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Capitulo 22

-Anda, Ludmilla!

-Eu vou explicar..

-Agora

-Hoje ela perguntou se éramos namoradas, na frente da minha mãe, e eu disse que não

-Ahn

-E você sabe.. quando descobrirem que estamos tendo algo, vai dar problema, e não quero que seja pro seu lado. Então eu disse que não, que não temos nada

-E aí deu o seu número pra ela?

-Claro, era a condição dela. Se eu falasse não na sua frente seria estranho, não acha?

-Tem razão, mas você se aproveitou

-Relaxa, gostosa!

-Olha a boca!

Eu dou risada

-Não quer que saibam mas ama me provocar em público

-Fica tranquila, tá? Só tenho olhos pra você -

-Sei, garota

-Quero ir pra casa, Bru..

-Você vai, tá? Fica calma -

Eu respiro fundo, segurando a sua mão. -Obrigada por ficar comigo

-Eu ficaria de novo se fosse preciso, mas espero que não seja.

Sorrio.. -Pode deixar, mandona

(...)

Eu fiquei sozinha a tarde, Brunna teve que dar um pulo na delegacia, principalmente pra bater ponto

E eu fui tomar banho, quando saí, a Karen havia arrumado a minha cama, e estava me esperando com as sobremesas. Isso mesmo, as.

Sorrio. -Karen..

-Me chama de Karenzinha, eu gosto

Eu dei risada, me aproximando dela. -Legal, deixa eu ver se acertou em alguma

-Te trouxe essas como despedida

A encaro, sentando na cama. -Eu... tô liberada?

-Tá, Lud

-Oh glória! Não aguentava mais -

-Porém..

-Ah não!

Ela ri. -Vai ficar vindo aqui durante uma semana pra eu ver seu ferimento, ok?

-Tá bom -

-Avisei na delegacia, eles vão vim te buscar.

-Fez bem, minha mãe tá trabalhando, já dei muita dor de cabeça pra ela

-Então..come, vai

(...)

Eu terminei de me arrumar e comi com a Karen, e sinceramente, ela acertou em todas

-Gostei de você, animou a minha residência, e tava mega chata.. insuportável

-Para com isso, o caminho é longo.. Não pensa assim

-É..eu tento

Escuto bater na porta, mas não adianta dizer pra entrar porque a tropa entra do mesmo jeito, eu dou risada..

-Olha quem vai sair do hospital! -Carlos se aproxima

-Parece que ficou mais de dois dias aqui, garota.. Você faz falta naquele lugar -Cristal acaricia o meu ombro

-É, por mais que seja chatinha! Isso é pra você -Xamã me entrega um balão de gás hélio

-É sério? Um balão de criança

-É o que você é -Luli faz todo mundo rir

-Tô vendo que sentiram saudade -

-Claro que sentimos.. quando disseram que seu ferimento estava infeccionando, já comecei a te ver sem braço ou sem vida

-Credo, Marcos! Não fala merda -Brunna o repreende

-Cabeção -MJ deixa um tapa na nuca dele

-E aí, doutora..Ela tá liberada? -Carlos pergunta

-Está sim.. é de vocês, mas ela sabe o combinado

-Vamos embora, detetive -O capitão me puxa pra levantar. -E se tomar outro tiro, eu me encarrego de dar mais um

-Nossa, quanto amor

Ele me abraça, dando risada. -Pessoal.. cumprimentem a Karen e vamos

Observo eles fazerem o cumprimento da polícia e se afastarem, saindo na nossa frente

Eu a encaro, recebendo uma piscada

-Vamos -Brunna me puxa pra fora do quarto

-Bom, agora que você tá liberada..Nada de ir trabalhar

-Ah, nem se eu ficar só na sala de investigação? Eu prometo só cuidar dos arquivos, capitão

-Pode ficar nessa semana, mas vai ficar um dia em casa ainda

-Tá bom

-E qual é o combinado? -Bru me pergunta

-Eu tenho que ficar vindo aqui, pra eles verem o ferimento

-Acho bom cumprir!

-Eu vou

Nós saímos do hospital, cada um indo pro seu carro. Mas parei pra cumprimentar a Cristal que se aproximou

-Lud..fico feliz que esteja bem

-Obrigada, sargento..

-Posso te dar um abraço?

-Claro

Nós nos abraçamos..

-Eu não vou pra unidade, vim só te ver, tô dispensada..

-Eu tô sabendo

-Briguei com a Brunna por sua causa, achei errado ela te colocar a frente e você tomou um tiro por causa dela -Cristal me encara

-Eu prefiro ter tomado esse tiro do que ela, sargento..A Brunna não tem culpa de nada, e além do mais, ela passou esses dias comigo e cuidou muito bem de mim, todos corremos riscos...

-Uhum

-Pra casa, Cristal -Carlos se aproxima. -Se a tenente te mandou ficar em casa, não posso quebrar a ordem dela..

-Claro que pode, Carlos. Você é o capitão

-Mas ainda respeito as ordens abaixo de mim, não vou desfazer o que ela faz. Mas se um dia ela estiver errada, eu vou punir

-E ela não tá?

-Não, ela não está.. Você errou, Félix. Tinha ordens e fez ao contrário..

-Tudo bem, eu já tô indo. Se cuida, detetive

-Você também..

-Vamos, você vem comigo e com a Brunna -

-Tá

(...)

Nós paramos na unidade.

-Bom, você vai pra casa, a Brunna vai te levar

-Tá, capitão.. Obrigada

-Se cuida, em garota

-Mas amanhã posso vir né?

-Pode! Eu em, menina viciada

Nós rimos..

Carlos saiu do carro e a Brunna tomou o volante. -Vamos pra casa

-Esse carro é dele?

-Sim..-ela faz o sinal de silêncio pra mim, eu fico sem entender, mas me calo

(...)

Quando chegamos no meu apartamento, nós descemos do carro. -Vou te deixar lá em cima, se importa?

-Não..Mas como não moro sozinha, não sei como tá a bagunça

-Relaxa

-Por que fez aquilo e ficou em silêncio?

-Porque o carro do Carlos sempre tem algum gravador

-Ah, que filho da mãe

-Eu conheço a peça, vem -Brunna segura em meu braço, e nós entramos no prédio.

-Bom, aqui não tem porteiro, é cada um por si. Só tem um zelador retardado, que fecha a porta do prédio no horário errado

-E você deixa seu carro alí do lado de fora?

-Sim, e se alguém roubar eu dou um tiro

-Esse apartamento não é nada seguro

-Nunca foi

-Mas agora você é uma detetive

-E você? Vai voltar pra casa sozinha, Bru?

-Esquece isso

-Não..eu não esqueço

-Conversamos lá em cima..

Nós subimos a escada, indo até o meu apartamento. Mas quando fomos entrar, a porta estava trancada.

-Ah, ninguém merece -eu resmungo

-Que foi?

-A Dai saiu com a Fê depois do hospital, e o Renato não deve estar..

-Cadê a sua chave?

-A minha mãe levou, eu acho..

-Falando nisso, você vai pra casa dela né? Não era melhor eu te deixar lá, então?

-Mas tenho que pegar algumas coisas..o que me resta é esperar -eu agacho, sentando no chão

-Ei, cuidado com esse braço!

-Ele tá bem, aliás.. tô odiando essa faixa que colocaram

-Tem que ficar imovel, não reclama -Brunna senta do meu lado

-Não senta no chão..

-Você tá sentada ué

-Mas eu sou eu

-Fica quieta, tá? Vou ficar aqui com você, meu bem

-Oh Bru.. Tá começando a doer

-Você tem que tomar o remédio, de oito em oito horas, não esquece

-Já esqueci

-Tenho que levar você pra mim.. aí posso cuidar

-Não seria uma má idéia

Ela ri, me encarando. -Gosta tanto assim de mim pra querer ir pra minha casa?

-Sim

-Ah...Lud? -Renato se aproxima. -Saiu do hospital?

-Não, você tá vendo um clone -me levanto com a ajuda da Brunna. -Abre aí

-Tá legal..Mas você tá melhor?

-Tô ótima, vou pra casa da minha mãe depois

-Tá bom -ele abre a porta do apartamento, entrando na frente

-Vem, Bru..

-Licença

-O meu quarto e o da Daiane são a única parte da casa arrumada

-Deixa de mentira, Oliveira -Renato se joga no sofá, abrindo uma cerveja

-Aham, tá. Vem por aqui -pego na mão da Brunna, guiando ela até o meu quarto

Nós entramos e eu fechei a porta. -Pronto..

-Realmente, é organizado

Sorrio. -Achou que era mentira né?

-Eu? Jamais

-Achou sim!

-Não achei, dramática

-Se precisar ir..Eu vou pedir pra minha mãe me buscar mais tarde -Sento na cama, enquanto a Brunna observa as minhas fotos mais nova que estão em cima da escrivaninha

-Que gracinha..

-É..

-Que isso? Você jogava bola?

-Jogava, eu sou boa

-Quero ver um dia

-Te mostro

-Suas fotos são lindas

-E as suas? Nunca vi

Ela senta do meu lado. -Ficaram tudo na casa da minha mãe, acho que ela deixou eu trazer umas três só

Dou risada, fazendo ela sorrir.

-Você precisa descansar

-E você? Vai trabalhar?..

-Hoje eu tô de boa, já que fui liberada

-Então fica comigo, Bru..

-Eu tô aqui

Puxo a mesma pra perto, colando os nossos lábios, ela correspondeu e nós começamos um beijo lento

Eu parti pra cima da Bru, deitando ela sobre o colchão. Suas mãos passeiam pelo meu corpo, até que uma delas para na minha nuca, cravando um pouco as unhas

Eu arfei entre o beijo, vendo um sorriso se formar em seus lábios. -Você gosta de me provocar...

-Eu? Não sei não

Deito do seu lado, colocando a minha cabeça em seu peito, onde ganho um cafuné. -Bru..

-Hm? -

-Lembra que eu disse que te amo?

-Lembro...

Eu a encaro.. -Foi muito cedo?

-Por que tá perguntando isso?

-Porque você também não disse o mesmo, mas..eu não disse pra você dizer também, eu não esperava mesmo, mas queria saber se foi..muito cedo

-Não..-Ela acaricia o meu rosto. -Se você disse, é porque se sentiu confiante pra dizer, não posso falar se foi cedo ou não..isso acontece quando tem que acontecer

-Por que você não diz?

-Porque..-Brunna suspira

Me afastei, sentando na cama, mas sem tirar os olhos dela. -Você ainda gosta daquele tal de Felipe?

-Lud?

-Perai, você foi ver ele né?

Ela se cala..

-Foi, Brunna?

-Fui, mas eu fui pela Eloísa

-Ah, sim..claro

Ela senta quando me levanto. -Ei..

-Você não me respondeu se ainda gosta dele

-Se eu gostasse dele, estaria com ele

-E então..o que você tem que se distancia de mim do nada?

-Você sabe

-Aquilo que você diz que é explicação, não é uma explicação.

-Para. É a minha explicação

-Olha, eu não vou ficar te cobrando afeto.. Só bateu a curiosidade

-Você não sabe o que eu sinto por você

-E parece que nem você sabe -franzo o cenho

-Ok, eu vou embora pra gente não discutir -Brunna se levanta

-Como quiser..

-Só, para com isso

-Eu? Ou você que tem que parar pra pensar um pouco?

-Tudo isso porque eu não correspondi o seu te amo?

-Tchau, Brunna... -Abro a porta

-Agora vai me expulsar

-Você já tava indo, lembra?

-Eu não correspondi, porque eu não consigo. Não consigo falar essas coisas desde o último relacionamento, ok?

Eu a encaro.

-Não é culpa sua, me desculpa. Mas o mesmo que você tá sentindo por mim, eu sinto por você. Só não consigo expressar da mesma forma.. -ela suspira. -Creio que isso ainda vai mudar, e com a sua ajuda.. então, não briga comigo por isso, tá?

Abaixei o olhar, fechando a porta do quarto. -Foi mal

-Olha pra mim

Eu a encaro novamente. -É sério, desculpa..Mas é que você tá sempre se afastando, e eu pensei que..

-Não pensa nisso, não tenho mais nada com o Felipe, e nem quero ter. -

-Tá, desculpa

-Agora..Eu vou embora

-Não, fica aqui

-Não quero brigar

-Não vamos brigar -puxo ela pra perto. -Eu já entendi, e vou te deixar confiante o necessário pra se soltar comigo

-Eu sei que vai

Nós duas nos abraçamos, e nesse momento a porta do quarto abriu. Soltamos o abraço

-Ah! -Thaissa ri. -Ai, fala sério! Agora tá na nossa casa

Eu franzo o cenho. -Nossa casa?

-Ludmilla, o que essa mulher tá fazendo aqui??

-Eu mereço -a Brunna diz, dando risada

-Merece o que, queridinha? Mete o pé, vaza do quarto da minha namorada!

-Thaissa..-

-EU MANDEI VOCÊ IR EMBORA

-Pode gritar o quanto você quiser, você não manda em mim, garota -Brunna diz com os braços cruzados

-Eu vou dar na cara dela! -

Assim que a Thaissa se aproxima, eu entro no meio, segurando ela. -PARA

-ME SOLTA, LUDMILLA! PORRA

-PARA DE MALUQUICE!

-EU VOU DAR NA SUA CARA

-Fala o que quiser, na minha cara você não dá -

-O que tá acontecendo?? -Renato entra no quarto. -Thaissa!

Levei ela até a porta. -Sai!

-NÃO ME MANDA SAIR

-THAISSA, NÃO TÔ BRINCANDO COM VOCÊ

-E ACHA QUE O QUE EU TÔ FAZENDO É UMA BRINCADEIRA? UM JOGUINHO, EM?

-PARA DE GRITAR

-VOCÊ COLOCA QUALQUER MULHERZINHA NO SEU QUARTO

-É, dá pra ver.. -Brunna resmunga

-DO QUE TÁ FALANDO, SUA IDIOTA? DE MIM?

-Se a carapuça serviu..

Thaissa se revolta novamente, tentando passar por mim.

-RENATO, TIRA ELA DAQUI! ANDA LOGO

-EU?? VOCÊ QUE ARRANJOU ELA

Peguei a mesma, tirando do quarto. Enquanto ela esperneia, gritando com a Brunna. -ME SOLTA, LUDMILLA! ME SOLTA

Eu a joguei no sofá, vendo a sua expressão nada contente. -OLHA AQUI, NÃO ME JOGA COMO UMA QUALQUER NÃO, TÁ? -Thaissa se levanta, e eu a empurro pra sentar de novo

-Porra! DÁ PRA PARAR???

-NÃO GRITA COMIGO!

-VOCÊ NÃO PODE ENTRAR NO MEU QUARTO QUANDO TE DER NA TELHA, CARALHO!

-EU SOU MÃE DO SEU FILHO, TÁ LEGAL? -Ela se levanta

-De novo essa história?

-EU SOU A MÃE AQUI, EU SINTO QUE TEM UMA CRIANÇA AQUI DENTRO, LUDMILLA! AO CONTRÁRIO DE VOCÊ QUE INVÉS DE ACREDITAR EM MIM, FICA ATRÁS DESSA MULHER

-PARA, THAISSA! PARA. EU NÃO AGUENTO MAIS ESSA SUA HISTÓRIA

-HISTORIA? O TESTE EU JÁ FIZ, AGORA VOCÊ AGUARDE. E QUANDO SAIR, VAMOS VER SE É SÓ HISTÓRIA -ela me empurra. -E FIQUE SABENDO, QUE SE EU ESTIVER GRÁVIDA, VOCÊ NÃO TOCA NO BEBÊ

-Thai...

-SAI DE PERTO DE MIM!

Eu a observo andar até a porta de entrada, saindo com raiva.

Respirei fundo..

Andei até o quarto, encontrando o Renato e a Brunna discutindo.

-Eu não fiz nada pra essa garota!

-Mas ela disse que fez e eu acredito na minha amiga, você fica falando merda pra ela

-Ah faz favor! Quem me falou merda foi ela! E aliás, você que fica me provocando junto com a sua amiga aí!

-Como é? -me aproximo, recebendo a atenção dos dois

-É mentira. -Renato diz, mas eu olho pra Brunna, esperando uma explicação

-Bru?

-Nada..Não é nada

-Eu ouvi, agora fala

-Não é nada, Lud

Eu o encaro..

-Eu disse, ela não sabe o que tá falando!

-Eu te conheço o suficiente pra desconfiar que seja verdade, Renato

Ele ri.. -Tá, acha o que você quiser! -se afasta, saindo do quarto

Fechei a porta com força, me aproximando da Brunna..-Fala!

-Eu não tenho nada pra falar

-O que ele faz com você?

-Neném..

-Brunna, me fala!

-É só impressão minha, tá? -ela suspira. -No hospital ele meio que jogava as coisas na minha cara, e..uma vez ele atendeu o telefone na minha frente e fez questão de falar o nome dela olhando pra minha cara

-E o que ele te disse aqui?

-Nada demais

-Brunna..fala logo

-Ele só tava dizendo que eu provoco, por isso que ela é assim..Que se eu não tivesse no meio atrapalhando, a relação de vocês duas e de vocês dois estaria boa...

Eu me afasto

-Ludmilla!

Saio do quarto pisando firme, andando até a sala.

Renato estava em pé, ligando o videogame.

-Acho bom você parar de falar merda pra Brunna, você não tem o direito de falar PORRA NENHUMA!

Ele ri, e eu me estresso, dando um murro em seu rosto. O mesmo cai no chão

-PELO AMOR DE DEUS, LUDMILLA! PARA COM ISSO -Brunna me puxa, entrando na minha frente. -Ei!

-NOSSA RELAÇÃO NÃO TÁ BOA PORQUE VOCÊ NUNCA ME APOIOU EM NADA, SEMPRE DEBOCHANDO DAS MINHAS CONQUISTAS -Observo ele se levantar. -POR ISSO NÃO TÁ BOA! E A MINHA RELAÇÃO COM A THAISSA NÃO TEM NADA A VER COM VOCÊ

-Lud!

-Você acha legal me socar né? Só porque tá na frente da sua namoradinha

Eu tento ir pra cima dele de novo, mas a Brunna me segura. -Para! Você tá machucada, quer se machucar mais??

-É, escuta o conselho dela -Renato joga o controle do console no chão.

-Me machucar como, em? Você que vai me bater? Conta outra, seu idiota

-Pense o que quiser, Ludmilla. Tô saindo fora

-Demorou!

Ele sai do apartamento, batendo a porta com força.

-O que foi isso??

-Ele não vai mais mexer com você, e se mexer, me fala.

-Não precisava disso!

-Você não conhece ele, Brunna..Se não for assim, ele não para.

-E você precisa descansar, não ficar arranjando briga!

-Vou pegar as minhas coisas pra ir pra casa da minha mãe..

-Eu te levo

-Tá

(...)

Ajeitei as minhas coisas em uma mochila e nós saímos do meu apartamento.

Fomos até a casa da minha mãe. Toquei a campainha e quem nos atendeu foi o Yuri.

-Lud!

-Oi irmão.. -eu o abraço

-Que bom que saiu do hospital

-Chegou da escola agora?

-Faz um tempinho, a mãe não tá

-É, eu sei..Vim ficar aqui

-Ela avisou

Entro com a Brunna e eles se cumprimentam.. -Cadê a Lulu?

-Foi pra casa de uma amiga

-Sei

-Bom, seu quarto tá lá, eu vou ficar aqui jogando

-Tá, vem -puxo a Brunna pra subir a escada. -Fique à vontade tá?

-Obrigada..

Entramos no meu quarto e eu já fui jogando as minhas coisas em cima da cama.

Brunna fechou a porta e eu a encarei. -Maior que do apartamento

-Bem maior, e.. você tem instrumentos aqui, toca todos eles?

-É..alguns eu só arrisco -sento na cama

-Quando melhorar desse braço, quero ver

-Posso mostrar agora

-Não! Repouso, lembra??

-Tá, mandona..Vem cá

Brunna se aproxima e eu a puxo pela cintura, trazendo a mesma pro meu colo

Ela veio, colando os nossos lábios em um beijo. Eu correspondi, apertando a sua cintura

Deitei um pouco a cabeça pro lado, sentindo sua mão apertar o meu pescoço. Desço uma das minhas até a sua nádega, e como não fui impedida, eu deixo um tapa

Brunna chupa o meu lábio, soltando lentamente

Deitei ela na cama, indo por cima, enquanto beijo o seu pescoço

Ela choraminga -Amor..

Nós duas paramos, nos encarando.

Brunna sorriu e eu ri. -Me chamou do que?

-Não sei

-Você sabe sim!

-Não!

-FALA

-Eu não lembro

-Você acabou de dizer

-Disse? O que eu disse?

-Bruuuu

-Você me deixa maluca, não lembro

-Então vou fazer de novo -Volto a beijar o seu pescoço, ouvindo ela rir

Dei risada junto, a encarando. -Fala, vai

-Shh, me beija

Eu obedeço, e nós voltamos a nos beijar. Até o celular dela tocar

Brunna parou o beijo e eu resmunguei. -Nãoooo

Ela ri.. -Calma, deixa eu ver quem é

-Tá

-É o Carlos

-Ih.. então atende

Ela atendeu, me olhando. -Oi Carlos

~Bru, preciso do meu carro, onde você tá?~

-Eu vim deixar a Ludmilla na casa da mãe dela, já tô descendo

~Tá bom, e como ela tá?~

Eu ia responder, mas ela tampou a minha boca

-Tá bem, agora vai descansar -

~Tá, vem rápido~

-Já tô indo, beijo

~Beijo~

Ela desliga a chamada e eu dou risada. -Não vou

-Vai sim!

Me levantei, puxando ela também. -Tem que ir mesmo?

-Tenho, meu amor..Mas eu te ligo pra saber como você tá

-Tá bom, mas.. não fica por aí, tá? Lembra do cara que tá solto, e te perseguindo

-Relaxa. E vê se descansa -ela deixa um selinho em meus lábios. -Por favor

-Tá..Quer que eu te acompanhe?

-Acabei de mandar descansar!

Sorrio. -Tá.. então vai

-Tchau -ela se afasta, com uma carinha de dó

Eu faço a mesma cara, quase chorando

Brunna ri. -Para

-Vai logo..vai!

Ela me manda um beijo no ar e sai do meu quarto

[...]

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