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Capítulo 32- Vou ensiná-la

Primeiro lugar, não me matem pelos acontecimentos😅

Em segundo... não briguem com Evie, as memórias dela foram alteradas, ou seja, tudo que ela viveu com Hades... ela acredita que viveu com Nanna...

Outra coisa, Evie foi apagada da memória dos outros, tudo relacionado a ela, mas a vida de todos continua a mesma, exemplo Afrodite e Thanatos estão juntos, mas na mente deles, eles nunca tiveram filha.

Esse capítulo tem 3700 palavras.

Boa leitura 🖤

Aquele lugar lhe ocasionava náuseas, deveria ser esse o motivo de sentir-se tão tonta ali. Evitava contemplar ao redor, como se fosse ser punida, afinal, olhar para aquelas idiotas era tremendamente desconfortável.

Sentia apenas vontade de matá-los, transformá-los no que realmente eram, carne morta!

Deuses frívolos como aqueles somente enxergavam seu próprio umbigo, não era à toa que se sentia assim.

Entendia os sentimentos de Nanna, era preciso colocar os malditos numa coleira, afinal, seu amado, sendo o mais importante Deus, deveria ser pulso firme.

Como uma Deusa suméria, entendia o valor que o amado tinha, ele estava lhe protegendo. Desde seu nascimento, fora destinada a ser sua companheira, infelizmente os demais não concordavam com isso, tiverá até mesmo um Deus Grego que tentara lhe ferir!

Aquele pobre coitado fora morto antes que pudesse fazer algo!

Tão insignificante que nem ao menos lembrava o nome.

Embora o caso terminará por aí, Nanna não deixará por isso mesmo. Sendo o líder de todos os Deuses, ele queria que lhe respeitassem, mesmo que isso o levasse a ser um pouco descontrolado.

Mas por que não poderia fazer a reunião em seus domínios?

O submundo era um local tomado pelas trevas, não que fosse algo que não apreciasse, mas naquele momento preferia evitar.

Sentia-se tão perdida, cada instante ali fazia sua cabeça queimar, como se seu cérebro entrasse em colapso.

— Nanna, não se preocupe com os gregos, não somos uma ameaça — uma voz melodiosa ecoou.

Olhou em direção a ela, sentindo a queimação em seu cérebro aumentar.

Olhos cinza miravam Nanna, mas podia sentir seus sentimentos, estranhamente como se soubesse como ele era. O Deus voltou-se em sua direção, sentiu-se perdida naquele olhar, tudo parou, não escutava nem ao menos o som da sua própria respiração, era tão diferente de tudo, mas ao mesmo tempo em que era familiar.

Por que sentia que conhecia aquele ser?

Sentia seu coração trepidar como se estivesse prestes a saltar de seu peito, ele não lhe dava nojo ou raiva, pelo contrário, ocasionava sentimentos que não conseguia compreender.

Somente tivera tempo de segurar nas vestes de Nanna, antes de se entregar à escuridão.

✯❍

O olhar de Nanna era preocupado em sua direção, somente conseguiu sorrir levemente, embora não sentisse nenhuma vontade para tal.

Seus pensamentos estavam tomados pelos olhos cinzas, assim como seu ser estava tomado pelos sentimentos que ele ocasionará.

Quem era aquele ser?

— Não se preocupe, está segura agora — Nanna segurou levemente suas mãos.

Aquele toque era tão frio, diferia totalmente das suas lembranças. Sentia amor por ele, sabia que eram casados e que ele a conquistará a cada dia, suas memórias estavam preenchidas por ele, mas tudo diferente.

— O que aconteceu? — olhou-o confusa.

— Cansaço, muitos problemas, isso acaba afetando seu psicológico, não se preocupe, está bem agora — ele conclui.

Assentiu, incapaz de se pronunciar, se ele dizia isso, não tinha motivos para acreditar ao contrário.

