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Capítulo 40- Meu amor é todo seu!

Esse capítulo tem 3660 palavras.

O tema abordado sobre o nascimento de Hades, Poseidon e Zeus, foram tirados da minha mente, baseados em alguns fatos da mitologia grega, tomei licença artística e mudei alguns acontecimentos, para encaixar na história.

Boa leitura 🖤

Suspirou contente ao escutar as batidas do coração dele, antes já era o seu som preferido, após tudo que ocorrerá, tornara-se mais especial, pois cada uma delas significava que ele estava ali e sempre estaria ao seu lado.

Após a reunião onde colocará tudo em prantos limpos, todos voltaram para seus afazeres e finalmente estava livre.

Liberdade, algo que desconhecia, embora experimentasse desde que fora morar no submundo, pois Hades sempre fizera questão que fosse livre, sempre a a tratando como sonhara.

— Quer visitar algum lugar? Posso levá-la para conhecer tudo que sonhar, ver com seus próprios olhos o que sempre quis ver! — Hades animadamente tagarela enquanto passava as mãos por seus longos cabelos.

— Como uma lua de mel? — olhou-o marota, fazendo-o sorrir mais.

— Sim, uma eterna, pois não pretendo desgrudar de você! — ele retruca abraçando-a.

Sentiu-se tão amada, o coração batendo em perfeita sincronia com o dele, agora conseguia compreender, nem mesmo seus poderes foram capazes de apagar esse sentimento. Desde o início, embora sua mente dissesse algo, seu coração falava outra, no final, fora suas emoções que a salvaram.

Pensar naquilo, apenas evidenciava o quanto precisavam conversar, não queria esconder nada dele, mesmo que não tivesse memórias, sentia-se culpada por tudo.

— Hades, preciso te contar algo — a voz trêmula chamou a atenção dele.

Sentou-se na cama, sob seu olhar atento, sem querer suspirou, como ele poderia ser tão lindo?

O peito desnudo brilhava a meia luz, estava tom mais dourado que sua pele pálida de sempre, os cabelos rebeldes emoldurando o belo rosto e os olhos pareciam duas estrelas de tão brilhantes.

— Se continuar me secando não vamos conversar nada — ele brincou malicioso, rir.

— É inevitável, você é lindo demais!

Ele sorriu roubando-lhe um longo selinho, pretendia aprofundá-lo, mas a mão masculina afastou-a levemente, olhando-a com curiosidade.

Não conteve o olhar emburrado pela interrupção, mas ele estava certo e quanto antes conversassem, mais cedo poderia curtir ao seu lado.

— Contei tudo sobre os motivos que me levaram a firmar o pacto com Nanna, melhor com Érebo, mas queria falar o que ocorreu quando estava nos domínios de Nanna.

Hades assumiu um semblante sério, deixando-a mais nervosa.

— Eu...

Perdeu a voz ao ver a face dele totalmente focada, sem demonstrar nenhuma emoção, era a primeira vez que não conseguia lê-lo, sabia que era porque ele não queria que soubesse dos seus sentimentos, isso apenas aumentava sua ansiedade.

— Espera, antes queria que soubesse, que não me importa o que ocorreu entre vocês, sei que não é sua culpa e que estava sob controle dele — ele revelou sério.

— Então, por que está escondendo seus sentimentos? — olhou-o curiosa, principalmente ao vê-lo corar.

— Porque sou um idiota e estou morrendo de ciúme, mas ao mesmo tempo confio em você, é confuso, sei que jamais me magoaria, mas o pensamento de você com outro me deixa louco — ele desviou o olhar, rindo sem graça — Jamais a prenderia, se um dia não me amar mais, pode seguir sua vida, pois tudo que me importa é sua felicidade, mesmo que me destrua, pois isso que é amor.

Sorriu segurando o rosto másculo, o vermelho nas bochechas dele se intensificaram, deixando-o mais belo e fofo.

— Está se precipitando, não ocorreu nada — comentou divertida.

— Não? — ele sorriu alegremente, fazendo-a rir.

— Após meu desmaio, agora sei que é porque o vi, acordei nos domínios de Nanna, ele até tentou se aproximar, mas o perfume dele me deixou enjoada... depois ele tentou um beijo... que interrompi... vomitando nele.

Hades arregalou os olhos em choque por longos segundos, até explodir em uma sonora gargalhada, rindo loucamente enquanto falava, não conseguia entender nada além de "bem feito" ou "queria ter visto isso".

— Você é perfeita! — ele riu beijando a ponta de seu nariz.

— Por que vomitei nele? — olhou-o em deboche.

— Também! Mas falo dos seus sentimentos, não que duvidasse deles, mas você rejeitar uma pessoa que seu cérebro dizia que amava, onde todas suas lembranças que tem com ela te empurram em sua direção, para escutar seu coração, é maior prova de amor.

Escutar aquilo fez seu coração disparar, puxou-o para um ávido beijo. Os lábios carnudos contra os seus, arrepiou-a por completo, deixando-a em um puro estado de êxtase, sem nenhum controle, rasgou por completo a calça dele, fazendo-o ofegar enquanto intensificava o contato.

Hades estava mais intenso, o beijo era cheio de saudade e desejo, lentamente fora desviando os lábios pelo seu maxilar, descendo tão vagarosamente que parecia uma tortura cada contato deles contra sua pele, era como queimá-la em desejo.

— Hades...

O sorriso malicioso desenhou-se na linda face do amado, quando chegou ao seu colo, agindo como fizera com as roupas dele, em um puxão seu vestido virará simples trapos nas mãos dele, estas que passavam com dedicação por todo seu corpo, contemplando-a como se fosse a primeira vez.

Por um lado sentia isso, cada sensação, beijo e toque, como se fosse a primeira vez de ambos, pois finalmente poderiam se amar sem pensar nas consequências ou no futuro incerto, eram livres para viver a plenitude do sentimento que compartilhavam.

Os lábios deixavam um rastro de fogo por onde passavam, seus suspiros transformaram-se em gritos de puro prazer, assim como os gemidos contidos dele. Estava usando seus poderes para que ele sentisse o mesmo desejo, isso estava deixando-o ensandecido, completamente mergulhado no prazer.

Em um movimento brusco, sentiu as mãos fortes agarrando suas coxas, enquanto o sentia em seu interior, gemeu alto pelo ato repentino.

— Queria... provar cada parte sua com dedicação, mas caralho... preciso de você agora!

A voz rouca e carregada de desejo, fez um largo arrepio percorrer seu corpo, movimentou os quadris contra os dele, ocasionando em um barulho alto que retumbou pelo ambiente.

Os gemidos misturados, o som dos corpos unidos em um só, os olhares totalmente consumidos pelo prazer puro, tudo era intensificado pelos sentidos, achará que nunca mais teria momentos com ele, agora tinham uma eternidade juntos.

As mãos foram em direção às costas largas, raspando as unhas e retirando um gemido alto dele em resposta, os olhos cinzas estavam perdidos em sentimentos, tão intensos que ocasionava em tremores em seu próprio corpo, pois conseguia sentir tudo que ele estava sentindo.

— Amo você, meu amor.

O sussurro contra seu ouvido, fora o estopim, desmanchou-se em puro prazer junto dele, sendo transportada para outro mundo.

✯❍

O braço masculino ao seu redor parecia querer fundi-la a ele, enquanto aproximaram-se da sala de jantar.

— Precisamos de férias! Se não fosse egoísmo, teria pedido nosso desjejum no quarto, mas não posso priva-la da sua família — Hades resmunga.

Não controlou o sorriso, roubando um rápido beijo, o suspiro dele contra seus lábios a deixou de pernas bambas.

Seu desejo multiplicará?!

Pois sentia-se completamente molhada apenas com aquele contato, a vontade era de simplesmente correr para o quarto novamente.

— Evie, vamos entrar, antes que te sequestre! — ele piscou maroto puxando-a para continuar a andar.

As vozes alteradas era algo que já estava acostumada, confessava que sentia falta disso, deles animados a sua volta, mas aquela cena era totalmente diferente.

Sua mãe discutia avidamente com Eros sobre comida, em específico gritava que Psiquê deveria comer alimentos mais saudáveis e não os gordurosos que ele colocava no prato da esposa.

Em contrapartida, o pai Ares retrucava que Anteros deveria deixar Minthe escolher o que queria, já que era ela quem comeria.

— Eros, deixe de ser teimoso! Essa gordura vai direto para as veias dela, isso faz mal! — Afrodite grita apontando para o prato que mais tinha óleo que massa.

— Quem cozinhou foi eu, meu filho merece experimentar minha comida! — Eros resmunga ofendido.

— Quer matar o coitado antes mesmo dele ter forma? — Thanatos retruca olhando com nojo para o prato.

Olhou em choque para eles e então para o pai Ares que puxava as orelhas de Anteros para que ele escutasse, em simultâneo Astreia pedia que ele ficasse calmo.

— O que está acontecendo aqui? — sua voz sairá mais alta que o pretendido, de imediato todos se calaram, olhando-a com espanto.

— ESTAMOS GRÁVIDOS! — Eros e Anteros gritam em simultâneo.

Não controlou o riso, correndo em direção a ambos para abraçá-los.

— Quem estão grávidas é Psiquê e Minthe. Não vocês! — retrucou divertida.

— E quem engravidou a Psiquê? — Eros replica malicioso.

— Idiota! — bateu levemente em sua cabeça enquanto ria — Parabéns, estou muito feliz!

Ambos a abraçaram carinhosamente.

— Agora sou homem de respeito! — Eros responde orgulhoso.

— Antes não era? — Anteros retruca debochado.

Eros olhou com raiva para o irmão, aumentando seu sorriso em resposta.

— Sem brigas, não me faça bater nos dois em frente às suas esposas! — Ares vocifera antes deles começarem a brigar.

— Ares tem razão! Vamos apenas comemorar, tudo acabou bem, temos dois netos ou netinhas a caminho e logo pode vir o terceiro! — Afrodite conclui olhando para seu ventre.

Sorriu olhando para baixo, confessava que não via a hora de ocorrer, agora que não tinha mais nenhum perigo, ter um filho seria um sonho, pois poderia aproveitar toda a plenitude sem preocupações constantes, além das normais para uma gravidez.

Hades ficou rígido ao seu lado, fazendo-a olhá-lo de canto, as emoções estavam totalmente fechadas, apesar do semblante sereno, isso aumentou sua curiosidade, mas não perguntará nada.

Sentou-se à mesa, aproveitando a bagunça da família, boa parte do tempo apenas os olhou, sem conter o sorriso aliviado, eles sempre foram tudo em sua vida, esteve perto de perdê-los, isso fazia cada momento ser mais especial.

Ares estava iluminado ao lado de Astreia, a Deusa era atenta a qualquer respiração de seu pai, assim como ele era com ela, seja segurando sua mão a todo momento ou lhe dedicando um sorriso amoroso.

Estava tão contente em vê-lo feliz, ele merecia o mundo inteiro e sabia que ele teria isso ao lado dela, pois Astreia não escondia os sentimentos, ela estava completamente apaixonada por Ares, um amor lindo e puro, tal qual o pai merecia.

Os irmãos nem precisava mencionar, ambos brilhavam em alegria, olhando com tanto amor para as esposas que mais parecia sair corações de seus olhos.

Afrodite e Thanatos também estavam felizes, em comparação com os presentes eram mais contidos, sabia que isso era porque seu pai Thanatos era meio tímido, recém estava aprendendo a se relacionar com outras pessoas, demonstrar afeto publicamente era difícil, mas podia ver o amor dele em seus olhos, pois ele olhava para sua mãe como se ela fosse a única em todo universo.

Sentiu-se bem em ver todos felizes, para muitos sua família poderia ser errada, dois pais e uma mãe, onde fora originada em um relacionamento extraconjugal, mas não via assim, não mais, pois Thanatos e Ares se respeitavam muito, conseguia ver que ambos gostavam um do outro, da sua maneira, o mesmo ocorria com Afrodite e Astreia, pois sua mãe era muito carinhosa com ela.

Desde quando família tinha que ser aquela quadrada?!

Sua mãe errou muito, mas não era seu dever julgá-la, desde o início quando soube de tudo, seu pai Ares deixava bem claro que não houve traição, pois eles não estavam juntos como um casal fixo, era um relacionamento aberto, embora sua mãe e Thanatos admitissem ser uma traição. Contudo, esse assunto apenas cabia a eles, custará muito entender, mas agora via que não deveria julgá-los, pois tudo é aprendizado, aprendemos com nossos erros, mesmo que eventualmente acabamos por magoar alguém querido.

— Filha, está tão quieta, tudo bem? — Afrodite olhou-a carinhosamente.

— Apenas pensando no quão sortuda sou por tê-los em minha vida — sorriu olhando para os pais — Vocês são os melhores pais, amo muito os três e estou muito feliz de vê-los em plena felicidade.

Afrodite olhou-a com os olhos marejados, enquanto Ares e Thanatos sorriam alegremente em sua direção.

— Quanto a vocês, estou muito alegre de vê-los formarem família, estou louco para ver meus sobrinhos, ou sobrinhas!

Anteros e Eros sorriram carinhosos em resposta.

— Você também é o motivo da minha felicidade — olhou para Hades, entrelaçando a mão na dele — Quem sabe daqui a pouco tempo não temos alguém aqui conosco.

— Você esta falando... o que?! — Hades arregalou os olhos, fazendo-a rir.

— Fique calmo, não estou grávida, mas quero que saiba que estou pronta, quero muito ter filhos com você — confessou sorrindo.

Hades desviou os olhos marejados, em um semblante dolorido, deixando-a sem ação.

— Eu... preciso... tenho que resolver algumas coisas, ficarei algumas horas fora — ele beijou suavemente sua testa, saindo de imediato sem dar tempo para que falasse algo.

Olhou confusa para os pais que tinham o semblante igual ao seu, pois não entenderam a reação dele.

Levantou-se ávida para ir atrás dele, quando as mãos delicadas de Minthe seguraram as suas.

— Espere, de um tempo para ele pensar, ele eventualmente vai falar com você — Minthe suspirou.

Assentiu confusa, lhe daria tempo se era o que ele queria, embora a lembrança do semblante torturado e das lágrimas esmagassem seu coração.

Estar com ela ao seu lado sem preocupações era libertador, apenas aproveitando os sentimentos de ambos. Embora confessava que várias problemas pairavam em sua mente, desde o início queria perguntar o que ocorrerá com ela e Nanna, mas também não queria saber.

Era um sentimento confuso, sentia muito ciúme, mas sabia que era idiota, pois não fora por conta própria que ela esteve com ele. Contudo, os malditos pensamentos estavam lá, o torturando apenas por imaginá-la com o idiota.

Doía pensar nela com outro, saber que outro a tocara como costuma fazer, mas evitará a todo o custo verbalizar suas dúvidas.

No fim importava isso?

Que ela tivesse transado com o imbecil?

Ainda era sua Evie, seu amor por ela não mudaria por conta disso, afinal não seria traição, pois ela nem saberia o que estava fazendo.

Entretanto, não negava o alívio que sentira por saber que nada ocorrerá entre eles, poderia dizer que era apenas pelo nobre sentimento que sabia que Nanna não a merecia, mas não era apenas isso.

Sentia puro ciúme por imaginar outro tocando nela e se sentia um idiota por isso.

Mas saber que ela não somente negou Nanna, como seu corpo apenas reagia consigo, fizera qualquer sentimento ruim sumir e somente sobrar eles.

O tempo era irrelevante, pois cada instante queria apenas ela, estar com ela, embora fosse egoísmo, apenas por isso dera a ideia de comerem junto da família, pois após tudo, ela merecia estar cercada de amor.

Isso ficará comprovado ao ver o semblante sorridente dela para cada um, sem esconder o quanto estava alegre.

Contudo não esperava sentir tristeza ao escutá-la, sonhara com aquelas palavras desde primeira vez de ambos, nunca se protegeram, um ato totalmente imprudente dadas as circunstâncias, mas jamais ficara racional com Evie, pelo contrário, somente agira pela emoção.

Confessava que nunca pensou em ter filhos, simplesmente por não amar nenhuma companheira que tivera, embora elas fossem apenas companheiras de sexo e houvesse respeito, não era o suficiente. Filhos sempre fora um assunto sério, não algo a ser tratado levianamente, então não teria um apenas para dar continuidade à sua linhagem ou ter herdeiros.

Afinal, não morria de velhice, somente se alguém o matasse, então filhos em seu pensamento era um ato de amor, mas como ter um com quem não sentia nada além de atração?!

O quanto prejudicaria uma criança com isso?!

Apesar de sua força de espírito, esse era um assunto delicado, junto aos irmãos, foram simplesmente seres que não eram para existir, pois antes mesmo que nascessem, uma profecia fora feita, que um dos filhos de Cronos o derrotaria, com isso o Deus do tempo passou a devorar todos os filhos que tinha com sua mãe Reia. Ela tentou inutilmente salvar os filhos, mas nunca conseguiu, acabou salvando somente Zeus, dando uma pedra para Cronos comer no lugar do irmão, o pai o fez sem desconfiar de nada, enquanto a mãe levou o mais novo para os cuidados das ninfas em Greta, enquanto estava preso no estômago do pai, junto ao Poseidon. Cronos sendo o próprio tempo, não era um ser normal, não tinha um estômago como todos seres, era mais uma prisão, cresceu ali, por ser mais velho, cuidou de Poseidon, nem ao menos sabia como ambos sobreviveram.

Sua mãe corajosamente voltou-se contra Cronos, buscando meios para salvar os filhos e concedeu todo poder, mesmo que isso ocasionasse sua morte, para que Zeus pudesse derrotar o próprio pai. O mais novo conseguira aliados fortes quando adulto, com astúcia conseguiu fazer Cronos beber veneno, não fora mortal para o titã, mas o liberou junto de Poseidon.

Então tinha total consciência do quanto filho era um assunto sério, por esse motivo sempre fora criterioso e cuidadoso, não permitiria colocar uma criança no mundo agindo levianamente.

O que não ocorrerá com Evie, o pensamento dela grávida aqueceu seu coração de uma maneira surpreendente, pois antes não imaginava sendo pai, mas ter um filho com o amor da sua vida diferia, pois imaginava-se em todas as fases, sentindo cada momento único, vendo-a lindamente grávida e segurando o fruto do amor entre ambos.

Contudo, não impôs nada disso, pois ela não estava preparada e não era momento para falarem sobre, respeitou totalmente a decisão dela, esperava comentar sobre quando tudo acabasse e se mesmo assim ela não quisesse ainda ou nunca, respeitaria sua decisão, pois como já dissera que filhos é algo sério, jamais a obrigaria apenas por ser seu sonho.

Entendia tudo isso, mas as palavras venenosas de Nanna o perturbaram mais que gostaria de admitir.

Se não pudesse ter filhos?

Era justo condenar Evie a estar com alguém incapaz?

"Você não é homem suficiente para ela!"

Nunca pensara nisso, a amava profundamente, assim como sabia que ela sentia o mesmo, mas se não fosse suficiente, iria condená-la a uma eternidade ao de um homem deficiente?

"Passou tanto tempo fodendo ela, mas não a engravidou, será que é tão incapaz?"

"Zeus até espirrando faz filhos, Poseidon nem se fala... Então, você somente pode ser insuficiente para engravidar uma mulher?"

Odiava aquelas lembranças, principalmente por talvez Nanna estar certo, estavam junto há muito tempo, nunca se protegeram, ambos agiram imprudentes, mas nada ocorreu.

Evie queria isso, ela queria ser mãe, vira nos olhos dela a felicidade pelo pensamento de ter um filho seu, isso doera mais que ser perfurado em batalha, pois se tivesse problemas, mesmo sendo um Deus, não poderia reverter isso.

Era tão irônico!

Ser um Deus com poder absoluto e não ter como reverter algumas situações.

As lágrimas escorriam pela sua face sem nenhum controle, até os soluços preencherem o ambiente, jamais pensara que fosse sentir uma dor assim, tudo por sua culpa!

Braços delicados circularam sua cintura, estava tão mergulhado em seus pensamentos que nem notara que ela estava ali, não precisou se virar, pois o aroma maravilhoso preencheu o ambiente, assim como o doce calor ao seu redor.

— Minthe me disse para lhe dar um tempo, mas não consigo, não quando sei que está sofrendo, sinto a dor como se fosse minha — a voz doce apenas acentuou seu choro.

Como poderia lhe falar que não tinha capacidade de lhe dar filhos?

— Hades, meu amor, por que está assim?

Ela virou-o com delicadeza em sua direção, seus olhos eram tão amorosos que doía olhar para eles.

— Não posso ter filhos — confessou num soluço.

— Como sabe disso? — ela nem ao menos alterou o semblante, continuou a mirá-lo carinhosamente.

— Estamos juntos há um tempo, nunca nos cuidamos e você... meus irmãos tem muitos filhos, mais que posso contar, nem ao menos lembro o nome da metade deles e acredite, Zeus e Poseidon não são idiotas, Poseidon principalmente, ele se cuida, mas acontece alguns acidentes e isso nunca ocorreu comigo.

Evie segurou delicadamente seu rosto, puxando-o até ficar próxima, seu olhar era carinhoso e decido, deixando-o mais tenso.

— Isso não significa que não possa ter filhos, apenas que não era o momento certo.

— E se não puder? Não posso condená-la! — confessou ansioso.

— Sempre se cuidou criteriosamente com suas companheiras, comigo não, mas quem disse que o problema é você, pode ser eu quem não pode engravidar.

Arregalou os olhos, mas que besteira!

— Não é você, sei disso! — resmungou contrariado, fazendo-a sorrir doce.

— Hades, tenho certeza que não sabe disso, pare de pensar besteira!

— Não é besteira, você quer filhos e tudo que mais quero é tê-los com você, mas não quero condenar você a um homem inútil! — confessou num soluço.

Evie pulou em seus braços, abraçando-o ternamente, não conteve o choro, chegava a ser ridículo, mas não podia controlar as emoções e nem queria, pois sentia que explodiria se não colocasse tudo para fora.

— Se eu não pudesse ter filhos, você me abandonaria? — Evie perguntou num sussurro.

— Claro que não!

Ela afastou-se o suficiente para olhá-lo com atenção.

— O mesmo ocorre para mim, você não deixaria de ser homem por isso, pelo contrário, somente vê-lo assim comprova que você é mais homem que pensa — Evie olhou-o carinhosamente — Sim, quero ter filhos com você, mas se isso não ocorrer de forma natural, existem várias formas de sermos pais, não se preocupe com isso.

— Evie...

— Eu amo você, por inteiro como é, me apaixonei pela sua bondade, o modo como me tratou, desde o início, mesmo sem nem me conhecer, seu altruísmo absoluto, meu amor é todo seu, nada vai mudar isso.

Puxou-a em sua direção, enrolando o punho nos longos cabelos ruivos, suspirando em meio ao beijo apaixonado, todos os sentimentos estavam ali, transbordando e explodindo.

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