramático, Nicholas. – Sorri novamente, eu bati pra valer e ele mereceu. − Outro dia o seu irmão chegou à minha casa meio nervoso perguntando pela professora Marcela. Pena eu ainda não saber Libras muito bem, pelo menos o gêmeo estava lá para ajudar. Ele está bem?

     − O Rafa tá ótimo e, com relação ao tapa, eu sei que mereci. Não queria te magoar, não esperava que me visse com a Tatiane. Mas vou te explicar tudo. 

     − Acho bom mesmo você dar-me uma explicação, mas acontece que ouvi-lo não é um indicativo de que irei aceita-lo. Poxa, eu tenho meu orgulho! Não aguento mais ser massacrada pelas suas ações de indiferença, Nicholas!

     − Eu entendo e te dou razão. A Tatiane apareceu e eu cedi, mas foi pra te proteger.

     − Me proteger arruinando tudo? Você sempre fala o que quer e o que pensa. Já pensou em se importar com alguém ao seu redor de vez em quando? – Eu estava movida pela força da raiva, da mágoa. Afinal o que eu fiz pra esse cara me presentar com tantos presentes gregos que é esse conjunto de sentimentos ruins?

     − Eu cometi um erro de não ser honesto com você, POXA! – Ele parece tão estressado quanto eu, sua perna direita começa a ter um espasmo e ele se retrai envergonhado colocando a braço em cima da perna inquieta, mas não tinha força suficiente no braço para segurar a perna firmemente.

     − Me diz se pode ser honesto agora. – Me ajoelho e seguro a perna que, aos poucos, para de tremer e torno a falar olhando dentro de seus olhos claros. – O problema é que sou a idiota que sempre corre para seus braços não importando o quanto você me feriu.

     − É claro que serei honesto! Pra ser totalmente honesto achei que seria dessa vez que as coisas se resolveriam entre a gente, mas uma coisa levou a outra... – Faz uma pausa dramática e olha para onde estava olhando antes, o movimento da avenida do nosso prédio. – Sabe de uma coisa? Acabei de te ver lá embaixo, que dizer pelo menos era seu cabelo.

     − Não seja tolo, eu estava no meu apartamento; não sou a única ruiva com cabelos cacheados no mundo.

     − Para mim é sim! E...voltando ao assunto principal, eu tive um pequeno contratempo com uma atitude do meu pai que me levou a tomar medidas extremas, misturei álcool com medicamento e acabei indo parar no hospital. Já o Rodrigo sofreu um acidente de moto e reencontrou nossa antiga colega da faculdade, eu havia contado a ele e ao Sam que você e eu não poderíamos ficar juntos, então ele deduziu que eu estava sozinho e teve a boa intenção de me ver com alguém. Você merece alguém perfeito, Lív!

     − Alguém perfeito como você? – Estava mais amolecida após o seu relato. − Nick, você poderia ter morrido! Sabe que não pode misturar álcool e medicamentos. E como está o Rodrigo, por isso ele estava com o braço enfaixado?

     − Ele está muito bem! Acho que ficou muito surpresa pra prestar mais atenção no 'Rody'. E você sabe muito bem do que estou falando quando me refiro à perfeição: um homem que possa andar e compartilhar uma vida com você.

     – A escolha de ficar com você é minha, e o que o senhor precisa é de serenidade pra aceitar as coisas que não pode modificar.

     − Esquece esse assunto Lív e levanta daí. Senta aqui! – Ele arrasta a mão do braço da cadeira para o colo indicando que eu deveria sentar. Era um pedido simples, mas me colocava perigosamente perto dele e eu não me sentia muito bem com isso no momento. Eu estava com raiva, poxa!

     − Eu me perguntei tantas vezes o que seria depois daquele beijo, mas parece que tudo conspira para que "nós" não aconteça. O pior de tudo é essa dependência que eu criei de você, Nick.

     − Fica tranquila, princesa Disney, eu não vou mais deixar que as circunstâncias nos afastem já que sua decisão de ficar comigo é irrevogável, pelo menos não enquanto eu viver. – Sento em seu colo e seguro o seu rosto na lateral que eu bati e coloco o outro braço atrás de seu pescoço.

     − É claro que é irrevogável, senhor advogado. Eu sempre me lembrarei de você, Nick, mas gostaria que desistisse da eutanásia. Por favor! – Colo nossas testas e me surpreendo com sua próxima fala.

     − Quer mesmo tocar nesse assunto ou prefere me beijar? – Selo nossos lábios e ele vai intensificando o beijo, me dando tudo o que preciso, saciando meu desejo e aplacando a saudade.

     Como senti sua falta!

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Abraços!!!

Até breve!

#gratidãosempre

Capítulo publicado e revisado dia: 18/09/21

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