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Capítulo 37- O que realmente quer?

A imagem é uma representação em IA de Hades e de Evie.

Capítulo possuí 3640 palavras.

Boa leitura 🖤

O som do corpo caindo em um baque parecia tão potente que doía seus ouvidos, ele estava inerte, a constatação a fez tremer por completo, uma angústia tão grande preenchera seu coração, era uma dor tão intensa, dilacerante e torturante que a levou ao chão.

Em puro reflexo, levou as mãos em direção a ele, mas elas estavam sujas de sangue, completamente encharcadas pelo ato profano. Encolheu-se sem saber o que fazer, pois seu peito doía tanto e nem conseguia colocar para fora os sentimentos, pois algo a impedia.

Aos seus pés, o corpo dele jazia imóvel, frio e gradualmente mais pálido, tão diferente do que era. A culpa era grande, queria arrancar o próprio coração pelo que fizera, mas seus movimentos estavam contados, o próprio corpo não obedeceu, pois já não era mais seu.

A escuridão do submundo preencheu o local, tão intensa e profunda, engolindo o corpo morto do Deus. À medida que os súditos batiam em retirada, sentiu-se compelida a pará-los por uma intensa ordem para destruir por completo o corpo de Hades.

Fincou as garras no chão, gritando em agonia enquanto tentava resistir ao comando. Não queria aquilo, não negaria o descanso eterno dele junto aos seus.

Parece que vou ter que lembrá-la de que não passa de uma marionete em minhas mãos!

O corpo inteiro queimou em profunda agonia, à medida que a maldita voz preenchia sua mente, resistiu, ao menos o suficiente para que Hades estivesse fora dali.

Maldita Amatarasu!

O poder da Deusa foi tão poderoso que não conseguiu se curar rapidamente, teve que esperar, em consequência, ver Afrodite e os filhos partirem em uma missão mortal.

Não estava com bom pressentimento, principalmente por ver Nix tão séria, jamais a vira daquela maneira, com aquele ódio no olhar.

Morfeu curava seu ferimento, sem parar de resmungar sobre o quanto era irresponsável por agir imprudentemente em batalha, mas não fora imprudência.

O idiota esperava que fizesse o quê?

Fosse um cavalheiro e deixasse Amatarasu ganhar?

Era uma guerra, uma batalha entre vida e morte, um sairia perdedor, apenas garantiu que a vitória ficasse consigo, pois não era opção perder. Pouco importava o que aconteceria ao seu corpo após a luta, pois tudo que importava era ter sua filha de volta.

Cada instante da luta, sua mente foi preenchida pelas memórias que possuía com Evie, dando o gás de que precisava. Não fora o único a agir assim, pois sabia que Ares fizera o mesmo.

Evie era tudo para eles, como não poderiam lutar com tudo?

Todos lutaram avidamente, alguns possuindo mais ferimentos que outros, como era o seu caso e de Ares. Zeus também estava ferido, mas não era tão mortal, embora estivesse tão exausto que suas pernas não se moviam, simplesmente tremia em plena adrenalina. Já Poseidon não estava tão ferido, não visível, ele fora mais afetado em seu mental. Ficou um bom tempo em um estado deplorável, sem falar nada, simplesmente olhando para o nada, somente esboçara uma reação quando viu a esposa.

Anfitrite atravessou o submundo como um furacão, furiosa e ansiosa para vê-lo, mas ficou totalmente sem ação ao vê-lo abraçá-la com desespero, chorando copiosamente sem se importar com quem via. A coitada não sabia o que fazer, mesmo pedindo explicações, ninguém soubera dizer o que ele viu para estar daquela maneira, então ela somente fizera o que poderia, abraçou-o ternamente, ambos ficaram daquela maneira desde que se viram, pois Poseidon não parecia querer soltá-la.

A única que estava perfeitamente bem era Nix, até demais!

— Caralho! Cuidado com a porra da mão, não está vendo que meu peito está todo aberto? — vociferou raivoso.

Morfeu simplesmente pressionou o ferimento, para estancar o sangue, sem conter a carranca.

Infelizmente, apesar de tentar, nenhum deles conseguiu fechar o enorme ferimento, pois, como era o poder da luz, fez um estrago enorme, sendo difícil de contornar. Naquele instante, esperava Astreia terminar os curativos de Ares, pois ele estava em situação pior. Enquanto isso, Morfeu ficou responsável por limpar o ferimento e estancar o sangue com algumas folhas de ervas, até que Astreia pudesse curá-lo.

— Bem feito! Estúpido! Poderia ter tomado cuidado! — Morfeu resmunga.

— Era uma luta, queria que fizesse o quê? — retrucou irritado.

Morfeu pressionou o ferimento, fazendo-o literalmente ver estrelas. Vergonhosamente, uma lágrima escorreu pela sua face, assim como o grito de dor.

— TER CUIDADO! PODERIA TER MORRIDO! ESTÚPIDO IDIOTA! — Morfeu soluçou.

O irmão começou a chorar enquanto resmungava, deixando-o completamente em choque, sem saber o que fazer.

Hipnos colocou a mão sob o ombro dele, em solidariedade, enquanto Morfeu continuava a chorar continuamente.

— Você é meu irmão... de quem... quem vou encher... o saco... se morrer? — Morfeu soluçou.

Os demais olhavam sem conter o espanto, claro que sabiam o quanto ele era falante, um tanto sonhador, mas principalmente brilhante, de forma até irritante, sempre agindo como um pateta, mas jamais o viram assim, sentimental.

Suspirou, puxando-o para um abraço, escutando-o fungar, não conteve o revirar de olhos, aquela cena era tão a cara dele!

— Deixe de ser idiota, estou bem, vivo e logo novo, não vou abandoná-lo tão cedo — sussurrou para que apenas ele escutasse, não por vergonha, mas para que ele soubesse que ninguém importava ali além da sua família.

Escutou o leve riso de Hipnos, enquanto Morfeu resmungava em meio ao choro. Seus irmãos eram irritantes, mas conseguia compreender seus sentimentos, embora não demonstrasse, também os amava.

— Thanatos, desculpe interromper, mas posso fazer seu curativo? — a voz de Astreia soou divertida.

Afastou-se o suficiente para vê-la ao lado de Ares, este estava visivelmente melhor, embora os ferimentos estivessem fechados, ainda podia ver um leve tom roxo, o semblante também estava cansado, ele não conseguia se mover, pelo visto ficará assim por um tempo.

— Está mesmo bem? — perguntou preocupado.

Ares riu, olhando-o em deboche.

— Que bonitinho, está preocupado comigo? — Ares retrucou maroto.

Revirou os olhos, irritado, estava preocupado sim, pois ele também era sua família, o respeitava e aprendeu a admirá-lo, pois cada instante que passou com Evie percebeu o quanto ela era especial, isso era obra de Ares também.

Como não se importar com sua família?

Decidiu ignorá-lo, pois ele parecia querer encher seu saco também, não estavam com a menor paciência.

Astreia sorriu, aproximando-se com as mãos luminosas. O contato do poder dela em sua carne intensificou a dor, fazendo-o trincar os dentes. Por longos minutos, observou aquele processo, que mais parecia uma tortura.

Estava pagando seus pecados!

— Está muito manhoso! Não era assim, aquela maldita Afrodite contaminou você! — Nix resmunga ao seu lado.

Olhou-a com ódio, ela poderia estar naquele universo, ajudando a salvar Evie, já que nenhum poderia ir no estado de pós-luta, pois estavam feridos demais.

Mas ela estava ali enchendo seu saco!

— Não seja raivoso, já disse que não posso ir. Caos não gosta de mim! — Nix reclama, mimada.

Ao longe, conseguiu escutar Poseidon resmungando que entendia, já que ela era insuportável. Somente riu, pois ele tinha razão em falar aquilo.

— Ficará com um pouco de dor, foi um poder muito forte, depois de alguns dias vai passar, apenas não se esforce, pois pode abrir o ferimento — Astreia suspira ao terminar.

— Obrigado.

O ferimento estava fechado, aparentemente sem hematomas, mas sentia uma dor do caralho, apenas um leve movimento era alucinante.

O som de algo quebrando chamou sua atenção, correu até a parte do escritório de Hades onde jazia a árvore-da-vida e a da morte, as folhas com os nomes de Afrodite, Anteros e Eros caíram em um baque estrondoso, como acontecia quando um Deus morria.

Eles estavam mortos?

Um vento frio congelou seus ossos, o som de um leve assobio do vento o chamando, era o chamado da vida para que fosse pegá-la, era o seu trabalho ceifá-la.

As lágrimas escorreram por sua face sem nenhum controle, jamais pudera impedir aquele movimento, em não ir pegar as almas que o chamavam, era algo que era compelido a fazer, mesmo que não quisesse, sua consciência se perdia e simplesmente completava o serviço.

A morte não deixava de aparecer, mesmo que levasse tempo.

— Não! Não! Não! — Ares gritou desesperado, tentando andar, mas sem sucesso.

Compartilhava sua dor, aliás, vê-lo em desespero triplicava o que sentia, pois além de sofrer pela perda, seria sua culpa levar suas almas.

Não queria isso, não poderia levá-los!

Tinha escolha!

A vida deles estava se esvaindo, talvez houvesse uma chance, afinal a sentença acabou de ser dada, poderia... poderia burlar isso!

— Não pode, sabe que as vidas que são mandadas para a espera têm que levá-las, mesmo sendo a própria morte, não pode fazer o que bem entende — Zeus lamentou num sussurro.

— VAI SE FERRAR, SEU BASTARDO EGOÍSTA! AFRODITE É A MINHA MULHER, EROS E ANTEROS SÃO MINHA FAMÍLIA!

Gritou em simultâneo com seus poderes agindo, não conseguia sair dali e nem precisava, invocou as sombras do submundo, ordenando para que trouxessem seus corpos e assim elas fizeram.

Os gritos desesperados de Ares e das esposas dos filhos ecoavam pelo recinto quando viram os corpos desfalecidos, estavam com uma fraca pulsação, tão sutil que mal conseguia notar.

— Não estou sendo egoísta, você mais que ninguém sabe disso, se revivê-los, vai ocasionar desequilíbrio, pois três almas foram dadas, três têm que ser tomadas — Zeus decretou sério.

Conhecia aquelas leis, faziam parte do seu ser desde o momento em que abriu os olhos, nunca tivera o poder da vida, somente da morte.

Mas como permitir que eles morram?

Eros e Anteros eram tão novos, recém descobrindo o amor, com tantos sonhos e esperanças, podia vê-las crescer sob os ventres de Minthe e Psiquê, tão sutil, pois era recente, nem mesmo elas notaram, somente viu quando voltará para o submundo após a luta, pois o ventre de ambas estava irradiando vida, tão bonito de ver.

Como poderia permitir que eles morressem sem saberem que seriam pais?

E quanto à Afrodite?

Sua amada teimosa fugirá tantos anos do sentimento que tinha por ela, apenas para prová-lo que não se deve perder tempo, amar é algo que deve ser aproveitado, cada segundo, seja qual for o tipo de amor, pois num sopro, tudo acaba.

Não pode viver nada com ela!

A dor que Ares sentiria ao perdê-los, pois isso iria destruí-lo!

Tudo era injusto!

Ajoelhou-se entre os três, enquanto cortava o próprio pulso, deixando o sangue jorrar em meio a um encantamento antigo, nunca usado justamente pelo perigo ao portador.

Divisão de almas.

Compartilhar uma centelha da alma, para que a morte pudesse ser burlada, obviamente o perigo era mortal, nenhum Deus poderia fazê-lo, pois morreriam de imediato. Seu caso diferia, já que era a própria morte, embora fosse perigoso dado ao seu estado.

— Para! Você está muito fraco, vai morrer! — Nix vociferou, tentando segurar seu pulso.

Ignorou-a por completo, não se importava com isso, afinal tudo que deveria fazer para salvar a sua família era válido, mesmo que sua vida patética fosse levada.

A morte levando a si própria, que ironia!

Talvez esse fosse o castigo por ser quem era, mas não importava, Eros e Anteros mereciam viver, mereciam aproveitar cada segundo ao lado de suas esposas, cuidá-las e amar os frutos daquele amor. Afrodite também merecia ser feliz, recuperando sua amada filha Evie e aproveitando a liberdade dela.

Então, não se importava de dar sua vida para isso, pois era o certo, a única coisa certa que fizera após Evie, pois ela fora sua melhor parte. Mesmo sendo quem era, foi agraciado com um ser como ela, com a alma tão pura, era grato por isso, por cada instante que pode estar com ela.

Gradualmente, a cor foi voltando para os três, até que as batidas fossem aumentando, de maneira tímida. O primeiro a acordar foi Anteros, que tinha um olhar assustado. Logo após entender o que acontecia, chorou copiosamente nos braços de Ares e Minthe. Eros acordou desorientado, sendo pego de surpresa pela esposa Psiquê, que pulou em seus braços.

Afrodite acordou berrando o nome de Evie, somente teve tempo de sorrir em direção a ela, enquanto caiu no chão, sentindo-se tão cansado, mais que quando lutará.

Todos vieram para cima, tentando inutilmente querendo curá-lo, sentia-se dormente, uma sensação estranha de paz que nunca sentira.

— Thanatos!

As vozes se misturavam, à medida que sentia o gosto metálico do sangue em sua boca.

Nix empurrou todos, colocando as mãos sob seu peitoral, enviando ondas de choque para seu coração. Embora sentisse um leve formigamento, não era doloroso. Ela ficará um bom tempo assim, até que escutasse a própria respiração normalizar.

— Ele... ele vai ficar bem? — Afrodite perguntou aos prantos.

— Vai... Embora tenha compartilhado a alma com vocês, ficará fraco por muito tempo. Pode ser que vocês sintam alguns sentimentos dele, apenas um efeito colateral — Nix resmungou, olhando-o raivosa — Será julgado pelas moiras, provavelmente vai ser espancado pelas três, pois impediu que elas cortassem os fios das vidas deles... não vou defendê-lo, pois estou com vontade de terminar de matá-lo!

Riu debochado em direção a Nix, espancado era apelido, provavelmente as bruxas o cometiam vivo!

O mesmo assobio do vento o fez suspirar, mas diferia do primeiro, não era um anúncio eminente da morte, mas uma premissa, uma alma que estava entre o véu da vida e morte, como um leve coma, um chamado comum, se não soubesse quem era o dono daquela alma.

Isso somente intensificou o medo em seu coração, sua Evie estava além da salvação?

— Nix... mãe... por favor... me empreste seu poder — pediu com dificuldade, estava fraco, mas precisava salvá-lo.

Nix revirou os olhos, invocando ela mesma as sombras do submundo, provavelmente já notando o que queria.

Em questão de minutos, o corpo de Hades caiu num baque, fazendo-o olhar irritado para Nix.

Ela poderia ter mais cuidado, ou acabaria terminando de matar Hades!

— Escorregou, desculpe! — Nix respondeu com um leve sorriso.

Novamente, os gritos preencheram o ambiente, deixando-o levemente surdo. Compreendia o desespero da família dele, mas agir pela emoção não adiantaria nada.

— QUIETOS! — Nix berrou raivosa.

— Hades está morto e pede silêncio? — Poseidon vociferou irritado.

Nix não respondeu, colocou ambas as mãos sob o peitoral do Deus e então sorriu levemente.

— Ele está brutalmente ferido, mas não morto, pelo contrário, o poder que emana dele é forte e primordial, parece que mesmo inconsciente, Evie passou alguns poderes para ele, somente por isso ele não morreu — Nix conclui animada.

— Ela... ela... não o matou? — Zeus perguntou trêmulo.

— Não, ela o deixou forte, acredito que abaixo dela está Hades, nesse momento ele é o mais forte entre os Deuses, após Evie — Nix responde.

— Por que... ela... ela era só caos e destruição... como? — Zeus olhou-a apavorado.

— Amor, mesmo em meio às trevas, o coração ainda o reconhece, ela ama Hades, na forma mais profunda e intensa, nada pode apagar isso.

Sorriu ao escutar a mãe, sua Evie não era a destruição, bastava que a mesma percebesse isso.

Dor.

Era somente isso que conseguia sentir, a forma mais intensa da dor, em sua forma brutal e descuidada, deixando-a quase em um estado letárgico.

isso que realmente quer?"

Pergunta tão simples, mas difícil de responder, pois não conseguia pensar no que realmente queria, suas vontades deixaram de ser suas, a partir do momento em que acatará as ordens de Nanna, embora pensasse que fosse com ele o pacto, nunca fora o sumério, ele fora um mero fantoche nas mãos das trevas absolutas.

"Quando experimentara os lábios dele, lógico que seu corpo enviou os sinais claros, pois ele lembrará de Hades, sua mente entrará em colapso, isso forçou Nanna a acelerar os planos. Forçada a criar aquele universo, totalmente com seus poderes do caos, após isso foi obrigada a ficar em transe, alimentando-se de todo poder caótico que era puxado para aquele lugar, absorvendo tudo, até virar o próprio Caos.

Quanto mais tentava evitar sucumbir, mais doía cada parte sua, cada célula era preenchida pela escuridão, os sentimentos bons sendo apagados, suas lembranças eram sua única esperança, a família que amava, seus amados pais, Afrodite, Ares e Thanatos. Seus irmãos, as cunhadas que mal chegará a conhecer, tirando Minthe, pois se tornará amiga da ninfa, sua primeira amiga, lembrou de cada um, dos momentos juntos, do amor que sentia, deixando-a cada vez mais culpada, pois sabia que no final seria a ruína deles.

Chorou copiosamente com o último pensamento, sem saber o que fazer para mudar tudo, quando ele surgiu em sua mente, sorrindo tão doce que a deixou sem ação.

Hades a olhava com verdadeira devoção, fora assim desde o início, respeito, amizade, cumplicidade, paixão, amor intenso que ultrapassará tudo, tão puro e iluminado, por vários instantes ele fez as trevas sumirem, restando apenas ele.

O amor que os une é tão poderoso assim? — a maldita voz sombria surgiu em sua mente, deixando-a sem ação.

— Desista desse sentimento! — ele vociferou furioso.

NÃO!

Jamais desistiria de Hades, ele era seu amor, sua luz em meio à escuridão, não poderia perder isso, era tudo que lhe restará.

— Ele lutará contra Nanna, se não desistir desse sentimento, darei meus poderes para Nanna, seu amado Hades será destruído!

Sentiu o coração apertar com a ameaça, não o conhecia, somente escutava sua voz, isso somente após entrar naquele universo, mas em seu interior sabia que ele não estava brincando.

Não queria Hades ferido ou morto!

Mas como confiar cegamente?

— Não confio em você! Fiz o pacto com Nanna, agora o imbecil vai lutar com Hades, sendo que não poderia tocá-lo! — vociferou irritada.

— O pacto foi comigo, eu estava no corpo de Nanna, sou eu que não pode ferir Hades ou qualquer outro grego, você deve lealdade a mim, por isso não pode me desobedecer, nem ao menos lutar contra mim — ele respondeu entediado.

— Mesmo assim, Hades vai lutar, quem me garante que não vai se aproveitar disso? — retrucou irritada.

A risada fria ecoou pelo recinto, deixando-a atônita.

— Hades seria muito estúpido se perdesse para Nanna, pois o rei do submundo é infinitamente mais forte, além de que esse sentimento dele por você dará um incentivo extra.

Poderia realmente confiar nele?

Confiar cegamente em alguém que nem sabia quem era?

Era a vida do seu amor em risco, não poderia agir de maneira imprudente, mas tinha escolha?

— Hades não vai morrer nessa luta contra Nanna, eu juro! — ele retrucou, irritado.

Sentiu o poder que os unia intensificar, como uma amostra da verdade em suas palavras, sem querer assentiu levemente.

Aquilo fora sua completa perdição, afundando-a mais nas trevas."

As lembranças deveriam doer, mas não sentia nada relacionado a elas, nenhum sentimento, pois quando despertará do transe, somente jazia a fúria e o caos, estes sentimentos apenas intensificaram a cada segundo, a cada encontro.

O primeiro com Anteros, ele tentou usar sua flecha de chumbo para deixá-la paralisada, aquela foi a primeira vez que alguém parou a flecha em pleno ar, um ataque brutal e feroz, que ninguém jamais escapou. Quando pensou em quebrá-la, suas mãos já a seguravam, parando-a em pleno ar, ele não teve a menor chance.

O grito de Eros ecoou, assim como sua flecha de ouro, ela simplesmente bateu contra seu corpo, evaporando, derrubou o corpo inerte de Anteros para mirar o irmão mais velho. Apesar da dor nos olhos de Eros, ele partiu decidido em uma luta corporal, sem sucesso ele tentava usar seus poderes diretamente.

Mas não poderia ser tocada, seu coração já não continha sentimentos, era apenas uma casca vazia movida pelo sentimento de ódio.

Matou seus irmãos tão friamente que nem repulsa conseguira sentir, era como se nem estivesse ali, assim como fizera com a própria mãe.

Todos sumiram após uma névoa negra, certamente era Thanatos os levando, poderia barrá-lo, mas simplesmente não se importava onde aqueles corpos parariam.

Então ele surgiu, assim como toda a confusão, tanto em seu interior como no exterior, pois cada parte sua vibrava por ele, por querê-lo, mesmo que não conseguisse se mover em sua direção, somente tinha o desejo de matá-lo.

Ali entendeu o motivo de o ser jurar que ele não morreria para Nanna, pois estava planejando que ele morresse em suas mãos.

Tentou inutilmente levá-lo para longe, para que Hades desistisse e fosse viver sua vida longe, pois não tinha mais concerto, não queria matá-lo.

A vontade de Hades, sua determinação em trazê-la de volta para a luz, aquele sufocamento que sua alma sentiu a cada lembrança, apenas reforçavam as trevas.

Era como uma doença.

"Sempre teve escolha."

Tinha?

Uma maldita profecia foi feita antes mesmo de seu nascimento, toda sua vida girava em torno disso, fora mantida cuidadosamente longe das trevas, para deixar todos seguros, principalmente a si mesma.

"Confio em você."

Hades tinha tanta confiança, mesmo que não confiasse em si mesma, a prova fora que acabara ferindo a própria família!

"Está errada, meu dever é escolher meu destino, já sei o que quero, não vou perdê-la, mesmo que tenha que te proteger de si mesma!"

E ele a protegera, mesmo que isso o condenasse, até o final ele lutou para trazê-la para a luz.

"Então trilhe seu próprio caminho, não é porque não existem previsões de seu futuro que você não pode escolher o que é o melhor."

Poderia mesmo escolher o próprio futuro?

"Evie, quando a conheci, não imaginei que minha vida mudaria tão radicalmente, você devastou tudo que julguei ser certo, fui nocauteado. A sua luz preencheu cada célula do meu ser, tanto que não consigo mais imaginar minha vida sem você."

O voto de Hades preencheu sua mente, como uma lembrança alegre, era mais forte e potente que cada lembrança, não que as outras não fossem especiais, mas essa era a pura prova do amor dele, do quanto ele mudara para ficar ao seu lado, mesmo não sabendo o que o futuro aguardava.

Não sabia se era luz, mas uma coisa tinha certeza, nada conseguia apagar o amor que sentia por ele, fora esse sentimento que iluminou toda a sua alma. Perfurou o próprio peito, circulando o coração, puxando todas as trevas que havia nele, um processo doloroso, era como expurgar a própria alma, mas sua mente jazia o lindo rosto de Hades, como uma força que a ajudava.

O maldito pulou, tomando uma forma horrenda, quase dois metros de altura, a pele azulada com algumas tatuagens, longos chifres e os olhos luminosos em um azul elétrico, em pura raiva, em sua direção.

— Sabia que era você!

Olhou debochada para a face raivosa de Érebo, finalmente o monstro mostrara sua verdadeira face!

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