Capítulo 34- Batalha entre Deuses
🚨É um capítulo sensível, possuí cenas de lutas, tortura e morte🚨
🔹️Os poderes dos Deuses são além de criação própria, inspirações em pesquisas da Internet, em especial a Wikis relacionadas ao assunto.
🔹️Será uma visão ampla de cada luta, com pensamento de ambos lutadores.
🔹️ Os Deuses contra os Gregos estão sob domínio de Nanna, então tudo que eles estão fazendo não condiz com suas reais personalidades e atitudes que teriam.
🔹️Alguns poderes me inspirei em outros personagens e casei com os poderes do Deus em questão, como é o caso de Thanatos, tava escutando a música do Itachi Uchiha quando escrevi, então já sabem😂❤️
Os Deuses escolhidos são misturas de luz e escuridão, por um motivo 😁
Capítulo tem 3762 palavras.
As imagens deles estão em cada luta.
Boa leitura🖤
A arma de Zeus são os próprios raios e de Rá é o próprio sol, por isso foram os únicos não desenhados.
Abaixo as armas que cada Deus usou nas batalhas, desenhados a partir de um APP de IA.
Os Deuses estavam armados e prontos para o embate, cada um seguindo para o território designado. Embora estivessem partindo para a guerra, nenhum sentia medo, apenas uma quietude inesperada.
O único a ficar para trás foi Hades, como líder dos gregos no lugar do irmão mais novo e ordenando ataques aos Deuses restantes, pois seu embate seria o último, já que Nanna estava também no mesmo universo que Evie, sendo assim, não poderia ser alcançado até que a barreira fosse quebrada.
A única coisa que lhe restará foi observar as lutas, através dos poderes de Nix, rezando para que eles conseguissem saírem vivos.
A euforia cobria cada poro de Zeus, assim que pisou naquele mundo, a presença de Tupã fora notada em cada canto, como uma marca registrada da sua supremacia. As florestas reagiam furiosamente, com os ventos batendo em suas assustadoras árvores gigantescas. Mesmo assim, ele mantinha-se firme à procura de seu alvo, em uma concentração que jamais sentira antes.
Zeus evitou adentrar as matas, pois sabia que ali o domínio de Tupã era mais preciso, aquele era o lugar do tupi, seria burrice da sua parte tentar um movimento brusco. Cada instante, os ventos aumentavam, ocasionando um uivo alto que preenchia o local, deixando-o mais sinistro, quando Tupã surgiu.
Tupã era alto, musculoso e com a pele parda, sofrida pelo calor escaldante do sol. Os olhos escuros miraram o intruso com uma concentração inesperada, apesar de o rosto sério ser o mesmo, ele estava levemente ausente. O poder de Nanna sobre os Deuses mudou suas personalidades, os tornando seres irracionais e movidos pela guerra, o que era justamente o caso dele.
Totalmente insano, com um grito alto, Tupã invocou a ira dos céus, um estrondoso vendaval coberto por raios foi em sua direção, que se defendeu revestindo seu corpo e absorvendo a descarga elétrica. Não teve tempo para conversas, mesmo se pudesse conversar, ele não escutaria, pois estava em um transe absurdo.
Os céus rugiam em fúria e a terra tremia pelo embate épico entre ambos, os poderes se colidiam e duplicavam, ocasionando uma grande explosão de descargas elétricas. Zeus cobriu o corpo com um manto de raios, estes vibrando em intensas ondas eletromagnéticas, forçando Tupã a invocar a energia da floresta para barrá-lo. Mesmo que ele fosse imune aos raios e suportasse a dor como nenhum outro Deus, não subestimava Zeus, mantendo sempre a guarda alta.
Tupã segurou com firmeza seu arco feito com ganhos da árvore ancestral, criado pelas suas próprias mãos, e olhou sereno para Zeus, este brilhava em fúria pulsante, invocando os raios dos céus a seu comando. Os raios do grego batiam contra suas flechas, em uma tempestade tortuosa, pois elas se igualavam em poderes, sendo difícil de ser quebrada. O tupi não usava somente elas, mas também sua agilidade, se esquivando continuamente e evitando os ataques do grego, até que seu grito ecoou em um forte trovão em direção a Zeus, forçando-o a usar seu escudo de raios para tentar barrá-lo, pois se escutasse o som, sentiria uma dor absurda.
