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Capítulo 31- Realidade alterada

Imagem criada em IA, sobre a representação dela... sem spoiler😁

Esse capítulo tem 3700 palavras.

Boa leitura 🖤

A raiva que todos exalavam era algo perturbador, pois era acostumado com ambientes calmos, algo que não possuía há muito tempo. Sabia que era parte sua culpa, sua alma divina estava entregue a mais profunda escuridão, tudo por escolha.

Não possuía arrependimentos, naquela altura era tolice pensar ao contrário, tudo possuí preço e sempre a cobrança vem, seja ela rápida ou demorada.

Sendo o Deus da lua, sua personalidade sempre fora pacífica, detestava guerras e conflitos, aliás desencorajava qualquer contato desse tipo. Era visto como um ser irritante por possuir uma certa tranquilidade em contraste com outros Deuses. Cultuado em Ur, onde hoje fica a cidade de Tell El-Huyyar no Iraque, sempre fora muito respeitado pelos humanos, até que os mesmos foram dando lugar para outros Deuses e os sumérios perderam espaço.

A lua deixou de ser vista como uma energia masculina e passou a ser vista como feminina, perdeu espaço para Deusas como Ártemis, Selene e Hécate, isso referindo-se apenas aos gregos.

Mesmo assim não se importou, quem aqueles humanos estúpidos cultivavam era irrelevante.

Preferia mil vezes a calma de seus domínios a aguentar os lamentos dos estúpidos, afinal era a pior raça criada, tão patética e desnecessária que não sabia o motivo dela ainda existir.

Sempre viverá na maior paz e tranquilidade, até recentemente tudo mudar de maneira tão radical, que não abalará somente o seu panteão, mas também seus sentimentos à nível pessoal.

A primeira vez que experimentara o sentimento da raiva, fora quando soubera da morte de An.

Como poderia ser diferente?!

Seu panteão sofrera um baque, em específico seu ser estava em choque, afinal era de seu avô que estavam falando. Era totalmente incompreensível aquela situação, além de perder seu líder, perdera parte da sua família naquele dia.

Nenhum sumério soube lidar com a situação, tanto que agiram errado no maldito julgamento, deveriam ter exigido a cabeça da maldita!

Aquela raiva que pulsava em seu interior era dolorosa, jamais sentira algo tão intenso e abrasador. Não conseguia entender o motivo que levou An agir daquela maneira, sendo ele um ser pacífico que jamais se envolverá com nenhuma Deusa, quanto mais uma desconhecida e daquela maneira.

An era um ser tranquilo e justo, muito amado tanto pelo povo, bem como pelos Deuses, respeitado até pelos outros panteões, afinal era um dos seres mais velhos existentes. Possuía o pulso firme e comandava seu panteão com seriedade, pois apesar da personalidade pacífica, ele não era somente o senhor dos céus, mas também dos espíritos e demônios, então sempre fora alguém confiável.

Por que ele agiu daquela maneira?!

Ele jamais tentaria tomar alguém a força, não que fosse algo impossível, mas era estranho, pois ia de contrário a sua personalidade.

Todos possuíamos sombras difíceis de controlar, nem toda alma é bondosa como prega — aquela maldita voz ecoou de forma debochada.

— Não fale do que não sabe! — rosnou irritado.

Os risos ecoaram em sua mente, deixando-o mais raivoso, como sempre ficava assim que o escutava.

Não imaginei que fosse tão tolo... An possuía algo que todos os Deuses têm, arrogância sem limites, algo que lhe é negado, sempre atraí mais atenção... nem todos consegue resistir... Evie o negou, abalando seu ego e ele fez o que os estúpidos fazem, foi bem feito que ela o matou — escutou novamente.

— CALADO!

— Você não conhecia seu avô, Evie não foi a primeira a passar por isso com ele, mas foi a única que reagiu.

— Mentira... isso é... MENTIROSO!

A risada fria ecoou em puro divertimento, irritando-o mais.

— JÁ FALEI PARA QUE FIQUE QUIETO!

