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Capítulo 9- Submundo

Esse capítulo possuí 3360 palavras.

Utilizei algumas fontes da internet para criar o submundo, como no site https://mitologiagrega.net.br/os-5-incriveis-rios-do-submundo/ onde são descritos como são os rios.

O castelo de Hades é como está na capa, tirado de minha imaginação.

Boa leitura 🖤

Enfrentar todos aqueles Deuses, era algo terrível, mentiria se dissesse que entrou calma naquele lugar, o medo e a raiva estavam misturados como se fossem um só, não conseguia nem ao menos olhá-los, tamanha a intensidade que seus sentimentos estavam.

Não foi surpresa nenhuma vê-los em favor daquele ser imundo, todos olhando com profunda raiva em sua direção, sentiu um prazer imenso ao demonstrar sua aura e deixá-los perceber que uma palavra e poderia muito bem exterminá-los, embora confessasse que segurá-la doía, talvez por não saber controlá-la corretamente.

Estava pronta para enfrentar as consequências, pois sabia que eles não a poupariam, ao menos fora o que pensou, até ele entrar em sua visão. O rosto sereno chamou a sua atenção, em especial por não demonstrar tanta inimizade como os outros Deuses presentes, mas não negou a surpresa quando percebeu o semblante tão tranquilo daquele Deus do submundo, pois ele parecia verdadeiramente querer deixá-la confortável, embora isto também a deixasse nervosa.

Sentia uma genuína confiança por ele, que não conseguia compreender de onde vinha, mas em seu coração sentia que podia confiar no Deus, mesmo que sua mente dissesse ao contrário.

Eles não eram dignos de confiança, sua mente insistia em lembrar isso, que aqueles Deuses eram podres e que suas almas mereciam desaparecer, embora aquele ser em sua frente parecesse diferente, ele estava a tratando com cuidado, como se entendesse seus motivos, isto a intrigou mais que gostaria de admitir.

Pensou que ele agiria furiosamente, tanto quanto os outros, conseguia perceber os sentimentos alvoroçados de todos em sua direção, menos dele. Aquele ser estava verdadeiramente tranquilo, seus sentimentos não eram nada além de pura compreensão para consigo, somente por isto conseguira falar em voz alta sobre o acontecido, embora doesse lembrar.

Ainda conseguia sentir os toques em sua pele, o sentimento de nojo que estava em seu ser por ainda pressenti-lo perto, não estava arrependida por tê-lo matado, seu único arrependimento fora não fazê-lo sofrer mais.

Apesar de o Deus do submundo estar conduzindo tudo com calma, percebera que seria difícil manter os outros na mesma sintonia, eles não queriam ouvi-la, acreditavam que era sua culpa, tanto que um dos Deuses sumérios não se conteve ao falar isto alto. Ser chamada de vadia e pior, ele agir como se não fosse motivo suficiente matar o maldito por tê-la tocado daquela maneira, doía tanto em seu ser, pois se sentia suja.

Aquele momento ficou com medo, sabia que sua família não deixaria o insulto quieto, mas ficara surpresa ao vê-lo agir em sua defesa, ele nem a conhecia, então, por que a defendeu daquela forma?!

Seu cérebro a partir desse momento entrou em pane, não estava compreendendo mais nada, somente escutava um zumbido, pois os Deuses estavam alvoroçados, mas de tudo que poderia ocorrer naquela audiência, não imaginava que aquilo aconteceria, uma Deusa primordial se colocando em sua defesa, pior que está era sua avó.

Como poderia ter uma avó que tinha uma aparência tão assustadora e nova?!

Embora estivesse assustada com a presença daquele ser, sabia que estava salva, mas não imaginou aquela situação, partindo para o submundo, longe de tudo que conhecia, deveria sentir como se fosse uma prisão, mas não sentia isso, era uma chance de provar que poderia ser de confiança e não desperdiçaria esta oportunidade.

— Está tão quieta, não costuma ser assim — Afrodite fala ansiosa, tirando-a de seus pensamentos.

Olhou-a de canto, fato que desde que partiram para os domínios de sua mãe, para pegar suas coisas, se mantinha quieta, coisa que nunca fizera em sua vida, já que possuía uma personalidade tagarela.

— Não tenho motivos para falar — respondeu mais rude que pretendia.

Sentiu sua mãe amuada, era incontrolável esse sentimento, mas em um curto espaço de tempo, sua vida mudara completamente, não conseguia se manter serena, principalmente nesse instante.

— Evie, não fale dessa maneira comigo! — Afrodite fala um pouco mais séria, fazendo-a bufar, desgostosa.

— Afrodite, dê um tempo para ela, são muitas coisas para pensar, normal estar assim — Thanatos responde em sua defesa.

— Já falei que é irritante esta atitude, pare de agir como se me conhecesse! — retrucou irada.

Os olhos negros do Deus se voltaram em sua direção, totalmente sérios, sentiu uma vontade imensa de socá-lo, talvez assim ele mudasse o semblante neutro que possuía.

— Sou seu pai, comece experimentando um pouco de respeito — Thanatos retruca calmamente.

— Você não é meu pai! — replicou sentindo a ira preencher cada célula de seu ser.

— Evie!

Virou-se totalmente irada para sua mãe, vendo-a engolir a seco, sem perceber, sua aura começou a aparecer, sufocando todos no recinto.

— Não é porque ele transou com você que é meu pai, este posto pertence a Ares e ninguém vai tirá-lo! — respondeu entredentes.

Antes que eles falassem algo, subiu para pegar suas coisas, sentia sua cabeça explodindo com tantas informações.

✯❍

Seu semblante estava sério, apesar de sentir uma curiosidade quase genuína pelo local, pelo que sabia o submundo era dividido em regiões e domínios, assim como os céus abrigavam todos os Deuses, independente de seus panteões. No submundo ocorria o mesmo, embora ele fosse governado por Hades, todos os Deuses continham papéis importantes ali, mas deviam obediência ao Deus grego.

Ao chegarem na porta do mundo inferior, fora impossível não paralisar por completo, diante dela estava um enorme cão demoníaco, não bastava seu tamanho colossal, o monstro tinha três cabeças, possuía cauda com dentes de serpente, que se estendiam ao longo de seu dorso. Arregalou os olhos ao ver a figura horrível, o rugido ecoou furiosamente, aumentando seu pavor.

— Evite olhar nos olhos dele, cérbero é como as górgonas, todos que olham em seus olhos, se transformam em pedra — Thanatos advertiu.

Assentiu sem responder, embora fosse impossível ignorar o monstro, sentia a fúria emanando dele, forçou-se a fixar o olhar no chão, apesar que não parecia ser uma boa ideia, pois a visão que tinha era ainda mais horripilante. Ao mirar no chão, observou as patas de cérbero, onde jazia a baba do animal, mas diferia das demais, seu aspecto era em um tom esverdeado, tão escuro que pendia para o preto.

— Por que é assim? — perguntou curiosa apontando para a baba.

— Sua baba é um violento veneno, por isso possuí esse aspecto — Thanatos respondeu.

Olhou-o com curiosidade, fora impossível conter sua personalidade, embora não quisesse falar com o Deus, ainda era uma curiosa por natureza, aquele lugar, bem como aquele ser era algo totalmente novo e fascinante, quase impossível que ficasse neutra no assunto, fato que Thanatos percebeu, pois, sorriu minimamente em sua direção.

— Ele tem a função de aterrorizar as almas que tentam entrar no reino dos mortos, além de garantir que ninguém saia, é o animal preferido de Hades — Thanatos fala divertido.

Novamente pensou no enorme monstro em sua frente, ficando levemente em choque, a maioria prefere seres menos letais...

— Como esse monstro pode ser preferido? — resmungou contrariada.

— É tudo questão de opinião, ele é um monstro pela sua aparência, no entanto, nunca fez nada gratuito a ninguém, ao contrário das criaturas belas, são lindas por fora, mas são podres em seu interior — a voz grave ecoou fazendo-a pular levemente.

Fora impossível conter o rubor em suas bochechas, principalmente ao ver a face séria do Deus em sua direção.

— Não insulte cérbero na frente de Hades, ele fica puto — Afrodite fala divertida.

— Desculpa, não quis ser... não queria... só desculpa — pediu envergonhada.

O semblante dele ainda estava sério, mas isto não a assustou, estava envergonhada demais para sentir outra coisa.

Bela maneira de chegar na casa dos outros!

Insultando seu animal de estimação!

Tudo bem que o animal em questão era um monstro que poderia facilmente matá-la somente com um olhar, mesmo assim, era totalmente falta de educação.

Uma respiração forte arrepiou-a por inteiro, arregalou os olhos ao ver a enorme pata em sua frente, sentia que a qualquer momento fosse desmaiar com a proximidade do animal.

Estava mais frio que o normal ou estava passando mal?!

— Não precisa ter medo, ele não vai machucá-la, já ordenei que liberasse sua entrada, vamos — Hades ordenou.

Assentiu tremulamente, embora estivesse insegura de segui-lo, seu coração estava totalmente disparado quando passou pelo enorme cão, evitando olhar na direção que ele estava, embora o Deus tenha dito que ele não a machucaria, era bom evitar.

Assim que passaram pelas portas, seus olhos se arregalaram diante a visão, era totalmente diferente dos domínios de sua mãe, embora fosse intrigante, sentira um pouco de medo, o local era mais escuro, tal qual nunca vira antes.

— Os domínios de Thanatos são mais escuros, ficaria surpresa ao vê-los — Hades fala olhando-a com diversão.

Corou ao perceber que analisava tudo com os olhares de uma criança curiosa, no entanto, era isto que era, aquele local era desconhecido e totalmente novo, sentia-se uma criança descobrindo um brinquedo.

— Acredito que não verei tão cedo — mencionou ao lembrar-se que não poderia sair dali.

— Porquê? — Hades retruca olhando-a com curiosidade.

— Estou presa em seus domínios, não posso sair daqui — resmungou emburrada.

Ele virou-se em sua direção, sorrindo abertamente, fazendo-a franzir o cenho.

— Todo submundo é domínio meu, pode ir onde quiser aqui, somente não pode sair dele, mas se realmente quiser e não for uma ameaça para todos, podemos entrar em um acordo — ele responde para sua surpresa.

Pelo semblante de Afrodite e Thanatos, não fora a única a ficar surpresa com a fala do Deus.

— Hades, seu irmão-

— Afrodite, eu mando nesse lugar, Zeus não tem voz alguma aqui, fui claro quando permiti sua entrada e de seus filhos, mas sabemos que não podem ficar o tempo inteiro aqui. Não quero fazê-la uma prisioneira, sou contra isto, no entanto, sou a favor dela controlar seus poderes, somente assim ela pode ser julgada com justiça, fora que deixá-la como prisioneira, vai deixá-la reativa e isto será incentivo para que ela perca o controle.

Arregalou os olhos ao escutá-lo, jamais tivera tanta liberdade, nem ao menos nos domínios de sua mãe, era certo isto?

Aquela sensação de ser levada a sério, como uma adulta era nova e diferente, jamais a experimentou antes.

— Obrigada — respondeu sinceramente, ele acenou sem alterar o semblante.

— Existem apenas algumas coisas que precisa saber, aqui existe o Érebo um Deus primordial que desposou Nix e é pai de alguns de seus descendentes, incluindo Thanatos, ele após a titanomaquia, tentou libertar os titãs, mas conseguimos impedi-lo, a profunda escuridão do tártaro é ele — Hades fala suavemente.

Fora impossível manter o semblante neutro, será que o fato de ser assim vinha de seus antepassados?

Ele teria as respostas que seu coração ansiava?

— Não tem como saber, mas eu aconselho que não vá procurá-lo — Thanatos fala sério, fazendo-a revirar os olhos.

— Não pensei nisso — respondeu emburrada, agora nem mesmo seus pensamentos estavam seguros!

— Campos asfódelos é onde fica vagando as almas daqueles que esperam seu julgamento, nem as boas ou más, não é um local perigoso, mas aconselho a não ir para lá — Hades continua a narrar.

Claro, como se fosse querer ir para um lugar onde tem almas!

— Estige é um dos rios do tártaro, é um pouco perigoso pelo fato de que qualquer promessa feita sob ele, não pode ser quebrada, nem mesmo pelos deuses, então é algo que também recomendo que fique longe — Hades fala olhando-a com seriedade.

— Esses são os lugares perigosos? — pergunta curiosa.

— Sim, embora existam muitos outros domínios, os Deuses não serão tão solícitos em recebê-la, então limite-se a ficar perto — a resposta a fez suspirar.

Uma liberdade limitada...

Ainda sim, melhor que a que tinha!

Sua mente insistiu em lembrá-la disso, ali ao menos teria mais liberdade que nos domínios de sua mãe.

— E finalmente, o lugar onde estamos que é Terra dos mortos, onde fica minha morada exclusiva, assim como meu castelo, aqui terá livre acesso, sem precisar se preocupar com a sua segurança, ninguém a machucará aqui — Hades fala chamando sua atenção.

Seus olhos miraram nas enormes montanhas que seguiam até os céus totalmente escuros e sem nenhuma estrela sequer, ao centro encontrava-se um majestoso castelo, em meio a um rio que parecia ser lava pura.

— Bem-vinda aos meus domínios — a voz calma dele preencheu o ambiente.

Estava totalmente encantada com a visão, jamais vira nada tão diferente e tão belo ao mesmo tempo.

A sua cabeça ainda doía com os problemas, não falava apenas da ameaça que os Deuses teimavam em lembrá-lo, inclusive seus irmãos, não conseguia ver o motivo para tanto medo, mas deixara claro, a partir do momento em que Evie pisasse em seus domínios, ela não teria nada a ver com mais ninguém, era problema seu. Não permitiria que ela fosse ferida novamente, menos ainda que seu irmão agisse de forma imprudente, guiado pelo puro medo.

Sua intuição seguia lhe dizendo que ela precisava apenas aprender a dominar seus próprios dons, algo que deveriam ter feito desde seu nascimento, aquele fora o erro de Afrodite.

Quando a viu observar o local com uma curiosidade genuína, fora impossível impedir o sorriso, mas este morreu ao vê-la falar de cérbero.

Por que todos insistiam em se guiar pelas aparências?

Não existia ser que confiasse mais que cérbero, era leal e extremamente justo, era um crime tratá-lo errado apenas por sua aparência horripilante.

Tivera que se acalmar, pois, não poderia condená-la, justo que ela pensasse isso, apostava que nunca vira nada, não era como se os domínios de Afrodite fossem cheios de criaturas diversificadas, a maioria era fofa e inofensiva. Por isto mudou o semblante, evitando descontar nela seu mau-humor, afinal, ela não merecia isto.

Pensar nos domínios de Afrodite, apenas o lembrou o quanto ela esteve presa, se queriam que ela fosse forte, teria que ser tanto fisicamente como mentalmente e ser presa não era uma maneira de fortalecê-la, pelo contrário, abririam caminho para que as trevas a guiassem pelo caminho errado e não era isto que queria.

Ao entrarem no castelo, poupou-se de um tour, ao menos por enquanto, sabia o quanto ela estaria esgotada com tantas emoções, então fora diretamente para ala onde ficaria seus aposentos e de sua família.

— Esta é Tália, ela estará a sua disposição para o que precisar — falou apontando para a serva que se encontrava em frente ao quarto que seria de Evie.

Evie abriu um largo sorriso a cumprimentando, fazendo-o olhá-la curiosamente por alguns segundos, ela tinha alguns vislumbres tão diferentes, era alguém tão fria em alguns momentos, mas em outros se mostrava tão doce, como estava fazendo agora.

— Este é seu quarto, pode alterá-lo como quiser, além que esta ala é toda para você e sua família — a fala chamou a atenção dela, que se virou para olhá-lo incrédula e então entrou de supetão no quarto.

Seus olhos a seguiam com curiosidade, ela olhava tudo de forma encantada, não conteve o sorriso ao vê-la alegre, principalmente ao ver a vista, parece que ela gostara de ver mais de perto o rio de lava.

— É lindo, isso é fogo mesmo? Digo, como pode ser um rio de fogo? Nem ao menos é quente aqui, pois sinto uma temperatura agradável, ou fica quente? — Evie perguntou tudo de uma vez, fazendo-o rir alto.

Não fora o único, pois os pais dela também o seguiram, ela virou-se com as bochechas completamente rubras, apenas notando o que falara.

— Aparência de Thanatos e tagarela como Afrodite, que união perfeita — falou divertido, fazendo-a revirar os olhos.

Aproximou-se lentamente, até estar ao seu lado na sacada, de fato aquela vista era perfeita, não trocaria seus domínios por nenhum lugar, muitos acreditavam que não possuía nenhuma beleza ali, inclusive os humanos, mas esqueciam que as joias mais preciosas eram retiradas do mais profundo breu, até mesmo a escuridão possuí seus encantos.

— Aqui a temperatura é sempre agradável, pois apesar de o local ser cercado por ele, este não é como o flegetonte, pois ele é frio, mesmo sendo fogo, já o flegetonte é um rio de sangue fervente, então sua temperatura é absurda — explicou brando, fazendo-a olhá-lo com interesse.

Fora impossível conter o sorriso ao ver seus olhos curiosos, tais como de uma criança curiosa.

— Existem cinco rios que cercam o submundo, rio estige que nasce na entrada do submundo e deságua no tártaro, ele é o principal e o maior, possui dois afluentes o cócito e flegetonte-

— Estige não é o rio que qualquer promessa feita sob ele não pode ser quebrada? — Evie o interrompe abruptamente.

Apesar de detestar ser interrompido, olhou-a de maneira divertida ao observá-la tão afoita em querer saber mais sobre o local.

— Desculpa...

Ficou olhando-a por alguns minutos, observando as bochechas extremamente vermelhas, evidenciando mais sua pele translucida, achou-a tão bela naquele momento, ela não estava tão enfeitada quanto Afrodite, sua beleza era natural e extraordinariamente mais bela que a Deusa do amor. 

Sorriu gentil em sua direção, aumentando o rubor em suas bochechas, tão vermelhos quanto seus cabelos, deixando-o fascinado com a visão.

— Tudo bem, seu entusiasmo é interessante e sim, ele é o rio que qualquer promessa feita sob ele não pode ser quebrada — respondeu fazendo-a sorrir entusiasmada.

O brilho que ela emanava era algo que não vira em mais ninguém, era acostumado a conversar com mulheres, mas fora a primeira vez que virá alguma realmente encantada com que dizia, em questão de seus domínios, não em poder.

— Aqueronte que foi o rio que vieram pelo barco, ele é o rio da dor e tristeza, ele foi o que preferiu lutar pelos titãs, fornecendo água para eles, então após a vitória dos Deuses, foi transformado em um rio, é nele que o barqueiro carrega as almas até o tribunal, por isto ele é chamado de rio da dor ou tristeza, pois ali é o ponto final, ninguém pode voltar — falou em mais detalhes, ao perceber os olhos brilharem em sua direção.

— Não vimos o barqueiro — ela comenta curiosa.

— Estão vivos e estavam na presença de Thanatos, poderiam vir diretamente para meus domínios, mas pedi que passassem pelo cérbero justamente para que ele as reconhecesse — falou fazendo-a arregalar os olhos.

— Certo...

Olhou seriamente em sua direção, suspirando pesadamente, podia não saber que rumo seus pensamentos estavam tomando, mas apostava que ela pensava no quão monstruoso o cão era.

— Já falei que não precisa ter medo dele — resmungou contrariado.

— Não estava pensando nisso, me conta sobre os outros rios — ela pediu com as bochechas coradas.

— Cócito é um rio pequeno que nasce no estige e se une ao flegetonte, ele é conhecido como rio das lamentações, é onde aqueles que não foram sepultados vagam por cem anos até serem julgados.

— Você não pode fazer nada? — ela pergunta indignada, fazendo-o olhá-la sem entender.

— É um pouco triste pensar em alguém vagando por anos até ter seu merecido descanso — ela explica num sussurro.

— Existem leis que devem serem cumpridas, nem sempre aqueles que não são sepultados são pessoas boas, muitas vezes são assassinos ou seres totalmente cruéis — respondeu simplesmente.

Por um instante o olhar dela se perdeu no vazio, tornando-se triste e igual o que vira no julgamento, apostava que ela lembrava do ocorrido com aquele maldito Deus.

— Também temos o rio lete que é do esquecimento, ele nasce na caverna de Hipnos Deus do sono, também irmão gêmeo de seu pai — a fala chamou a atenção dela que olhou curiosa em direção a Thanatos, como quem processando a informação.

— Então tem irmãos? — ela pergunta curiosa para Thanatos que assente firmemente.

Ao ver que ele não falaria mais, virou-se em sua direção, precisava falar com o Deus da morte, ele precisava melhorar sua comunicação se quisesse que sua filha fosse mais próxima dele.

— E por último temos o flegetonte que é onde são castigados os assassinos cruéis, as águas vermelhas são banhadas dos sangues das vítimas, quanto maior o crime, mais fundo ele tem que ser afogado, também é conhecido como rio da cura, pois ele purifica essas almas.

— E qual desses é o rio que cerca aqui? — ela pergunta curiosa.

— Nenhum, o que esta nessa volta é mais um lago de fogo, inofensivo, claro que não é por isto que vá querer nadar nele — respondeu divertido.

— Não sou burra! — ela retruca irritada.

Então ela tinha a personalidade forte, isso era interessante...

Contentou-se em sorrir divertido, ato que ela julgou como errado, pois olhou furiosa em sua direção.

— Vou deixá-los a sós, descanse bem, seu treinamento começa amanha — comentou fazendo-a assentir.

— Já estava me esquecendo, isto é seu — lhe entregou o papel que Ares lhe deu, ela o pegou sem entender.

Saiu sem dizer mais nada, sentia que não seria nada fácil, mas era um caminho preciso.

Imagens retiradas do Pinterest crédito aos devidos autores.

Cérbero que imaginei além de ser como descrito na mitologia é assim.

Mapa dos rios que passa pelo submundo

Mapa do submundo

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