O aperto em suas mãos a fez olhar em direção a ele. Os cabelos, apesar de curtos, tinham uma grande franja que pendia para o lado à medida que ele se inclinava, destacando o rosto másculo. A luz, em contato com a pele dourada, parecia reluzir naquele quarto. Não podia negar o quão belo ele era. Nanna possuía um grande porte físico, ombros largos, acompanhado de um tronco musculoso, aliás, ele era todo músculos, mas naquele momento foram seus olhos que chamaram sua atenção. Apesar de serem tão marrons quanto chocolate derretido e levemente misturados ao mel, não eram acolhedores, eles eram frios.

Nanna, era frio!

Tão contrário àquele de olhos cinzas, apesar de eles aparentarem ser iguais a uma tempestade, jazia tanto calor neles que era impossível esquecer.

Mas o que estava pensando?

Nanna era seu marido, lhe devia respeito e não podia pensar em outro!

— Não precisa ficar ansiosa, é muita coisa para administrar, vou ajudá-la e auxiliá-la no que for preciso, somente se concentre no agora e esqueça os problemas — Nanna declarou gentilmente.

A culpa por pensar em outro aumentou ao vê-lo tão gentil assim, era um ser horrível!

Como poderia pensar em outro?

Pulou ansiosa em seus braços, sob o olhar levemente atônito do Deus, levou alguns segundos até que ele correspondesse ao abraço. Assim que sentiu os braços musculosos a rodearem, sentiu um desconforto incomum.

Aquele calor diferia tanto das suas lembranças, assim como seu aroma!

Fechou os olhos, mergulhando em seus pensamentos, automaticamente a lembrança do aroma masculino, amadeirado com toque de jasmins, preencheram sua mente, era forte e intenso, mas tão acalentador em simultâneo, lhe provocava paixão e paz. Agora era apenas um aroma forte, se colocasse em comparação, diria que parecia com uma pimenta, pois sentia suas narinas arderem em contato com ele, não lhe trazia nada além de desconforto.

Era como se não fosse ele...

— Trocou seu perfume? — separou-se levemente, sem conter a careta.

Nanna franziu o cenho em confusão.

— Seu perfume está diferente, na verdade, ele está me deixando enjoada — apontou, sentindo cada vez mais náuseas com o aroma.

— Troquei — Nanna resmunga, se afastando e então olha irritado em sua direção — Desculpe, vou tomar banho!

Observou-o sair sob uma carranca, sorriu sem graça diante da cena, não queria lhe magoar, mas era impossível esconder a verdade.

Jogou-se na cama, admirando as estrelas sob o teto de vidro. Esta era a única visão bela daquele quarto, inteiramente em tons frios, era sem nenhuma personalidade, aliás, parecia ser um local abandonado, como se não dormisse ali.

A claridade era demasiada, aumentando seu desconforto, não entendia o que estava acontecendo consigo.

Por que tudo estava estranho?

Tudo estava fora do lugar, como se fosse a mera espectadora numa história que não era sua e tivera que assumir o papel principal.

— Pronto, madame, estou sem perfume! — Nanna resmunga, entrando novamente no quarto.

Ele estava nu, salvo somente pela toalha enrolada em sua cintura, corou ao vê-lo daquela forma. Não era incomum estar assim com ele, aliás, suas lembranças eram bem vividas do contato entre ambos, mas naquele instante não conseguia pensar que era certo, não quando sentia aquele gosto amargo em sua boca.

Era um sentimento estranho, uma sensação de desconforto, como se fosse uma... traição.

— Envergonhada com seu marido? — os olhos de Nanna brilhavam em malícia em sua direção.

Não conseguirá respondê-lo, seu corpo sequer reagia. À medida que ele ia se aproximando da cama, seus pensamentos tomavam outro rumo.

Ele era lindo e sexy, por que estava desconfortável?

Deveria desejá-lo como sempre, mas seu corpo não parecia de acordo com aqueles pensamentos, somente se manteve estática diante da cena.

A mão masculina segurou-a pela nuca, puxando-a em sua direção. Os lábios se tocaram com brutalidade, ele era áspero e seus lábios, apesar de a beijarem com entusiasmo, não lhe despertavam nenhum desejo. Segurou os ombros largos em choque com o pensamento.

