Esse capítulo tem 3350 palavras.

Boa leitura 🖤

Os céus sob o Olimpo sempre estiveram com a mais linda luz, iluminando tudo, fosse noite ou dia, mas naquela manhã em específico, não estava assim, pois amanhecera com nuvens carregadas. Seus raios crepitavam nos céus em uma dança de guerra, apesar de achá-los lindos, nada mais eram que a demonstração de como estava e todos podiam ver isso, já que evitavam sair com o tempo assim.

Talvez fosse um pouco do seu humor que influenciava tudo, já que se sentia extremamente melancólico. Era absurda aquela situação, estar brigado com o irmão, um dos pilares da Grécia e seu maior apoiador.

Ele por ser o mais velho, poderia ter proclamado os céus para si, mas não o fez, pois reconhecia que não era merecedor, já que ele não derrotará o pai.

Nunca imaginou-se numa luta contra o próprio irmão, já que quando guerreava era para matar e nunca tivera motivos para fazê-lo com seu irmão, mas agora estavam de lados opostos, Hades dera as costas para os Deuses gregos e proclamou seu lado na guerra.

Isso não apenas deixou-o destruturado, como abalará todo o Olimpo, os Deuses estavam assustados e com razão, afinal não sabiam como seria dali em diante.

Seriam extintos ou teriam chance de defesa?

Não bastasse essa maldita ameaça sob suas cabeças, agora descobrira uma verdadeira bomba e o motivo de seu humor colapsar.

Como Hades tivera a coragem de desposar aquela... titânides?!

Agora o problema em suas mãos crescerá de uma maneira que não saberia nem ao menos visualizá-lo por completo.

Titânides sendo da sua família, agora tinha um valor inestimável, ainda mais sendo esposa de seu irmão mais velho.

Imagine se ela já estivesse a espera de um herdeiro?!

Como ordenaria sua morte?!

Isso destruiria Hades, fora que era improvável que o irmão mais velho permitisse que encostasse naquela aberração, teria que matá-lo antes disso.

Teria coragem de matar seu irmão?

— Por isso senti o cheiro de queimado, está pensando... coisa que normalmente não faz — a voz de Poseidon ecoou pelo recinto, deixando-o carrancudo.

Ignorou-o de propósito, mesmo com Hades cortando relação com ambos, Poseidon ainda continuava a vigiá-lo, como se fosse fazer besteira!

— Posso saber o motivo de estar emburrado? — Poseidon pergunta parando ao seu lado sem olhá-lo.

— Hades casou-se com ela! — respondeu irritado.

Poseidon suspirou chamando sua atenção, voltou-se para ele apenas para tirar a dúvida, mas ele também estava com o mesmo semblante melancólico.

— Ele avisou que faria isso, está apaixonado por ela — Poseidon conclui sério.

Rosnou irritado.

Maldita hora que permitirá que ela vivesse!

— Zeus, ele não vai abandoná-la, desiste de tentar matá-la, pois se o fizer, Hades vai lutar contra você e nós dois sabemos que não tem coragem de matar Hades, então por que insiste nesse assunto? — Poseidon olhou-o completamente sério.

Não era mais uma questão que estava em suas mãos...

"O alvoroço da sala era algo que jamais se acostumara, afinal com apenas uma palavra sua tudo ficava quieto, mas ali não mandava em nada, era mais um Deus.

No centro do universo, em um planeta totalmente inabitável, havia uma sala de reuniões onde todos os Deuses se reuniam, todos os panteões eram representados pelos mais fortes.

Aquela era a primeira vez que estava na linha de réus, afinal a profecia falava de seu panteão, então deveria responder, mesmo que não conseguisse falar, pois todos o tratavam como culpado pela provável extinção dos Deuses.

— Proibir as titânides de engravidar não vai eliminar o problema, devemos deixá-las inférteis! — An líder dos sumérios vociferou calando todos.

Suspirou irritado olhando para o líder dos sumérios, por ser o ser mais velho dali, era ele quem começava as reuniões e suas palavras eram sempre levadas em consideração.

Aquele chifrudo idiota!

— Além disso, devemos ordenar a morte desse ser, profecias sempre são concretizadas, então assim que for comprovada a vida desse ser, ele deve ser morto — Amatarasu líder dos japoneses concluiu seriamente.

Assentiu carrancudo, como se fosse permitir que um ser desse vivesse!"

Aquelas lembranças tão antigas, agora eram nada mais que um veneno que detestava contemplar.

Como fazer para cumprir?!

