Nos dias posteriores a nossa amizade aumentou, ligávamos um para o outro sempre que víamos algo, e sabíamos que o outro se interessava. Era engraçada a forma como reagia quando eu não atendia o telefone, enchia a minha caixa de mensagens com um monte de coisas idiotas, e eu adorava isso.

Houve vezes em que eu notava que olhava para mim de uma maneira diferente, não só como uma amiga, mas acho que era tudo coisa da minha mente, não vou negar que me sentia ataída por ele, que eu fantasiava que podiamos ter um futuro juntos, mas eu retirava imediatamente essas ideias da minha mente tão logo chegavam.

Um dia quando chegou, a conversa girava em torno de uma rapariga, não que nas nossas conversas nunca tenhamos falado sobre outras, mas dessa vez era diferente, ele estava sempre sorrindo,  fitava constantemente o telefone para ver se alguma mensagem ou ligação tinha chegado.

Eu não estava a gostar, pois isso significava que teria menos tempo comigo se começasse a namorar.  

Começou a namorar, e como previ, deixou de passar mais tempo comigo, porém  eu entendia, pois quando  gostamos de alguém  queremos estar com essa pessoa sempre perto de nós.

Mas saber disso não impediu  que eu ficasse triste, por que eu gostava da companhia  dele, e desde que começou a namorar, passava menos tempo comigo, o tempo de duração das chamadas foram diminuindo assim como o número de mensagens, e a nossa amizade foi esmaecendo.

Não sei quando aconteceu, acho que normalmente não nos damos conta quando essas coisas acontecem, mas era a pior coisa que eu podia ter feito, me apaixonar pelo meu amigo.

Mas eu prometi a mim mesma  esquecer esse sentimento, e  fingir não sentir nada, manter a pose de amiga seria o melhor a fazer do que revelar os  meus sentimentos, por que se eu o fizesse, corria o risco de perder a sua amizade, e isso era o que eu receava.