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Capítulo 36- Explosão de Poderes

A imagem de capa é a transformação da Evie no Caos.

Esse capítulo tem 3682 palavras.

Boa leitura 🖤

A ansiedade cobria cada parte de seu ser, queria encontrá-la logo, o sentimento de culpa preenchia seu coração, como uma doença, sem deixá-la em paz.

Embora não lembrasse de nada relacionado à Evie, sabia que se ela chegou naquele nível, em partes deveria ser sua culpa. Sempre fora impulsiva demais, agindo pura e simplesmente pela emoção do momento, foi assim desde que surgira do mar, em plena glória, sendo um ser inusitado.

Durante a luta brutal entre o Deus do Tempo e seu pai Urano, Cronos cortou o pai em pedaços, um desses pedaços foi a genital, que caiu no oceano, em mistura com a água salgada, e a formou. Nasceu de uma ação brutal e violenta, já adulta, mas inicialmente com a mentalidade infantil, tendo que aprender tudo sozinha, uma criança em corpo de mulher, tratada desde o início como Deusa do Amor e Sexualidade, aprendendo a usar a seu favor vaidade e sedução, deixando todos aos seus pés, ao seu bel-prazer.

Contando apenas consigo, nunca demonstrando fraquezas, nem mesmo para si mesma, um jarro vazio e totalmente sem utilidade, criada por engano, apenas para servir de admiração.

Não era hipócrita, sim, tivera que lidar com todas as mudanças sozinha, crescer rapidamente seu mental, mesmo sendo difícil, não tivera pai ou mãe, os Deuses sempre a tratavam como um objeto e por muito tempo agiu assim, todos eram meros fantoches em suas mãos, não ligava para nada, nem para os próprios sentimentos, pois mesmo sendo a Deusa do Amor, eles eram irrelevantes.

Sua chegada ao Olimpo ocasionou uma verdadeira guerra, todos a queriam por sua beleza, lutas foram travadas. Por conta disso, Zeus uniu o útil ao agradável, forçando-a a casar com o filho de Hera, Hefesto, tanto para aplacar a guerra entre os Deuses, bem como a raiva que Hefesto tinha de Hera. Não fora perguntada se queria, simplesmente apareceu nos domínios de Zeus a pedido dele e ele a uniu com Hefesto, sem nem poder dar sua opinião, já que a força do líder grego era absurdamente maior que a sua, não pudera lutar contra, mesmo que seu semblante denunciasse o quanto não gostara, simplesmente escutará "é assim que vai ser".

O casamento foi complicado, Hefesto era mal-humorado e constantemente reclamava de tudo que fazia, fosse um pequeno carinho ou até mesmo se enfeitar para ele, pois tudo era uma perda de tempo. Ele quis se casar simplesmente por achá-la bonita, apaixonou-se por sua beleza, nada mais, era um enfeite tanto ao seu lado como na cama.

Poderiam culpá-la por não amá-lo?

Após tantas patadas dele, deixou de querer agradá-lo, passou a ignorar sua existência, mantendo um contato distante, unindo-se apenas quando precisava. Cada um vivia sua vida, mesmo que para todos a imagem era apenas uma, a culpa era sua. Todos acreditavam que não gostava de Hefesto por sua aparência, não negaria que no início foi mesmo isso, mas após o casamento, até tentou se harmonizar, mas ele provou que era mais feio em seu interior.

E os outros nem ao menos sabiam disso, do que acontecia em seu lar. Era fácil julgar os atos que viam, pois para todos, o Deus era devotado, enchendo-a de joias e a tratando como se fosse única, mas a sós não era assim, tudo sumia, o carinho era apenas quando Hefesto queria sexo.

Foi assim até que o viu pela primeira vez, já vira seu vislumbre no Olimpo, mas nunca tão de perto. Ares vinha de mais uma guerra, o peitoral inteiramente exposto, numa mistura de sangue com suor, totalmente a imagem de um guerreiro, desejou-o ali, sem controle, seus poderes o atingiram, fazendo-o sentir o mesmo. Após isso, foi impossível manter-se longe, encontraram-se por muito tempo. Até serem descobertos por um Hefesto furioso, não tirava sua razão, pelo contrário a encorajou, talvez por egoísmo, pois exigiu a separação, estando livre para ter suas escolhas.

Esse foi um dos motivos pelos quais não quis um romance sólido, tinha muito medo de que Ares agisse da mesma maneira, pois no início Hefesto foi totalmente devoto, demonstrando que a amava, mas não durará nem uma semana de casamento para ele mostrar sua real intenção.

Claro que era um sacrilégio compará-los, pois Ares conquistou seu amor, confiança e, principalmente, lhe dava a liberdade de que precisava, pois ele também a vivia, fosse com outras Deusas, humanas e as famosas amazonas, com as quais ele mantinha relações mais estreitas. Por vezes, ele deixará de viver consigo para firmar laços com alguma amazona, nunca se importara, pois se ele estava feliz, era o que importava.

Talvez esse tenha sido seu erro, não sentar e perguntar o que ele realmente queria e isso era o que mais doía, o fato de ter magoado Ares por puro e simplesmente egoísmo, pois não havia outro nome. Por anos, se acomodara com aquela situação, esquecendo de ver o lado dele e vendo apenas o seu. Lógico que sabia que ele a amava, mesmo sem ter poderes sobre o amor, era impossível não saber, tratou-o com todo amor que tinha, embora soubesse que esse sentimento não era nada perto do que ele merecia.

Talvez agora ele tivesse o amor que merecia, ao lado da bela Deusa que fazia os olhos dele brilharem, vê-lo feliz aquecia seu coração, pois não existia ninguém que merecesse mais a felicidade que Ares.

Embora isso não diminuísse seus erros, poderia apenas culpar a si mesma, por ser uma péssima mãe, mesmo que desde o início fizesse seu melhor. Quando seus filhos nasceram, a fizeram aprender como era o relacionamento entre mãe e filho, algo que não tivera. Tentou ser uma boa mãe, amando-os mais que a si própria, mesmo que fosse atrapalhada.

Então, onde errara?

O que fizera para que Evie deixasse as trevas tomá-la por completo?

Evie...

As lembranças preencheram gradualmente sua mente, a noite com Thanatos, os sintomas que passaram abatidos, a percepção do ser crescendo em seu ventre, o amor incondicional que crescia a cada instante, este que multiplicará durante o tempo, todos os anos de vida da pequena, tudo isso apenas lhe deu a certeza. Poderia não ter sido uma boa mãe, errando em esconder muitas coisas, mas amava intensamente aquele ser, amava tanto que morreria por ela, não importando as consequências.

Salvaria sua filha!

✯❍

O caos jazido no local aumentou gradualmente, sendo concentrado em apenas um lugar, como se estivesse sendo sugado, até explodir em um espiral de luzes, como se dois astros tivessem colidido e se fundido.

Ao centro de tudo jazia ela, sua pequena Evie, em profunda transformação, as trevas a envolveram como um manto sombrio ao seu redor, até mesmo a escuridão estava sendo sugada por sua pele. A pele pálida foi mudando de maneira absurda, tornando-se completamente negra, com uma aparência macabra, seu aspecto era chamuscado, como um tecido queimado. Os olhos, antes bicolores e cheios de vida, agora eram profundos com a negritude de um buraco negro, refletindo apenas o desespero e confusão.

Arregalou os olhos, sem acreditar no que via.

Aquela era sua Evie? Sua doce filha?

A atenção dela foi em direção onde estava, fazendo-a engolir a seco ao ser mirada daquela maneira, pois os olhos de Evie despertavam tanto desespero, que sentia o corpo inteiro tremer.

Nunca em toda sua vida sentiu aquele medo, a sensação de que a própria vida estava em risco, pois, por mais que não quisesse acreditar, um passo e seria morta.

Um sorriso desenhou-se no rosto antes tão inocente, deixando-a desconfortável, era tão frio e sem sentimentos. Evie lentamente começará a caminhar em sua direção, cada passo formava uma ponte, gradualmente aumentando para uma espécie de planeta, fazendo-as pairar sobre o local inóspito.

O epicentro daquela tempestade destrutiva formava-se ao redor de Evie, com a força de dois universos colidindo-se.

— Evie! Querida, sei que ainda está aí!

O mais profundo desespero cobriu seu coração por vê-la assim, preferia mil vezes morrer que deixá-la daquela maneira, pois sabia que sua alma sofreria.

Evie abriu as longas asas de corvo ao longo das costas, antes de num negro reluzente, agora estavam consumidas pelas chamas, gradualmente o fogo parecia consumi-la, deixando as asas com um aspecto tenebroso. Não bastasse o fogo nas asas, lentamente ele ia subindo, consumindo cada pedaço, subindo até os longos cabelos, antes ruivos, agora eram brancos, pois a cor parecia sair com o fogo que fervia ao redor dela.

— Filha, por favor, me escute, essa não é você!

Por um breve instante, ela parou, pendendo levemente a cabeça e então levando a mão até a mesma, balançando-a freneticamente, como se lutasse consigo mesma.

Então, a risada dela ecoou pelo local, tão fria e assustadora que congelou sua alma, paralisando-a totalmente.

— Está exalando medo, posso sentir — a voz fria dela era tão gradual e intensa, fazendo-a gritar pela súbita dor que sentira no corpo inteiro, apenas com a vibração das cordas vocais dela.

O corpo inteiro vibrava, em profundas ondas de medo, tão intensas e dolorosas, algo insuportável que não a deixava pensar direito.

— A mãezinha está com medo? — Evie perguntou friamente.

As estrelas ao redor piscaram e então apagaram-se, como se também estivessem agoniadas. O tecido daquele universo começou a se desfazer, em plena agonia, estava tudo cedendo a Evie.

— Engoliu a própria língua? — Evie pendeu a cabeça levemente, olhando-a maliciosamente — Sempre tem o que falar, mas agora está quieta como uma idiota.

Arregalou os olhos em pavor ao escutá-la, o ato a fez sorrir ladino.

Não era mais sua filha, aquela em sua frente era o próprio caos, os olhos dela não eram buracos negros, estava errada, eram o próprio abismo, não existia nenhuma emoção ou compreensão nela, pois Evie não sentia mais nada. Estava além da compreensão, apenas era caos, loucura e desespero.

— Pare de tremer, é irritante!

— Filha, por favor!

O caos ao redor dela começou a circulá-la como um vórtice, à medida que o semblante de Evie ficava mais sombrio.

— Deveria ter me matado assim que nasci, mas agora é tarde! Tudo será destruído e a culpa é sua!

O seu coração apertou dolorosamente com a verdade, pois se ela está dessa maneira, a única culpada nessa história não é ninguém além de si mesma.

— Evie...

— Você sente muita culpa, não é? — seu sorriso ficou mais maligno, arrepiando-a de forma horrível — Deve mesmo sentir muita, pois se fosse inteligente teria me ajudado assim que nasci, já que foi fraca para me deixar viva.

— Nunca foi uma opção para mim deixá-la morrer!

— O amor vai destruir tudo que conhece, pois foi por esse sentimento que surgi — ela começou a caminhar em sua direção, os olhos tão desesperadores para os seus — Todos vocês vão morrer da pior forma.

Engasgou ao sentir as mãos dela em seu pescoço, mãos não, eram garras, as longas unhas negras perfurando-a e paralisando sua respiração. A imagem de Anteros e Eros sendo brutalmente feridos preencheu sua mente, fazendo-a chorar sem controle. Seus filhos morreram por não chegar a tempo, sua amada filha estava sem controle.

Todo o corpo começou a tremer, colapsando, em uma profunda dor e agonia, não conseguia se mexer, talvez mesmo se conseguisse não usaria seus poderes nela, machucá-la mais do que ela estava não era uma opção.

Evie, eu amei você desde que soube que a esperava, não me arrependo de tê-la, pois você e seus irmãos são tudo em minha vida, lhe daria a vida quantas vezes fosse preciso, filha, por favor me perdoe por tudo!

Aquele fora seu último pensamento para ela, um pedido de desculpas e despedida, rezava para que ela escutasse, deixou-a a escuridão dela a dominar, entregando-se de bom grado.

As estrelas dançavam em espirais caóticos, seria uma bela visão, se não sentisse aquele frio na espinha. Subitamente, tudo começou a se concentrar em um local, como se um buraco negro o sugasse.

Ao ver a direção, seu corpo agira automaticamente, em pleno desespero por perceber que talvez fosse tarde demais para sua Evie. Tudo ficará rapidamente escuro, como breu primordial, deixando-o desconfortável, mesmo que estivesse acostumado à escuridão.

Aproximando-se do epicentro, observou Evie, ela estava flutuando sobre densas asas de corvos em chamas, em uma assustadora forma, não era mais a Deusa que vira antes, mas sim uma força primordial, uma tempestade de energia descontrolada.

— Evie, o que aconteceu? — sua voz sairá num sussurro, mas ela escutará, pois olhou-o por um breve tempo.

Seus lindos olhos bicolores agora eram negros e vazios, desprovidos de qualquer emoção, deixando-o desnorteado.

— Por que se tornou o próprio caos? — ergueu as mãos em direção a ela, como se conseguisse tocá-la aquela distância — Eu... como posso ajudá-la?!

Evie somente olhava tão friamente em sua direção, que seus pensamentos estavam em pane.

— Não preciso de ajuda, esse poder sempre esteve em mim.

A voz de Evie sairá gutural, fazendo-o sentir uma leve dor pelo tom elevado das cordas vocais.

— Essa... não... é... você! — ofegou com dificuldade.

— Eu sou o vazio, o caos é minha essência, sou a destruição e reconstrução... Não existe mais quem a conheceu, ela foi consumida por completo.

O desespero preencheu seu coração, um sentimento tão grande e intenso que o deixou desnorteado por vários instantes. Um calor o cobriu, inicialmente de maneira gradual, começando pelo coração e então espalhando-se pelo corpo.

A cabeça latejava à medida que as lembranças preenchiam sua mente, a primeira vez que a viu, tão frágil e delicada como uma rosa, mas forte em simultâneo, o sentimento de querer protegê-la, a convivência com ela, sua alma pura, a sede de conhecimento e vontade de viver, os sentimentos que somente ela despertará, a vida de ambos, assim como o amor que possuíam.

— Então suas lembranças voltaram? — a voz dela o ocasionou em uma leve careta em resposta.

Não era seu amor, sua Evie!

— Estou surpresa por conseguir quebrar meu poder, mas talvez não devesse, esse sentimento ridículo é forte o suficiente para ultrapassar tudo, mas é tudo ilusão, sua mente que comanda tudo.

A voz dela era tão vazia e fria, deixando-o com raiva. Ela jamais falaria isso!

— Eu amo você! Acredito que desde que a vi pela primeira vez! Nada pode me separar de você, nem mesmo seus poderes!

— Me esqueça! — Evie vocifera friamente.

— Não posso... eu jamais vou esquecê-la!

— Não posso correspondê-lo, a sua esposa não existe mais.

Escutá-la dizer aquilo fora como uma adaga em seu coração, ainda mais com o semblante sério. Ela não estava pura e simplesmente querendo deixá-lo longe, ela realmente sentia aquilo que falava, a verdade emanava de suas palavras.

— Evie, você se lembra... eu sei que lembra! — a voz sairá trêmula, demonstrando a confusão em seus sentimentos.

Ela olhou-o calmamente por vários segundos, antes de suspirar entediada.

— Quando estava em transe, obrigada a absorver todo esse poder, me lembrei de toda minha vida, mas ela já não me pertencia — ela responde com a voz vazia.

— Mesmo se lembrando, você continua assim? — olhou-a atônito.

— Não possuo mais escolhas...

— Sempre temos escolhas! — interrompeu-a furiosamente.

— Hades, desista de mim, não sou mais sua Evie, seu amor, o que restou é apenas o caos e destruição, somente a escuridão.

Não queria acreditar naquilo, que ela sumiu e tudo que restou foi somente a destruição!

Evie ainda estava ali!

Tinha que estar!

— Não é verdade!

— Se não é verdade, por que estou sozinha aqui? Minha família, não venho com você? Onde eles estão?

Somente naquele instante lembrou-se deles, analisou ao redor, mas nem mesmo suas presenças eram sentidas.

— Onde eles estão? — o medo de escutar a resposta o fizera fechar brevemente os olhos.

— Mortos.

Aquilo foi pior que um soco, ela jamais o perdoaria por fazê-la lutar contra a própria família, deixá-la matá-los... não!

Eles não poderiam... não!

Simplesmente aquilo não era real, eles estavam vivos, tinha que acreditar nisso!

— Está mentindo!

— Não estou e sabe disso, não sou a mesma, não existe mais bondade em mim, tudo foi consumido, sou apenas o caos.

Olhou-a com determinação, sem sentir medo ou repulsa, tomou as mãos negras com longas garras nas suas, tremeu de emoção ao tocá-la, mesmo que ela não esboçasse nenhum sentimento.

— Nunca vou desistir de você, mesmo que isso signifique sacrificar minha própria vida, a trarei para a luz.

Evie não respondeu, mas seus olhos vazios pareceram captar suas palavras, pois ela desviou levemente o olhar, tentando esconder o leve brilho que surgira. Isso fez seu coração trepidar.

— Você é o amor da minha vida, isso é maior e mais forte que qualquer escuridão.

Estava preparado para tudo, ir aos confins dos céus ou às profundas do abismo, mergulhar no profundo caos, mesmo sem saber o que aconteceria, mas desistir não era uma opção.

Já disse uma vez que a salvaria até de si mesma!

Evie afastou-se num salto, olhando-o com raiva profunda e intensa. Ela lutaria, iria matá-lo como o caos mandava, ela simplesmente iria agir como uma marionete, era seu dever salvá-la.

Seus olhos tornaram-se a mais intensa tempestade, exalando as nuvens profundas do submundo, cinzas tão escuras que pendiam para o negro sombrio e mortal. Em suas costas, o exército, os súditos que vagavam no rio Lete e Estige, prontos esperando seu sinal. A sua aura exalava pelo local, marcando tudo e carregando as trevas que o envolviam.

Evie vibrava em ondas caóticas, as luzes, as chamas e o universo ao redor, tudo em um vórtice de caos, tão primordial e intenso, vestida em um manto com o próprio universo que criou, possuindo o tempo-espaço ao seu bel-prazer. Os olhos, apesar de negros, jaziam uma fúria intensa, querendo apenas terminar com tudo, enquanto os seus brilhavam em determinação para trazê-la à luz.

Sua armadura vibrava, absorvendo o próprio sangue, fortificando-a no processo. O capacete jazia em sua cabeça, embora fosse mais para intensificar sua força e protegê-lo, pois contra ela era impossível ficar invisível.

O riso frio dela ecoou como o som de um trovão, distorcendo a realidade do local. Ali soube que a força absurda dela era imensamente maior que a sua, mas isso apenas aumentava a determinação que tinha.

Embora ela fosse uma força massiva de caos, sendo induzida a destruir tudo, ainda era sua esposa, seu amor. Enquanto houvesse o menor brilho naqueles olhos, lutaria por ela.

Ergueu a mão em direção a ela, prendendo-a na terra, a outra puxou a alma dela, dividindo-a em um exército, eram partes Caos, mas também era sua Evie. Em um aceno, os súditos partiram para o ataque, em uma brutal luta.

— Não se garante? Por isso dividiu meus poderes? — Evie pendeu a cabeça levemente, enquanto derretia a terra que a prendia ao chão.

— Não sou burro, não quero enfrentá-la, mas fazê-la perceber que sua alma ainda está aí — respondeu maroto.

O semblante dela escureceu mais, enquanto corria em sua direção, somente teve tempo de erguer o bidente, barrando o ataque. A onda brutal ocasionada trincou a armadura que usava, até que a parte de cima caiu, deixando-o com o tronco nu.

Por um breve instante, ela o olhou, analisando seu tronco nu tão rapidamente que o fez acreditar que era sua mente ansiando por uma resposta, pelo contato dela.

— Minha rosa negra, sei que está aí... você anseia por mim, por mais que as trevas estejam ao seu redor, seu coração é meu, assim como o meu é seu!

— Você é insistente! Essa pela qual luta fervorosamente não existe! — Evie vocifera raivosa.

— Então, como sinto seu desejo? Você me olha da mesma maneira, nada mudou — replicou maroto, fazendo-a rosnar.

Uma dança mortal entre ambos iniciou, estava lutando com toda sua força, pois reconhecia a dela, mas não era somente Evie ali, não apenas sua esposa, mas uma força que ameaçava o equilíbrio de tudo. Empunhava seu bidente, invocando os poderes do submundo, estes bateram contra as ondas de caos, vibrando todo o local.

A força que Evie emanava era tanta que o mundo que ela criou simplesmente estava rachando, como uma simples poeira, e ela nem estava usando seus poderes totais.

As chamas dançavam ao redor de Evie, ela elevou a mão esquerda no pulso direito, em suas mãos surgira a foice que lhe dera outrora, furiosa ela partiu em sua direção, a lâmina ecoava um barulho fino enquanto ela lançava em sua direção, várias vezes batendo contra seu bidente, mas em todas sua própria arma não fora capaz de parar o ataque, a prova era o próprio corpo coberto por inúmeros ferimentos, apesar de doer, nenhum deles era mortal.

— Precisa querer me matar, você nem está se esforçando! — Evie vocifera friamente.

— Nem você... diz que não sente nada, mas se quisesse me matar, já teria feito. Você não quer isso, não quer me matar — retrucou orgulhoso.

O solo tremia sob seus pés, as almas inquietas de seus súditos pararam para observar, assim como as partes da alma de Evie, não hesitou, convocou os ventos do Tártaro, envolvendo-a em um redemoinho de escuridão. Raios de luz escapavam pelas fendas, iluminando seu rosto contorcido. Sussurrou palavras antigas, promessas de redenção e esperança, ansiando por trazê-la para luz.

O poder de Evie explodiu, assim como todas as partes das almas voltaram para o corpo dela. Antes que pudesse se mover, ela estava em sua frente, as garras perfurando seu peito, agarrando seu coração.

A dor era intensa, sentia a carne queimar em contato com ela, pior era o caos que pulsava da mão outrora delicada, em contato com sua pele, ocasionando ondas de choque intensas.

— Vai... me... matar... amor? — perguntou trêmulo.

As lágrimas escorriam pela face pálida, não incolores como deveriam, mas negras, tal qual a alma dela estava. Evie não notara que chorava, não conseguira evitar o sorriso, mesmo sem saber ela sofria, isso era porque, em algum lugar, a alma dela seguia pura.

Sentiu esperança, nem tudo estava perdido, já dissera inúmeras vezes que a salvaria, mesmo que custasse sua vida.

— Não... me importo...com minha vida, não tem sentido... se não está nela...

Aproximou-se para beijar suavemente seus lábios, tão frios como a própria morte, mas o calor emanado dela era poderoso como as chamas do Tártaro.

— É isso que...realmente quer? Sempre teve escolhas... a vida é sua, ninguém pode interferir... se é seu desejo... me mate...

Evie chorou copiosamente enquanto apertava seu coração, sorriu sentindo aquela dor dilacerante, preenchendo cada parte de seu corpo, falhou com ela, prometera trazê-la para luz, mas infelizmente a escuridão a engolira por completo.

— Eu te amo... sempre... vou amá-la... não... não importa o que se tornou... sempre será minha Evie...

Talvez sua morte fosse a resposta, talvez o baque a trouxesse de volta...

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