— Zeus-

— Isso nunca foi apenas uma questão nossa, todos os Deuses sabem de Evie. A morte dela foi ordenada assim que souberam da profecia, fizeram uma reunião de emergência e foi ordenado o final de Evie, mesmo antes da profecia se cumprir, a titânides ficaram inférteis, não aconteceu nada com Afrodite, pois como ela é uma Deusa, ninguém imaginou que ela geraria a destruidora dos Deuses, mesmo assim, ordenaram a morte de Evie, pois mesmo tentando evitar, as profeciais se cumprem — interrompeu-o furiosamente.

— Como nunca falou isso?! — Poseidon olhou-o irritado.

— Ela nunca teve uma chance de viver, esse ano dado foi apenas para acalmar Nix, após o julgamento os Deuses acharam que ela ficaria presa no submundo, agora a notícia do casamento vai se espalhar — desviou o olhar sentindo-se irritado.

Um leve movimentar chamou atenção de ambos, parado rente a porta estava Hermes, com o semblante sério.

— Meu pai, eles estão aqui — Hermes falou calmamente.

Eles não iriam esperar por muito tempo, suspirou olhando para Poseidon.

— Vamos, deve estar presente.

✯❍

Os Deuses mais importantes de todos os panteões estavam ao redor da enorme mesa do conselho grego, a raiva que criptava de cada um era algo que deixou-o levemente desconfortável, pois jamais sentira uma forma tão negativa de sentimento.

— QUEM VOCÊS GREGOS PENSAM QUE SÃO?! — o líder chinês Shangdi vociferou furioso.

— CERTAMENTE ESTÃO TRAMANDO ALGO! — Rá líder egípcio concluiu.

Os demais começaram a falarem em conjunto, deixando-o tonto, aquela atitude era irritante.

O chamaram ali para gritarem consigo sem que conseguisse se defender?

— Zeus, foi ordenado a morte desse ser... essa garota não deveria estar viva, concordamos em deixá-la viver um ano sob sua responsabilidade, afinal ninguém queria confrontar Nix, mas não era para seu irmão casar com ela! — Amatarasu vociferou.

— Ele não controla nem os filhos, acham que controlaria Hades? — Nanna replicou ácido.

— O que esse idiota esta fazendo aqui? — Poseidon olhar irado para Nanna.

O sumério olhou irritado para Poseidon, fazendo o irmão sorrir malicioso.

— Fui escolhido como líder dos sumérios, mas quanto a você? Não deveria estar aqui, não é líder de nada! — Nanna retrucou irritado.

— Os sumérios estão desesperados ao ponto de escolherem você?! — Poseidon replica debochado.

— Ao menos cuidamos de nosso panteão, ao contrário dos gregos que tudo ocorre sem que saibam! — Nanna retruca ácido.

Sentiu uma veia saltar em sua testa, antes que pudesse se controlar, os raios crepitavam ao seu redor em um vórtice, estimulados pela sua raiva.

— Não tramamos nada, nem ao menos sabíamos da existência dela até o fatídico dia em que ela matou An, seu líder. Evie foi para o submundo, treinar sob esperança de liberdade, Hades jamais soube que ela nunca teve chance de viver, ele não teve culpa de ter se apaixonado por ela! — Poseidon retruca irritado.

— Mesmo? Aposto que aquela vadia seduziu o idiota, está com ele sob sua palma, assim como fará com todos os Deuses. Não que seja uma surpresa, mas pensei que Hades  fosse mais inteligente — Nanna olhou divertido para Poseidon.

Antes que os poderes de Poseidon atacassem Nanna, puxou-o para trás numa cortina de eletricidade, sem tirar os olhos do Deus sumério.

— Cuidado com que fala, não permito que trate Hades como um tolo! — respondeu irritado.

Os olhos castanhos de Nanna agora jaziam um brilho avermelhado, com o formato da lua vermelha, está que crescia cada instante em seu olhar, intensificando os poderes do Deus.

— Vai defender sua cunhada também? — Nanna retruca ácido.

Desviou o olhar para os demais, observando a incredulidade e medo em cada um.

— Queremos ver com nossos próprios olhos esse enlace, saber os motivos de Hades agir tão imprudente! — Baal o líder cananeu concluiu.

Trocou um olhar preocupado com Poseidon, afinal não deixará escapar do Olimpo a briga com Hades, eles não sabiam que não se falavam mais.

— Baal, não vai dar... Hades preferiu a titânides aos irmãos! — Nanna debochou.

Como aquele maldito sabia disso?!

Nanna tinha informantes no submundo?!

As vozes começaram a ficarem exaltadas, deixando-o cada instante mais irritadiço.

— Iremos ao submundo, ordenarei uma reunião lá, comunicaremos o dia depois! — sua voz sairia estrondosa como um trovão, calando-os de imediato.

Acenou para Poseidon segui-lo, o irmão foi sem questionar, apesar de senti-lo tenso.

✯❍

O submundo estava exatamente como se lembrava, retirando apenas uma mudança, uma camada de nevoa negra que protegia todo o local, intensificada nos domínios de Hades.

Suspirou irritado adentrando no local, quando seu corpo fora empurrado com extrema força na direção contrária.

Gemeu ao sentir a terra contra suas costas.

— Hades protegeu o lugar, pateta! — Poseidon resmunga entediado.

Sentou-se sentindo uma raiva descomunal tomar conta de todo seu corpo.

— HADES, MALDITO! APARECE AQUI SEU IDIOTA, OU VOU COLOCAR ESSE LUGAR ABAIXO!

Aquele era o maior blefe de sua vida, afinal somente Hades tinha poderes para desfazer aquela névoa, mas ao menos poderia fazer barulho para chamá-lo.

Suspirou irritado diante aquela montanha de papel, mas era isso ou deixá-la acumular.

Sentia-se irritado, talvez fosse pelo fato de estar preso no escritório desde o amanhecer, preferia mil vezes estar ao lado dela.

Fora uma tremenda dor deixá-la, mas precisava trabalhar e ela treinar, mesmo que quisesse fugir a cada segundo.

Seus dias passaram a serem mais felizes na presença dela, somente vê-la já o alegrava, estar longe dela era uma tortura, mesmo que fosse por algumas horas.

O doce aroma preencheu o ambiente fazendo-o suspirar, sorriu maroto vendo-a adentrar no escritório, segurando uma enorme bandeja.

— Não foi almoçar, não pode ficar sem comer! — Evie resmunga contrariada.

Não conteve o sorriso, todas as faces dela eram tão lindas, não conseguia achar uma que não fosse bela. Ver as bochechas vermelhas quando estava brava em junção com o bico nos lábios, fazia seu coração entrar em colapso.

Levantou-se para pegar a bandeja e colocá-la sob a mesa, quase que imediatamente suas mãos enlaçaram a cintura delgada, puxando-a contra seu corpo.

Os lábios se tocaram com intensidade, não conseguia frear os sentimentos quando estava ao lado dela, cada momento era tão único!

— Hades... espere... eu... coma algo antes! — Evie suspirou em meio aos beijos.

Afastou-se totalmente contrariado, mas o olhar ansioso dela chamou sua atenção.

— O que foi? — acariciou as bochechas rosadas, fazendo-a pender a cabeça contra sua palma.

— Como não teve tempo de almoçar e já é de tarde, quis trazer um lanche... eu... eu fiz para você — ela admitiu envergonhada.

Olhou novamente para a bandeja, onde jazia um bolo, somente naquele instante que capturou o cheiro de laranja vindo dele, assim como do suco de limão, não era somente isso que enfeitavam a bandeja, mas havia pequenas rosas negras, nas extremidades.

— Eu não sei como ficou... nunca quis... é a primeira vez que faço algo na cozinha, mas queria agradar você — Ela balbuciou nervosamente.

Sentiu os olhos marejados diante a visão, como ela poderia ser tão perfeita?

Tomou-a em seus braços, apertando-a contra seu corpo, sem conter o suspiro. Não sabia o que havia feito para ganhar um ser tão extraordinário como ela, mas sentia-se tão sortudo por tê-la em sua vida.

— Hades?

Separou-se levemente para admirá-la, as bochechas agora estavam da cor de seus cabelos, fazendo-o sorrir levemente.

— Você consegue me emocionar nas pequenas coisas que faz, saber que pensou em mim... Evie, eu te amo tanto!

— É apenas um bolo — ela retruca envergonhada.

Sorriu negando.

Não era, afinal tudo que ela fazia era especial.

Sentou-se a puxando para seu colo, enquanto pegava uma generosa fatia, o bolo fofo derretia em sua boca, de tão delicioso. O refresco de limão era um complemento perfeito, suspirou em puro prazer.

— Está delicioso! — suspirou alegre comendo mais.

Evie sorriu tímida, não conteve o sorriso ao vê-la daquela maneira. Pegou um pequeno pedaço e levou-a até os lábios dela, sem tirar o sorriso do rosto.