Aproveitando a leve frustração de Zeus, Tupã invocou um furacão de raios com trovões em direção ao grego, que recebeu atônito o ataque, pois não esperava aquele poder.
Usando a velocidade do raio, Tupã aproximou-se de Zeus caído, partindo para golpeá-lo com suas flechas, quando o manto dele aumentou o brilho, deixando Tupã sem ação ao ver suas flechas evaporarem. Zeus criou um vórtice de raios, na velocidade da luz, em conjunto com uma tempestade cataclísmica, e mirou em Tupã, acertando-o no peito, fazendo-o voar. A terra tremeu quando Tupã caiu mortalmente ferido, ele estava com a vida por um fio. Cautelosamente, Zeus aproximou-se murmurando o feitiço de Nix, devolvendo não somente a memória de Tupã, mas também quebrando o selo norte que ele guardava.
Zeus sorriu aliviado, como se soubesse que era visto, comemorando alegremente a vitória e a primeira barreira quebrada.
— Espero que ela seja salva — Zeus pensou na cunhada, pois mesmo não gostando dela, esperava se redimir por tudo.
O imenso mar era algo lindo de ver-se, cobrindo praticamente todo o pequeno domínio. A cor azul quase cristalina, em contato com a luz, ficava deslumbrante, fazendo o Deus grego quase suspirar em deslumbramento, por ser um local parecido com seus domínios. Salvo apenas por uma ilha que ficava ao centro, com rochas tão grandes que, mesmo há milhares de quilômetros, ainda era vista.
Apesar de ser cercado de águas, não representavam sua calmaria, mas sim sua profundidade, quase como se pudesse sentir a pressão do fundo do oceano. Se fosse apenas isso, jaziam portais em todas as direções, deixando o ambiente mais caótico e inóspito. Poseidon aproximou-se cautelosamente, em principal pela maresia, o que não era comum, pois exalava uma leve toxina que fazia sua pele queimar, não era mortal, mas incômodo, deixando-o desconfortável.
Não foi preciso procurar por Izanagi, ele estava à sua espera, sentado em uma enorme colina, parecendo quase entediado, o que irritou levemente o grego. Poseidon segurou o tridente com uma certa força, invocando os poderes sobre as águas e aumentando sua própria força bruta, antes de caminhar com extrema arrogância em sua direção. Izanagi, por outro lado, mantinha o semblante tranquilo demais.
Os pensamentos de Poseidon eram tão profundos naquele instante, que mesmo não o conhecendo bem, Izanagi sabia que ele esperava acabar rapidamente com o embate.
E realmente estava certo, Poseidon apenas pensava no final da luta, onde sairia vitorioso, afinal, sempre esmagava quem entrava em seu caminho, como meros insetos. Mesmo sabendo que Izanagi fosse diferente, o japonês não era um inseto, pelo contrário, sendo criador, o poder era absurdamente maior que o grego, mas Poseidon não conseguia conter a arrogância.
— Melhor não me subestimar, moleque arrogante! — Izanagi brandou tranquilo.
Poseidon rangeu os dentes ao ser tratado como uma mera criança, mesmo sendo bilhões de anos mais novo que Izanagi. Antes que ele pudesse movimentar o tridente, os olhos de Izanagi clarearam, antes roxos, agora eram um leve tom de lilás, quase pendendo para o branco.
Os gritos saíram pelos lábios de Poseidon, antes mesmo que ele conseguisse evitar, estava em choque, tão ao contrário do japonês. A voz de Poseidon ecoava em puro desespero, à medida que a sua mente era invadida pelas imagens ilusórias de Izanagi. Gradualmente, o japonês intensificava os poderes, em consequência, as ilusões eram potencializadas, pois não eram tão simples, elas continham indução ao medo, forçando o grego a vivenciar aquilo um bilhão de vezes pior do que normalmente seria.
A mente de Poseidon era preenchida com imagens de Anfitrite, sua esposa, sendo brutalmente torturada. Os gritos dela ecoavam, fazendo Poseidon sofrer mais por vê-la daquela maneira, sem chances de fazer algo. Mesmo sabendo que não era real, o grego não conseguia se desfazer da ilusão.
