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Capítulo 25- Pendências...

O portal descrito é o da imagem do capítulo, é uma imagem retirada do pinterest. 

Esse capítulo tem 3700 palavras.

Boa leitura 🖤

Ansiedade era um sentimento tão irritante, mas fora ela que o acompanhou naquela semana, apresentando-se de maneiras diferentes.

Por mais que tentasse fazer Evie ver que ela não tinha culpa alguma no acontecido com sua família, ela não o escutava, fechando-se no seu mundo e deixando-o aflito por vê-la daquela maneira.

Sentia-se grato por Thanatos trazê-la de volta, pois por mais que somente estivesse ao seu lado, ainda sentia-se um inútil total.

Com a visível melhora, conseguiu fazê-la sair do quarto e finalmente viver. Era incrível vê-la tão alegre com pequenas coisas, como apenas ver as flores brotarem nos jardins, esses que confessava que passará a ter após a chegada dela, pois antes jazia apenas as rosas escuras, hoje diferia, existia um verdadeiro arco-íris que iluminava o local.

Contudo, existia um local que nunca a levará antes, pois sabia o quanto ela se encantaria com ele, por mais que a amasse perdidamente, ainda tinha medo de impor suas vontades, mas ao ver os olhos brilharem com o jardim privado das romanzeiras, fora impossível conter os sentimentos impulsivos que o jogavam para ela.

Os olhos bicolores brilhavam em direção aquele lugar, fazendo-o perceber o quanto estava sendo um covarde. Não estava impondo suas vontades, menos ainda a obrigando a tomar uma decisão.

Sabia em seu íntimo que não conseguiria viver sem ela, então por que esperar?

Já viviam como casados, apenas a assumiria como sua esposa, algo que já fazia no submundo. Era o normal de acontecer, uma etapa que eles passariam algum momento.

No fundo, sabia que seu medo era que ela se arrependesse, assumir uma vida ao seu lado, implicava a eternidade, não era algo fácil de se desfazer, não como os casamentos dos demais Deuses.

Então tomou a decisão que mudaria a vida de ambos para sempre, deixar os medos de lado e apenas se guiar pelos sentimentos.

Contou com a ajuda de todos, fora um tremendo sacrifício esconder dela, assim como fora ficar longe durante um dia inteiro, mas tudo valeu a pena ao vê-la entrar naquele jardim.

Jamais esqueceria dos olhos marejados numa emoção tão forte que seu coração trepidou, a beleza que ela exalava, poderia estar vestida com o pior tecido, que nada tiraria ela daquela beleza que via, pois Evie iluminava o local.

Pela primeira vez deixou seu coração falar, sem se importar com todos que escutavam, pois no final apenas ela importava. Quando finalmente disse as palavras, quase morreu pelo silêncio, mas sabia o quanto ela estava surpresa.

A aceitação fora algo que fizera seu mundo inteiro tremer, a sensação de amar era assim?

Ela era sua!

Sua amiga, companheira, amante, simplesmente a sua esposa!

Seria assim por toda a eternidade!

Assim que escutará sua resposta, nem precisou movimentar-se para puxá-la, pois ela pulará em seus braços, fazendo-o apertá-la, jamais iria soltá-la!

— Eu amo tanto você! — a voz meiga contra sua face, retirou um sorriso sincero.

Amava tanto aquele ser!

Seria capaz de tudo somente para vê-la feliz!

— Tenho uma surpresa para você — sorriu ao vê-la arregalar os olhos.

— Outra?!

Sorriu puxando-a um pouco mais ao longe, onde jazia um portal que até então ela não tinha visto, não era para menos já que estava com as emoções afloradas quando entrará no jardim.

O rosto antes curioso assumiu um semblante assustado e então choroso, quando ela foi correr em direção a ele, agiu rapidamente segurando sua mão.

— Infelizmente não pode tocá-lo, somente conversar com ele — suspirou triste, gostaria muito de fazê-la abraçá-lo com todo amor que possuía, pois sabia o tamanho da saudade que ela estava de seu pai.