Sua voz ecoou chamando a atenção dos servos, todos mantinham o semblante incrédulo e evitavam olhar em sua direção, não que fosse preciso, aquela altura sabia que todos julgavam que havia enlouquecido.

Como não?

Falava sozinho e brigava consigo mesmo, como os outros veriam isso como uma atitude normal?

An sempre foi luxurioso, principalmente após lidar com tantos demônios, a mente raramente fica intacta, mesmo que não seja uma desculpa plausível... deveria entender isso... o inferno não é o melhor local... a escuridão cobra seu preço... ele mudou totalmente sua essência — a maldita voz ecoou novamente.

Suspirou pesadamente.

— Mas ele sempre soube se controlar, jamais houve uma situação assim! Nunca ele foi acusado de algo dessa magnetude. Isso somente me trás uma dúvida, qual a chance de ter algo com isso?

Um largo silêncio cobriu o local, assim que sua pergunta retumbou, por instantes pensara que não seria respondido, até a maldita risada ecoar, ocasionando em uma leve dor de cabeça.

Você é inteligente, isso muitas vezes é um problema. Pare de pensar naquele estúpido e foque no que é importante! — a resposta deixou-o furioso.

— Se souber que tem-

Não fará nada, não pode me matar. Sua patética alma é minha, afinal me entregou de bom-grado, agora foque no agora, antes que me irrite com você!

A dor em sua cabeça intensificou a medida que a maldita voz ecoava, aquele era seu único arrependimento e infelizmente era o que não poderia se desfazer.

Somente tivera tempo de elevar as mãos até o crânio, antes de sentir as pernas perderem a força, levando-o ao chão.

✯❍

A leve claridade o fez piscar lentamente, sentia o corpo pesado, como se estivesse saído de uma guerra.

— Cuidado! — a voz preocupada da ninfa ecoou chamando sua atenção.

Sentou-se sob o olhar atento dela, não conteve o suspiro de desagrado.

— Quantas vezes preciso dizer que não pode aparecer aqui assim?! — olhou-a sem conter a irritação.

— Estava desmaiado quando cheguei! Eu ajudei e é assim que me retribui? — ela retruca com a voz esganiçada.

Levantou-se num salto, puxando-a pelos cabelos, sem conter a força, fazendo-a choramingar pelo contato bruto.

— Escuta aqui sua puta, se souberem que está ao meu lado, tudo vai se complicar, volte para o submundo e aguarde as ordens! — puxou-a mais em sua direção, aumentando os lamurios em resposta.

— Está machucado!

— O que está fazendo aqui?! — vociferou irritado.

— Como irá para o submundo, pensei que pudesse estar ao seu lado... como sua... sua companheira! — a ninfa chorava copiosamente.

Suas unhas cravaram na nuca da ninfa, afundando-a em sua pele, sentia cada parte sua queimar pela irritação.

Como aquele ser poderia ser tão burro?!

— Escuta sua idiota, me diverti muito com você, mas foi apenas isso, uni o útil ao agradável. Você é gostosa e eu precisava de olhos confiáveis no submundo, mas jamais mancharia minha honra me unindo a uma ninfa patética! — vociferou furioso.

— Você... você disse que preferia a mim! Que... que iria me recompensar! — os choros dela ecoaram pelo local, aumentando sua irritação.

Abaixou-se até a altura dos ouvidos dela, sentindo aquele maldito aroma enjoativo.

— Nunca disse que a recompensa era casar comigo! — não conseguiu segurar a risada diante a face incrédula e completou — Caia na real, seres como você só servem para sexo!

Os poderes da ninfa explodiram contra seu corpo, riu ao ser lançado contra a parede. Apesar da força com que fora jogado, não sentira nada além de satisfação.

— Vai se foder! Espero que Hades te destrua! — ela vocifera raivosa.

Sorriu em direção a ela, fazendo-a tremer pelo semblante totalmente debochado.

— Acha mesmo que seu doce Hades a perdoará? — olhou-a em deboche.

A ninfa vacilou com o semblante assustado.

