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Capítulo 3

Aninha aquiii (Genteeeeee não é que eu esqueci de postar aqui??) Kkkkkkk desculpe é que eu ainda não tomei meu remédio pra memória. Vou postar dois ou três capítulos hoje pra compensar vocês, então não me matem.


Ana / Equipe Biia_brumilla


______________




Faltando 10 minutos pra ir embora, eu guardei as minhas coisas e fechei a minha sala, indo até a sala de investigação.

-Boa noite -Observo o pessoal

-Boa noite, tenente -Cada um se coloca em seu lugar, me encarando

-Eu quero dar um recado..Quero que parem de chamar a detetive Ludmilla de mascotinho ou qualquer outro apelido desnecessário. -

-Mas é em forma de carinho -Erick

-Não, não é! Vocês chamam ela assim só porque ta pra cima e pra baixo com a chefe -Cristal

-Fica na sua, Félix! Você que não sabe brincar -Marcos

-Ei! Aqui não é uma creche ou uma escola de fundamental! Eu não quero esse tipo de brincadeira, sendo na maldade ou não, Erick!

-Por que eu??

-Você começou, eu tô sabendo.

-Quem foi o fofoqueiro?? -Ele se levanta

Respirei fundo. -Independente, eu não quero mais e acabou. Eu estou ensinando a Ludmilla, como ensinei muito de vocês

Eles se calam e eu dou uma olhada pra ela. -Bom..Boa noite, até amanhã -Me afasto, indo até o vestiário pegar o meu casaco. Aqui em NY o frio está começando, e vem com tudo

Peguei o meu casaco e o vesti, quando me virei pra pegar a minha bolsa e sair, me assustei com a Ludmilla parada na porta. -Ai! Garota..para de me perseguir

-Foi mal pelo susto -ela sorri. -Não precisava disso, quem contou?

-Não posso dizer -pego a minha bolsa, passando por ela. Ludmilla me acompanha

-Bru, perai..

-O que foi?

-Tá com tanta pressa assim?

-Quer me dizer alguma coisa? -eu paro em frente a porta que leva até a garagem.

Ludmilla suspira. -É.. não, deixa

-Tem certeza?

-Tenho

-Onde você mora?

-Eu? Na minha casa

Serro os olhos, observando ela rir. -É sério, besta

-Perto do metrô..

-Pega as suas coisas, te dou uma carona

-Ah não, pra me chamarem de Mascotinho?

-Tá incomodada com isso, Oliveira?

-Não, até porque é uma honra..Se a dona for você

Eu deixo escapar um sorriso, ficando séria em seguida. -Anda logo, só vou esperar três minutos -abro a porta, entrando na garagem

Quando me aproximei do meu carro, eu entrei, colocando as minhas coisas no banco de trás

Esperei a Lud chegar, assim que ela entrou eu liguei o carro, colocando o cinto..

-Você gosta de mandar em mim, né

-É a minha função -começo a dirigir. -Coloca o cinto

-Vou pôr, relaxa

Esperei o portão da garagem abrir e saímos pra rua, pegando a estrada. -O frio tá vindo com força, né..

-É, tenente..Tenho que encontrar alguém urgente

Dei risada. -Como é? Só por causa do frio?

-Óbvio, pra dormir de conchinha

-Ai, eu mereço ouvir essas coisas né, Ludmilla?

-Você que me convidou pra vir

-Então quer dizer que você só arranja as pessoas no frio?

-Tipo isso..

-E gosta de ficar de conchinha? Com essa marra toda

Ela ri. -Gosto sim, e você?

-Gosto

-Então..Quando chegar no três, falamos juntas sobre qual lado a gente prefere na conchinha

-Tá bom, vai em frente -paro no farol

-Um..

Sorrio, a encarando. -Mas nessa velocidade?

-Dois e três

Nós falamos juntas, mas com muita diferença

-Atrás

-Na frente -eu dou risada

-Aaah, tenente! Você me completa

-Ludmilla, nem começa

Escuto ela rir, voltando a dirigir.. -Boba

-Qual a sua pizza favorita, Bru?

-Frango com catupiry, e a sua?

-Hmm, gosto dessa também

-Mentirosa

Lud volta a rir. -E miojo? Você gosta?

-De galinha, com certeza

-De carne, Bru

-Galinha!

-Carne.

-Galinha, o de carne não tem gosto nenhum

-Pode até ser, agora eu gosto do de galinha mesmo

Eu não aguento essa menina..

-Ta me dando fome, em você não?

-Sim..Te chamaria pra comer algo, mas vou na minha mãe hoje

-Ah é? Que bom, comer comida de mãe, ai que saudade

-Mas.. podemos marcar algo, o que acha?

-Hmm, deixa eu pensar

-Para, Bru! Aceita logo

-Tá bom, onde? Pode ser no meu apartamento?

-Pode, até porque eu moro com dois amigos, não rola -

-Então tá, quando você quer?

-Amanhã

-Ok, amanhã a noite nós jantamos juntas

-Beleza

(...)

Estacionei o carro na frente do prédio da Ludmilla.. -Boa noite, Lud

Ela tira o cinto, me puxando pra perto enquanto se inclica. Deixou um beijo demorado na minha bochecha, me olhando nos olhos logo depois. -Boa noite, Brunna

Sorrio sem graça, observando a mesma sair do carro. -Obrigada pela carona

-Relaxa..-

Ela se afasta e eu suspiro, isso foi estranho. Eu senti meu corpo tremer com o toque dela, como se..me afetasse de alguma forma.

Volto a dirigir, respirando fundo. Agora sentindo o perfume dela que ficou em meu carro, essa garota sabe conquistar, principalmente com aquela marra, e ainda é cheirosa.

E calma, Brunna. Você nunca ficou com mulher

Saio dos meus pensamentos, seguindo viagem

(...)

~Bru off~

(...)

~Lud on~

Eu entrei no meu apartamento, encontrando o Renato jogado no sofá. -Oi -Me jogo do outro lado

-E aí, Lud

-A Dai já saiu?

-Tá se arrumando

-Vou tomar um banho e fazer o mesmo...

-Quem era naquele carrão?

O encaro. -Tá me espionando?

-Só tava na varanda quando você desceu do carro

-Minha chefe

-Já, Ludmilla?

-Ela é uma gata, Renato.

-Você vai ser demitida

-Nunca, ela já gamou em mim, tá começando a ficar confusa -

-Até parece -ele ri

Reviro os olhos. -Tá bom, então

-Oi Lud! Tchau, gente -Daiane entra na sala, indi até a porta de saída

-Você volta hoje?

-Volto! Tô atrasada, beijo

A minha amiga sai do apartamento e eu sigo até o meu quarto, indo pegar uma troca de roupa pra tomar banho.

(...)

Assim que me arrumei, peguei o meu celular e andei até a sala. -Quer ir na minha mãe comigo?

Renato me olha. -Espera eu me arrumar?

-Sim

-Tá, já volto

Coloquei a minha arma na minha cintura, cobrindo com a camiseta. Peguei o celular e desbloqueei.

Resolvi encher o saco da Brunna um pouquinho

Lud: Oi
Lud: Tá fazendo?

Esperei uns 2 minutos, até ela responder.

Bru: Kkkkkkk carente?
Bru: Tô assistindo televisão

Lud: Você não se diverte, tenente?

Bru: Eu? Eu prefiro ficar em casa com o meu cachorro

Lud: Tem cachorro?

Bru: Sim, Calleb, vou te mandar uma foto depois

Lud: Hmmm, que nome exótico pro cachorro

Bru: kkkkkkkkk
Bru: Já tá na sua mãe?

Lud: Não, eu tô indo..
Lud: Amanhã você vai ficar na nossa Unidade né?

Bru: Claro
Bru: Por que?

Lud: Fiquei com saudade

Brunna visualizou, mas não me respondeu, fazendo eu rir.

