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Capítulo 2 - Adversidade

Olá meus amores! Sei que ando meio sumida, mas finalmente apareci mesmo que bem atrasada. Como vocês estão, como andam as coisas aí do outro lado da tela? Espero que bem.

Como eu tinha dito anteriormente, estou reestruturando o livro para um formato mais dinâmico e o capítulo de hoje fazia parte do capítulo 1, mas ele foi refeito e tem informações importantes. 

Sei que parece estranho ler uma informação que já deveria ter sido postada, mas vai dar tudo certo. Encarem esse capítulo como um bônus, ainda farei a publicação dupla que prometi.

Obrigada por estarem me acompanhando nessa jornada!

Boa leitura!!!

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"A adversidade é um trampolim para a maturidade."

Charles Caleb Colton

William

     Depois que vi meu filho Rafael dentro de uma incubadora de UTI Neonatal, eu descobri o significado da palavra altruísmo. Eu daria minha vida em troca do bem estar de meu filho.

     Eu carrego a personalidade da minha mãe da qual recebi muita influência – a convivência nos tornou parecidos.

     Ela sempre foi determinada e ao mesmo tempo tranquila, nada a abalava. Todas as adversidades que passou só serviram para seu crescimento como pessoa. 

     Minha mãe faleceu há cinco anos, porém deixou um grande legado: ensinou-me como ter um bom caráter. Também me fez prometer tantas coisas depois que percebeu que meu relacionamento com Helene era sério, uma deles foi a não permitir que ninguém interferisse nos meus sonhos. 

     Outra coisa foi a sempre colocar a família em primeiro lugar e ser um bom pai. Sei que dona Adélia tem algumas mágoas que nunca saíram do coração. 

     Ela foi iludida pelo filho do patrão e ficou grávida; ele não assumiu a paternidade, pelo contrário, fez com que fosse demitida e assim ela ficou sozinha com um bebê, pois havia saído do orfanato com dezoito anos direto para essa casa de família. 

     Enfrentou todo tipo de trabalho para que eu não passasse fome e ficou muito orgulhosa quando eu disse que queria cursar medicina. Eu nunca conheci meu pai, mas minha mãe me fez prometer que eu seria o melhor pai de todos. 

     E assim tenho feito; me esforço para ser presente na vida deles e me adequar a três personalidades tão diferentes: Rafael é minha cópia, Gabriel costumava dar trabalho com influência de más campainhas e Nicholas é a teimosia em pessoa – não me surpreendeu quando disse que queria cursar direito, pois ele tem argumento para tudo. 

     Eu sempre quis ter uma família; ser pai, avô. Quando conheci a Helene, ela me pareceu ser a parceira perfeita. 

     Logo estávamos fazendo planos e neles incluíamos ter dois filhos, não tínhamos preferência pelo sexo da criança. Ficamos surpresos com a primeira ultrassonografia revelando duas crianças, nunca tivemos casos de gêmeos em nossa árvore genealógica – pelo menos não que eu conhecesse. 

     Achamos a ideia genial; uma única gravidez, dois filhos. Quando ela ficou grávida pela segunda vez eu não pude conter a euforia e o medo respectivamente por pensar na possibilidade de gêmeos outra vez. 

     Se fosse o caso nossa família seria enorme e eu não poderia dar a atenção que desejava a todos os filhos em virtude da profissão. 

     Meu sonho era ser neurocirurgião, mas tenho uma queda por medicina de emergência, portanto eu ainda exerço o cargo de emergencista no maior hospital público da cidade há exatos vinte anos.

     São áreas que se exige tempo e dedicação. Ainda tinha o desejo que palpitava no meu coração: o de ser um empreendedor. Eu queria ter um negocio próprio e sabia que isso também exigia dedicação e tempo principalmente para fazer o negócio deslanchar.

     A mulher maravilha – é assim que eu costumava chamá-la – com quem eu casei comprou a ideia e, enquanto eu abri uma clínica que prospera ano após ano, ela abriu duas lojas de roupas femininas mesmo sua profissão sendo a de médica obstetra e professora de residência em obstetrícia. 

     Minha primeira grande adversidade foi quando descobri a deficiência de Rafael, nós éramos médicos, entretanto não sabíamos o que fazer. Não fazia a menor ideia de como começar a educá-lo. 

     Nossa primeira reação foi levá-lo a um especialista e receber o diagnóstico clínico da surdez, nesse momento um futuro obscuro e incerto é traçado e a gente se pega pensando o que faremos com essa situação. 

     Dona Adélia viu o potencial do meu filho e, como a mulher incrível que ela era guiou o Rafael pelo caminho das descobertas – da maneira dele –, o incentivou a desenvolver a fala e mostrou um mundo de possibilidades a ele. 

     Foi ela que percebeu seu interesse por prédios que ele desenhava perfeitamente ou torres com estrutura que ele montava com blocos. Através dela nós percebemos como interagir com ele. 

     Tivemos que refazer nossa rotina para aprender uma língua nova, para acompanhá-lo em consultas com especialistas e em terapias. Enfim, me senti desestruturado, eu não estava preparado para um filho deficiente.

      Essa notícia me pegou de surpresa. O que também me deixou surpreso foi esse mesmo filho se formar em dois cursos universitários – administração e arquitetura – e ainda aprender dois línguas estrangeiras, além de Libras e português falado. 

     Eu enxerguei meu filho como problema e ele me ensinou muitas coisas; a superar as adversidades, a buscar solução para os problemas corriqueiros – foi um grande aliado no resgate do irmão gêmeo embora só recebesse desprezo do mesmo –, e um grande auxilio na administração de nossos negócios. 

     Então sim, eu daria a minha vida pelos meus filhos. Cada um deles, a seu modo, me ensinou a ser um pai e fui retribuído com muito orgulho deles. Gabriel enveredou pelos mesmos caminhos que eu e Helene, pois se formou em medicina e especializou-se em neurologia. 

     Gabriel, embora outrora tenha sido o filho mais trabalhoso, foi o único filho a nos dar uma nora de ouro, pois Giulia – sua esposa – é um poço de doçura e também é um tubarão para os negócios abrindo seu próprio restaurante de comida italiana. Ela tem um verdadeiro talento para a cozinha. 

     Rafael e Nicholas têm um talento ímpar para desastres amorosos e um gene dominante para a teimosia. Não é a toa que se dão tão bem como irmãos. Sei que as escolhas amorosas de ambos deixam minha querida esposa com muito desgosto, o sexto sentido de mãe que ela possui é muito persistente. 

     Eu tirei minhas próprias conclusões ao presenciar uma conversa entre Andréa e outra mulher enquanto fui ao escritório de arquitetura do meu filho. Não a vi pessoalmente, mas a sua voz rápida e frenética era inconfundível. Eu entendo porque o Rafa diz que não consegue ler seus lábios. 

     Ela falou coisas que eu agradeço aos céus por Rafael não poder ouvir, e me pergunto o porquê deles estarem juntos. O mesmo acontece com a Camile, porém ela é indiferente e manipuladora, ela se comporta de uma maneira que parece que o Nick será prejudicado a qualquer momento e ele apenas diz que ela não tem nada a esconder.

     Os gêmeos já estavam com sete anos quando me senti novamente realizado em ser pai pela terceira vez. Eu sempre brinquei com o Nick dizendo que sua concepção foi um "acidente" e ele sempre deu muitas gargalhadas disso, era nossa piada interna.

     Meu filho!

     Nesse momento não é diferente, eu queria estar no lugar do meu filho.

     Afasto as lembranças com os olhos nublados pelas lágrimas que se formam sem que eu permita. Estava em um plantão corriqueiro como emergencista, quando Rafa fez uma chamada de vídeo a 1H:20 min da madrugada alegando que Nicholas, por causa de um assalto, estava em procedimento cirúrgico na emergência do hospital. 

     Eu vejo Helene pela tela do telefone, ela parece destruída e isso me corta o coração. Não é pra menos! Ela ama esses três garotos tanto quanto eu os amo. 

     Ela informa o hospital em que estão, o mesmo que cogitei comprar uma parte e fazer um novo investimento.

     Eu apenas a cumprimento na recepção e sigo diretamente para a sala de cirurgia, quero ver quem está realizando e quais procedimentos estão sendo feitos. Não conseguiu esperar como a Helene fez, não sei como ela não resolveu invadir o centro cirúrgico como eu estou prestes a fazer.

     Faço todos os procedimentos de higienização e esterilização para entrar no centro cirúrgico. Consegui com alguma enfermeira as roupas apropriadas e já estou dentro delas, ansioso por notícias. 

     Vejo Félix fazendo algum procedimento e sei imediatamente que algum osso do meu garoto está quebrado ou fraturado, ele é meu amigo de longa data talvez por isso nossos filhos também sejam. 

     Vejo outros profissionais da equipe que participam do procedimento, entre eles Augusto, meu colega de profissão também neurocirurgião. Meu coração parece que vai explodir, então há algo errado com os ossos e com os nervos. 

     Aproximo-me de uma vez do paciente e fico desolado ao confirmar a veracidade das poucas informações que tinha: meu filho, que vi hoje durante o café da manhã saudável e sorridente, está deitado na mesa de cirurgia! Tento me concentrar no que Félix faz em meu caçula.

     − Já retiraram a bala? – Questiono com a voz fraca.

     − A do ombro sim. A bala que perfurou o abdômen e pulmão esquerdo, atravessou a coluna e saiu. – Félix avisa.

     − Ele chegou aqui hemodinamicamente instável, com hemorragia, edema, isquemia e hipóxia; o tiro foi à queima-roupa. Foi preciso fazer uma traqueostomia de emergência. – Sei que Augusto dirigia as explicações a mim, sua atenção, porém, continuava no meu filho. – Detectamos deslizamento de C5 sobre C6, possivelmente em grau C na escala funcional de Frankel, através de uma radiografia. Mas esse último não foi confirmado. Estamos fazendo uma descompressão cirúrgica imediata para minimizar quaisquer possíveis danos neurológicos. Eu sinto muito, William. – A equipe em peso me olha esperando uma reação. E nó na minha garganta só cresce e dessa vez não consigo segurar uma lágrima. 

     Cerca de quatro horas depois e Félix já fez o uso de amarrilho interespinhoso com enxerto ósseo autólogo para fixação e artrodese da coluna vertebral cervical e, associou a descompressão por via anterior com enxerto ósseo intersomático, eu volto à recepção junto com ele e Augusto. 

     Estava próximo às 5h:00min da manhã e os primeiros raios de sol já entravam timidamente pelas grandes janelas de vidro da sala. Todos nos olham com expectativas e visivelmente cansados. 

     Eu estava apenas me deixando levar, havia perdido o chão. Eu não sabia o que o futuro reservava para o meu filho, porém com o que vi naquela sala, tinha experiência o suficiente pra suspeitar.

     − Posso falar na presença de todos? – Augusto me pergunta e apenas confirmo.

     Vejo Samuel questionar o pai com os olhos e Rafael fazer o mesmo comigo quando nossos olhos se cruzaram, mas Félix permanece calado; ele viu o meu filho crescer e deve estar tão temeroso quanto eu. 

     Não presto atenção no que Augusto diz. Desvio a atenção para minha esposa que estava com o rosto inchado e lágrimas secas, com pesar. Nossos olhos se encontram por um momento, os meus cansados e os dela aflitos.

     Ela nunca teve muita paciência, mas agora parece anestesiada. Abracei-a beijando sua cabeça e sussurrei em seu ouvido, no entanto olhando para Rafael:

     − Ele vai ficar bem. – Falo apesar de eu mesmo não acreditar nessas palavras. Não tínhamos uma confirmação de nossas suspeitas, todavia um pressentimento de pai e profissional me dizia que a atual situação era apenas o começo de uma longa jornada pela qual Nicholas e consequentemente nós, passaríamos.

     Como dizia a minha mãe: mais uma adversidade a ser vencida!

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E então, o que acharam? Me conta nos comentários!

Deixe uma estrelinha para William

Abraços!!!

#gratidãosempre

Capítulo postado e revisado dia: 26/08/2020


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