— Diana, assim que seu doce e amado Hades souber que você é a ninfa que procurou Zeus, incitando e aumentando os sentimentos de raiva dele, vai matá-la sem nem pensar!

Diana era uma bela ninfa de longos cabelos rosas, tão ondulados que lembravam as ondas do mar, corpo voluptuosamente desenhado, com seios tão fartos que saltavam pela roupa curta, apenas cobertos por um pequeno top de ouro puro, as coxas roliças estavam sempre à vista por duas fendas que emendadas da virilha aos pés, naquele maldito pano que ela chamava de saia.

Uma ninfa de confiança, pertencente ao harém de Hades, ou era já que o Deus desistirá das concubinas por conta da aberração que chama de esposa.

— Mas estou curioso, como Hades reagiria se soubesse que você me me procurou para que matasse a querida esposa dele? — olhou-a sem conter o semblante satisfeito ao ver o rosto horrizado em resposta.

— Se contar... será... será morto antes de mim! — Diana olhou-o em completo pavor.

— Diana, seja uma boa menina e volte para o submundo — ordenou sem se alterar.

— Não vou!

Acredito que não entendeu, não tem mais escolhas, a partir do momento em que fez aquele pacto comigo, sua alma se tornou minha, agora volte para o submundo! — sua voz sairá mais rouca e gradual, não era apenas sua presença ali, mas sim o maldito que compartilhava seu corpo.

A ninfa assentiu incapaz de pronunciar algo, antes de desaparecer.

— Ela é confiável? — sua pergunta ecoou no recinto.

Sim, apesar de estar mais preocupado em foder, eu aproveitei os momentos em que estavam juntos para reforçar os laços com ela. Se Diana me trair, vai morrer instantaneamente, ela não tem escolha.

Suspirou levemente incomodado, não gostava de não possuir mais intimidade, nada estava seguro!

"Alguns dias se passaram após aquela aparição estranha, um pacto feito com um ser que nem ao menos sabia quem ou o que era. Sabia que era imprudente, mas infelizmente sua maior fraqueza fora descoberta.

Poder...

Ter tudo sob seu controle, fora algo não pudera evitar, não se arrependia. Afinal não tinha motivos, somente aprendera a dividir seu ser com aquele que somente se manifestava em momentos estranhos.

A gravidade de seus domínios oscilou, demonstrando que alguém não pertencente a lua estava ali, mas diferia da vez em que Zeus invadiu o local.

O doce cheiro preencheu o ambiente, não conteve o semblante surpreso ao vê-la, não que a conhecesse pessoalmente, mas conseguia reconhecer a alma do submundo.

Seria uma das ninfas de Hades?

— O que quer aqui? — sua voz a paralisou de imediato.

Não me machuque senhor! Quero apenas oferecer meus serviços! — ela retrucou ansiosa.

Fora impossível controlar seu olhar de percorrer o corpo pecaminoso, era uma bela visão, mas não teria muita serventia, odiava essas ninfas.

Com quantos aquela idiota se deitara?!

Odiava brinquedos muito usados!

— Sou Diana, uma ninfa do submundo, era pertencente ao harém de Hades, mas ele prefere aquela maldita! — a voz da ninfa ficara levemente trêmula pela raiva, assim como seus olhos, estes faiscavam — Quero a morte dela, estarei à suas ordens, para o que precisar!

Um sorriso desenhou-se em sua face, uma aliada como ela era melhor que o pateta do Zeus.

— Teria coragem de trair Hades? — olhou-a curiosamente.

— Ele traiu todo panteão grego ao unir-se àquela maldita, prefiro que ele morra, infelizmente não possuo poderes para isso, somente posso ser seus olhos e ouvidos!

Os olhos azuis de Diane estavam com as pupilas extremamente dilatadas, nem ao menos ela vacilara ao dizer aquilo.

Ela diz a verdade... é uma aliada razoável, aceite!

A maldita voz ecoou, fazendo-o suspirar descontente, antes que pudesse reagir, seu corpo passou o controle para ele, em passos decididos aproximou-se da ninfa que arregalou os olhos.

Elevou a mão, cortando-a profundamente, o sangue fluía avidamente, sob os olhos incrédulos dela.

— Sua mão — ordenou.

Diane tremulamente elevou a mão direita, cortou-a da mesma maneira que fizera com a sua própria, quando o sangue fluiu, uniu as palmas ensanguentadas.

— Repita o seguinte: Minha alma será sua, assim como meu corpo e vontade, serei eternamente sua propriedade, sendo leal até após minha morte.

A ninfa repetiu o encantamento sob a voz trêmula, fazendo-o sorrir.

— Me satisfaça, se for obediente, sua recompensa será grande, maior do que imaginou... Uma mera ninfa nunca imaginou em se tornar uma senhora, isso pode ser real, basta ser leal a mim.

Os olhos de Diana brilharam em encantamento, fazendo-o sorrir ladino.

Sim... uma senhora... conseguia imaginá-la morta."

Suspirou ao lembrar-se do pacto com Diana, ela fora excelente, agindo fielmente ao seu favor, nem mesmo Hades sendo tão inteligente, imaginou que ela era traidora. O Deus do submundo imaginava que fora Éris quem contou a Zeus sobre o fim do harém, a ninfa Éris possuía sim grande rancor pelo Deus, após a morte de sua irmã pelas mãos de Hades, ela fora bem inconveniente, mas não chegará perto de nenhum Deus, principalmente os gregos.

Infelizmente Éris possuía ética, jamais se uniria aos Deuses, principalmente por um deles ter tirado sua doce irmã.

Ao menos ela servirá para deixar Diana totalmente fora de suspeita, afinal a ninfa pudera agir sem que ninguém soubesse.

As aparências realmente enganam...

✯❍

Aqueles malditos Deuses conseguiram lhe dar profundo nojo, cada instante sentia seu estômago revoltado, chegaria o momento em que vomitaria sobre eles.

Uma pequena reunião fora feita, decisões sobre quem comandaria as perguntas, tudo aquilo era revoltante.

Assumirei o controle!

Nem questionou, não estava com menor saco para lidar com aqueles estúpidos.

Serei o líder, vocês devem apenas obediência a mim! — sua voz ecoou com aquele timbre diferente.

Os Deuses assumiram um semblante confuso, até os olhos ficarem perdidos, como se eles estivessem presos sob seu controle.

— Que poder é esse? — observou curiosamente cada um.

Algo antigo... não fale alto, infelizmente não possuo poderes para deixá-los sob meu comando, apenas alterei levemente suas memórias.

Era melhor que nada!

Suspirou resignado observando os Deuses, havia apenas um que apesar de estar com o semblante igual aos demais, seus olhos estavam mais "vivos".

Aquela era a limitação?

Agora parta para o submundo, não o acompanharei, minha presença aparecerá no momento exato, não aja diferente!

A ordem ecoou em sua cabeça, deixando-o irritado, mas somente assentiu, mesmo sabendo que não era preciso, seus pensamentos não eram seus afinal.

✯❍

Os gregos uniram-se em prol daquela aberração, não que fosse uma surpresa, em seu íntimo esperava isso. Tanto que ordenara os demais a ficarem a postos, perto dos gregos e prontos para qualquer sinal.

Ao centro estavam os líderes de cada panteão, esperando o casal do submundo, este que surpreendente não estavam no local quando chegaram.

Observou atentamente a entrada, sua visão permitia enxergar além da porta fechada, então não fora surpresa quando percebeu a presença de Hades antes dos outros.

Um olhar aguçado em sua direção chamou sua atenção. Ártemis tocou levemente no ombro de Hermes, veloz, ele colocou-se em frente a porta, tapando sua visão. A maldita percepção de Ártemis junto dos poderes de Hermes, embaralharam seus sentidos.

Aqueles idiotas!

Não conseguia usar seus poderes, nem ao menos sentia-se bem olhando em direção a porta, sabia que isso dava-se pelos poderes de Hermes, ele não estava poupando esforços para barrá-lo.

Apesar da discordância, os gregos estavam realmente unidos...

Infelizmente para eles, era um ser paciente, sua vitória estava próxima demais para que agisse de forma precipitada.

A porta abrirá levemente, revelando o casal esperado, concentrou o olhar nela, acreditava que sentiria uma raiva absurda, mas não sentiria nada além de satisfação. Os poderes dela exalavam pelo local, assim como sua potente aura, algo tão forte que jamais vira igual, mesmo sem conseguir evitar, seus músculos se contraíram, apenas com sua presença.

Aquela maldita era forte!

Isso ficará mais evidente, quando ela entrará ali nada era além de uma menina assustada, mas não existia mais esses traços, pelo contrário, apenas jazia uma mulher poderosa.

Confessava que não esperava por isso, o que acontecerá para que ela mudasse totalmente?

Não apenas sua aparência, mas seus poderes estavam acentuados, ela era de longe o ser mais poderoso do recinto!

A voz de Amatarasu ecoou brava, assim como as explicações irritantes de Hades, não conteve a careta aí escutá-lo, apesar de toda concentração em Evie, o maldito grego lhe tirava todo o foco, tamanha a raiva que possuía dele.

Aquele maldito merecia morrer!

Sua mandíbula doía cada vez que se lembrava daquele soco, ainda devolveria aquela dor em dobro!

Não conteve o deboche em sua direção, nada lhe dava mais satisfação que tirá-lo do sério, ainda mais sabendo que faltava tão pouco.

E como tivera prazer em vê-lo furioso, ainda mais pensando que estava desejando àquela aberração. Sim, ela era deslumbrante, não negava isso, mas queria algo além de seu corpo, era seus poderes que atraiam seus olhares.

Evie brilhava em uma luz resplandecente, como nenhum outro Deus do submundo.

Como ela estava tão iluminada?

Observá-la somente aumentava sua gana, a queria, aqueles poderes seriam seus!

— Hades, teria cuidado se fosse você, confiança é algo facilmente quebravel, logo vai perceber que tudo não é como pensava, será uma bela derrota e vou assisti-la de camarote — retrucou sentindo um arrepio incomum.

Os presentes pareceram entram em um transe, não conteve o sorriso diante a cena, pensara que demoraria mais para acontecer, mas até que fora rápido.

— Hades?! — Evie chacoalhou o Deus em desespero.

Aproximou-se puxando-a para um pouco mais longe, fazendo-a reagir abruptamente.

— Não me toque seu imundo! — Evie empurrou furiosa e então vociferou — Todos estão paralisados, o que fez?!

Suspirou tentando manter a calma, para um ser bonito, ela era irritante!

— Vamos conversar pacificamente-

— Não quero conversar! Quero que os traga de volta! — Evie interrompeu-o furiosamente.

Sentiu uma veia saltar em sua testa, preferia lidar com os humanos patéticos do que lidar com um ser temperamental!

— Melhor me escutar, ou matarei todos sem que possa salvá-los! — retrucou irritado.

O olhar dela percorreu o ambiente, notando somente naquele momento que todos os gregos estavam na presença de outros Deuses.

— Quer o que?! — o olhar de petulância em sua direção o fez rir.

Tanta arrogância, aquela era a perfeita descrição de soberba, até mais que a própria Afrodite. Ela era assim ou ser a rainha do submundo lhe subiu a cabeça?

— Você é linda, mas Hades deve ser masoquista para amá-la! — retrucou indignado.

— Vá direto ao assunto! — Ela resmunga irritada.

Olhou-a por longos segundos, quanto tempo levaria até ela se descontrolar?

Precisava ser cuidadoso, se ela usasse seus poderes, seria morto antes que tivesse a chance de fazer algo.

—  Quero que seja minha aliada, se una a mim ou todos que ama vão morrer — decretou direto.

Os olhos bicolores assumiram um semblante escuro, a medida que se preparou para o ataque que viria dela.

— Se matá-los, você morre antes! — ela declarou serena demais para quem tinha tanta raiva no olhar.

— Mesmo?!

Estalou os dedos, movimentando Amatarasu em direção a uma ninfa com cabelos verdes, a espada da Deusa perfurou o abdômen dela, em simultâneo que o corpo de Anteros reagiu em automático, mesmo sob o transe, ele colocou-se em frente a ninfa, sendo golpeado junto dela.

Estranho... não era para Anteros reagir, mas ao menos serviu para deixá-la apavorada.

— NÃO!

O grito estridente de Evie ecoou, fazendo-o suspirar descontente.

— A espada de Amatarasu são fios solares de três pontas, se ela virar levemente a arma, vai explodir os órgãos dos dois — respondeu sereno.

O horror na face da pequena, era algo delicioso de ver.

— Pare!

— Vai ser uma boa menina e me escutar? — retrucou ignorando os pedidos.

Evie assentiu em lágrimas.

— Você é o ser mais poderoso daqui, mas nem sempre poder é o mais importante, inteligência e estratégia é o principal — olhou-a em deboche e então completa — Um movimento em minha direção e todos que ama serão mortos, você nem vai poder se despedir. Afinal, liguei a alma de cada uma a minha.

Ela arregalou os olhos em choque, deixando-o deliciado com a visão.

— Não farei nada! — Evie garantiu ansiosa.

Cortou a palma da mão direita, sob o olhar atento da Deusa, ergueu a mão em um pedido mudo. Evie ergueu a sua sob um olhar irritado.

— Seja leal, me obedeça e nenhum que ama será morto! — ordenou sério.

— Primeiro terá que jurar que não os tocará, nenhum Deus Grego será ferido, seja pelas suas mãos, ou mesmo pelas suas ordens! — Evie retrucou irritada.

Suspirou descontente olhando para Hades, pretendia matá-lo!

Não se preocupe com isso agora... apenas diga sim!

A maldita voz ecoou ansiosa, fazendo-o resmungar contrariado.

— Recite o encantamento ao mesmo tempo, ordenando o que falei... aceitarei seus termos — respondeu irritado.

A voz trêmula dela ecoou junto da sua, num encantamento antigo, o sangue de ambos de entrelaçou sob as palmas, criando um ideograma que surgiu no pulso de cada um, unindo-os pela eternidade.

Agora ela lhe devia lealdade, enquanto que deveria poupar aqueles importantes para a maldita.

— Izanagi!

O líder japonês colocou-se ao seu lado, sob o olhar atento de Evie.

— Quero que pense nessa realidade, intensifique seus sentimentos sobre ela... deixe o caos te dominar — ordenou para a Deusa.

Evie assentiu sem conter a carranca, ela não poderia contrariá-lo, o laço que fizeram a obrigava a obedecê-lo.

Izanagi segurou as mãos trêmulas da Deusa, com um olhar intenso.

Os sentimentos, o lugar e até mesmo os pensamentos dos presentes foram alterados, sendo a única exceção.

Admirou-a por longos instantes, os olhos da Deusa eram totalmente negros, voltados em um caos intenso, tudo mudou.

O eco das vozes percorreu o ambiente, assim que tudo pareceu seguir o rumo, o olhar confuso dela em sua direção o fez rir levemente, segurou a palma delicada sob a sua, entrelaçando-as num aperto suave.

— Está cansada? — perguntou gentil.

— Sim, disse que não queria vir aqui, mas você é insistente! — ela retrucou brava.

— É minha esposa, normal que me acompanhe nesses eventos  — retrucou elevando a delicada mão até seus lábios.

Uma leve careta surgiu no rosto da Deusa, deixando-o curioso.

Qual era o limite daqueles poderes?

Apesar das emoções, sentimentos e memórias serem alteradas, infelizmente o tato era uma memória poderosa.

Ela perceberia que todas as suas memórias foram alteradas e que na verdade aquela que continha a sua imagem na mente e coração dela era na verdade pertencente a Hades?

— Sabe que odeio esses Deuses, eles são somente carne morta, me causa náusea olhá-los!

O olhar assassino dela para os Deuses deixou-o em êxtase, tivera a curiosidade de vê-la duelar com eles, poderia até mesmo deixar que ela lutasse com Hades.

Como seria ver Hades ser morto pela própria esposa?

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