Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 2 - Aura Assustadora

A imagem desse capítulo é do pinterest, crédito ao autor.

Capítulo possuí 3326 palavras.

Aura é como se fosse a manifestação dos seus poderes, quando suas auras estão "se mostrando", isto quer dizer que seus poderes estão se manifestando.

Boa leitura 🖤

Os meses se passaram tão rapidamente para seu desprazer, pois curtia a cada instante daquela gravidez, sua barriga estava enorme, diferente de Eros e Anteros, assim como seus desejos, estavam mais intensos, era um amor ver seus filhos realizando todos eles, assim como Ares, vendo-o amando aquele ser que não era dele, fez seu coração admirá-lo ainda mais.

Som de passos tirou-a de seus pensamentos, não precisava focar para saber quem era, apenas seus filhos e Ares sabiam onde estava, desde que engravidara, estava escondida, preferiu não comunicar a ninguém, Ares acatou seu pedido, embora fizesse papel de pai. Seus olhos vagaram por onde vinha o barulho, não conseguiu evitar sorrir ao vê-lo com um pequeno urso de pelúcia, era engraçado ver o quanto ele era amoroso.

— Para minha menininha — Ares fala amoroso, colocando a pelúcia contra sua barriga avantajada, como se estivesse apresentando-a para o bebê.

— Como sabe que é menina? — não conteve o sorriso ao ver os olhos brilhantes dele.

— Eu sinto, você não? — ele perguntou colocando a mão sob seu ventre, não fora surpresa sentir o ondular, o bebê sempre ficava assim perto dele, ao longo dos oito meses eles tinham um laço muito lindo.

Um chute mais forte que o esperado a fez se curvar, de imediato sentiu as mãos de Ares segurando-a com delicadeza, não precisou falar nada, seu olhar sério em direção ao seu ventre dissera tudo, ainda faltava um mês, mas ao que parece a criança não queria esperar.

Com toda delicadeza do mundo, fora colocada sob a cama, as contrações a faziam se contorcer sob a ela, a dor intensa se espalhava por todo seu ser, era alucinante, não sentira nada disto em suas gestações anteriores.

— Afrodite, devemos chamar-

— Ninguém pode saber, você prometeu! — interrompeu-o nervosa, ele não poderia traí-la aquela altura do campeonato.

O pavor cobria todo seu ser, apenas o pensamento que os outros, principalmente Thanatos soubesse de seu filho era apavorante, um ponto que insistia em sua mente era a lembrança de como funcionara a sua gestação, como se o feto não fosse compatível com seu corpo. Era uma Deusa forte, jamais ficara doente, no entanto, ao longo dos meses tivera que ter cuidados redobrados, isto apenas a fazia pensar no quanto aquele ser era igual ao pai, somente o pensamento do bebê não ter nada dela era apavorante, pois sabia que no momento que o Deus da morte tomasse conhecimento disto, tomaria o seu bebê.

Seu olhar focou naqueles incríveis olhos acinzentados de Ares, a mão enorme do Deus da guerra tomou a sua com tanta delicadeza que a fez chorar, não precisava ter medo, ele jamais a trairia.

— Fique calma, eu... eu vou ajudá-la — ele falou tremulamente, se fosse em outra ocasião riria da sua cara de espanto, mas naquele momento tudo que importava era o ser que carregava.

O suor escorria pela sua face, as horas passavam e a dor continuava intensa, estava cansada, a mão de Ares sob a sua era como uma âncora, o parto começara de manhã, estendendo-se ao longo do dia, era quase meia-noite, quando sentira que finalmente o bebê nasceria, lembrou-se de todas às vezes que o sentiu em sua barriga, o sentimento de amor que se multiplicou ao longo dos meses, tudo isto lhe deu forças.

Um choro preencheu o ambiente fazendo seus olhos marejarem, olhou aflita para Ares que segurava o pequeno ser com uma adoração em seu rosto.

— É uma menina! — ele comenta alegre, fazendo-a rir em meio as lágrimas.

— Como vamos chamá-la? — perguntou emocionada, fazendo-o olhá-la com espanto.

Ares olhou para o ser pequeno em seus braços enormes por longos minutos, até sorrir meigamente, a pequena parara de chorar olhando-o com atenção.

— Evie que significa vida, pois é isto que ela trouxe para gente — Ares fala timidamente, ocasionando em um sorriso aberto em seu rosto.

Sem tirar os olhos do pequeno ser, ele a colocou sob seus braços, ficara encantada olhando-a com devoção, os cabelos eram em um tom de vermelho intenso, uma mistura dela e do pai, a pele extremamente pálida de Thanatos, não era apenas isto que a pequena tinha do pai, seu rosto lembrava por completo ao dele, assim como a sua aura, Evie não possuía nada dela.

Quando os olhos da pequena se abriram, não conteve o sorriso ao ver seus olhos, um tão azul quanto o seu e o outro extremamente escuro, ao menos ela tinha algo de si. O choro gradual de Evie preencheu o ambiente, assim como sua aura avassaladora, ficara pasma ao ver ela possuía uma aura mais assassina que do próprio Thanatos.

A pressão que a pequena fazia, mesmo sem querer, estava a deixando sem ar, naquele instante percebera o motivo da sua gravidez ser tão complicada, aquele ser era completamente oposto a ela, totalmente voltado para a escuridão, logo não poderia viver no Olimpo, perceber isto partiu seu coração.

— Afrodite, precisamos fazer algo! — Ares fala agoniado ao vê-la passando mal.

Não tivera tempo de falar, antes da escuridão tomá-la por completo, somente pensou na menina em seus braços e no amor que sentia por ela, não queria viver longe da sua pequena.

✯❍

O som de vozes histéricas chegaram até seus ouvidos, deixando-a mais tonta, abriu os olhos lentamente, tentando se acostumar com a claridade do local.

— Ares, se seu pai souber disto, ele matará à todos! — a voz raivosa de Hera a fez abrir rapidamente os olhos.

O choque a preencheu em primeiro lugar, pois via Ares em postura de batalha, como se estivesse prestes a lutar contra a sua própria mãe, ficara confusa em primeiro lugar, até perceber seus filhos protegendo a pequena em seu berço, eles estavam defendendo-a!

— O que está acontecendo? — a sua voz os fez pararem de brigar de imediato.

Ares olhou-a claramente aliviado, mas não sairá de sua postura de combate, percebera as veias saltadas ao máximo, poucas vezes o vira daquela forma.

— Afrodite, se lembra da profecia das Moiras? — Hera perguntou seriamente, fazendo-a franzir o cenho lembrando da profecia que elas fizeram a uns milhares de anos, acreditava que aquilo não passava de um mito, pois o tempo passara e nada ocorreu.

Claro que sabia, todas as filhas de Urano foram proibidas de terem filhos, mesmo que os Deuses descartassem essa profecia por acreditarem se tratar de um mito, a ordem ainda prevalecia.

— Afrodite, você é filha de Urano e pela aura dessa criança, se uniu a Thanatos, filho de Nix, uma Deusa primordial! — Hera falou com a voz levemente trêmula.

"A filha de um Deus primordial, aquele que um dia reinou sob os Deuses, que irradia pura luz se unirá ao filho das trevas, dessa união profana nascerá um ser, carregando o próprio caos em seu interior, uma titânides, destinada a trazer o reinado dos destronados, ela será capaz de trazer de volta os Deuses primordiais."

A voz de Átropo ecoou em sua cabeça como uma lembrança dolorosa, não considerou que aquilo poderia ser sobre ela, durante os meses que se seguiram de sua gravidez, em nenhum momento se lembrou da maldita profecia, nem mesmo os demais sabiam da existência de sua filha, então não sofrera nada.

Seus olhos se voltaram para Ares que se mantinha olhando seriamente para sua mãe, naquele momento entendera o motivo dele estar daquela maneira, a Deusa pretendia matar sua filha!

— Hera, por favor! — levantou-se com dificuldade, não poderia deixar aquilo ocorrer, nem que precisasse matar a Deusa.

— Afrodite, sabe o que acontecerá, não tenho escolha — Hera fala com pesar em sua voz.

— Mãe, ela é minha filha, por favor! — Ares fala com a voz quebrada, ocasionando em um olhar de dor em Hera.

A Deusa a olhou como se a culpasse pelo sofrimento de seu filho, por um lado, se sentia triste por Ares, mas vendo-o disposto a lutar para contra sua própria mãe para proteger sua filha, fez o sentimento de admiração que sentia por ele crescer.

— Ela não é sua filha, não deveria ter se apegado a menina! — Hera retruca após um longo tempo.

— Eu cuidei de todos os enjoos de Afrodite, dei carinho, amor e atenção para essa criança, como ousa dizer que não sou o pai apenas porque a semente não foi minha?! — Ares pergunta furioso, ocasionando em um olhar assustado em Hera.

— Filho me escuta, essa criança é da profecia, ela destruirá os Deuses! — Hera retrucou tremulamente.

Ares olhou para mãe e então direcionou o olhar para a pequena que dormia tranquila em seu berço, não ligando para a confusão do local.

— Então esconda seu poder, por favor! — Ares implorou para Hera que arregalou os olhos em sua direção.

A Deusa possuía poder mental, não seria totalmente eficaz, mas seria o suficiente para esconder seu poder e aura, melhor com ela ainda bebê, pois, não possuía noção alguma.

— Mãe, estou aqui te implorando, faça isso por mim, essa menina me trouxe alegria, se matá-la, eu morrei junto dela! — Ares falou completamente rendido, surpreendendo-as.

Sabia do laço que ele desenvolvera com a pequena, conseguia sentir o amor puro e verdadeiro de pai que ele possuía, era o mesmo que tinha pelos seus filhos, não existia distinção nenhuma ali.

— Jamais a perdoarei Afrodite, nunca quis que meus filhos sofressem o mesmo que eu — Hera fala calmamente se encaminhando para o berço, manteve-se em alerta perante ao movimento da Deusa, ao contrário de Ares que relaxou de imediato, como se soubesse o que ela faria.

As palavras de Hera a machucaram completamente, pois sabia do que ela estava falando, por eras a Deusa fora obrigada a suportar os filhos das traições de Zeus, por muitas vezes, sendo compelida a aceitar esses descendentes. Agora era ela quem fazia Ares passar por isto, apesar do Deus sentir amor real pela sua criança, não tirava o fato ele viver o mesmo que sua mãe.

Mnemocinese — a voz melodiosa de Hera a despertou de seus pensamentos, olhou-a em choque ao perceber o que ela fazia.

Sem pensar, apesar da dificuldade que sentia, seu corpo ainda estava dolorido pelo parto complicado, correra até o berço, seus olhos analisando a pequena por completo, a procura de algum machucado.

Ela estava bem, então o que aconteceu?

— Fique tranquila, eu roubei a memória de seus poderes, assim como a aura, coloquei ela parecida com a sua, esse poder não se manterá por muito tempo, teremos que fazer isto regularmente — Hera respondeu a sua pergunta silenciosa.

Olhou-a completamente surpresa pelo seu gesto, pois a Deusa estava indo contra seu próprio marido, protegendo um ser que de acordo com as lendas, destronaria os Deuses do Olimpo!

— Eu fiz isto por amor ao meu filho, não quero que ele sofra — Hera fala olhando-a com seriedade, naquele instante sentiu todo o amor que ela possuía por Ares, a entendeu completamente.

— Obrigada por isto, não tenho palavras, mas obrigada! — não conteve as lágrimas de alívio, sua pequena estaria segura, ao menos por enquanto.

— Afrodite, essa criança precisa ficar escondida, ninguém pode saber da sua existência, quando ela crescer, podemos inventar algo sobre sua origem, até lá, ninguém pode saber dela! — Hera fala tomando as suas mãos com insistência.

Olhou para a pequena que dormia calmamente em seu berço, não deixaria nada acontecer a ela, lutaria pelo seu futuro, mesmo que isto a colocasse contra os Deuses.

Os seus movimentos estavam focados nele, era irritante o fato de ter as pernas tão curtas, sabia que não deveria se cobrar tanto, possuía apenas dezoito anos, ao contrário dos milênios que seu pai tinha. Seu corpo estava coberto de suor, ele não pegava leve em seus treinamentos, sorte que possuía, pois, ele a queria forte.

