Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 38 - Tristezas de verão

Olá, olá xuxus.

Eu estive pensando, vocês querem que eu comece a publicar o livro dos gêmeos para vocês acompanharem junto com esse? Se houver pelo menos 10 comentários eu começarei a publicar.

Espero que gostem.

Boa leitura!!!

ȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹ

"Beije-me forte antes de ir. [...] Eu só queria que você soubesse que, querido, você é o melhor."

Summertime Sadness - Lana Del Rey

Nicholas

     Fico tão surpreso quanto os outros quando vejo meu irmão levar um baita beijo na boca, esse filho da mãe falou que não tinha namorada. Que não tinha ninguém, na verdade.

     Eu sempre torcia para que o dia acabasse bem e eu recomeçasse no outro dia cheio de esperança de que poderia viver nessa nova vida de inutilidade sem grandes desafios, porém além da frustração de lidar com um corpo inerte tinha de lidar com pessoas e acontecimentos invejáveis que na verdade poderiam ser evitados.

     Como previsto o meu dia acabou comigo, em um lugar onde eu não queria estar e com alguém que eu ainda estava decidindo se queria ou não estar. Pra completar o meu pai tomou as decisões por mim convidando a Lívia para se juntar a nós no carro.

     Meu pai tinha um jeito incrível para lidar com as pessoas, apesar de claramente e por motivos que eu desconheço o pai dela me detestar, ele foi persuadido por meu pai a permitir que sua filhinha ficasse ao lado do monstro: eu mesmo.

     Ela oferece ajuda para fazer a minha transferência e não há nem o que falar sobre isso. O que uma menina magrinha poderia fazer para ajudar com um peso como eu? Apenas reclamo com meu pai por estar se esforçando além do permitido pelo seu médico. Ele me responde com uma resposta nada agradável e deixo transparecer meu desgosto, mas me mantenho calado.

     Faço todo o percurso em silêncio lembrando sobre a última vez em que falei com meus amigos. Na semana em que eu peguei a Lívia chorando eles vieram falar comigo para avisar que iriam viajar, sempre fazíamos essa viagem de pré fim de ano para disputar um torneio de basquete e eu sabia que as instalações não eram acessíveis. Outra coisa que deixei de praticar.

     Eu fingi que estava tudo bem e não me importava, mas a verdade é que tenho saudades dos verões em que eu era somente um rapaz saudável como qualquer outro e saía pra me divertir com outros jovens da minha idade. Eu era um espírito livre, agora são somente tristezas de verão e não mais férias. Eu estava sempre cansado e seria apenas um peso para meus amigos, e embora eles tenham insistido eu preferir não ir.

     Não tenho mais a minha namorada, minhas decisões, minha autonomia e, principalmente, minha liberdade. Eu olhava para a paisagem sem graça exatamente como minha vida havia se tornado. O silêncio era tão grande dentro do veículo que o único barulho era o da minha sôfrega respiração que às vezes custava-me puxar o ar.

     Pensava em todo o sofrimento que passei até aqui e tudo que fui obrigado a renunciar até escutar um barulho estranho ao meu lado: a barriga da moça ao meu lado ronca ruidosamente me lembrando de sua presença no carro. Ouço os meus pais caírem na risada sem cerimônia e vejo a moça enrubescer.

     − Parece que alguém está com fome. – Falo o obvio sem achar nenhuma graça na situação.

     − Eu cheguei muito cedo ao teatro e não comi nada desde então, acabei esquecendo. Ainda bem que já estamos indo pra casa. – Como sempre ela tem que me dar uma explicação completa.

     − Quem disse que estamos indo para casa? Vamos a um restaurante. – Meu pai acaba com minhas expectativas de descanso.

     − O que?! – Ela e eu falamos ao mesmo tempo.

     − Já ligamos para seu pai, querida. – Minha mãe fala. – Seus pais nos encontrarão lá.