-Bora, Lud -

-Vamos

Segui o Renato até o corredor do prédio, onde andamos até a porta de saída. No nosso prédio não tem elevador, são 8 andares e você desce de escada. É bem aqueles prédios simples de NY, perto do metrô

Quando eu ia bloquear o celular, chegou mensagem

Bru: kkkkkkk
Bru: Só quer que eu esteja lá pra te defender né

Lud: Se você acha..

Bru: Tenho alguns processos pra revisar antes de dormir, Oliveira
Bru: Bom jantar pra você

Lud: kkkkkkkk obrigada, Bru

Bloqueio o celular, com um sorriso no rosto.

(...)

~Lud off~

(...)

~Bru on~

Eu estava revisando algumas coisas do trabalho, quando a campainha do meu AP tocou

Eu me levantei, indo abrir a porta. Olhei no olho mágico, vendo que é o Felipe.

Abri a porta, o encarando. -Vai pro seu apartamento.

-Calma, Brunna

-Eu já falei, para de me seguir, Felipe!

-Eu só quero conversar

-Mas eu não, tô terminando algumas coisas do trabalho e preciso dormir, eu acordo cedo

Ele agacha na minha frente, estendendo uma rosa na minha direção. -Ai, Felipe...

-Olha só, tudo entre nós aconteceu muito rápido, e acabou do mesmo jeito, Brunna! Até agora não entendi o porque de você terminar comigo. Eu era ruim?? -

-Levanta desse chão! -puxo o mesmo pra ficar de pé. -Pega a sua rosa, e sai daqui.

-Me explica! Eu mudo por você

-Felipe, terminamos tem meses!

-Não, não terminamos! Você terminou comigo.

-É, dá pra ver que parece mesmo! Para de me seguir, eu não vou falar de novo

-Eu me sinto culpado, bonequinha..

-POR QUE VOCÊ É! Não me chama assim. Anda, vai pro seu apartamento ou vou ser obrigada a te tirar daqui!

Felipe jogou a rosa no chão, pisando na mesma

Respirei fundo quando ele se afastou, fechei a porta com força. Eu vou ficar maluca

(...)

~Bru off~

(...)

~Lud on~

-Filha, oi meu amor -Minha mãe diz quando abre a porta

Eu sorrio, dando um abraço nela. -Como vocês estão?

-Bem, oi Renatinho

-Oi tia

Entro na casa, tirando o meu casaco..

-E aí, Lud! -Yuri se aproxima, me abraçando

-Oi irmão

-Ah não, trouxe esse chato aí?

-Chato é você, menino

-Cadê a Lulu? -pergunto enquanto andamos até a sala

-No quarto, vai chamar a sua irmã, Yuri

-Tá

-E vocês estão bem? A Dai?

-Estamos

-Parabéns pelo novo cargo, filha.. Aliás, tenho um presente pra você

-Ah não, sério? Cadê -eu sorrio, sentando no sofá

-Tia, ela não faz mais que a obrigação dela

-Fica quieto, Renato -me irrito

Minha mãe se aproxima, me entregando uma caixa. -Abre, você vai amar

-Já até imagino -eu rasgo a embalagem, tirando a caixa de dentro

-Oi Lud -Luane se aproxima com o Yuri

-Oi gatinha -

-Agora você é detetive então né, olha como ela tá! Sebosa

Eu dou risada. -Garota chata

Termino de abrir a caixa, vendo que são várias camisas de cantores que eu gosto. -Aaaaah, Silvana! Você não fez isso

-Eu fiz, você gostou?

Me levanto, abraçando a minha mãe. -Claro que gostei! Eu amo essas coisas, você sabe, obrigada

-E pra mim?

-Pra você não tem nada -Yuri debate com o Renatinho

-Você era mais legal quando tinha 8 anos

-E você quando era bebê

Nós demos risada.. -Muito engraçado, mas você nem existia!

-Vamos jantar! Depois vocês brigam

Seguimos até a cozinha, enquanto conversamos. -Mas conta, como é ser detetive? Como você foi recebida?

-Hmmm, é bem diferente de ser só policial, você precisa ser mais.. cauteloso

-O que você não é

-Realmente, já levei bronca por isso -Pego um prato, começando a me servir. -Mas a minha chefe é legal, ela me recebeu super bem

-Nem te conto como, tia -Renatinho dá risada

-Deixa de ser mentiroso!

-Sua chefe mesmo? -

-Depois do Capitão, ela é a Tenente -

-Qual é o nome dela? -Lulu

-É Brunna -

-Hmmm

-Que bom que ela te recebeu bem, amor

-É, eu me envolvi em uma merda porque o cara ameaçou ela

-Mas já, Ludmilla? Você não pode viver longe das encrencas?

-Não, mãe! -eu digo. -O idiota disse na minha cara que ia atrás dela, vocês sabem que eu não ficaria quieta

-É, nós sabemos

-Aí o Sargento me colocou de "castigo" porque bati no acusado

-Meu Deus -Yuri começa a rir alto, observo a minha mãe me encarar, bem séria

-Que foi?? Eu disse que não ficaria quieta

-Ele fez pouco!

-Mas a Brunna não gostou, e brigou com ele. Não é só porque ele é sargento que pode me deixar sem trabalhar, eu em!

-Essa Brunna parece ser gente boa -Lulu

-Ela é..Me deu carona pra casa hoje, eu disse que viria jantar com você, ela disse que tem saudade de comida de mãe -

-A mãe dela morreu?

-Não, Yuri -dou risada. -Os pais dela não moram aqui

-Aaaah, que pena -

-Ah, leva um pouco pra sua chefe, filha

Encaro a minha mãe.. -Sério?

-Sério, e diga à ela que eu quero conhecê-la, tá bom?

-Eu digo, pode deixar

(...)

~No outro dia~

Eu cheguei na Unidade quase congelando, está começando a nevar. Graças à Deus aqui dentro tem aquecedor.

Deixei a porta bater, cumprimentando o pessoal da recepção. Entreguei a minha arma pro check up do dia e segui até o vestiário, tirei a minha blusa e coloquei no armário, assim como as minhas outras coisas

Xamã entrou logo em seguida, mal me olhou. Dei de ombros, fechando o meu armário. -A tenente já chegou?

-Chegou sim.

Saio do vestiário, seguindo até a sala da Brunna. Bati na porta, esperando ela dizer que podia entrar

Assim que disse, eu entrei. -Oi, bom dia

Bru afastou a cadeira da mesa, me encarando. -Bom dia, Lud

Me aproximei. -Já tá trabalhando?

-Cheguei mais cedo, essa noite de sono foi horrível..-ela se levanta, me cumprimentando com um beijo no rosto

-Bom..Acho que posso te animar

-Ah é? Diga -

-Minha mãe mandou pra você -entrego o pote pra ela

-Ah não, sério???

Dou risada. -Não sei se você gosta, é frango com quiabo..

-Calma, logo eu experimento, vou pegar uma colher na cozinha depois -ela diz toda sorridente. -Mas, agradeça a sua mãe, só de olhar consigo ver que tá ótimo

-Eu agradeço..ela disse que quer te conhecer

-Falou de mim, Ludmilla?

-Muito..

Brunna sorri sem graça. -Vejo que falou bem

-Nosso jantar tá de pé?

-Tá sim

-Tá bom.. Tenho que ir, antes que todos cheguem na sala e eu não tô, aí vão me zoar -me afasto

-Já falei pra não fazerem mais isso, e se fizerem..Me fala

-Tá...-Eu me afasto, saindo da sala

Andei até a de investigação, sentando na minha cadeira.

-Oi Lud -Cristal se aproxima

-Oi -Eu sorrio

-Você ta bem?

-Aham, e você?

-Bem..soube que hoje somos duplas

-Ah é? Só nós duas?

-Acredito que sim

-Legal, tô gostando, cada dia com um

-Até você encontrar uma fixa -ela diz

-Bom dia! Sem papinho hoje -Xamã entra na sala. -Essa é a Viviane -ele coloca a foto no quadro. -Disse que foi abusada, mas não lembra exatamente o que aconteceu

-Tá, e aí? O que podemos fazer? -MJ

-Ela disse algumas coisas sobre um bar, lembra que estava lá, e lembra do barman, então uma dupla vai até esse lugar, e perguntar pro dono quem estava trabalhando naquela noite. Peguem a foto do suspeito e traga até aqui, pra garota ver se é ele mesmo

-Qual o dia? -pergunto. -Eu vou

-10/11 -Xamã me encara. -Cristal e Ludmilla vão se ajeitar, andem. O restante permanece aqui, vou passar a missão de vocês

Me levantei, seguindo até o vestiário. A porta estava entreaberta, e de novo olhando pela brecha, eu sabia que era a Brunna. Mas dessa vez não esperei, apenas entrei

Ela não se importou, continuou se trocando, de costas pra mim. Eu me aproximei, pronta pra provocar. -Oi tenente

-Hmm..-Ela já sabe que vou irrita-la

Dou risada, parando atrás da mesma. -O que você pode fazer pra mudar a minha dupla?

-Qual é a sua?

-Cristal..

-E qual você quer?

-Você -sussurro em seu ouvido, observo a mesma fechar os olhos, respirando fundo

-Trocaria?

-E-eu.. não posso

-Ou ta fugindo de mim? -

Eu encosto em seu corpo. Brunna vira de frente rápido, me encarando.. -Quer que eu te dê um soco?

Sorrio, descendo os olhos até os seus seios, aproveitando que está de sutiã. -Siga em frente

-Sabe que toda vez que entramos nessa Unidade, as armas tem que passar por um check up.

-Eu sei

-E você tá com a sua? -ela serra os olhos

Voltei a sorrir, mas nos afastamos rápido quando o MJ entrou na sala

-Atrapalhei?

-Não, eu já estava saindo..-me afasto

-Tá..-ele me encara, se aproximando da Brunna

Eu saí da sala. -E hoje que a sua dupla não é a tenente, vejo que já foi babar o ovo dela -Xamã se aproxima

Respirei fundo. -Cara, eu não pedi pra ela brigar com você

-Acredito em você, mascote

-Olha só, não é só porque você é a porra de um sargento que eu vou deixar você falar comigo desse jeito

-COMO É QUE É, GAROTA? PORRA DE SARGENTO? -ele me peita

O empurrei. -NÃO GRITA COMIGO, SEU IDIOTA

-OLHA COMO VOCÊ FALA COMIGO, LUDMILLA! CHEGOU AGORA E QUER SENTAR NA JANELINHA

-VOCÊ QUE PARECE UMA CRIANÇA

-EU? O QUE POSSO FAZER SE VOCÊ É REALMENTE BABA OVO DE CHEFIA

Dou um soco no rosto dele, ouvindo o pessoal gritar enquanto se aproximam. Xamã vem pra cima de mim, mas a Brunna entrou na frente rápido, junto com o MJ que o segurou. -PARA COM ISSO! VOCÊS DOIS!

-VEM ME BATER, SEU BABACA

-EU VOU QUEBRAR A SUA CARA, SUA SEM EDUCAÇÃO

Eu tento me aproximar, mas a tenente me empurrou contra a parede. -PARA.

-TA OUVINDO O QUE ELE TÁ DIZENDO?

-Ludmilla!

-ME SOLTA, MARIO JORGE

-SOLTA ELE, VAI! SOLTA O NOSSO INCRIVEL SARGENTO -Eu volto a tentar passar pela Brunna, ela me empurra de novo.

-OLHA PRA MIM!

-ME SOLTA

-ENTRA NESSE VESTIÁRIO AGORA! VAI

-EU NÃO VOU DEIXAR ELE DIZER O QUE QUER DE MIM

-O QUE TA ACONTECENDO AQUI? -Carlos se aproxima, observo o sargentinho abaixar a guarda

-LUDMILLA, AGORA!

Eu respirei fundo, obedecendo a Brunna. Entrei no vestiário, chutando um dos bancos

Escuto a porta bater e a encaro. Bru se aproximou após fecha-la, me empurrando contra os armários.

-PARA!

-ENCOSTA, VOU TE REVISTAR

-COMO É QUE É?

-ENCOSTA, LUDMILLA

Eu obedeço, engolindo seco. -Me desculpa! Mas ele começou

-E o que eu falei pra você fazer?? Me falar! -ela levanta a minha camiseta, passando as mãos pela minha cintura. -Cadê a sua arma?

-Ué..

-Eu senti, de novo. Tá me escondendo algo?

-Não tô escondendo, mas é algo que você não precisa saber desse jeito

-Então você tá escondendo! Vira de costas

-Bru..

-Vira.

Eu viro, apoiando as mãos nos armários. Sinto as suas mãos descerem pelas minhas pernas, voltarem a subir. -Eu não tô entendendo..

-Se eu fosse você, eu não faria isso, tenente

Mas ela fez, colocou as mãos no meio das minhas pernas, me revistando naquela região

Respirei fundo..

-Ludmilla..O que você..

-Bru! O Carlos ficou maluco com o Xamã -Luísa entra no vestiário correndo

-O que tá acontecendo?? -Ela me vira de frente -Pra onde ele foi?

-Pra sala dele, confiscou a arma dele e o mandou pra casa

-Depois conversamos -ela me lança um olhar confuso, se afastando

Eu sorrio..

-Tudo bem, Lud?

-Tudo..

(...)

~Lud off~

(...)

~Bru on~

Entro na sala do Carlos. -O que você fez??

-MANDEI ELE PRA CASA UNS DIAS, EU NÃO AGUENTO MAIS ESSAS PALHAÇADAS.

-Ei! Relaxa. -eu suspiro. -Isso vai passar, é uma fase de adaptação

-Ele ta parecendo uma criancinha, Brunna! A menina tá trabalhando super bem

-Eu sei! Já tentei conversar com ele, mas ficou pior quando o coloquei no lugar dele

-E ela? Ta bem?

-Tá sim, vou conversar com ela depois..Posso te pedir um favor?

-Claro, fala antes que eu surte

-Cadê a ficha da Lud?

-Ah, tá nos arquivos, por que?

-Posso ver?

-Claro..pode ver, eu vou guardar essa arma do Xamã, fica à vontade

-Tá -eu digo

Ele se afasta e eu ando até o armário de arquivos, abrindo a gaveta pra pegar o da Lud

Peguei a pasta dela e senteo na cadeira, tirando as folhas de dentro. Antes de entrar em uma unidade, todos passam por um check up na saúde, com exames, e tudo mais. Todos os dados da pessoa ficam com o Capitão, caso algum dia precise

Passei as folhas uma por uma, eu sabia que o que acabei de sentir, não era uma arma. E eu tô extremamente envergonhada

Peguei a ficha de dados pessoais, olhei a data de nascimento, o nome completo, onde nasceu, e o sexo..

-Puta que pariu. -Eu congelo, soltando as folhas lentamente. -Brunna do céu, você é uma idiota!

Ludmilla é intersexual, e por que não falou logo? Deixou eu me constranger, essa garota me paga

Engoli seco, guardando os documentos na pasta dela. -Eu vou te matar, Ludmilla!

(...)

~Bru off~

(...)

~Lud on~

Eu andei até a recepção, esperando a sargento à frente desse bloco, trazer a minha arma. -Aqui, Oliveira

Ela é super legal.

-Obrigada, Sílvia -sorrio

-Sua arma tá segura, e sobre aquela joelhada no acusado, eu não anotei na sua ficha, me deve uma

-Te devo o que? Fala que eu pago -me aproximo do balcão, sussurrando

-Sabe aquele hot dog da primeira esquina?

-Aquele que tem uma fila enorme na hora do almoço?

-Ele mesmo.

-O que tem?

-Eu amo, mas nunca dá tempo de comprar, o horário acaba antes

-Tá, eu dou um jeito de te trazer um

-Quero ver!

-Deixa comigo -eu sorrio

-Você é minha dupla -Brunna se aproxima, encostando no balcão.

-Ah.. tá, mas e a Cristal?

-Vai com a Luísa

-Sua arma, tenente -A sargento se aproxima novamente

-Obrigada, Silvia..vamos!

-Tá -eu acompanho a Bru

Nós saímos pela porta da frente, andando até o carro dela. Ela não disse um piu, apenas entrou primeiro, batendo a porta.

-Ui.. -eu dou risada, entrando logo em seguida

Bru ligou o carro, pisando no acelerador. -Tudo bem, tenente?

-Tudo ótimo!

Sorrio.. -E então, fiquei sabendo que mandaram o Xamã pra casa, por que eu não?

-Você não fez nada de errado. Ou fez?

-Não.. Você vai comigo no bar?

-Sim.

-Hmm..

O caminho até o bar foi muito quieto, quando chegamos e entramos, Brunna tomou à frente, andando até o balcão. Eu fui logo atrás

-Bom dia

-Bom dia, senhorita..O que deseja? -O barman sorri com malícia

Ela tirou o distintivo do bolso, mostrando pra ele. -Tenente Brunna pra você.

O idiota desfez o sorriso, respirando fundo. -Podemos conversar?

-Eu não fiz nada de errado.

-Não te perguntei isso.

-Vamos começar pelo seu nome, qual é?

-Edgar..

-Você trabalha fixo aqui?

-Trabalho sim, mas tem dias que contrato alguns freelancers pra ficarem no meu lugar

-E.. você poderia me dizer se conhece essa garota -Eu mostro a foto

O homem olha, franzindo o cenho. -Não, não conheço.

-Detetive Ludmilla -me apresento. -Quem trabalhava aqui dia 10/11?

-Ah, esse dia era aniversário da minha filha, eu não estava

-E quem você contratou? -Brunna pergunta

-Só um instante, vou dar uma olhada -ele pega um tablet, desbloqueando.

Nós esperamos..

-É, ele se chama, Raul Fernandes, tem 29 anos

-Tem foto?

-Tem sim -Edgar nos mostra

-Imprime pra gente, por favor?

-Claro, com licença

-O senhor sabe onde ele se encontra?

-Olha..eu realmente não sei, mas do que se trata?

-Vamos dizer. Mas em hipótese alguma, o senhor o avise que estamos procurando por ele

-É confidencial, e o senhor vai nos ajudar -falo

-Com o que?

-A encontra-lo

-O que querem que eu faça?

-Que o contrate pra trabalhar aqui essa noite.

-Tudo bem..Aqui está a foto -ele me entrega

(...)

Sigo com a Brunna de volta pra Unidade, ela entrou pra falar com a vítima e eu esperei do lado de fora.

Logo ela saiu. -Ela confirmou, é ele mesmo.

-Ta, e agora? Que horas temos que estar no bar?

-O Marcos conversou com o Edgar, o horário que o Raul chega é às 20h

-Essa hora já saímos do expediente..

-É, mas hoje não

-Mas, Bru..nosso jantar

-Vamos ter, um pouco mais tarde.

-Onde vamos agora?

-Nossa parte já fizemos, se sair alguma missão, nós faremos

-Pra onde você vai?

-Pra minha sala

-Tá..

-Vê se não some, Oliveira!

-Tá -observo ela se afastar, pegando outro rumo. O que me resta, é cuidar dos arquivos no pc

(...)

Quando deu umas 10:30h. Eu decidi pegar a fila daquele cachorro quente, se não, eu não saio de lá nem tão cedo.

Coloquei o meu casaco, andando até a porta de saída. Andei pela calçada, até que escutei alguém me chamar. -Lud!

Olhei pra trás, vendo o Marcos se aproximar. -E aí

-Onde vai?

-A Sílvia me fez um favor, e me cobrou um hot dog -

-O da esquina?

-Sim, daquela barraga grandona

-Bom pegar esse horário mesmo, se não.. Vai comprar dois dias depois

Dou risada. -Sim

-Vou te acompanhar, agora eu também quero um

(...)

E sim, essa fila realmente demora. Nós saímos de lá às 12h, mas com os cachorros quente, finalmente.

-Mas é bom demais! -

-Eu ainda não experimentei, sei que é bem famoso, mas nunca tive coragem de enfrentar essa fila -eu entro na Unidade assim que o Marcos abre a porta

-Come, você vai gostar muito

Me aproximo da recepção, batendo no sininho. -Sílviaaa

-Oi, Lud! Ah! MENTIRA

Dei risada. -Eu disse que iria conseguir

-Obrigada, você é uma boa garota

-Obrigada a senhora, por.. você sabe -

-Sei, relaxa

-Bom, a Tenente tá aí?

-Tá sim, ainda não saiu pra almoçar

-Vou dar uma olhada.. -me afasto

Andei até a sala da Brunna, batendo na porta. ~Entra~

Eu obedeço, assim que entrei, a encontrei comendo a famosa comida de Silvana

Sorrio.. -Hmmm, vejo que gostou

-Eu amei! Sua mãe cozinha demais, meu Deus, agradece duas vezes

Me aproximo, puxando uma cadeira. -Eu te trouxe isso.. -Entrego um cachorro quente pra ela, Brunna quase engasga

-AI! NÃO ACREDITO

-Que foi???

-EU AMO ESSE LANCHE, nunca tenho tempo de comprar!

-É, eu percebi! Eu tive que sair daqui 10:30 -

-Obrigada por lembrar de mim, Lud -

-Nada.. posso ficar?

-Pode, só não pega meu frango -ela diz enquanto abre a embalagem do lanche

Eu volto a rir. -Egoísta...-suspiro. -Eu te fiz algo?

-Hm?

-Te fiz alguma coisa, Brunna? Você se afastou hoje

Ela nega, mordendo um pedaço do hot dog.

-Tem certeza? Ta chateada com algo?

Esperei ela terminar de engolir, enquanto abria o meu.

-Relaxa, Ludmilla

-Não, você tá diferente..De uma hora pra outra, foi a brincadeira?

-Não, eu já entendi que é o seu jeito. Mas quando eu me estressar, sai da frente

Puxo a sua cadeira pra perto. -Não tenho medo de você, tenente

Ela sorri. -Deveria ter

-Ah, e por que? Hm? -aproximo os nossos rostos

Brunna desce o olhar pra minha boca, subindo com rapidez para os meus olhos. -Eu ainda sou a sua superior

-E eu amo que seja

Ela segura o meu rosto, empurrando ele pro lado. Dei risada, me afastando

-Já mandei parar de ser abusada.

-Você gosta, só finge que não

-Sai da minha sala, vai

-Tá me expulsando, então?

-Sim!

-Não quer me perguntar nada, tenente?

-Não, não quero

-Eu sei que quer. Você sabe bem no que tocou, não é boba. -me levanto

Ela me encara. -Ludmilla..

-Hm?

-Eu... fiquei com muita vergonha depois que soube sobre isso

-Desculpa não ter falado, mas eu tentei avisar

-Por que não falou? Podia ter me parado

-Eu não gosto de falar sobre isso, só tô querendo conversar sobre, porque foi depois disso que você começou a se afastar

-Você teve oportunidades o suficiente pra me dizer.

-Eu sei, Bru

-Como posso confiar em você? Tava gostando né?

-De verdade? Você achando que eu tinha duas armas..ele é tão grande assim?

Brunna fica sem graça, sem saber o que falar. -Garota, você não tem medo de que eu te mande ralar da unidade?

Sorrio. -Você não pode, temos contrato, e outra..Brunna, se você se importasse com as minhas brincadeiras, já teria me falado, e eu teria parado

-O que você quer de mim?

-Tem certeza que quer saber, tenente?

-Eu não aguento pessoas iguais à você, convencidas.

-Ah, sei, tô vendo que não aguenta

Ela ri. -Me desculpa por essa situação, tá? Eu realmente não sabia, fui descobrir depois que li sua ficha

-Tudo bem, Bru. Mas não fala pra ninguém, tá? Eu não gosto

-Por que não?

-É muito diferente, sofri muito na adolescência

-Entendo..Quer parar de falar sobre?

-Claro..

-Senta aí e come comigo

-Então você me perdoa?

-Perdôo..

[...]

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