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Capítulo 73 - Inalcançável

Oiiiiiii! Como vocês estão?

Estou sentindo falta dos comentários. :'-(

Boa leitura!!!

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"Ando devagar porque já tive pressa, e levo esse sorriso porque já chorei demais. Hoje me sinto mais forte mais feliz, quem sabe? Só levo a certeza de que muito pouco sei, ou nada sei."

Tocando em frente - Almir Sater

Nicholas

     Eu estava arrasado com a ideia de deixar a Lívia agora que estava entusiasmado pra ficar com ela. Eu a conhecia bem pra saber que ela não desistiria fácil; precisava de um plano de afastá-la. 

     Meus pais falaram coisas que não compreendi, me desliguei completamente da terra e mergulhei em mim mesmo apenas pensando numa solução para esse problema. Voltar a andar seria a solução mais viável e resolveria pelo menos oitenta por cento de todos os meus problemas, mas essa ideia maluca estava fora de questão. É por isso que meus planos para a viagem ao Dignitas estavam mais firmes que nunca, principalmente agora com o apoio do meu pai.

     − Hey, Nick! – Sinto uma mão no meu ombro e olho na direção dela. Meu pai me olha com feições preocupadas. – Filho, o que está acontecendo? Estou te chamado a mais de cinco minutos. Avisei-te várias vezes que chegamos e você parece aéreo.

     − Está tudo bem, me desculpa. Estou pensando no final de semana que foi muito bom. E no meu curriculum que foi rejeitado.

     − Curriculum? – Ele coloca uma expressão confusa no rosto.

     − Sim pai, ainda vou organizar as ideias e depois falamos sobre isso.

     − Certo, mas por que seu curriculum foi rejeitado?

     − O senhor nem suspeita? – Pergunto enquanto ele me acomoda na cadeira motorizada. – Vou te dar uma dica: minha condição física.

     − Ninguém deve medir a inteligência de ninguém pela capacidade física, sei que você não ia se inscrever pra uma vaga que não pudesse exercer. Diz-me aí o nome da empresa e o cargo, você ainda vai se formar o ano que vem então não é pra advogado, não é? 

     − Sim, a formatura só será daqui a quatro meses. – Ele ficaria muito bravo se soubesse que a vaga era pra namorado da Lívia? É melhor mudar o foco da conversa: – Falando nisso eu a convidei para a minha formatura.

     − E ela disse sim? – Parece ter dado certo.

     − Ela disse "claro", deve ser a mesma coisa. – Forço um sorriso para que ele não ache que tem algum problema em jogo e me faça mais perguntas. 

     − Vamos mocinho, o elevador está esperando. – Minha mãe alerta. Entro com ela no cubículo a tempo de ouvir meu pai dizer que vai pegar as bagagens. – Meu amor, aconteceu alguma coisa? Por que não quis aproveitar o resto do dia com a sua amiga? Vocês estavam se entendendo muito bem quando chegamos.

     − Essa é a sua maneira de falar que nos viu beijando, mamãe? – Encaro seu rosto pelo espelho do elevador. 

     − Ah, você entendeu. Estou muito feliz que esteja com bom humor. – Ela abaixa e deposita um beijo na minha cabeça, mal sabe ela que eu estava dilacerado, mas acredito que se perguntou como eu estou é por que suspeita de algo. Isso só me faz pensar que não consigo encontrar o caminho certo dentro dessa merda. Por mais que eu tente tudo me leva à Suíça; talvez esse seja mesmo o meu destino. – Chegamos! Lar doce lar.

     Ela vai comigo até meu elevador e abre a porta do quarto entrado logo atrás de mim.

     − Mãe eu não estou com fome agora, será que posso ficar um pouco sozinho descansando quando a senhora trocar o cateter e fizer todos os procedimentos?

     − Claro, meu amor. Que tal um banho?

     − Ótima ideia! – E pensar que nem chorar no banho sozinho eu poderia só aumenta minha angústia.

Imagem: separador de texto em forma de rosa.

Rodrigo

     − Sam? Samuel cadê você? – Grito no meio da sala. Como ele sumiu tão rápido? Acabamos de nos despedir do Nick.

     − Oi! Calminha aí, só estava ajeitando minhas coisas no quarto. – Ele sai por alguma porta e aparece na sala com 'cara-de-bunda'. Acho que ele pensou o mesmo que eu.

     − Então quer dizer que já ia dar no pé sem me contar nada?

     − Claro que não, seu idiota! Eu ia te esperar pra poder sair, aliás ia falar que estou com vontade de ir embora porque o Nick estava meio estranho.

     − Então não era somente impressão minha, Samuca, você também notou. A gente podia falar com as meninas e cair na estrada. Acho que ainda dá tempo de comer a comida da dona Tereza.

     − Aff! Eu aqui preocupado com o Nick e você pensando na comida da dona Tereza?

     − É muito tempo dirigindo, eu vou chegar com fome. Não posso mais?

     − Claro que pode, vai lá arrumar tuas coisas. Vou falar com a Lúcia. – Concordo com ele e saio procurando a Vick. Uma merda esse negócio de não ter sinal de celular aqui! Resolvo ir em direção da casa do caseiro onde dormimos a noite passada. De repente minha visão fica turva e tenho uma tontura repentina.

     − Hey, o que aconteceu? – Quando minha visão entra no foco novamente vejo a Vick preocupada. 

     − Está tudo bem, foi só uma tontura boba. Vamos pra casa? Estou preocupado com o Nick, ele não ia falar de jeito nenhum se tivesse algo o incomodando, a não ser que estejamos na segurança do quarto dele, e é pra lá que vamos.

     − Certo, já estou terminando de arrumar tudo, vamos buscar as coisas.

     − Por que é que mulher tem que trazer tanta coisa pra passar apenas dois dias, hein? – Reclamo ao pegar as bagagens da Vick, ela apenas sorri. 

     Encontramos com o Samuel e a Lúcia e, após nos despedirmos da Lívia e sua família seguimos para casa. Dirigi até a casa do Samuel para deixar a Victória e segui para a casa do Nick, eu estava preocupado com aquele idiota.

     Quando cheguei ao seu quarto eu estava desolado e sozinho, eu sabia que tinha algo de errado. Apenas sentei na beira da cama e levantei seu tronco abraçando o meu amigo, ele tentou retribuir então o abracei mais forte ainda. Ele precisava de todo apoio que pudesse dá-lo.

Theodoro

     Fico encarando o rapaz do outro lado da mesa e sei que ele sabe que eu o observo. A Lívia fala com ele, mas não obtém resposta. Ele tem uma aparência retraída como se carregasse o mundo nas costas e a minha filha parece ser o fator atenuante, pois a cara dele quando entrou no quarto ontem a noite e quando saiu hoje pela manhã denunciou seus sentimentos.

     Eu sabia que esse relacionamento traria sofrimento a minha princesa e me perguntava o que a Stella acharia disso tudo. Qualquer tentativa de acordo ou de conhecer melhor esse provável namorado foi por água abaixo, ele sempre se fecha ou me desafia. Filho da mãe!!!

     Eu não estava o diminuindo por ser deficiente, só não quero mais ele perto da minha filha. É pedir demais que ele se afaste e dê uma real chance da Lívia ser feliz?

     Ele fala quase sussurrando e ela levanta da cadeira empurrando-o para longe do cômodo.

     Após um tempo vou para a sala colocar os assuntos em dia com o meu pai, o doutor passa com ele e a mãe logo atrás puxando uma mala de rodinhas. A face do rapaz não era agradável e me ponho a pensar se fui muito duro em minhas palavras. Acompanho o "comboio" pegando as bagagens e me sinto na obrigação de dar uma explicação a ele e até mesmo de ajudá-lo de alguma forma.

     Após desejar com sinceridade que eles tivessem uma boa viagem eu escuto o pior dos comentários e penso: será que é isso mesmo?

     − Senhor, eu não preciso da sua pena. A Lívia foi acometida de um problema chamado 'paixão à primeira vista' e ela simplesmente pulou de olhos fechados. Não sou responsável pelo que ela sente! Boa sorte em tornar sua filha tão alcançável para outro quanto ela é inalcançável pra mim. De todas as maneiras que pude lutei contra as investidas dela, mas eu a entendo: não podemos lutar contra o óbvio, ela está apaixonada e lhe é melhor conviver com esse sofrimento a negá-lo. Passar bem, senhor. – Ele fala entredentes, claramente apenas eu deveria ouvir o pequeno discurso.

     Ele torna a olhar para frente enquanto seus pais entram no veículo e dão partida, olho para o carro ainda preso as palavras duras dele, éramos demasiados parecidos e isso me deixava com mais dúvidas que clareza.

     Volto para dentro, a casa está silenciosa com exceção de vozes vindas do que costumava ser meu quarto com minha falecida esposa.

     Chego a tempo de ouvir minha filha falando:

     − Só espero que sim. – Fala com a voz embargada, é claro que ela estava chorando outra vez. – Eu tenho todos os motivos do mundo pra pensar em porque eu deveria ficar com ele, mas também tenho todos os motivos do mundo pra saber que eu não sou a pessoa ideal pra ele. Afinal por que ele iria querer uma garota simples, do interior, que é extremamente sensível? Se quisesse mesmo já teria tomado a decisão; ele ainda vai cometer suicídio, não desistiu da ideia.

     Essa notícia me pega de surpresa, de repente uma onda de compaixão me toma e percebo que ele tem razão nas duras palavras: eu estava com pena. Um rapaz tão jovem e com todo um futuro pela frente, cometer suicídio? Estava surpreso com a ideia do garoto, fiquei verdadeiramente comovido.

     − Como é que é, dona Lívia?! Que história é essa de suicídio? Agora você vai me contar tudinho e, nem comece Sandra. Ela vai ter que me dizer o porquê EU deveria concordar com esse relacionamento. – Eu não pretendia concordar, mas queria saber ainda mais sobre ele do que minha filha já havia contado. Eu iria conseguir descobrir o por que ela gosta tanto nesse homem e acabar com o encanto.

     − Pai! Eu só quero ser feliz, já te falei isso. – A minha filha há muito parece implorar por compreensão e a vendo assim tão vulnerável eu decido ceder um pouco.

     Faço um pequeno discurso deixando claro que quero vê-lo sob a ótica dela e ela me conta, com sua doçura habitual, algo que já tinha percebido: o idiota é arrogante, mas nunca lançou um olhar libertino para ela, pelo menos não sob minhas vistas. Ela se sai com a ideia mais mirabolante do planeta:

     − Ele é, acima de tudo, um homem simples.

     − Simples? – Ele era tudo, menos simples.

     Ela abre um pequeno sorriso ao cobri-lo de adjetivos de caráter positivo. Ai Lívia, Lívia, Lívia! Apesar de tudo ela estava duvidosa, então a deixo saber que estou aqui haja o que houver.

     − Obrigada por me ouvir, pai. – Beijo a cabeça e abraço apertado o meu bem mais precioso no mundo: minha única filha.

     − Apesar de eu não gostar daquele idiota eu prometo que vou me esforçar. Pode contar comigo, meu amor!

     − Obrigada pai!

     Quando chegamos a capital já era noite e um cansaço enorme nos fez ir para cama mais cedo. Enquanto a Sandra estava em um sono profundo eu olhava fixamente para o teto, não sabia o que fazer sobre a minha filha e seu interesse amoroso. Parece que foi ontem que a Stella anunciou a gravidez. Nossa, a Lívia cresceu tão rápido!

     Pela manhã contemplo minha filha com cara de sono, parecendo tão cansada quanto eu, aguardando a Eva trazer o café da manhã. Ela parece estar em outra dimensão, então levanto de minha cadeira para dar-lhe um beijo no amontoado de cachos. Como foi que entramos nessa situação a ponto de até mesmo ela sequestrar um cadeirante e levar para casa da avó?

     − Está tudo bem, minha filha? Precisa de algo?

     − Eu não consegui pregar os olhos, pai! O Nick não me atende e não deixou nenhuma mensagem ontem; achava que estava tudo bem entre nós. – Ela fala brincando com uma colher na mesa e sem me encarar. – O que será que fiz de errado?

     − Por que não vai até lá? Posso ir com você se quiser! – Mas de onde diabos eu tirei essa ideia? – Não agora, claro.

     − Sério que o senhor vai comigo?

     − Sim, por que não iria? – Acho que eu precisava conhecer melhor o cara já que minhas tentativas de separação não seriam aceitas pela Lívia. – Que tal sair pra correr comigo, como nos velhos tempos?

     − Tudo bem, acho que vai ser bom. – Ela levanta um pouco mais animada desistindo do café. – Vou trocar a roupa.

     Dessa vez é a Sandra que recebe um beijo, me dirijo silenciosamente para o quarto a fim de vestir a minha roupa de corrida.

     Voltamos para o nosso apartamento e conversamos bastante, coisa que não fazíamos há bastante tempo. A Lívia revelou querer cursar serviço social na faculdade, alegando que iria ajudar a Marcela.

     − Você não vai estudar música? – Questiono afinal ela tem tanto talento para o canto quanto sua mãe tinha.

     − Eu só não queria que o senhor lembrasse-se da mamãe, mas sim eu gostaria de estudar música algum dia. Deixa de enrolação e vai logo pra o banho eu farei o mesmo, precisamos comer e ver o Nicholas.

     Ah, quantos arrependimentos!

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Se gostar do capítulo deixa sua estrelinha.

Até o próximo capítulo.

Abraços!!!

#gratidãosempre

Capítulo publicado e revisado dia: 20/08/2021

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