     Não podia acreditar que meu querido pai sequer me comunicou dessa decisão. Ninguém colaborava para que eu não me aborrecesse e consequentemente não tivesse a pressão alterada.

     Quando paramos a Lívia praticamente foge do carro, acredito que ficou muito aborrecida eu faria o mesmo se pudesse. Alguns minutos depois o pai dela abre o meu lado da porta e faz menção a tirar meu cinto quando protesto:

     − Não há necessidade, senhor. Meu pai vem fazer isso. – Sem ao menos me dar ouvidos ele me pega e coloca na cadeira. Não foi tão ruim assim, mas a vergonha não me dá escolha a não se rejeitar ajuda de estranhos. Não consigo aliviar minha expressão, só há chateação em mim portanto não posso ofertar outro sentimento que não esse.

     Bom, quem se importa com minha opinião? Na verdade ela, assim como eu, não tem nenhuma serventia.

     Meu pai me guia para dentro do restaurante que, claro, é italiano. Ele sempre tenta agradar a minha mãe mesmo que indiretamente. O maître, que já nos conhece pela nossa frequência no estabelecimento, leva-nos ao lugar de sempre: a mesa de frente para as grandes janelas com vista para a colina florida próximo ao restaurante.

     Experimento a mesma reação de todas de sempre: os clientes voltam à atenção para mim, as pessoas são sempre curiosas. Peço ao meu pai que coloque o tornozelo da minha perna esquerda sobre a direita e uma das mãos apoiada na perna, uma posição que me aparentava menos doente.

     Lívia quase se joga na cadeira acolchoada ao meu lado e coloca os cotovelos sobre a mesa apoiando o queixo nas palmas das mãos. Ela faz uma cara de tédio, parece realmente cansada, portanto não tiro sua razão de ser tão desleixada a mesa. Ela murmura tão baixo que se não estivesse tão próximo certamente não ouviria: E eu só queria tirar esse vestido.

     Resolvo deixá-la saber que eu a ouvi e compactuo com seu desejo.

     − Eu só queria tirar essa cadeira, mas você está ótima. Já essa cadeira de rodas não faz meu estilo. – Declaro.

     − O que? – Ela parece voltar ao planeta terra e seus olhos passeiam pelo meu corpo.

     − Você disse que só queria tirar esse vestido, mas está muito elegante. – Falo meio cansado.

     − Eu disse? Acho que eu pensei alto. Por que quer tirar essa cadeira? Eu não entendi. – Ela questiona inocente. Como é aérea!

     – Assim como você eu quero descansar um pouco, apesar de não ter sensibilidade não é fácil passar muito tempo em uma mesma posição. Você pode se livrar do vestido, mas não existe uma maneira de eu me livrar dessa cadeira a não ser que eu não mais exista. Ela me é tão essencial quanto uma roupa. – Ela se entristece e baixa a cabeça como se eu houvesse dito algo que a magoou.

     Desvia seu olhar para o menu que o garçom entregou. Ele fez o mesmo comigo e minha mãe que estava do meu outro lado logo tratou de pegá-lo e deixa-lo sobre a mesa. Ela faz menção de abri-lo para que eu escolha algo, mas não estou interessado. Apenas nego com a cabeça e ela procura algo do próprio interesse.

     Lívia parece tão interessada quanto eu no cardápio e pede duas sobremesas. Isso é um absurdo, ninguém pode jantar uma sobremesa. Intervenho por puro instinto. Sinto-me na obrigação de "força-la" a comer um prato de verdade.

     − Deixe-me ver esse cardápio. – Ela prontamente coloca-o a minha frente e folhei-o para que eu possa escolher algo. – Pode trazer alguns canapés, Penne aos quatro queijos com cubinhos de presunto para a moça e um suco de laranja para mim.

     − Pode trazer a mesma coisa para ele. – Ela não perde tempo em me contrariar. Desafia-me com olhar.