Adorava seus treinamentos de combate, afinal ele era o Deus da guerra, ninguém era melhor que ele, apenas sua opinião importava, possuía uma grande admiração por ele, apesar de ser um Deus que era destinado à guerras, não conhecia ninguém mais gentil que ele, seu enorme corpo abrigava seu coração ainda maior, era sortuda por tê-lo em sua vida.

Aproveitava cada momento que podia, afinal ele tinha seus deveres como Deus, um fato que a irritava um pouco, não era permitida a sua saída dos domínios de sua mãe, então apenas possuía contato com a sua família, não que reclamasse disto, amava-os demais. Seus irmãos eram os melhores que poderia ter, um tanto irritantes, confessava, principalmente Eros, isto era pelo fato dele ser o Deus do amor, se julgava melhor que todos, de fato ele era, mas não era algo que ele precisava saber, seu ego já era grande.

Ele e Anteros a tratavam como uma preciosidade que precisava ser protegida, por isto em seus treinamentos, pegavam leve, menos quando Eros a ensinava a manusear o arco, durante esses instantes ele se tornava perfeccionista e não a fazia parar até sua mira ser perfeita.

— Foco Evie, não pode ficar divagando em uma luta! — Ares fala chamando a sua atenção.

Somente tivera tempo de erguer os braços em defesa contra seu soco, apesar de voar por metros, não encontrou o chão, pois sentira os braços fortes dele segurando-a com firmeza.

— Está bem? — Ares pergunta preocupado, fazendo-a rir.

— Papai, não seja tão protetor, se eu não me machucar, não vou conseguir aprender a lutar — respondeu risonha ouvindo-o bufar.

Ele colocou-se em postura de combate, esperando seu ataque, analisou com cautela, a primeira lição era analisar suas opções, não poderia lutar cegamente, ainda mais contra ele. Seus punhos se fecharam, passou a mirá-los em direção ao Deus, que se defendeu com maestria, durante vários minutos ficaram naquela dança, até ele levantar a mão, sinal de parada.

— Já é meio-dia, sua mãe nos espera, vamos pequena guerreira — ele falou carinhosamente, fazendo-a suspirar desgostosa.

Isto significava que demoraria para vê-lo, não somente ele, mas sua família inteira estaria fora, ao menos uma vez no mês aquilo ocorria, eles saiam para se reunirem com os demais Deuses do Olimpo, jamais os viu, tudo que sabia era as histórias contadas por seus irmãos, aquele dia se sentia um tanto melancólica, não queria ficar sozinha.

— Sem essa cara triste, não iremos demorar! — Ares fala meigo, puxando-a para um abraço.

— Não posso ir? — perguntou olhando-o com esperança.

Os olhos do Deus se arregalaram completamente, sentiu o medo exalando dele, nunca o vira daquela maneira, era como se ele estivesse em pânico.

— Evie, já conversamos sobre isto, não é hora para apresentá-la aos Deuses — Ares respondeu um pouco estridente, observara sua voz um tanto trêmula, fazendo-a olhá-lo com desconfiança.

— Papai, somente queria saber o motivo de estar presa, queria poder sair — falou sem conter a tristeza em sua voz.

— Evie...

Não precisou olhá-lo para saber que ele estava com semblante desolado, conhecia bem as palavras que ele diria, afinal as escutava há muito tempo. Seus pais falaram que quando nasceu, seus poderes eram fortes demais, os Deuses a queriam por conta disso, não sabia o motivo, apenas sabia que eles queriam usá-la, por isto tivera que crescer escondida dos demais, ninguém além da sua família sabia da sua existência.

Entendia os motivos deles possuírem medo, mas era frustrante ficar presa, seus limites eram os domínios de sua mãe, ninguém ousava pisar lá, queria ser normal, poder sair, conhecer outras pessoas, ver outros lugares, nada disso era possível.

Muitas vezes se perguntava quando seria, afinal já estava com seus dezoito anos, pensara que naquela altura já poderia viver plenamente, mas pelo visto estava enganada.

✯❍

Não prestara a menor atenção no almoço, mesmo com a sua família demonstrando uma certa apreensão, se sentia presa naquele lugar, então fizera voto de silêncio, era infantil, sabia bem disto, mas não conseguia evitar a atitude, ainda mais quando percebia que havia peças que não se encaixavam.

A todo momento sentia que acontecia algo a mais, muitas vezes esse vislumbre ocorria tão rapidamente que chegara a acreditar ser coisa de sua cabeça, não ligava para o fato de quererem seu poder, este que não possuía, ao contrário dos irmãos que possuíam poderes de Deuses, não possuía nenhum, era veloz, mais que seu pai, embora não fosse tão habilidosa para combatê-lo, sua arma divina era uma pequena adaga que carregava consigo sempre em sua cintura, assim como sua mãe possuía um talento nato com as palavras, conseguindo manipular as pessoas ao seu redor, também possuía outras habilidades de Afrodite, mas colocando em comparação, nenhuma delas eram atraentes para os outros quererem roubá-la, afinal se quisessem, fariam isto com sua mãe.

— Eu ficarei com você, podemos fazer algo juntos — Anteros fala tirando-a de seus pensamentos.

— Claro, podemos fazer vários programas! — Eros continuou animado, fazendo o irmão suspirar exasperado.

— Eu não convidei você! — Anteros resmungou contrariado.

— Não preciso de convite — Eros retrucou bem-humorado.

Não conseguiu conter o olhar em sua direção, estava exasperada com ambos, principalmente por eles escolherem ficar consigo ao invés de seus deveres.

"A dias não conseguia sair a luz do sol, sua pele estava sensível, mas não era apenas isto que a deixava presa em seu quarto, afinal em uma hora de caminhada nos domínios de sua mãe, as plantas simplesmente murcharam e então morreram completamente, estava assustada, não sabia o que estava acontecendo, era como se tudo que tocasse virasse pó.

— Pequena, não pode ficar trancada para sempre — a voz de Anteros do outro lado da porta a fez suspirar, tinha a trancado, embora soubesse que se ele realmente quisesse entrar, simplesmente arrombaria.

Continuou em silêncio, não queria sair, assim como não queria falar com ninguém.

— Evie, não testa a minha paciência, vamos, saia desse quarto!— Eros vociferou com fúria.

Não respondeu, estava com medo de sair, o que acontecia que qualquer coisa viva que ficava ao seu redor morria?

Se ela ferisse sua família?

— Evie, não falarei novamente, vou derrubar essa porta! — Eros berrou furiosamente.

Não respondeu, menos ainda se movimentou para abri-la, por vários minutos, escutou os irmãos discutindo sobre o que era certo a se fazer, até um barulho interromper a discussão, olhou em choque para a porta, não acreditava que Eros tinha mesmo a quebrado, o rosto do irmão estava satisfeito, enquanto Anteros possuía uma veia saltada na testa.

— Custava deixar que eu lidasse com a situação? — Anteros perguntou irritado.

— Sou o irmão mais velho, os dois precisam me obedecer — Eros resmungou aproximando-se da cama onde estava.

Sentiu a ira emanando de Anteros, como se a qualquer momento ele fosse esganar Eros, por um instante temeu isto, até o irmão suspirar pesadamente olhando para o mais velho, como se estivesse prestes a falar com uma criança birrenta.

— Eros-

— Chega disso, ela precisa saber que faremos tudo por ela, mesmo que tenha que quebrar a porta todas às vezes que ela se fechar, jamais a deixarei sozinha! — Eros cortou o irmão.

Os olhos de Anteros arregalaram-se, até que ele sorriu minimamente entendendo os sentimentos do irmão, pois naquele instante conseguira sentir o amor fraterno sobrepondo a tudo."

Sorriu com suas lembranças, eles eram sempre assim consigo, sempre a protegendo e jamais a deixando sozinha, mesmo que para isso precisassem ficar ao seu lado em silêncio, eles o faziam, somente demonstrando seu amor fraternal, amava-os muito por isto.

Ficara tentada a aceitar seu convite, passar um tempo com eles não seria de todo ruim, mas sabia que era uma reunião que eles não poderiam deixar de ir.

— Obrigada, mas eu sei que essas reuniões são importantes, podemos fazer algo juntos depois — respondeu séria.

Os irmãos assentiram a contragosto, mas não contrariaram, não negaria que uma parte sua estava querendo ficar sozinha, precisava colocar seus pensamentos em ordem.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro