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XXII - O GRANDE SEGREDO REVELADO

— Acho que já chegou a nossa hora! — Lauren falou, chegando de fininho por trás do garoto.

Lú observava as ondas invadirem a praia, enquanto algumas aves brancas se amontoavam pela areia para se alimentarem de larvas, insetos e pequenos moluscos. Ele estava pensativo, ainda maravilhado com a visita repentina de Samy, ao mesmo tempo em que tentava se recuperar, não só fisicamente como mentalmente daquela batalha com a drácon. Sentia um peso enorme em sua consciência ao se lembrar de todas as informações que ainda se esforçava para absorver. Então, nem mesmo se importou com a semideusa atrás de si.

— Lú, olhe para mim — ela pediu, notando que ele a ignorava.

Lú continuava aéreo, sentindo a brisa açoitar seu cabelo negro e fazendo-o desprender do seu curto rabo de cavalo. Lauren suspirou e se sentou ao lado dele, percebendo o quanto ele parecia solitário e melancólico.

— Não fique assim — ela falou. — Eu sei que está sendo difícil.

— Você me disse uma vez — ele respondeu após um tempo — que os seguidores de Karen viriam me buscar.

— Sim. Não vão demorar muito, mas ainda temos tempo, Lú. — Lauren respirou fundo ao sentir o vento em seu corpo.

— Lauren, eu aceito correr esse risco. Eu prometi a Karlo que iria ajudá-lo. Espero que me entenda.

— Lú, por favor! Eles não são somente humanos, são guerreiros centenários! Foram treinamos e preparados a vida inteira para capturar um feiticeiro. Você irá manter as pessoas dessa vila a salvo se ficar longe deles.

— Eu sei!

Lú parecia irritado, mas tinha motivos para isso. Ele se encontrava no meio de um dilema. Deveria quebrar a promessa e fugir para Sabatow, ou correr o risco de ficar e os caçadores assassinarem cada um dos seus amigos? Ele estava encurralado. Sem ele na guerra, os seus amigos teriam menos chance de sobreviver a ela. O que ele iria fazer?

— Lú! — Lauren colocou uma mão no ombro dele e o olhou com firmeza. — Já perdemos bastante tempo. Chegou a nossa hora.

Lú a olhou com o canto do olho, sem saber o que dizer. Ele permaneceu em silêncio, sem dar uma resposta para a semideusa. Suspirando, ele se pôs de pé sem tirar os olhos do horizonte.

— Eu preciso falar com o Karlo — disse ele.

O garoto azul começou a correr em disparada, e em seguida levantou voo, subindo para o alto com os braços erguidos e pernas esticadas, e logo sumiu acima da copa das árvores.

...

Lú chegou de fininho, pousando em cima da muralha em frente à Torre Norte. O garoto estava de pé, totalmente equilibrado no paredão de pedra. Ele cruzou os braços ao perceber que Otto dormia sentado com as costas apoiadas na parede interna do seu posto.

— Otto! — Lú gritou.

O rapaz acordou em um sobressalto. Ele esfregou os olhos cansados com as mãos não acreditando no que via. Então franziu o cenho e estreitou os olhos, mesmo com a visão turva, ele conseguia ver o garoto azul.

— Lú? — ele perguntou, incrédulo, antes de se levantar e olhar para o garoto como se visse um fantasma. — É você mesmo? — o rapaz continuou a perguntar.

— Eu preciso falar com o Karlo. Você o viu em alguma parte? Sabe como posso encontrá-lo? — Lú suspirou, impaciente.

— Ele estava... com meu pai. Na sua sala, lá... — Otto gaguejava e apontava para a direção de onde Karlo poderia estar.

Lú não esperou o rapaz concluir, já havia entendido a localização do seu mentor. Novamente com um salto ele voou para o pequeno castelo.

— Mas, como? — Otto perguntou a si mesmo enquanto observava o garoto no céu.

...

Lú subia a escadaria do castelo rapidamente com seus passos ecoando no ambiente deserto. O corredor era repleto de portas de carvalho e atrás de uma delas era o escritório de Néfi, e lá ele encontraria o Karlo.

O garoto ainda estava indeciso sobre o que fazer e, talvez, conversando com o Karlo e contando tudo o que estava acontecendo, ele poderia ajudar com alguma solução ou decidiria de vez o melhor caminho para seguir. Ele não tinha escolha. Se o tal bruxo já sabia sobre ele, não demoraria muito para mais seguidores estarem em seu encalço.

Ele passou por algumas portas fechadas, aparentemente sem ninguém. Aquele lugar estava escuro e assustador. As paredes eram lisas, sem nenhuma janela, e o caminho parecia ficar mais estreito a cada passo que ele dava. A essa altura, Lú já não tinha medo de qualquer coisa, muito menos de monstros da sua imaginação. Quase no fim do corredor, na curva que o levaria para outras salas, ele viu uma luz. Ele apertou o passo e deu de cara com uma porta entreaberta.

A iluminação do entardecer misturada com o alaranjado da chama de uma vela vinha de dentro. Lú chegou mais perto da porta e ouviu as vozes de Karlo e Néfi. Eles pareciam estar discutindo alguma coisa, então o garoto continuou espiando sem que eles percebessem.

Karlo olhava um mapa aberto sobre a mesa, junto com outros dois papéis aparentemente amassados. Néfi alisava a barba no queixo, atento a cada detalhe que o homem de cabelo prateado explicava ao apontar vários locais no papel. Lú estava curioso, ele sabia que não devia espiar, mas, pelo visto, era algo relacionado com a rebelião e a guerra.

— Assim que Nero e Jober chegarem, vamos dar início — Karlo falou decidido, enquanto se ajeitava em sua cadeira.

Néfi parecia um tanto inseguro com o tal plano enquanto analisava cada detalhe marcado no mapa com um tinteiro.

— Hum... não estou tão certo — disse ele.

— Mas o plano de Isis não vai falhar! — Karlo pegou um dos papéis, mostrando ao homem parrudo.

— Se esse garoto fosse ao menos branco... — Néfi ainda não parecia satisfeito.

Lú logo percebeu que falavam dele. Pelo visto, eles estavam planejando algo que o incluía. Ele precisava de mais informações, então ficou à espreita, em silêncio.

— Confie em Isis, ela sabe o que faz. — Karlo tentou convencê-lo. — Ela se arriscou ao mandar essa mensagem por um pombo. E não faria isso se não tivesse tanta certeza.

— Isso está fácil demais, Karlo. Se fosse tão simples ela mesmo o teria feito. — Néfi ainda continuava cabreiro.

Karlo estava ciente que o que Néfi dizia fazia sentido, mas conhecia os motivos para o garoto estar incluído no plano.

— A diferença é que Isis está sozinha. Se algo der errado, tudo acabou para ela ali mesmo. Não quero colocá-la em risco, principalmente com o meu filho em jogo.

— Eu não sei não. — Néfi ainda não parecia convencido, mas era óbvio para ele que não seria tão simples.

— Lú é uma criança, o rei não desconfiaria dele — Karlo explicava. — E o garoto é forte, conseguirá se defender caso surja algum problema e... teremos espiões, conforme diz essa mensagem.

— Claro! — Néfi concordou com isso.

Lú se sentia traído com aquelas decisões. Para ele, o certo seria incluí-lo naquela reunião e saber a sua opinião. Como poderiam discutir algo assim pelas costas dele? O garoto rangeu os dentes, tentando segurar aquele desprazer.

— E podemos confiar nele? — Néfi perguntou.

Lú não sabia do que eles falavam agora, acabou se perdendo na conversa.

— Assim como sempre confiamos em Lú. Dou a minha palavra — Karlo respondeu, seguro.

— Eu sei que há anos ele nos serve, mas não consigo confiar nessa raça.

— Essa raça foram as verdadeiras vítimas. Pode confiar. Se não fosse por ele, eu nunca saberia que Lú era um feiticeiro.

Agora Lú estava mais confuso. Do que exatamente eles estavam falando? Quem era essa pessoa que sabia sobre ele ser um feiticeiro antes de todo mundo?

Ele realmente precisava de saber, nem que fosse a última coisa que escutasse na vida.

— Qual a posição dele? — Néfi perguntou sem muito interesse.

— Em um acampamento ao leste da cidade de Erágolis — Karlo respondeu enquanto lia as palavras no papel amarelado.

— Aguardando ordens, eu suponho — Néfi adivinhou.

Karlo assentiu positivamente. Néfi parecia estar mais seguro e tranquilo após aquele diálogo. Ele tentava demonstrar interesse pelo indivíduo que Karlo defendia.

— Qual o nome dele? — Néfi perguntou enquanto fitava a luz da vela.

Lú ficou apreensivo. As batidas do seu coração estavam aceleradas, como se fosse pular do peito a qualquer instante. Ele ansiava, nervoso, e gotas de suor corriam por sua testa, enquanto suas pernas insistiam em se movimentar, mesmo sabendo que devia ficar imóvel. No fundo, o garoto já desconfiava, mas não queria que fosse verdade. Não vindo de Karlo.

— Saul. Saul Ecss — Karlo disse enquanto o mundo de Lú desmoronava. — É o pai de Lú.




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