O corpo musculoso caiu sob o seu, fazendo-a sentir sua excitação, mexeu-se totalmente desconfortável pelo contato, à medida que ele aprofundava o beijo. A coluna ficou rígida quando sentiu a língua tocar na sua, não havia paixão, sequer aproveitava o momento, tudo que sentia era enjoo.

Não era certo!

Aquela não deveria ser sua reação, era seu marido, mas tudo que pensava era no quão errado era aquele contato.

Empurrou-o brutalmente, fazendo-o afastar-se para a beirada da cama, sentia-se sem ar.

— Evie, você...

Debruçou-se encostando levemente no corpo masculino, cortando a fala, um descontrolável enjoo que a deixou tonta, somente pôde arregalar os olhos quando vomitou sobre o peitoral musculoso.

Nanna olhava incrédulo em sua direção, deixando-a desconfortável. Levantou-se murmurando um pedido de desculpas, enquanto corria para o banheiro.

O que estava acontecendo?

O contato daqueles lábios não era como suas lembranças!

Em sua memória estava vívido o momento em que o beijou pela primeira vez, ele a olhava com tanta paixão e devoção. Assim que os lábios se tocaram, tudo pareceu sumir, apesar da clara inexperiência que tinha, ele simplesmente agira como se fosse preciosa.

O desejo e a paixão arrebatadora que sentira não eram nada comparados ao desconforto de minutos atrás.

Costumava sentir seu sangue ferver quando o tocava, agora não sentia nada além de um desconforto. O corpo dele era atraente, mas apenas pporque ra bonito, não lhe ocasionava nada, não sentia desejo por ele.

Fechou os olhos, sentindo o corpo escorregar contra a porta fechada.

Ele não merecia aquele tratamento, não quando sempre estivera ao seu lado quando mais precisou, afugentando as trevas, protegendo-a até mesmo dos seus.

— Meu amor! — soluçou chorosa.

A imagem dos olhos cinzas surgiram em sua mente, assim como o doce calor que sentia perto dele. Apenas o pensamento daquele contato fez seu corpo inteiro tremer, fazendo-a pular pelo susto.

Que sentimento era aquele?

Suspirou pesadamente ao vê-la mais uma vez trocar de roupa, não conseguia acreditar que estava atrasado.

Por que não ia simplesmente embora e deixava Hera ali?

Não era como se ela fosse importante naquela reunião, aliás ficava melhor se ela não fosse, não sabia o que aconteceria quando todos se encontrassem.

Por mais contraditório que fosse, se preocupava com ela, era sua esposa, afinal, aquela que escolhera para ocupar o lugar de rainha ao seu lado, tinha muito apreço por ela.

— Se não se apressar, vou deixá-la aqui! — resmungou irritado.

— Não seja ranzinza!

A voz ecoou provocativa enquanto ela caminhava em sua direção com um maldito vestido totalmente aberto nas costas, assim como um generoso decote, emoldurando os seios perfeitos que tinha. As pernas torneadas, apesar de estarem cobertas, dava para ver seu desenho.

— Vamos para uma possível guerra, deveria estar numa armadura! — apesar da fala, fora impossível conter o olhar pelo corpo delicioso que a esposa tinha.

— Essa é minha armadura, alguns idiotas se deixam levar pela aparência — ela pontua, caminhando lentamente em sua direção.

Sentiu uma pontada no baixo ventre, o que o deixara totalmente puto fora a fala.

— Está dizendo que vai usar sua beleza? — olhou-a incrédulo.

Hera aproximou-se tão sensualmente em sua direção que fora impossível se conter, segurou a cintura fina, puxando-a ao encontro do seu corpo, tremia pelo desejo, como há tempos não sentia com ela.

— Está dizendo que não sou tão sensual quanto as suas amantes? — o sussurro contra seu ouvido deixou-o desejoso.

Gemeu, apertando-a mais contra si.

— Vou matar quem ousar tocá-la! — rosnou irritado.

— Somente você pode se divertir?

A mão delicada desceu vagarosamente pelo seu peitoral, ocasionando um tremor pelo seu corpo. O gemido alto que escapou pelos seus lábios quando sentiu a mão contra seu membro a fez rir.

— Estou muito solitária, se meu marido não está disponível, posso muito bem me divertir com outros! — Hera afastou-se com o olhar maroto.

A imagem daquele corpo escultural sendo tocado por qualquer vagabundo preencheu sua mente, deixando-o completamente desnorteado.

— Não teste a paciência que não tenho! — retrucou.

— Se você se comportar hoje, não tocar em nenhuma maldita, talvez deixe que tire esse vestido e faça o que quiser comigo — ela cantarolou como uma sereia.

Observou o andar sensual até a porta, sentia-se um tremendo pateta, mas era impossível conter o semblante sereno quando ela decidia provocá-lo.

— Só para deixá-lo mais animado, estou somente de vestido!

Arregalou os olhos ao escutá-la, aquela filha da puta estava nua?

A imagem dela sem aquela merda de vestido o fez tremer, sem querer rosnou em deleite.

Se não fosse aquela maldita reunião, não a deixaria sair do quarto pelo próximo milênio!

✯❍

O submundo estava diferente quando chegaram, afinal, os Deuses estavam harmoniosamente conversando, como se aquela fosse uma simples reunião.

— Que porra é essa? — olhou incrédulo para o local.

Hera estava paralisada ao seu lado, com um semblante assustado.

— Está vendo o mesmo que eu? — perguntou, assustado para ela.

A esposa assentiu sem ação.

Então tudo se resolvera e eles estavam a salvo?

Os Deuses decidiram poupar Evie?

— Demoraram! Por acaso se perderam no caminho? — a voz de Poseidon ecoou, chamando sua atenção.

Olhou fixamente o irmão por alguns segundos, mas ele parecia estar normal.

— Onde está Hades? — perguntou ansioso.

— Disse que está com dor de cabeça e se retirou, aliás, ele está estranho — Poseidon deu de ombros.

Se retirou?

Hades foi se deitar e deixou o local cheio de inimigos?

— Hera, fique com Poseidon, tente ver o que está de errado, vou procurar por Hades, não saia de perto de Poseidon! — ordenou sério.

Ela assentiu sob o olhar incrédulo de Poseidon.

— Não preciso de babá em uma confraternização dos Deuses, é apenas uma festa comum, apesar de ser a primeira vez que acontece no submundo — Poseidon resmunga irritado.

Confraternização?!

Olhou novamente ao redor, os Deuses estavam bebendo e curtindo como se fosse uma festa comum.

— Se essa é uma festa, onde está Anfitrite? — olhou-o em desafio.

Sabia que Poseidon jamais permitiria que a esposa fosse para o submundo com aquele possível confronto.

Poseidon franziu o cenho, completamente surpreso, e então colocou as mãos sob a cabeça numa careta.

Sabia que tinha algo errado!

Afinal, desde seu casamento, Poseidon jamais fora em uma festa sozinho, aquela não seria a primeira.

O que não compreendia era o motivo de sua memória não ter sido alterada, nem a de Hera, mas tinha algo errado nisso.

— Hera, cuide dele, vou procurar por Hades!

Ordenou enquanto corria para os aposentos do irmão mais velho.

✯❍

O quarto estava mergulhado na escuridão, fazendo-o suspirar descontente, ali era tão diferente do Olimpo!

— Não precisava vir me verificar, disse para Poseidon que estava bem! — Hades resmunga.

O irmão estava jogado na cama com o braço cobrindo o rosto, numa postura que jamais vira antes.

— Hades, cadê sua esposa? — perguntou ansioso.

Hades sentou-se de imediato, o quarto instantaneamente ficou claro, mostrando o rosto incrédulo do mais velho.

— Você bebeu? — o olhar dele era completamente incrédulo.

— Estou falando da aberração... sua esposa, a maldita titânides, que se casou e que é a da profecia, aquela que vai matar os Deuses! — resmungou irritado.

— Eu, casado? — Hades começou a rir debochado e então olhou-o com zombaria — Idiota, não sou casado, ainda mais com alguém que descreveu!

Arregalou os olhos em completo choque.

Hades esquecera completamente Evie?!

Não entendia o que acontecia ali, mas certamente era mais sério do que imaginara.

Suspirou, segurando fortemente os próprios cabelos, aquela não era uma situação de que gostava.

Por que era o único, tirando Hera, que parecia se lembrar?

Todos esqueceram?

Se isso fosse verdade e todos esqueceram, o que faria?

Se... se deixasse tudo como estava?

Ninguém se lembrava dela, aquela maldita seria página virada e os Deuses estavam a salvo.

O olhar de Hades ainda estava em sua direção, fazendo-o engolir a seco, a culpa preenchendo seu ser.

Aquela maldita aberração!

Por mais que a odiasse, jamais vira Hades tão feliz como era com ela, não poderia tirar isso dele!

Fora que tinha o principal, o motivo de todos estarem assim, precisava descobrir, mesmo que isso o levasse a salvar alguém que queria que sumisse.

— Vem! — puxou-o rapidamente para fora do quarto, sob seus protestos.

✯❍

A família de Evie estava toda ali, deixando-o desconfortável, principalmente por ver Anteros brutalmente ferido, assim como a ninfa ao lado dele. Todos tinham o semblante curioso e nenhum deles parecia preocupado. Hera adentrou o local, seguida pelos Deuses do Olimpo, todos mantinham o semblante sereno.

— Por que estão agindo assim? — Poseidon olhava irritado em sua direção.

Suspirou pesado.

Aquilo seria complicado!

— Todos estão com memória alterada, foi um poder potente e caótico, mas não parece ser apenas da titânides — Hera responde, sentando-se com as mãos sob a cabeça.

— Quem...

A porta abrindo paralisou-o, sereno Izanagi adentrou o recinto, ele não falara nada por longos minutos, somente ficara olhando-o fixamente, como se quisesse falar algo.

Analisou sua atitude com cuidado, até que finalmente percebeu o que acontecia ali, deixando-o incrédulo.

— Hera, invada a mente de Izanagi! — ordenou ansioso.

Hera arregalou os olhos em pavor.

— Como vou fazer isso? Ele vai me matar! — ela retruca, incrédula.

— Faça!

Ela olhou-o por alguns segundos, antes de voltar-se para o Deus que ainda estava sereno. O olhar de Hera gradualmente fora ficando ausente, à medida que sua aura rodeava o Deus japonês.

Assistiu à cena sem conter a ansiedade, por mais rápida que Hera fosse, parecia que se passará uma eternidade.

Assim que ela quebrou o contato, soltou um grito estridente. Em simultâneo, o Deus japonês sumiu num estrondo, sob os olhares incrédulos dos presentes.

— Hera?!

Correu em sua direção, tomando o rosto abalado entre suas mãos, a sentia gelada, aumentando sua aflição.

— A mente dele está protegida, consegui ver apenas algumas cenas antes de ser expulsa... apesar de ser manipulado, ele parecia querer que eu visse algumas coisas — ela responde rapidamente.

— O que está acontecendo? — a voz nervosa de Hades chamou a atenção de ambos.

Hera olhou Hades com pesar.

— Nanna fez algo para que todos os Deuses obedecessem a ele, não bastasse isso, de alguma forma os gregos estavam unidos a ele, suas almas... ele forçou ela a ficar ao seu lado... Izanagi, junto dela, retirou a memória de todos, mas ela alterou a percepção de Nanna, fazendo-o se esquecer da nossa existência e de Ares... por isso somos os únicos a lembrar... Embora não tenha ideia de como ela fez isso.

Arregalou os olhos em choque.

Aquele maldito estava planejando o que com isso?

— Ela também não se lembra de nada, sua memória foi alterada... ela acredita que é uma Deusa suméria, casada com Nanna.

Sentiu uma raiva preencher cada parte do seu ser, como baixaram a maldita guarda!

— Consegue desfazer isso? — perguntou um pouco rude.

Hera fez uma leve careta, fazendo-o suspirar.

— Talvez de Hades... memórias são difíceis e os poderes de Evie são intensos, somente podem ser quebrados por ela.

— Por que Hades é diferente? — suspirou irritado.

— Já é uma surpresa a mente dele ser alterada. Hades é o Deus com a mente mais forte, ele é mais suscetível a desfazer esse poder, mas não é apenas isso... o amor que os une, memória não se resume apenas à mente. Sentimentos e experiências não podem ser excluídas... o corpo lembra de cada toque, cada sensação...

— Tudo bem... tente desfazer isso — resmungou irritado.

— Nunca imaginei uma atitude dessas vinda de você! — Hera olhou-o incrédula.

Também não, antes daria qualquer coisa para aquela maldita sumir, agora o que importava era tudo voltar ao normal. Mesmo que brigasse com Hades depois, preferia vê-lo feliz com a maldita, do que vivendo uma realidade totalmente falsa.

— Ele é meu irmão — respondeu corado.

— Agora vocês vão me explicar o que está acontecendo? — Hades pergunta irritado.

Revirou os olhos, sentindo-se esgotado.

— Estou falando da sua esposa, uma titânides que foi descrita em uma profecia, a filha de Thanatos e Afrodite. Ela está no submundo sob pena, tinha que aprender a lidar com seus poderes em um ano, vocês acabaram se aproximando... mais que o permitido... vocês se... apaixonaram e você se casou com ela...

Falar aquilo fora mais difícil do que pensara, ainda mais sendo olhando com descrença, tanto por Hades como pelos demais no recinto.

— De novo essa história? — Hades olhou-o confuso.

— Evie possui a pele branca como de Thanatos, corpo delicado, mas delineado, longos cabelos ruivos e estranhos olhos bicolores em um profundo preto e azul. Isso não lhe faz lembrar de nada? — olhou-o em desafio.

Hades absorveu a fala por alguns segundos, à medida que escutava, seu semblante ficava mais pálido.

— Evie?

Assim que o nome saiu pelos lábios de Hades, as pernas dele tremeram, levando-o ao chão com as mãos sob a cabeça.

— Hades!

Correu em sua direção, o corpo dele tremia freneticamente enquanto ele balbuciava o nome dela, as lágrimas corriam sob sua face, deixando-o sem ação.

Hades chorava em um profundo desespero, como nunca o vira fazer, seu choro se misturava com gritos de dor.

Todos mantinham os olhos arregalados em direção a ele, não os condenava, jamais o vira demonstrar tantos sentimentos, menos ainda sofrer daquela maneira.

— Hera? — olhou assustado para a esposa.

— Eu disse! A mente pode não lembrar, mas o corpo sim, por isso ele está agindo dessa forma, não se apagam os sentimentos! — ela respondeu triste.

— O que ele tem? — Poseidon colocou-se ao seu lado, olhando preocupado para Hades.

O corpo de Hades caiu em seus braços, convulsionando em um choro forte, aumentando sua aflição. Os gritos doíam sua alma, era um profundo desespero, conseguia sentir sua dor, como se compartilhasse o sentimento.

— Tudo bem! Está tudo bem, ela vai voltar, prometo que nada vai acontecer com ela! — acariciou ansioso os cabelos médios do irmão.

— EVIE!

Engoliu com dificuldade o bolo em sua garganta, um ofegar ao seu lado comprovou que não era o único que sentia isso, pois Poseidon abraçou ternamente Hades, sem esconder o semblante triste.

Doeu em seu coração vê-lo daquela forma, principalmente saber que em parte era sua culpa. Se tivesse estado ao seu lado desde o início, o irmão não estaria sofrendo, estaria ao lado dela.

O medo fora seu guia desde o início, mas quando a conheceu, deveria ao menos lhe dar o benefício da dúvida. Se Ares se apaixonara e era um pai devotado, o motivo era claro.

Evie tinha algo especial!

Somente isso deixaria tanto seu filho, como seu irmão, completamente rendidos a ela.

Era seu erro, mas não o deixaria daquela forma, seu amor pelo irmão era maior que o ressentimento pela titânides, iria até o fim, mas a traria sã e salva!

Ainda veria Hades ser feliz ao lado dela, isso era uma promessa!

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