     − Eu não posso comer isso senhorita Lívia. – Protesto.

     − Abra uma exceção somente hoje, tem dois médicos aí do seu lado. – Aponta para meus pais.

     − Tudo bem. Fettucine ao funghi para mim, então. Obrigado. – Ela devolve o menu sorrindo e falo apenas para tirar-lhe o sorriso. – Você é uma péssima namorada.

     Meus pais parecem felizes com o nosso entrosamento. Enquanto que do outro lado da mesa o pai dela está a ponto de virar um dragão e cuspir fogo em todos os clientes desse restaurante.

     Acredito que para o conto seguir seu curso correto o príncipe aleijado, quer dizer, encantado tem de enfrentar o dragão para salvar a princesa Disney e se sobreviver a sua jornada, viver infeliz para sempre ao lado da princesa.

     Eu me sentia intimidado pelo homem desde que ele tentou invadir meu espaço todo animadinho a mais de um ano atrás. Desde então eu evito cruzar seu caminho, pois ele parece querer estreitar laços de uma amizade que não estou interessado em iniciar. Sempre que eu lançava olhares furtivos para ele o mesmo estava me encarando.

     Então a oportunidade perfeita surge; para ele não para mim.

     − Eu vou ao banheiro! – Lívia declara como se pedisse permissão e sai da nossa presença.

     Assim que ela sai do nosso campo de visão ele começa sem se preocupar com a presença dos meus pais:

     − O que você pretende com a minha filha? Eu não recebi nenhuma visita de candidatos a namorado da minha filha, portanto esse namoro é clandestino! – Não estou acreditando que ouvi isso. Pior que um namoro inventado era um sogro controlador.

     − Acredite, senhor... – Ele permanece em silêncio, talvez esperando que eu conclua. Era uma droga, mas eu não lembrava o nome dele, qualquer tentativa de impressioná-lo foi por água abaixo. – Perdão, não recordo o seu nome.

     − Theodoro!

     − Acredite senhor Theodoro, estou sabendo sobre esse namoro ao mesmo tempo em que todos nesta mesa, mas não pretendo seguir a diante. A sua filha é uma garota especial. – Ele acena em concordância. Ergo um pouco os ombros para enfatizar minha próxima fala. – Não tenho nenhuma capacidade de ser um bom parceiro, esse movimento com os ombros é o único que posso fazer de verdade. Não vou fazê-la estragar a oportunidade de conhecer alguém melhor que eu por causa de uma paixão boba.

     − Sei, é...é – Ele parece devanear. – Stella disse a mesma coisa quando a doença se agravou. Mas também não concordo com esse relacionamento, minha filha só tem dezesseis anos e, não é pela sua deficiência, mas ela ainda é muito jovem para ter desilusões amorosas. Eu a vi entrar no elevador arrasada no dia em que você a tratou mal por ela ter batido na sua namorada.

      − Eu sempre soube que a Lívia era determinada. – A mãe dela fala sorrindo. – E sabe de uma coisa, Theo, se ela bateu na menina e está sendo insistente realmente puxou a você.

     − Não vejo motivos para o senhor ficar tão bravo, tendo em vista que o namorado que ela tinha a ofendeu de maneiras bem piores! Tanto que o senhor teve de socá-lo. – Desafio-o.

     − Como é que é? Que eu saiba ela não tinha namorado algum. – Ele fala exasperado exatamente na hora em que ela volta. Lívia põe uma cara assustada e tenta negar.

     − Não é bem assim, pai. A gente só estava se conhecendo. – Ela me olha com desespero e me sinto um pouco mal por ter falado.

     − Sinto muito, não sabia que era um segredo. – Disse pesaroso, perdendo o que me restava do pouco apetite.

ȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹ

Até o próximo capítulo.

Abraços!!!

#gratidãosempre

Capítulo publicado e revisado dia: 23/01/2021

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro