Capítulo 3 - Pequena manifestação
Imagem de capa criada através de IA, é a Evie na sua manifestação de poderes.
Esse capítulo possuí 3141 palavras.
Os poderes abordados tem relação com Thanatos, ao longo da história eles serão explicados.
Boa leitura 🖤
Estava entediada, quando a família saía para essas reuniões com os outros Deuses, o lugar ficava completamente vazio, fato que era surpreendente já que a vida emanava do local. Decidira sair, ao menos no campo ficaria mais alegre, colocou um leve vestido, pois a brisa do verão era um tanto quente naquela época, assim que seus os pés pisaram no enorme jardim de sua mãe, respirou profundamente sentindo o frescor do local.
O silêncio a ajudava a pensar, era bom simplesmente meditar sobre sua vida, passara anos naquele lugar. Somente via sua família, nem mesmo o castelo possuía muitos empregados, apenas alguns de profunda confiança de sua mãe, esta que fazia questão de lhe proteger com garras de ferro, ninguém além da família poderia se aproximar.
Era um tanto chato não ter ninguém para conversar, sua família não contava, sentia falta de ter amigos, de poder sair, mas principalmente, queria ter as suas próprias decisões, nunca conseguira viver plenamente, somente vivia o que era permitido, suas saídas eram exclusivamente nos domínios da mãe, além que a maioria das vezes sempre estava vigiada, tudo era limitado.
Seu olhar fora em direção às flores contidas ali, não conteve o movimento em direção a elas, adorava as cores intensas que elas continham, os domínios de sua mãe eram extremamente belos. Uma rosa excepcionalmente branca, chamou a sua atenção, ao pegá-la, sentiu a vida emanando da planta, como se fosse um pequeno sol, quente, envolvendo-a com seu calor, fechou os olhos, plena, apenas sentindo os sentimentos que emanavam dela.
Tão pura e calorosa, assim como o cheiro que ela emanava, tão doce e simplesmente divino, que a fazia sentir o agradável aroma que ela transmitia, gradualmente fora se concentrando em seu calor, sentindo como se fosse um abraço quente que a envolvia com carinho.
A quentura começou a aumentar, passando por todo corpo, como um cobertor quentinho, aquecendo-a por completo, até começar a ficar intenso demais, deixando-a em alerta, quando seus olhos focaram na planta, não conteve o grito de pavor ao vê-la em chamas, não somente ela, mas também todas ao redor, o cheiro da morte a impregnou o lugar, deixando-o fúnebre.
— O que está acontecendo?! — a voz ecoou assustada pelo local, estava completamente só, o que a assustou mais.
A mente fora ficando cada instante mais perturbada, aumentando seu sofrimento, tudo em chamas ao seu redor, dava um ar sombrio e assustador, estava ficando sufocada, até não aguentar, se entregando a escuridão.
Seus pensamentos não saiam de Evie, não gostava de deixá-la sozinha, menos ainda quando seu coração apertava daquela maneira, mas se não fosse as reuniões, os Deuses estranhariam, principalmente Zeus, não queria nenhum deles em sua casa, fizera um bom trabalho mantendo ele a distância, não somente dele, mas manteve-se longe dos demais Deuses. Em todos esses anos, nenhum deles desconfiou de nada, o que era um alívio, pois, não sabia que fim sua pequena teria se a verdade viesse a tona.
— Então acredito que todos concordem — a voz de Zeus ecoou chamado a sua atenção.
Os Deuses concordaram, manteve-se quieta, não sabia nem sobre o que ele falava, então era melhor ficar neutra e não atrair a atenção.
— Estão dispensados — ele falou deixando-a aliviada, quando fora se levantar, o olhar dele foi em sua direção.
Esperou em silêncio, sentindo o coração disparado, possuía medo de confronta-lo, principalmente por ter tanto a esconder, se sentia traindo os Deuses, mas não poderia colocar sua filha em risco.
— Está dispersa, aconteceu algo? — Zeus perguntou curioso, deixando-a alerta.
— Não, apenas acordei indisposta — respondeu o mais suave que conseguiu, não poderia usar seus poderes nele, pois sendo quem era, duvidava que funcionaria.
O Deus olhou-a por longos segundos, até sorrir levemente, sentiu o medo preencher cada célula de seu corpo, entenderá que ele percebeu algo errado, então colocou seu sorriso mais sensual, olhando-o intensamente.
— Encontrei um novo brinquedo, excitante em todos os sentidos, ainda estou pensando em nossa noite, desculpe por estar tão distraída, mas você entende que quando nossos desejos são saciados de maneira sublime, é difícil esquecer — falou completamente maliciosa.
Era completamente mentira, desde o nascimento de sua filha, não se relacionara com ninguém além de Ares, mas manteve a fama pelo Olimpo, era perfeito em situações como essa.
— AH! Nesse caso consigo entender — ele respondeu brincalhão.
Não forçou nada, apenas sorriu meiga em sua direção, o conhecia o suficiente para saber que ele não cairá totalmente em suas palavras, era muito difícil enganar o pai do cosmos.
— Então, eu...
"Mamãe..." a voz chorosa de Evie ecoou em sua cabeça, interrompendo a sua fala, o coração apertou como nunca, nem ao menos se despediu do Deus que a olhou espantado, somente correu para casa.
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Seus olhos percorram o lugar com aflição, os campos estavam em chamas, tanto que podia se ver de longe, o cheiro de morte estava impregnada no local, como uma marca, a aura pesada preenchia o ambiente, mas sabia que não era Thanatos, era mais brutal e primordial.
Estava com medo, o coração apertou deixando-a sufocada, era a mesma aura que sentira quando Evie nasceu, mas era mais intensa e mortal, como se estivesse ampliada, um poder daquela magnitude era prejudicial para sua filha, ninguém suportaria tanta força, nem mesmo os titãs a possuíam!
— Mãe, Evie não está no quarto — a voz preocupada de Anteros chamou também a atenção de Eros e Ares.
Em um acordo silencioso, passaram a procurá-la pela extensão do campo, o coração apertado com angústia, não se perdoaria se sua pequena estivesse ferida!
A destruição a chocou primeiramente, aquele nem era o poder real de sua filha, apenas uma parcela, isto a assustava, pois, se liberasse seu poder totalmente, ela poderia ser ferida também!
Neste momento a profecia ecoou em sua mente como um mantra, sempre duvidou dela, pois sua doce filha era inocente demais para trazer um caos daquela magnitude, mas observando o local, precisava se convencer, sua Evie era mais poderosa que imaginara.
— Evie! — a voz frenética de Eros chamou a sua atenção, em velocidade correu para perto dele, vendo sua pequena ferida.
Deitada em meio as chamas, com a pele completamente machucada, até mesmo à terra ao redor estava putrificada, era mais intenso que o solo do tártaro, nem mesmo os domínios de Hades continha tamanha escuridão!
Não tinha dúvidas, seus poderes estavam se manifestando, de uma forma desmedida e errada, pois ela não sabia os controlar.
— Não faz nem um mês que minha mãe os selou! — Ares falou desesperado.
— Eles são mais fortes que imaginamos, vamos tirá-la daqui — respondeu atônita.
Precisava fazer algo, não poderia permitir que sua pequena sofresse daquela maneira, era perigoso demais.
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Não conseguia nem ao menos responder seus filhos, somente focava na pequena, utilizando seus poderes para melhorar aquelas horríveis queimaduras, mas suas mãos tremiam tanto que nem conseguia se concentrar.
— Afrodite, deixe comigo — Ares fala calmamente.
Somente naquele momento percebera que Eros a segurava, pois, estava em prantos, deixou que o filho a tirasse de cima de sua pequena. Assim que o caminho ficou livre, Ares começou a regenerar as células de Evie com seu poder, gradualmente as feridas foram cicatrizando, até não restar nada além da mancha de sangue, apesar disto, sabia que ainda doeria em seu interior, pois o poder dela era infinitamente maior que o dele.
— Mãe, o que faremos? — Anteros pergunta sem conter a preocupação.
Pensou naquilo durante o trajeto até o quarto da filha, não era mais suficiente apenas apagar o momento presente, as sensações dos poderes, estavam enraizados em seu ser.
— Chame Hera — falou tristemente, fazendo-o arregalar os olhos e então assentir, partindo de imediato.
— Acredita que será o melhor? — Ares pergunta preocupado.
Não sabia mais o que era melhor, somente queria protegê-la, não era apenas para mantê-la longe de suas verdadeiras origens, seu medo aumentara, se os Deuses soubessem de Evie, ela seria morta sem chance de defesa.
— No momento sim, apenas quero mantê-la em segurança, depois pensamos o que podemos fazer para isto — falou cansada.
Muitas vezes se pegou pensando se foi certo esconder de Thanatos, talvez ele pudesse ajudar a pequena desde o início, ajudá-la a controlar aquela escuridão que teimava em emergir.
O medo se colocou a frente de tudo, pensou que não suportaria perdê-la para ele, pois era claro como água que Thanatos não a deixaria a filha consigo, principalmente sabendo de seus poderes, agora não conseguia deixar de pensar que a perderia para sempre, pois se os Deuses não colocassem um fim em sua vida, ela mesma faria, pois, não conseguia lidar com seus poderes.
— Mãe, não seria melhor ser honesta com ela? — Eros perguntou cautelosamente.
Se perguntou isto muitas vezes, a filha era uma mistura perfeita da personalidade dela e de Thanatos, então não sabia como ela reagiria ao saber que sua vida foi inventada, principalmente, ao saber que Ares não era seu pai biológico, eles possuíam uma ligação sem igual, desde quando estava em seu ventre, ela reagia ao Deus. Sua primeira palavra fora pai, era para ele que ela corria quando tinha pesadelos, era ele quem contava histórias de guerras, as quais ela amava, sempre foi ele a estar ao seu lado.
Ares jamais a diferenciou, para ele, Evie era sua filha, pois ele a amou desde o primeiro momento, sabia que pai não era apenas aquele de sangue, mas sim, aquele que dava amor.
Evie veria as coisas dessa maneira?
— Eu não sei, já pensei muito nisto, mas acredito que seja muito para ela, pois contar um segredo, vai levar a revelar o resto, como ela reagira ao descobrir sobre a profecia? — perguntou agoniada.
Como se não bastasse esta confusão, ainda jazia a maldita profecia que dizia que sua pequena destronaria os Deuses, ela era um ser que jamais seria aceita, então nem queria imaginar como ficaria sua mente ao descobrir tudo isto.
— Este é justamente o maior problema, seus poderes estão maiores que imaginamos e ela nunca aprendeu a controlá-los, talvez este tenha sido nosso erro — Ares fala num sussurro sofrido.
Está era uma culpa que atormentava sua mente, a possibilidade que sua filha estivesse mais segura se soubesse lidar com seus poderes desde o início, sabia que não poderia ficar com ela, pois desde a primeira vez, sua aura sufocou a todos, o único que poderia tentar contê-la seria Thanatos, pensar nisso era aterrorizante.
— Eu sei-
— O que aconteceu aqui?! — a voz de Hera a interrompe.
Suspirou pesadamente ao vê-la com extrema raiva, mesmo admitindo ter um certo apego em sua filha, pois mesmo de longe, ela cuidava de Evie, a Deusa ainda acreditava que o melhor seria o extermínio, se ela soubesse de tudo, não mediria esforços para tal.
Precisaria arrumar uma desculpa plausível para tudo, na pressa em querer ver a filha bem, esqueceu o resto, a Deusa era contra sua vida, era também um perigo para ela.
— Me poupe dos esforços para contar alguma mentira, sou tudo, menos idiota! Os poderes dela estão exalando pelos seus domínios, se não falar a verdade, terei que revelar tudo à Zeus — Hera resmunga irritada.
— Não sei o que aconteceu, encontramos ela desacordada — confessou uma meia verdade, fazendo-a olhá-la com ira.
— No meio do fogo, este que está coberto pela morte, seus poderes saíram do controle! — ela vociferou com raiva.
Não soube o que responder, principalmente, não sabia se teria algo para falar, tudo estava explícito, até mesmo os Deuses presentes ficaram com medo de todo poder mostrado, mesmo que não fosse todo que Evie possuía.
— Hera por favor, ela é minha filha! — pediu em súplica, retirando um longo suspiro desgostoso.
— Não vou matá-la, a esta altura não possuo poderes para tal — Hera resmunga irritada.
— Como assim? — Ares pergunta assustado para a mãe.
— Ela é um problema dos gregos, então falando de nosso panteão, somente a trindade conseguiria tocá-la, eles lutaram contra os titãs e Evie é a espécie de uma titânides, mesmo sem saber dominar os seus poderes, ela pode ocasionar a morte de quem atacá-la, os irmãos do Olimpo teriam poderes para burlar isto, pois sua experiência e força são um diferencial — Hera confessou derrotada.
Todos sabiam que a trindade era temida, Poseidon, por exemplo, era temido por todos os Deuses, sua frieza era lendária até para com seus irmãos, totalmente imprevisível, misterioso e intempestivo, ninguém ousava contrariá-lo ou mesmo entrar em uma luta contra ele. Zeus era o próprio pai do cosmos, lutou contra o seu pai, o vencendo em uma brutal luta e sendo mais forte entre o panteão grego.
Agora Hades era um caso a parte, ele era frio, não como o irmão mais novo, mas sim, sua maneira de se comportar era severa e intensa, tanto que ninguém ousava dizer seu nome, tamanho o pavor que tinham do Deus, até mesmo tifão e cérbero se curvaram perante a ele.
— Embora, eu acredite que o único que teria forças para aguentar a aura de Evie, seria Hades — Hera fala olhando-a com insistência.
Era uma opção viável, pois o Deus possuía uma aura avassaladora e estava acostumado com o lado sombrio do submundo, entre a trindade, ele quem teria mais chances numa luta contra sua filha, mas contar a ele que tinha uma ameaça aos Deuses, era o mesmo que condenar a sua filha, ele não hesitaria em matá-la.
— Prometeu guardar segredo, o que acredita que Zeus fará quando souber que o enganou? — perguntou ardilosa.
Sabia que estava sendo uma hipócrita, pois ela fora coagida a ajudar, mas era a vida da sua filha em jogo, não hesitaria em usar tudo ao seu favor para protegê-la.
— Com quem pensa que está falando?! — a aura de Hera preencheu o ambiente, fazendo-a ficar surpresa com a extensão de seu poder.
Colocou-se em posição de ataque, embora soubesse que se fosse honesta, não teria chance contra ela em uma luta corpo a corpo, os poderes dela se sobreponham os seus.
— Parem as duas, vamos focar no que é importante, Evie ainda está desacordada! — Ares fala colocando-se entre ambas com o semblante irritado.
Seu olhar foi novamente em direção a sua pequena, sentindo o coração apertar pela preocupação.
— Afrodite, chegou a hora de contar toda a verdade para ela, Evie precisa saber de tudo — Hera fala com convicção, deixando-a em pânico.
— Não!
— Mãe, sabe que não pode mais esconder, Evie vai querer saber os motivos de ter acontecido tudo isto — Eros fala em desespero.
— Eu sei, mas não posso, não consigo revelar tudo, podemos falar por partes — respondeu nervosa.
— Não seja tola, ela não vai querer saber apenas a metade da história, o melhor seria contar tudo! — Hera retruca sem conter a irritação.
Claro que a filha não se contentaria com apenas uma parte da história, este era justamente seu medo.
Os sons de vozes alteradas foram preenchendo o local, entrando até mesmo em seu sonho, gradualmente aumentou, fazendo-a perceber que não estava sonhando, mas sim, acordada, ao abrir levemente os olhos, notou que estava em seu quarto.
— Está bem Afrodite, mas fique ciente das consequências! — uma voz ecoou furiosa.
Ao escutar o nome de sua mãe, sentou-se rapidamente, gemendo de dor no processo, seu corpo inteiro doía como se tivesse levado uma verdadeira surra. De imediato sentiu as mãos firmes de seu pai, amparando-a, com os olhos preocupados em sua direção, com cuidado, ajudou-a a sentar.
— O que está acontecendo? — perguntou confusa.
Estava em seu quarto com a sua família olhando-a preocupada, mas havia uma presença que nunca a vira, apesar de sentir que a conhecia, uma Deusa com os cabelos castanhos e olhos azuis-acinzentados, iguais aos de seu pai.
— O quê se lembra? — a pergunta saiu autoritária, irritando-a em partes.
— Quem é você? — perguntou em contrapartida.
— Não se preocupe ela não lhe fara nada, ela é minha mãe — seu pai fala deixando-a em choque completo.
Olhou novamente para a Deusa, notando algumas semelhanças com seu pai, como nunca conhecera a sua avó?!
— Por que nunca me disseram que tenho uma avó? — perguntou incrédula.
— Simples, eu não sou-
— Sociável, minha mãe não é sociável, mas isto não é o momento para isto, o mais importante é você — seu pai interrompeu-a, fazendo sua avó revirar os olhos.
Estava prestes a perguntar o que realmente estava acontecendo, quando Afrodite tomou seu rosto, olhando-a aflita, sem conter as lágrimas.
— Evie, o que aconteceu? — ela pergunta agoniada.
— Não sei ao certo, apenas queria passear, então fui aos jardins, estava tudo tranquilo, depois um sentimento estranho se apossou de mim, comecei a perceber melhor a vida no local e depois era como se eu tivesse tomando-a para mim, não lembro mais nada — falou num sussurro.
Observou todos se entreolharem assustados, deixando-a mais aflita.
— Mamãe, o que está acontecendo? — perguntou fazendo-a trocar um olhar com sua avó que se aproximou.
— Não me apresentei, sou Hera, mãe de Ares, mas não me chame de avó novamente, ou cortarei sua língua — Hera fala olhando-a com tanta seriedade que por um momento pensou mesmo que ela estava falando a verdade, até que um leve sorriso surgiu em sua face.
— Chame-me apenas de Hera ou rainha do Olimpo, como seus irmãos — ela fala simplesmente.
Não perdeu a parte que os irmãos a conhecia, por que não foram apresentadas?
— Evie, quando nasceu, seus poderes eram intensos demais, em proteção a você, eu fiz que eles desaparecessem, todos os meses eu faço o mesmo enquanto dorme, nunca me conheceu apenas para que não tivesse um lapso, apesar de nunca ter me visto, já sentiu a minha aura, se me visse, seus poderes poderiam voltar — ela explica calmamente.
Novamente aquela mesma história, seus poderes eram sempre o teor das conversas, embora nunca soubesse deles.
— Porque meus poderes são assim? — perguntou confusa.
— Evie-
— Papai, eu mereço saber! Eu faço plantas morrerem quando toco nelas! — interrompeu-o aborrecida.
Seu olhar vagou pelo quarto, notando algo que não vira antes, uma aura verde sobrepondo a todos, algo sinistro que jamais viu, mas sentia a mesma sensação de quando pegara a rosa.
— Eu consigo sentir suas vidas... porquê? — perguntou atônita.
— Foi isto que me referi Afrodite, ela não aceitará uma meia conversa! — Hera fala irritada para sua mãe que suspira pesadamente.
Olhou para ambas sem entender, seus irmãos mantinham a face voltada para o chão, nem mesmo seu pai ousava olhar em sua direção.
— Apague toda a memória dela — Afrodite fala pesadamente.
— O quê? Como assim? — perguntou atônita.
— Tem certeza? — seu pai pergunta aflito, ignorando-a
— Sim, apenas o momento presente não é suficiente, precisamos apagar tudo, igual fizemos na primeira vez — sua mãe fala num suspiro.
Hera acenou positivamente, erguendo as mãos em sua direção, estava assustada, principalmente por não saber o que ela faria.
— Espera! Eu exijo que me falem a verdade! — ordenou furiosa.
— Mnemocinese — a voz de Hera saiu completamente melodiosa.
Seus olhos miraram os dela, que estavam completamente azuis, sua mente gradualmente ficara em branco, até restar nada, entrou em colapso, sentindo um grande vazio, levando-a para completa escuridão.
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