Capítulo 8
Eu e a Brunna descemos em um restaurante
Quando começamos a comer, peguei o celular pra conversar com a minha mãe.
Lud: Silvanaaa
Lud: Venha aqui
Mãe: O que é, garota?
Lud: Ainda tá brava comigo?
Mãe: Talvez!
Lud: KKKKKKKKK
Lud: Sinto-lhe dizer que hoje vai ver a minha cara 🤪
Mãe: 🙄🙄🙄🙄🙄
Lud: Vou levar a minha chefe aí
Mãe: QUE? você pirou??
Mãe: Ludmilla, impossível. Seus irmãos colocam essa casa de cabeça pra baixo, você tem que avisar uma semana antes
Lud: Vamos pra um restaurante, sei lá, mulher
Lud: Eu já convidei
Mãe: Tá, por ela. Não por você
Lud: Para, você me ama
Mãe: e você ama a sua vó
Lud: KKKKKKKKKKKKK
Lud: Até às 20h, mãe! Busco vocês
Mãe: Tá bom, beijo
Mãe: Bom trabalho
Bloqueio o celular, encarando a Brunna. -Desculpa, tava falando com a minha mãe
-Ela tá bem?
-Tá, bom..agora deve estar doida porque avisei sobre você ir lá
-Tadinha
Eu dou risada. -Ela disse que os meus irmãos colocaram a casa de cabeça pra baixo, mas ela dá um jeito
-Podemos jantar fora
-É, vamos ter que..
Brunna ri. -Se uma criança de três anos igual a Bella destrói o meu apartamento, imagina adolescentes
-E olha que eu era a pior! -Eu dou um gole no meu suco, ouvindo ela rir
-Ah é? Que horror, Ludmilla
-E você era o que? Uma adolescente certinha?
-Sim, eu era
-Ai, Gonçalves! Só você, o que viveu?
-Muitas coisas boas
-Tipo ver desenho?
-Para de julgar a minha adolescência
Sorrio. -Sua adolescência foi ótima, meu amor
-Debochada.
Começamos a comer, quando o meu celular vibrou três vezes seguidas. Brunna me olhou e eu fiz o mesmo com ela, ignorando o celular
Mas vibrou mais duas vezes, fazendo ela mudar a expressão de curiosa pra brava
Dei risada. -Eu não sei quem é
-Então veja
Largo os talheres, pegando o meu celular. -Ah.. não é nada demais
-Tem certeza?
-Tenho -eu digo, e o filho da puta vibra de novo. Respirei fundo
-Ludmilla?
-É a Isabela..a menina da clínica
-Ah, entendi
-Relaxa, ela perguntou do Calleb
-O que ela quer saber do meu cachorro??
-Eu disse que tava te acompanhando
-Ah, ela veio puxar assunto com você sobre o MEU cachorro
-Tem ciúmes até do cachorro, mulher
-Tenho!
Eu dou risada, bloqueando o celular. -Deixa ela, tá? Vamos terminar de comer e voltar pro trabalho
(...)
Já na Unidade, entramos juntas, levando as nossas armas pra Sílvia. -Bom dia, sargento
-Bom dia, Lud..Tenente..
Brunna sorri. -Bom dia
-Vão gostar de saber que o Xamã tá de volta
O sorriso desfaz do meu rosto, revirei os olhos.
-O Carlos já chegou?
-Ele a Luísa acabaram de chegar, e fizeram a mesma pergunta sobre vocês
-Fomos tomar café
-Eles também
Encaro a Brunna, ela ri
-Já volto, meninas! Vou entregar as armas pro pessoal dar uma olhada
-Ok, vamos esperar
Sílvia se afasta.
-Nada de brigar, me ouviu?
-Se ele me xingar? Zombar? Eu não tô com paciência, Brunna
-Cuidado com esse Brunna, detetive
-Desculpa, tenente...-eu suspiro
-Relaxa, deixa comigo
-Eu vou tentar
-Promete pra mim?
Eu ia responder quando uma mulher praticamente invadiu a Unidade, desesperada. -SOCORRO, POLICIA
-O que?? O que aconteceu? -Brunna segura ela que estava quase caindo, eu ajudo
-E-EU ACABEI DE SER ASSALTADA, EU NÃO SABIA SE PODIA ENTRAR AQUI, MAS É A UNIDADE MAIS PRÓXIMA
-Onde a senhora foi assaltada?? -pergunto
-NA RUA DA FRENTE
-Descrição -Brunna diz
-E-ele é alto..-a moça suspira. -Branco, tá com uma touca azul, com luvas e blusa de frio
-Deixa comigo -
-Ludmilla, não vai sozinha.
-Deixa comigo, tenente! -pego a minha arma assim que a Sílvia traz, saindo da Unidade
Eu corri até a rua da frente, procurando pelo cara que a mulher descreveu.
Andei normalmente, passando por alguns lugares, eu sabia que o encontraria por perto.