Izanagi mantinha o semblante sereno, cada instante intensificando a tortura, para assim conseguir levar a mente de Poseidon ao completo breu. Não que ele não sentisse nada, sua mente era dividida, sabia que era errado, mas não conseguia se livrar por estar preso às ordens de Nanna, então era forçado a lutar daquela maneira.
O japonês contemplou o grego cair de joelhos com as mãos sob a cabeça, chorando em puro desespero. A imagem de Anfitrite agora era totalmente agonizante, ela jazia com o corpo coberto de ferimentos em um lago ácido, sendo completamente engolida com Poseidon gritando em desespero.
Izanagi, percebendo o total descontrole de Poseidon, empunhou sua lança e mirou em um poderoso ataque. Não tinha como errar, aquele seria não somente o fim da luta, mas a morte do grego. Ele sentiu pena, aquela luta não fora justa. Poseidon morreria sem lutar, sem chance nenhuma e não conseguiria evitar isso, por mais que quisesse.
Uma tempestade aquática formou-se ao redor de Poseidon, batendo a tempo contra a lança de Izanagi, gerando um estrondo. As ondas rugiam em pura fúria, em resposta aos sentimentos do grego. Poseidon elevou-se num salto, mirando o tridente contra ele, em golpes tão intensos que faziam o planeta inteiro tremer. O grego estava coberto pela fúria, mas não uma cega, pelo contrário, era a calmaria do mais profundo oceano, sua forma mais perigosa.
A batalha intensa iniciou-se, o som dos golpes ecoava como uma melodia, nenhum perdendo ataque, mesmo que Izanagi conseguisse ferir o grego com sua lança, Poseidon devolvia com um poderoso ataque de seu tridente. Água feroz de Poseidon batia com toda a potência contra a energia dos Kami que ecoava da lança de Izanagi.
Os poderes se colidiam em fúria, aumentando a vibração da terra, ocasionando poderosos terremotos, comandados por Poseidon. Os olhos claros, extremamente azuis, em formato d'água do grego, eram tão frios e furiosos quanto as tempestades ao redor, forçando Izanagi a manter a atenção duplicada.
O rugido furioso de Poseidon ecoou em simultâneo com seus poderes, formando um conjunto de ataques contra Izanagi. O japonês invocou um escudo de seus portais para se proteger da ira dos mares.
Um enorme tsunami se formou, as ondas imensas assustaram Izanagi, elas bateram contra o escudo, partindo-o em milhares de pedaços. Em simultâneo, a terra se abriu, evaporando uma névoa tóxica, forçando Izanagi a criar uma cápsula de proteção.
A distração foi suficiente para Poseidon transferir o golpe final, quebrando não apenas a cápsula onde Izanagi estava, mas perfurando seu corpo, abrindo um enorme buraco em seu peito. Por um instante, os olhos de Poseidon arregalaram-se, não era para matar, Izanagi não poderia morrer antes do selo se quebrar, pois sua morte não quebrava o selo, pelo contrário, o fortalecia.
Poseidon aproximou-se rapidamente, murmurando o feitiço de Nix, quebrando o selo sul e libertando Izanagi.
Izanagi sorriu contente ao ter o controle da própria alma, mas não somente isso, ele estava aliviado de partir desse mundo, murmurando um "obrigado" ao Poseidon, dizendo que finalmente estaria junto de Izanami, sua amada esposa.
Poseidon sorriu trêmulo, entendendo o anseio de Izanagi, após aquelas imagens horríveis de Anfitrite. Tudo que queria era estar ao lado dela, verificando com seus próprios olhos que ela estava bem.
Os céus vibravam em intensas chamas avermelhadas, literalmente pegando fogo, mas as chamas não eram quentes, mas sim frias, ocasionando na temperatura extremamente baixa.
Ares enfrentou inúmeras guerras, os territórios nem sempre eram propícios, embora nunca tenha estado em um local como aquele. Quando o próprio pai apareceu, contando sobre tudo, entendeu os motivos de estar tão preocupado naquele dia, não esperou a ordem, somente se arrumou e perguntou sobre seu oponente. Os pensamentos estavam em sua filha, embora os pedidos de Astreia estivessem em sua mente. Por elas, estava calmo, já que não adiantaria ser cabeça quente, era preciso ser estrategista se quisesse ajudar a filha.
Tsukiyomi o esperava com o semblante insano, era um Deus mediano na estatura, embora fosse musculoso, os cabelos médios na cor cinzenta voavam pelo forte vento e a pele pálida brilhava em contraste com as chamas, já o olhar era totalmente furioso. Naquele instante, nada parecia com quem realmente era, pois sua personalidade era tranquila, ao contrário do que demonstrava no momento.
O grego, ao contrário de tudo, estava sereno, em contraste de como realmente era em batalha. O posicionamento de Ares irritou mais Tsukiyomi, o japonês achou uma extrema prepotência e arrogância por parte do Deus grego.
A katana da lua de Tsukiyomi bateu contra a lança espartana de Ares, ocasionando um estrondo alto, vibrando todo o lugar. Avidamente, o japonês avançou contra ele, em investidas certeiras e intensas. Apesar de seus golpes possuírem a força de um meteoro e ferirem, Ares não estava o deixando para trás, pois sem querer ele aumentava a força do grego.
As armas chocavam-se sem parar, em um embate furioso. Tsukiyomi ergueu as mãos para o ar, invocando a energia lunar e a apagando, forçando-o a lutar somente pelo instinto, já que o grego não conseguia mais enxergar nada. Seus golpes finalmente começaram a fazer efeito, fazendo o grego gemer pela dor causada. Os gritos ecoavam como uma música macabra, aumentando a voracidade do japonês, já que ele vibrava por cada ferimento.
Em meio às dores que sentia, o rosto dos filhos surgirá na mente de Ares, assim como a oração de Astreia.
"Sairá vitorioso, pois é um lutador, está na hora de lutar por sua família, vá e ganhe, volte para nós".
O grego estava em grande desvantagem, mas aquilo não era nada, cada machucado em sua pele era nada, não desistiria e simplesmente deixaria que acabassem com sua família. Ares rugiu como um leão, em plena fúria, a pele começou a gradualmente brilhar, como um escudo de energia pelo seu sangue, iluminando o local e lhe dando clara visão da batalha.
Tsukiyomi estava insano, os olhos agora eram totalmente vazios. Ares, por outro lado, apenas mirou as profundas feridas no próprio corpo, o sangue fluía tão continuamente que formava uma poça aos pés do grego. Sem se importar com a dor que sentia, passou a mão sob o corpo, canalizando a energia da guerra e aumentando drasticamente o próprio poder, o que aumentou a fúria no japonês.
O embate voltou de maneira intensa, nenhum recuando, as armas se chocando num frenesi. Ares não sentia dor alguma e estava mais ávido, o que ocasionava uma onda de raiva em Tsukiyomi. Vendo que as chances viraram rapidamente, ele formou uma energia negra na mão direita, que cresceu exponencialmente, sugando tudo ao redor.
— Vácuo? — Ares parecia não acreditar em seus olhos, pois aquele poder não poderia somente acabar com sua vida, mas com a dele também.
Tsukyomi apenas sentiu raiva extrema, queria simplesmente destruí-lo, pois era uma ofensa tê-lo como oponente.
— Acabou, sua alma sumirá — Tsukiyomi apenas o olhou totalmente irado, sem nem ao menos se importar com a sua própria vida — Foi um erro colocarem você contra mim, preferia lutar contra Atena.
Ares sabia que a diferença de poderes entre ambos é gritante, que provavelmente a irmã ganharia sem nem suar, mas uma luta não é apenas questão de habilidade e sim oportunidades, é dessa maneira que Atena sempre o ganhou, pois, considerando apenas a força bruta, ele é infinitamente mais forte que ela, mas a sabedoria estratégica dela sempre o deixou completamente em desvantagem. E é exatamente assim que está a chance de vencer Tsukiyomi.
Antes que a energia se formasse por completo, pois era um poder difícil de dominar, Ares começou a drenar a força física de Tsukiyomi, até que ele caiu num baque, não estava morto, mas em coma profundo, pois como estava exalando um poder perigoso e perdeu rapidamente suas forças, a mente do japonês entrou em colapso.
Ares aproximou-se, quebrando o selo leste, sentindo a sensação de dever cumprido, pois não somente sobreviverá por Astreia como prometido, mas também estava perto de salvar sua Evie.
Thanatos estava com o semblante descontente ao ver o domínio formado, a luz celestial jazia em todo o local, deixando-o tão iluminado que doía seus olhos, já que o grego era acostumado com a escuridão.
Amatarasu olhava indignada em sua direção, não escondendo o semblante descontente pela sua presença. Os longos cabelos alaranjados da Deusa começaram a dançar como se estivesse sob um vento furioso, fazendo o grego olhá-la apático, o que aumentou a fúria dela.
Antes que ele pudesse piscar, a luz celestial de Amatarasu colidiu com a sua escuridão. Os poderes se chocavam continuamente, sem que nenhum fizesse um único movimento, era apenas instinto. A katana de luz solar assumiu três lâminas, ao invés de assumir cautela, pois cada uma das lâminas era extremamente afiada com a potência do sol. Ele apenas devolveu o ataque com semblante totalmente calmo.
A raiva de Amatarasu assumiu níveis absurdos, pois jamais se sentiu tão humilhada em sua vida.
— Sua alma escura deveria queimar na minha presença! — a arrogância dela o divertiu.
— E você deveria definhar perante mim.
A retruca audaciosa dele apenas aumentou sua raiva.
— Insolente, você é apenas um subordinado!
Thanatos ergueu suas foices gêmeas cercadas de poder das trevas, em uma sequência de golpes mortais em direção à Deusa que correspondeu à altura. O barulho da Katana de luz solar contra as foices negras do inferno ecoava pelo local, em um brutal embate.
A japonesa estava furiosa, sua luz era pura para a escuridão da morte, já Thanatos seguia frio, sem demonstrar nenhuma emoção, mesmo que a batalha estivesse pegando fogo, no sentido literal, com a liberação das chamas de ambas as armas. Gradualmente, a aura dele crescia, forçando Amatarasu a firmar sua luz para barrá-lo, sem sucesso, pois o grego estava imerso na mais profunda escuridão, nenhuma luz conseguia alcançá-lo.
— Reino tortuoso — A voz de Thanatos ficou demoníaca repentinamente, paralisando-a.
Isso foi suficiente para o ataque do grego se concretizar, lâminas escuras surgiram dos confins da terra, perfurando por completo o corpo de Amatarasu e a prendendo na terra. À medida que o reino da tortura se concretizava, a japonesa tentava se soltar usando seus poderes, mas sem sucesso, uma vez que era feito, somente Thanatos poderia desfazê-lo.
Ali, o tempo começará a passar tão lentamente que a tortura sobre a japonesa ultrapassará milênios, mexendo não somente com o físico, mas com o mental também. Os gritos de Amatarasu ecoavam pelo recinto, fazendo o grego mirá-la sem nenhuma emoção, mesmo que soubesse que cada vez que movesse as lâminas contra o corpo dela, estaria quebrando-a de dentro para fora.
Thanatos sabia que não precisava pegar tão pesado, era somente preciso paralisá-la e não torturá-la, mas a fúria que sentia a cada instante que pensava em Evie era brutal, pois mesmo sem possuir nenhuma lembrança da própria filha, seu coração estava tomado de amor por ela. Mesmo que isso levasse a demonstrar sua verdade face para Afrodite, pois sabia que ela estava observando a luta. A Deusa do Amor finalmente entenderia o real significado da escuridão da sua alma e do motivo de serem proibidos de ficarem juntos.
Aquela era a verdadeira face da morte, a brutal frieza do inferno.
A luz celestial de Amatarasu cresceu tanto que explodiu, atingindo brutalmente Thanatos, ferindo-o no processo, deixando um buraco mortal em seu peitoral, onde ficaram visíveis seus órgãos, não somente o ferimento, o calor que emanava da espada era tão escaldante quanto o próprio sol, intensificando a dor.
Amatarasu aproximou-se para dar o golpe final. Thanatos segurou a arma, não demonstrando nenhuma dor, nem mesmo ao encostar em um fogo tão puro que deveria devorá-lo, já que pulverizava seres das trevas. Ele drenou a energia da arma, era luz contra trevas, vida e morte lutando pela sobrevivência, tudo colidindo em um caos perfeito, até que finalmente a luz de Amatarasu começou a perder a intensidade, antes de a vida se esvair por completo da Deusa. O grego murmurou o feitiço, quebrando o selo oeste.
A luz da Deusa foi completamente engolida por Thanatos, que a matou no último golpe, prendendo a alma dela pela eternidade.
A morte foi buscar pessoalmente uma alma, mesmo que não precisasse matá-la, seu ser o forçava a isso. Ele somente fez uma leve careta ao ver o corpo dela inerte, pois sabia que traria problemas mais tarde, pois acabara de matar uma Deusa importante para os japoneses.
O sol escaldante queimava a pele pálida de Nix, deixando-a totalmente desconfortável, sendo a profunda noite, detestava a luz, principalmente tão intensa daquela maneira. Aquela era a verdadeira morada do Deus egípcio, este que não parecia se importar com a intensidade da luz ou do calor.
Usando magia negra, Nix simplesmente forçou um escudo em sua pele, protegendo-a tanto da luz como do calor, somente então pode mirar o egípcio. Amón-Rá possuía um corpo voluptuosamente musculoso e uma pele negra reluzente. Nas costas jaziam as asas de falcão e sua cabeça era no formato do mesmo animal, deixando-o quase sem expressão, pois ele parecia sempre sereno.
Os olhos escuros de Nix brilhavam em malícia e diversão para o Deus egípcio, agora Rá estava sereno, simplesmente mirando calmamente a grega, mesmo que sua mente o ordenasse a feri-la, ele não agia imprudente.
— É entediante não ver um semblante furioso, por favor, me divirta! — Nix pediu marota para o egípcio.
Irradiando a profunda luz do sol junto de suas asas de falcão, Rá partiu para o ataque, sendo repelido pelo escudo noturno de Nix. Por mais que sua luz tentasse, não conseguia transpassá-lo. Ele intensificou a luz, criando uma enorme bomba que chocou-se no escudo, ocasionando um grande barulho que retumbou por um longo tempo, assim como as vibrações que se intensificaram.
— Não me subestime, criança! — Ráforjou calor do sol em suas mãos, enviando-o para Nix.
— Sou mais velha que você, demonstre respeito, falcãozinho! — Nix olhou-o indignada.
A enorme energia do sol cresceu em volta dele, explodindo em linhas circulares na direção de Nix, que apenas desviou sorrindo. Ela seguiu se defendendo, deixando o egípcio furioso, pois ela parecia apenas brincar com ele.
E ela estava!
A grega não estava lutando com seus poderes totais, se quer usava um por cento da sua intensidade e isso era uma desonra para o egípcio. Ele não estava gostando de ser tratado como um qualquer, mas para ela a luta já estava ganha. Nix apenas queria diversão.
Sorrindo maliciosamente, Nix seguiu se esquivando e provocando o egípcio, chamando-o de "falcãozinho", o que provocou mais o ego dele. Rosnando furioso, Rá criou o próprio sol em suas mãos, derretendo o lugar pelo calor. A Terra simplesmente evaporou, criando um enorme buraco onde ambos estavam.
Nix assumiu um semblante mais sério ao ver a intensidade do poder. O egípcio mirou aquele sol na direção dela, que somente teve tempo de manter a defesa. O escudo noturno dela chocou-se com o sol, derretendo o ferro que não era para simplesmente se desmanchar daquela maneira, já que era feito de gelo sombrio, em pura magia negra. Ele não se desfazia com calor e nenhum ataque daquela maneira.
Rá partiu para o ataque, mantendo uma ofensiva perigosa, intercalando com os poderes do sol, com suas asas fortes que lançavam as chamas em direção à Nix com a força em seus movimentos.
Nix suspirou completamente irritada por ser colocada contra a parede daquela maneira, o manto estrelado que sempre estava junto dela a elevou no ar, acima das nuvens. Rá a seguiu, sem vacilar.
A escuridão primordial que emanou dela fez o egípcio vacilar, pois diante daquele poder, o sol perdia totalmente o brilho.
Nix seguiu murmurando feitiços das trevas na língua original, forçou o sol a gradualmente enfraquecer, até que finalmente apagasse, sendo engolido pela escuridão.
Sem forças, Rá caiu lentamente, antes que ele batesse contra o chão. Ela o alcançou, perfurando seu peito, enquanto libertava o selo central.
Mesmo após a liberação e morte do Deus, ela sorriu maliciosa, arrancando o coração dele.
— Sinto seus julgamentos, mas não posso me conter, sempre quis saber o gosto dos poderes da luz!
Nix sorriu em pura malícia, devorando o coração do Deus egípcio, enviando-o em definitivo para o submundo.
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