Ela assentiu em meio as lágrimas, assim como o Deus estava do outro lado portal.

— Minha Pequena! Está tão linda de noiva! — Ares fala com a voz embargada pela emoção.

— Papai! Queria tanto abraçá-lo... sinto tanta a sua falta! Me dói não sentir seu abraço, saber que está nesse lugar horrível, queria tanto que estivesse aqui! — ela soluça chorando copiosamente.

— Também sinto a falta de vocês! Os três estão constantemente em meus pensamentos, me dando força nesse lugar — Ares sorri em meio as lágrimas.

— Desculpa... eu... A culpa é toda minha... não deveria estar aí! — Evie responde chorosa.

Ares olhou horrorizado em direção a Evie, assim como todos os presentes, sabia que aquela culpa era algo que ela carregava diariamente e fora aumentada com as provocações de Hera.

Pensar nisso fizera seu interior vibrar, se arrependia de não ter matado a cunhada por fazer aquela alegação.

— Não! A culpa não é de ninguém, sou um Deus, devo obediência ao meu panteão e não fiz isso quando desobedeci uma ordem explícita. Traí os Deuses, por esconder a verdade, mas não tem nada a ver com você.

— Mas se eu não tivesse nascido... você estaria bem... todos estariam bem... eu sei que estraguei suas vidas.

— Evie, você e seus irmãos são tudo na minha vida, amo vocês igualmente. Quando descobri da sua existência, confesso que me senti estranho, pois era um ser inocente e tudo que eu pensava era no quanto eu gostaria de ser seu pai, talvez por um orgulho idiota ou por ciúme, mas quando a senti pela primeira vez, os sentimentos que se apossaram do meu coração foram exatamente iguais aos que senti com seus irmãos, naquele instante percebi que não importava se não tinha meu sangue, pois você é sim minha filha.

Evie sorriu em meio as lágrimas, suspirou abraçando-a de lado, odiava vê-la chorar daquela maneira, sentia-se um inútil.

Ares sorriu ao vê-los daquela forma, não pode evitar sorrir também, pois sabia o quanto ele estava feliz por ver que realmente sentia por sua filha.

— Já disse à Hades mais cedo, mas vou repetir na sua frente, espero que sejam muito felizes e que ele te ame e respeite como merece, pois vou matá-lo... mesmo que morra no processo — Ares respondeu com um sorriso sincero, fazendo Anteros e Eros rirem debochados.

— NÓS AJUDAMOS! — eles gritaram animados.

Revirou os olhos divertido, pelo visto eles não esqueceriam com facilidade o fato de estar com a irmã mais nova, teria que se acostumar aos cunhados.

— Mais cedo? Como assim? — Evie olhou confusa para ambos.

— Eu naturalmente pedi a sua mão para sua família, ainda não sabia se conseguiria falar com seu pai, mas felizmente hoje a guarda dele está... relaxada — respondeu sorrindo debochado.

Evie olhou-o confusa, fazendo-o rir.

— Zeus cuida pessoalmente da guarda dele, por isso até hoje não consegui realizar esse encontro, mas hoje em específico ele está... se divertindo.

Tentou manter o rosto neutro, mas era impossível, principalmente sabendo que o irmão frívolo cairá no truque mais idiota possível.

Era só apresentar uma linda mulher e o pateta caia na ideia, como idiota que era.

— Se divertindo?! — Evie resmunga olhando-o insistente.

— Pedi para Minthe distraí-lo-

— Você não a fez dormir com aquele maldito! — ela interrompeu-o furiosamente.

— Não exatamente-

— Hades não acredito nisso!

Arregalou os olhos em pânico, os sentimentos dela estavam mais aflorados naquele dia, o que era normal por ter várias emoções num curto espaço de tempo, mas custava ela escutá-lo?!

— Minha rosa negra-

— Vou matar você! — ela resmunga furiosa, segurando-o pela túnica.

— Evie, se não me deixar falar, não vai saber o que realmente aconteceu! — retrucou irritado.

Ela analisou-o com uma precisão desconcertante, deixando-o levemente desconfortável, aquilo era um castigo para às vezes que rira dos irmãos com suas esposas?!

— Hum... fala!

— Minthe usou uma transformação para ir até o Olimpo, já ele a reconheceria se fosse ela mesma, ela seduziu Zeus, mas não chegou a ter relações... eu acho... — sussurrou a última palavra com medo da reação dela.

— HADES! — o grito raivoso o fez pular para alegria dos que viam a cena.

Só poderia ser castigo!

Por que seu carma voltará junto de uma mulher brava?!

— Espera! Pedi para que ela sedasse o idiota e com isso Morfeu e Hipnos utilizaram seus poderes para que ele sonhasse que estava com a ninfa! — respondeu rapidamente.

Os olhos dela eram em fendas em sua direção, fazendo-o transpirar, céus ela era brava!

— Senhora, ele diz a verdade, não dormi com senhor Zeus — Minthe sussurrou divertida.

Evie olhou para ela e então voltou o olhar em sua direção, sorrindo marota.

— Está perdoado — ela brinca apertando suas bochechas.

— Minha filha tem o gênio de Afrodite... totalmente ampliado com de Thanatos — Ares comenta divertido.

— Que isso, meu irmão é um amor! — Morfeu responde maroto.

Evie olhou-o com curiosidade, assim como para o outro Deus ao seu lado, Morfeu e Hipnos não escondiam o sorriso alegre ao vê-la. Ambos se aproximaram vagarosamente, tomando-a em um caloroso abraço.

Sorriu terno ao vê-la corar, como se a segundos não tivesse ameaças batê-lo em frente à todos.

— Morfeu e Hipnos? — Evie pergunta incerta, fazendo-os rirem.

— Imagino que seu pai falou da gente — Morfeu responde maroto.

— Sim, mesmo que não falasse não é difícil adivinhar, não é todos Deuses que me abraçariam assim — ela retruca divertida.

Apesar de usar o humor, sabia que aquilo doía nela, claro que iria doer, Evie era uma alma pura, jamais fizera mal algum, então era doloroso ser tratada como uma pária.

— Esquece esses estúpidos, os cérebros deles são pequenos, para igualar com o-

— Morfeu! — Hipnos gritou rapidamente para interrompê-lo.

Morfeu olhou-o indignado por alguns instantes, até rir descontroladamente.

— Que bonitinho, ele acha que a sobrinha é pura — Morfeu fala batendo a palma sobre o rosto irritado de Hipnos.

Não controlou o riso, principalmente ao ver a sua esposa vermelha pela vergonha.

— Não quero saber disso! — Ares é Thanatos resmungaram em conjunto.

Se absteve de qualquer reação, em respeito à ambos, mesmo que seu semblante entregasse o quanto estava segurando os risos.

— Hades, espero que tenha uma filha e que ela seja deslumbrante, tudo que fez as mulheres, vai voltar para você! — Ares resmunga.

O olhar caiu em direção a sua esposa, estaria mentindo se dissesse que não sonhava com isso, ter uma menina com ela, queria que fosse exatamente igual à ela, embora soubesse que se acontecesse estaria completamente rendido.

— Ares... desculpe, mas está na hora, não podemos correr mais riscos— uma voz doce preencheu o ambiente chamando a atenção de todos.

— Tem alguém com você aí? — Evie perguntou intrigada.

Ares sorriu puxando a Deusa para que aparecesse também no portal, Evie olhou-a criteriosamente até sorrir meiga.

— Quem diria que você seria a carcereira! — Eros fala animado, colocando-se ao lado de Evie.

— O velho pegou pesado com você, pai! — Anteros retruca ocasionando em uma careta em Ares.

— Sou Astreia, estava louca para conhecê-los, Ares fala muito de vocês — Astreia fala sorrindo meigamente.

— Você é a carcereira? — Evie resmunga assumindo um semblante sério.

— Não se preocupe, ela apenas está aqui para cuidar de mim — Ares respondeu rapidamente.

— Não lembro disso, aliás esqueceu que chutei sua bunda? — Astreia retenção divertida.

Evie arregalou os olhos, assim como os cunhados, não controlou o riso seguindo dos presentes, normal para os filhos acharem que seus pais são invencíveis.

— O vazio tira o poder, no momento ele tem a carne divina, pois seu corpo é de um Deus, mas sem nenhum poder — explicou para Evie.

— Sabemos disso, mas olha o tamanho dele para ela! — Eros retruca abismado.

— Tamanho não é nada, se usar a inteligência a seu favor — Astreia replica divertida.

— Chega! Daqui a pouco vai me comparar aos asnos! — Ares resmunga puxando-a para longe do portal.

Evie sorriu se aproximando, assim como os cunhados, ainda aturdidos. Ares assumiu um semblante melancólico, pois era a hora da despedida, sabia que era doloroso, não somente para ele, mas para seus filhos também.

— É um até logo, vamos estar juntos logo! Eu amo vocês três, sempre meus pensamentos vão estar em vocês, quero que se cuidem, por tudo que é sagrado, não sei o que sou capaz de fazer se perdê-los! — Ares nem ao menos tentou segurar as lágrimas que escorriam livremente.

— Não se preocupe, cuidarei desses desastrados por você — Eros fala abraçando Evie e Anteros pelos ombros.

— Desastrado é você, idiota! — Anteros resmunga, fazendo Eros rir.

— Papai, quero que saiba que não vejo a hora de tê-lo aqui, ficaremos bem, embora seria tudo perfeito se estivesse aqui conosco. Estou me esforçando pelo futuro, pois quero ter todos que amo ao meu lado, cuidarei bem dos meninos, mas quero que me prometa que se cuidará aí, sei bem que seu coração está machucado, embora esconda isso.

Ares arregalou os olhos ao ouvi-la, olhou de esguio para Evie, era absurda a percepção que ela tinha, claro que ela notara que Ares já sabia de Thanatos e Afrodite.

A comunicação com o portal foi ficando mais fina, a medida que o semblante de Ares assumia um ar triste.

— Amo você! — Evie e os irmãos falaram em conjunto.

Assim que o portal sumiu por completo, abraçou-a com firmeza, sentindo o corpo tremer contra o seu, sabia que apenas vê-lo não acalentava a dor em seu coração, mas queria que ela soubesse que estava ali por ela.

Os pensamentos estavam tensos, tomando rumos caóticos sem tivesse a oportunidade de controlá-los, assim que sentiu a conexão quebrada, seus joelhos cederam, levando-o ao chão.

Estaria mentindo se dissesse que não esperava por Afrodite, embora em seu íntimo, soubesse que nunca estivera realmente com ela, sempre sendo amante, mesmo quando se tornará oficial.

Fora o final de uma longa era, doía pensar nisso, mas não a recriminava, estava alegre por sua felicidade, pois jamais vira aquele brilho nos olhos dela.

Braços delicados o circularam, fazendo-o chorar copiosamente, era a primeira vez que deixava seus sentimentos tomarem a frente.

"Seu olhar estava perdido no horizonte, vislumbrando a colisão de dois astros, quando uma terceira estrela se intrometeu, empurrando por completo a segunda e assumindo uma fusão, deixando aquela estrela solitária explodir sozinha.

— Está pegando o costume de olhar para elas com um ar melancólico demais, sabe podemos pensar em algo para fazer, se aceitar, posso trazer meus jogos de tabuleiro! — Astreia senta-se ao seu lado, olhando-o animadamente.

Suspirou pesado.

— Mulher, você me vê jogando damas? — resmungou entediado.

— Desculpa, deveria imaginar que um jogo onde se tenha que pensar é difícil para você! — Astreia retruca emburrada.

Olhou-a furiosamente, até vê-la com um brilho no olhar.

— Ao menos consegui uma reação! Estou apenas tentando distraí-lo, está muito triste esses dias — ela responde olhando em direção aos astros à frente.

Sabia disso, a saudade estava o matando aos poucos, queria estar com a família.

Olhou ansioso para a moeda com emblema de serpente que carregava, até ela brilhar em suas mãos, deixando-o ansioso.

— Vem! — Astreia fala puxando-o em direção a uma das colunas perto das estrelas que explodiram.

Um portal fora aberto, por longos segundos nada acontecerá, até uma leve nuvem serpentar todo o portal, a primeira imagem que notou fora Afrodite. Tão bela quanto se lembrava, estava radiante sorrindo em sua direção, queria ir até ela, mas a mão firme de Astreia o manteve no lugar.

— É uma comunicação, não pode tocá-la — Astreia respondeu firme.

Assentiu se aproximando para analisar melhor o portal.

— Senti tanto a sua falta! Cadê meus filhos?! Eles estão bem? — perguntou ansioso.

— Também sentimos muito a sua falta, eles estão bem — ela sorri amorosamente.

— Céus, eu daria tudo para abraçá-la, sentir seu calor... estou com muita saudade de você! — sussurrou saudoso fazendo-a desviar o olhar, sorriu ao pensar que talvez ela não estivesse sozinha do outro lado.

— Quero vê-los também, estou louco de saudades! Me mostre eles! — pediu ansioso.

— Ares... antes precisamos conversar — Afrodite olhou-o firme.

Um aperto em seu coração o fez ofegar, que não tivesse acontecido nada com seus filhos!

— Aconteceu algo? — ela fez uma careta assim que escutou a pergunta, aumentando sua aflição — Evie... ela está bem?! Ou foi Eros? Ele é imprudente às vezes... não me diga que foi Anteros!

— Ares, me escuta! — Ela pede ansiosa.

Assentiu ainda tenso.

— Nossos filhos estão bem, não se preocupe com isso. Os meninos estão lidando bem com tudo, pela primeira vez agindo como adultos, já nossa pequena está crescendo tanto, apesar de todas as dificuldades, ela está seguindo bem.

Suspirou aliviado, saber aquilo era um bálsamo para sua alma.

— Então o que quer falar? — perguntou curioso fazendo-a suspirar.

— Ares, muitas coisas aconteceram, após muito tempo, eu realmente parei para analisar tudo, sei o quanto te magoei com a vida que levava, no fundo, sempre soube que não merecia você. Mesmo assim você esteve lá ao meu lado em todos os momentos, não importando o que tivesse que enfrentar, apenas para estar comigo.

— Normal, eu amo você! — respondeu sincero.

O choro dela rompeu-se, aumentando sua aflição.

— Eu te amo muito, você é o pai dos meus filhos e meu carinho por você cresceu a cada dia, sinto muito por não dar o valor que merecia, pois eu sei o quanto fui fútil e sempre pensei somente em mim, me esquecendo do que realmente era importante.

Lentamente fora sentindo um peso em seu coração, por que sentia que aquilo era uma despedida?

— Afrodite... o quê você quer dizer?

— Ares, eu amo você, sempre terá um lugar especial em meu coração, mas eu não posso mais te magoar, não estou mais apaixonada por você, há muito tempo na verdade e eu sei que sabe disso. Não entendo o motivo, mas quando estive com Thanatos... meu coração se uniu a ele, nunca foi apenas luxúria, por isso preciso ser honesta com você... Nós estamos juntos...

O peso que sentia em seu coração pareceu aumentar drasticamente, o brilho nos olhos dela ao falar que estava unida àquele que sempre quis era tão grande que por mais que tentasse, era impossível não sentir dor ao contemplar aquilo.

Thanatos teria o que nunca teve, o amor incondicional dela, era egoísmo sentir aquele aperto no peito?

— Entendo... eu... desejo que sejam felizes — tentou sorrir, escondendo os sentimentos que sentia.

— Ares, me perdoa... tudo que não queria era magoar você, se eu pudesse mudar isso... — os soluços dela preencheram o ambiente por alguns segundos, deixando seu coração pesado.

— Afrodite, por mais irônico que seja... não se pode controlar esses sentimentos, mesmo sendo a Deusa do amor, seu coração escolheu ele por um motivo, não posso condená-la.