Estava escondido em um beco, vendo o que tinha na bolsa que acabou de roubar
Corri até ele, e quando percebeu que era polícia, tentou corre também, mas cheguei mais rápido, batendo ele contra a parede. -NÃO SE MEXE
-ME SOLTA
-Te soltar? -eu dou risada. -Você deveria ter corrido pra longe, seu idiota -coloco as suas mãos pra trás, o algemando. -Você tá sendo preso em flagrante
-Eu preciso disso pra viver, ta legal?
-Eu não quero saber como você faz pra viver -o empurro pra fora daquele lugar, depois de pegar os pertences da mulher
-Eu só tenho 17 anos!
-EU NÃO ME IMPORTO, MOLEQUE! CALA A PORRA DA BOCA!
Ele me obedece. Andamos até a Unidade, e quando entrei, o Carlos me recebeu
-Tava longe?
Eu nego. -O idiota não sabe nem roubar
-Quantos anos?
-17 -falo
-Vamos lá, garoto..Vamos bater um papinho -Carlos o leva pra longe
Encaro a Sílvia. -Cadê a moça?
-Na sala de espera com a tenente, vai com calma, detetive
-É, eu sei. Agi por impulso -me afasto, andando até a sala de espera
Assim que entrei, as duas me olharam. -Desculpa atrapalhar..Vim devolver as suas coisas -me aproximei, entregando a bolsa pra mulher
Chorando, ela me abraçou. -Muito obrigada! Eu não sei o que faria se perdesse todos esses documentos e esse dinheiro..Eu acabei de sacar, acho que ele me seguiu desde o banco
-É..Mas agora tá tudo bem, vê se toma cuidado -falo
-Ele vai ser preso?
-Sim, foi flagrante -Brunna a acalma.
-Tenente -Cristal entra na sala
-Oi, leva a Simone pra dar queixa, ela quer
-Tá bom, vamos lá?
-Claro
-Você vem comigo, detetive -Brunna se afasta, pisando firme. Eu tô fodida
Respirei fundo, indo atrás dela.
Entramos na sua sala, e ela fechou a porta com força. -O que eu falei pra você?
-Eu não podia esperar
-Ludmilla, eu disse NÃO VAI. E VOCÊ FOI!
-Podiamos ter perdido ele de vista!
-E SOMOS FORMADOS PRA ACHAR INDEPENDENTE DE ONDE ESTEJAM
-Bru..
-Tenente.
Reviro os olhos. -Tenente, eu sei, eu ouvi você mandando eu não ir, mas eu preferi arriscar, tá legal? Viu o jeito que ela me agradeceu? Tava super preocupada
-EU NÃO ME IMPORTO! NÃO É DESSE JEITO, VOCÊ NÃO SABIA SE ELE TAVA SOZINHO, NÃO SABIA SE TINHA ALGUMA COISA ARMADA, DE QUALQUER JEITO ACHARIAMOS AS COISAS DELA
-OU NÃO! NÃO SOMOS SUPER-HERÓIS.
-VOCÊ VAI GRITAR COMIGO?? -ela se aproxima
Engulo seco
-Ludmilla, não brinca comigo aqui dentro
-Ok, Brunna. Mais alguma coisa?
-Tem, tem mais uma coisa, me chama de Brunna mais uma vez, e você vai ganhar duas advertências
-Que? Você vai me dar uma advertência???
-Vou! Sabe por que? Você nunca me escuta, então vai ganhar uma na sua ficha, pra ver se aprende a não se colocar em risco atoa. Você mesma disse, não somos super-heróis. -
-Beleza..
Ela pega a minha ficha, sentando na cadeira. Fiquei em pé esperando..
Observei a Brunna escrever.. -Isso é porque te desrespeitei, não porque se preocupa comigo...
Ela me encara. -Engano seu, detetive..me importo muito com você.
-Uhum
-Me dá a sua arma
-Eu vou ficar sem?
-Hoje você não sai mais
-Brunna..
-A sua arma.
Tiro a minha arma da cintura, travando e colocando em cima da mesa. Brunna tirou o cartucho, guardando a mesma na gaveta da escrivaninha. -Pode sair
Eu me afasto sem dizer nada, saindo da sala
(...)
Ver todo mundo saindo pra missão e eu ficando novamente, me irrita muito
Fiquei sentada na cadeira, batucando uma caneta na mesa.
Brunna entrou na sala de investigação, pegando uma pasta na mesa do Xamã
Ela me olhou, eu olhei pra ela também, mas desviei o olhar em seguida
Brunna saiu da sala e eu me levantei, indo atrás. Eu sei que disse que respeitaria o lugar do nosso trabalho, mas ela tá merecendo isso
Assim que a porta dela fecha, eu entro logo atrás. -Olha só..
-Ai que susto, Ludmilla! -
-Tá assustadinha, tenente?