Um estrondo ecoou pelo local, fazendo-o pular pelo susto, imediatamente seu corpo agiu, colocando-se em frente a Evie.

— Hades, o que está acontecendo? — as pequenas mãos seguraram suas costas como apoio.

O submundo inteiro começou a tremer, sentia as correntes elétricas em fúria, assim como a presença intensa deles, somente virou-se para Evie, a face dela estava pálida e os olhos arregalados em puro medo.

— Reúna sua família e fique junto deles — tomou o rosto delicado entre suas mãos.

— E você? O que está acontecendo? Vai enfrentar isso sozinho? — Evie agarrou suas vestes em desespero.

— Não se preocupe amor, não quero vê-la preocupada, apenas fique junto da sua família, logo vou encontrá-la — garantiu gentilmente.

Evie pulou em seus braços, apertando-o contra seu corpo, suspirou encaixando o rosto entre os cabelos ruivos.

— Juro que não é nada, conheço essa presença — suspirou contra seus cabelos — Apenas quero que fique em segurança, pode fazer isso?

Ela assentiu a contra gosto, separando-se com o semblante ansioso.

— Volto logo — afagou levemente as bochechas.

✯❍

Os gritos de Zeus eram mais altos a medida que se aproximava da entrada, suspirou sentindo sua cabeça latejando.

Ambos irmãos estavam prostrados a uma distância segura da sua barreira, enquanto Zeus agia escandalosamente, Poseidon mantinha o semblante irritado para o mais novo.

— ESTAVA FAZENDO O QUÊ? DEMOROU UMA ETERNIDADE! — Zeus berrou irritado.

O rosto de Poseidon começou a ficar vermelho, sem surpresas ele deu um sonoro soco nas costas de Zeus, calando-o de imediato.

— Pateta estúpido, pare de berrar que já estou surdo! — Poseidon resmunga irado.

Tentou esconder o sorriso diante aquela cena, sempre tão corriqueira, principalmente quando ambos estavam no mesmo ambiente, eles não concordavam em nada, isso sempre ocasionava brigas idiotas.

— O que estão fazendo aqui? — suspirou cansado.

— Abre essa porcaria de barreira, precisamos conversar! — Zeus replica irado.

— Fui bem claro da última vez que nos vimos, se não falarem o assunto, serei obrigado a mandá-los embora! — respondeu sincero.

Quando Zeus foi retrucar, Poseidon surgiu nas suas costas, tapando sua boca, calando-o de imediato.

— Hades, o assunto é sério, mas precisamos de privacidade — Poseidon responde cansado.

Ambos irmãos olharam espantados para suas costas, não conteve o sorriso ao perceber a presença aterrorizante da sua amada esposa junto da família, claro que ela não o escutaria e iria ao seu encontro.

— Viemos em paz, prometo! — Poseidon fala exasperado.

Olhou-os por longos segundos, antes de abrir a barreira, permitindo a entrada de ambos.

— Vamos para meu escritório — respondeu aproximando-se de Evie, entrelaçando a mão na sua.

✯❍

O semblante de Zeus intensificou-se ao ver Evie ao seu lado, devolveu o olhar até ele desviar suspirando irritado.

A família dela estava em pontos estratégicos da sala, embora fosse impossível eles combaterem seus irmãos.

— Parabéns pelo casamento — Poseidon fala após um longo silêncio.

— Por favor, vão direto ao ponto, o que estão fazendo aqui? — olhou seriamente para ambos.

Poseidon trocou um olhar sério com Zeus, sinalizando que ele quem deveria falar.

— Quando a profecia foi anunciada, o conselho dos Deuses mais poderosos de todos panteões se reuniu, deve adivinhar que eles não ficaram satisfeitos com a proibição, então foi ordenado que todas as titânides ficassem inférteis, todos os Deuses ligados à isso fizeram o trabalho — Zeus começou a contar sem olhar para ninguém.

— Como não sabemos disso? Eu não fiquei infértil! — Afrodite balbuciou nervosamente.

— Cabia apenas os líderes de cada panteão saber disso, nem mesmo as titânides souberam que seu ventre ficou infértil, já que ocasionaria em uma desordem desnecessária, quanto a você, não ficou infértil pois não era uma titânide, apesar de ser filha de Urano, você é uma Deusa e jamais imaginamos que uma Deusa geraria a filha do caos — Zeus responde irônico.

— O que tudo isso quer dizer? — olhou intrigado para o irmão.

Zeus suspirou irritado.

— Após esse decreto, ficou decidido outra coisa, profecias estão destinadas a se cumprir, somos a prova disso. Uma profecia foi feita sobre nosso avô Urano, que um de seus filhos tomaria o poder e isso ocorreu, quando nosso pai Cronos assumiu, outra profecia foi feita, a mesma que ocorreu com Urano e ela também se confirmou. Então para evitar que ela se cumprisse, se mesmo com as precauções, se esse ser nascesse, ela deveria ser morta.

— O quê?! — olhou incrédulo para o irmão.

— Sua esposa... nunca teve chance de viver, esse ano dado a ela era apenas para acalmar Nix — Zeus responde simplista.

Sentiu as pernas fraquejarem, mesmo que estivesse sentado, o ar preso sem conseguir chegar aos seus pulmões.

Aquilo não poderia ocorrer!

Esses malditos queriam a morte de um ser que eles nem conheciam!

— Eles souberam do seu casamento, querem saber o motivo dela não ser tratada como prisioneira — Poseidon fala cauteloso e então suspira — Querem saber o motivo de se casar com ela, se esse casamento é legítimo, querem ver com seus próprios olhos.

— Não! — pulou exasperado.

— Hades, não foi um pedido... eles querem ver com seus olhos o que esta acontecendo, isso foi até pouco, pois eles ainda estão querendo a morte de Evie, infelizmente você deu as costas para o Olimpo, nenhum Deus grego está ao seu lado, terá que lutar contra milhares de Deuses! — Poseidon retruca irritado.

— Vocês esperam que eu abra as portas da minha casa para que matem minha esposa?! — olhou irado para ambos.

— Eu avisei que não era para se unir a ela, mas você só faz o que quer! — Zeus retruca irado.

— Ele não está sozinho, vamos defendê-la! — Thanatos replica sério.

— Fora que a própria Evie é mais forte que todos juntos! — Eros confirma arrogante.

Zeus revirou os olhos irritado.

— Enquanto ela luta contra os mais fortes, vocês serão mortos! Acreditam mesmo que vão conseguir lutar contra Amatarasu, Rá ou Odin?! Todos eles vão na linha de frente! — Zeus resmunga irado.

— Vamos conseguir-

— Cai na real! Vão ser todos os doze Deuses mais fortes, um de cada panteão simplesmente para derrotá-la, isso sem tirar os outros Deuses! Como pretendem lutar contra Suzanoo? Isso é só um exemplo! — Poseidon interrompe Anteros.

Um choro começou a preencher o ambiente, sentiu seu coração apertar como nunca, doía vê-la daquela forma!

Abraçou-a apertado, nem mesmo conseguia falar devido as suas emoções, pois sentia-se da mesma maneira que ela.

Como lhe dar segurança?!

Enquanto ela lidaria com os mais fortes, provavelmente seriam mortos pelos outros Deuses.

— Deixe que eles venham aqui — Evie balbuciou triste.

— Não! Eu... não vou perdê-la!

As mãos delicadas foram de encontro ao seu rosto, puxando-o em direção a ela, suspirou contra seus lábios, num beijo marcado pelas lágrimas de ambos.

— Não vou suportar que vocês se sacrifiquem, farei o que for preciso, por favor! — ela suspirou soltando-o com o semblante desolado.

Sentiu-se incapacitado, não era forte para protegê-la?!

— Hades... temos nossas diferenças e não concordo com suas escolhas, mas você é meu irmão, não quero vê-lo morrer, então ao menos deixe que eles vejam o que você vê nela... talvez haja esperança, embora nem mesmo eu acredite nisso... — Zeus responde seriamente.

Sentia-se preso numa areia movediça, não era nada confortável deixá-los ali, ainda mais com seu coração apertado daquela maneira.

— Se eu concordar com isso... quero que estejam ao meu lado, esse é meu único pedido! — olhou suplicante para ambos irmãos.

Poseidon olhou-o por longos segundos sem responder, assim como Zeus, até que ambos colocaram a mão sob o pescoço, onde jazia o símbolo da união dos três grandes, como uma promessa.

— Vamos a festa grega — Poseidon conclui colocando a mão sob seu ombro.

Sorriu sentindo-se mais confiante com os irmãos ao seu lado.

— Festa? — Evie olhou confusa em sua direção.

— Sim, uma dança de guerra, mostrar do que os gregos são capazes!

Ao escutar sua sentença, Zeus riu debochado em concordância.

Eram um exército e honestamente não sabia se poderiam vencê-los, mas não abandonaria sua esposa, mesmo que morresse lutando, pois preferia partir junto dela.