Aquela era a resposta certa, sentia isso, mesmo que seu coração estivesse completamente destruído."

Seus soluços preenchiam o ambiente a medida que as lembranças se faziam presentes, quanto mais lembrava dos momentos bons, mais vinha em sua mente as palavras dela.

Acabou...

Não seria nada além de um mera lembrança de momentos avulsos, aquilo doía como inferno!

Amor era uma droga!

— Talvez mereça essa dor — suspirou pesadamente.

Seu rosto fora segurado rapidamente, o semblante antes compadecido da Deusa, agora era feroz.

— Ninguém merece esse sofrimento! A vida é um caminho instável, somos surpreendidos o tempo inteiro! — Astreia afirma fazendo-o rir.

— Sou o Deus da guerra, o caos está no caminho que lidero, morte e a guerra sangrenta fazem parte de mim desde que nasci, muitos preferem Atena que a mim, até mesmo meu pai!

Riu em meio as lágrimas, chamado de "maldição dos homens", estar daquele jeito era muita hipocrisia!

— Só por que fez algo ruim-

— Não seja idiota, você mesma não gosta de mim! — interrompeu-a furiosamente.

— Não é totalmente verdade-

— Astreia, eu amo as guerras, derramar sangue e sair vitorioso de cada batalha, sou violento e incompreensível, tudo aquilo que você mesma já disse, sou desprezível! — olhou-a irritado.

Ela corou desviando o olhar por alguns segundos e então olhou decidida em sua direção.

— Sim, você é tudo isso, mas também é o ser com o coração maior que já vi, um pai amoroso e protetor, capaz de amar incondicionalmente os seus, até mesmo quem não possui seu sangue. Um homem apaixonado que não mede esforços para estar ao lado de quem ama, colocando suas vontades de escanteio, muitas vezes ignorando seus próprios desejos, esse é você!

Assumiu um semblante assustado ao escutá-la dizer aquilo tudo, ela falava como se o conhecesse!

— Você não sabe o que diz! Fugiu da humanidade por que se assustou com que viu, me diga uma coisa, já amou alguém? — a pergunta a fez corar tão violentamente que acreditará que ela passaria mal.

— Não... mas não significa que seja leiga — ela respondeu timidamente.

Suspirou pesadamente.

Puxou-a para seus braços, fazendo-a arregalar os olhos, o corpo era pequeno contra o seu, não fizera nenhum movimento além de segurar o queixo em direção ao seu rosto.

— Amor entre dois seres é algo que nunca se pode saber o final, o início é assim, um fogo que parece interminável, mas até mesmo ele se apaga — sussurrou pesado.

— Está errado... — as mãos delicadas foram em direção aos seus ombros deixando-o atônito com a ousadia.

— Está falando sobre o desejo entre dois seres, esse é um fogo que se apaga em algum momento, amor não termina, ele se transforma e você sabe disso, por mais que a ame, não está mais apaixonado por ela — ela sussurra sem tirar os olhos dos seus.

Não estava mais apaixonado por Afrodite?!

Aquilo era a mais pura mentira!

Desde que realmente a viu, nenhum outro sentimento se apossou de seu coração, só sabia amá-la, era impossível que aqueles intensos sentimentos tivessem se apagado sem que soubesse disso.

— O q-quê?! — quase praguejou por gaguejar.

O que estava acontecendo consigo?!

A mão delicada deslocou-se de seu ombro em direção ao seu peito, exatamente sobre seu coração, os olhos verdes intensos brilhavam exatamente como uma explosão de dois astros, algo tão puro e belo.

— Está sofrendo o que é normal, afinal um ciclo em sua vida se encerrou, mas seu coração já esperava por isso. Seja honesto consigo mesmo, você amava apaixonadamente Afrodite tal qual amou no primeiro momento?

A pergunta pegou-o desprevenido, pela primeira vez não soubera respondê-la, o motivo não sabia, mas tudo que conseguia pensar era na razão de seu coração bater descontroladamente sem motivo algum!

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