-Quem deixou você sair do seu castigo? -Brunna coloca a pasta em cima da mesa, cruzando os braços
Me aproximo dela. -Eu quero ver você manter essa marra
-Sai..
-Sair? E se eu não quiser? -eu encosto o meu corpo no seu, empurrando ela contra a mesa
-O que você tá fazendo?
-O que você quer que eu faça -descruzo os seus braços, levei as mãos até a sua cintura, beijando o seu pescoço
-Ludmilla, não..
Não mas fazer algo pra me impedir, não faz
-Que foi, Bru? -sussurro em seu ouvido. -Tem certeza que não quer?
A encaro, com um sorriso de canto. Brunna me beija sem dizer nada, e eu correspondo no mesmo segundo
Eu peguei em sua cintura com força, colocando ela sentada na mesa, sem parar o beijo
Sinto suas mãos subirem pelo meu abdômen, abrindo os botões da minha camisa, suas mãos passeiam pelo meu corpo
Chupei o seu lábio, a encarando. Brunna respirou fundo, me emperrando
Dei risada. -Que foi, tenente?
-Ludmilla, sai da minha sala
-Na hora de abrir minha camisa você quis né
-Vai tomar outra advertência -Ela desce da mesa e eu a puxo pra perto, a abraçando por trás.. -Não faz assim..
-E você vai escrever o que aí? Advertência porque não respeitei seus limites de tenente e te beijei? Observação, você gostou -sussurrei em seu ouvido
-Você não presta.
-Não, e nem você -
Somos interrompidas por uma batida na porta, Brunna se afasta rápido e eu sorrio
-Garota! Fecha isso -diz baixinho, me puxando pela camisa
~Bru?~
-Oi Xamã, p-pode..entrar -ela desiste de fazer eu fechar, sentando na cadeira
Xamã entra na sala, me encarando. -Ah, não sabia que estava ocupada
-Eu só..tava devolvendo a arma da Ludmilla -ela tira da gaveta, fazendo eu sorrir
-Opa -me aproximo. -Obrigada, tenente
-Some.
Eu dou risada, colocando o cartucho
-Sobre o que quer conversar, Xamã?
-Pegar a minha arma de volta..
-Ah, vamos pegar com a Sílvia, vem
Ela se levanta, me puxando pra ir junto. -Já mandei vir trabalhar mais comportada
-Desculpa -
Deixei os dois irem até o armário de armas e eu voltei pra minha mesa, abotoando a camisa
-Essa daí ganho fácil
-Ganhou o que fácil, Oliveira? -Marcos se aproxima
-Ah, e aí..
-Oi
-Você não foi pra nenhuma missão?
-Não, fui comprar um presente pra minha mãe
-Ah tá
-Pegou a arma de volta?
-Sim..Durou pouco o castigo
-Por mais que você tenha errado em desobedecer, ainda deu certo porque pegou o cara
-É, mas sei que se fizer de novo, a Brunna vai me arregaçar
-E se ela te ouvir chamando ela de Brunna, vai piorar pro seu lado
-Eu sei -sorrio
-Tem medo de nada né
-Não
-O que vai fazer hoje a noite? O pessoal ta pensando em sair hoje e amanhã que é sexta
-Hoje a noite eu tenho um jantar, mas pode ser que amanhã eu vá
-Jantar?
-Com a minha família
-Ah bom, tudo bem -ele senta na cadeira. -Eu aviso o pessoal
-Valeu -liguei o meu computador, observando o Xamã entrar na sala
-Agora sim, estou oficialmente de volta
-Recuperou a arma também?
-Sim, nunca mais quero ficar sem. Isso é a minha vida, cara -ele se aproxima. -Na paz?
-De boa..-o encaro
Ele sorri, se afastando. Peguei o meu celular que havia apitado, vendo a mensagem que chegou
Bru: Você me paga.
Bru: Eu te odeio
Lud: KKKKKKKKKKKKKKKKK
Lud: Eu sabia que você não ia resistir, e ainda devolveu a minha arma
Lud: Obrigada, tenente
Bru: Não me irrita
Bru: Já conversamos sobre o respeito no trabalho
Lud: Hmmm
Lud: O respeito no trabalho seria começar a tirar a minha roupa? 🤔
Bru: Cala a boca
Lud: KKKKKKKKKK
Lud: Admite que você gosta, vai
Bru: Eu não quero mais falar com você
Bru: Até mais tarde
Lud: Ainda tô de castigo, tenente?
Bru: Sim!
Lud: Poxa 😓
Bru: Pra você aprender
Lud: Me pune direito, vai
Lud: Desse jeito é chato
Bru: Quieta, Oliveira
Bru: Não me atenta
Lud: Por que? Você perde a cabeça, né
Bru: Até mais tarde
Lud: Calma aí, gostosa
Bru: Kkkkkkkkkkkkkk
Bru: Ludmilla! Até mais tarde
Lud: Até mais tarde, gatinha
[...]
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