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Capítulo 18- Cuidando de você

O gif do capítulo foi retirado do pinterest, inclusive essa atriz foi a inspiração para a parecia da Evie em alguns aspectos e ela está no booktrailer 😁😁

Esse capítulo possuí 3700 palavras.

Boa leitura 🖤

O desespero percorria cada célula de seu corpo, como uma descarga elétrica. Jamais esteve tão incapacitado, assim como nunca experimentara ficar num local como aquele, mas surpreendentemente não era o local que o sufocava, mas sim, o intenso sentimento de dor que assolava seu coração.

— Está chorando! — Astreia balbuciou incrédula.

Automaticamente as mãos foram em direção ao seu rosto, notando que de fato estava molhado, nem ao menos notara que estava chorando.

— Ares, o que aconteceu? Saudade de casa? — Astreia pergunta gentil.

— Não sei, sinto um peso em meu coração, uma angústia... — respondeu sem olhá-la.

As mãos delicadas cobriram as suas, fazendo-o olhá-la de canto.

— Está pressentindo algo? — a voz tão gentil não fora capaz de acalmá-lo como das outras vezes, isso somente aumentava sua angústia.

Se nem mesmo os poderes dela o alcançavam, o que estava acontecendo?

Somente assentiu, incapaz de respondê-la, pois não havia resposta no momento.

Aquela era a primeira vez na sua vida que seu coração ficará daquela maneira, tão apertado, uma angústia parecia queimar em seu peito, esmagando-o com uma força exuberante, o ar logo fora ficando escasso, levando-o ao chão com a mão sob o peito.

— E-Evie...

A única palavra que passará em sua mente é a única que conseguirá pronunciar, sem pensar, simplesmente começou a correr em direção onde ela estava, não sabia como, mas seu coração o chamava.

Aproximando-se da sala, sentiu uma força extrema, um poder absurdo e intenso, apesar do ar estar mais denso naquele local, não pensou duas vezes em entrar.

Encontrá-la em agonia, fora o que mais deixou-o perplexo, ela estava de joelhos com as mãos sob a cabeça, completamente encharcada de suor, seus olhos em um profundo negro, até mesmo à esclera sumirá no meio da escuridão, seu olho azul fora completamente engolido.

Além de uma densa nuvem num negro profundo que a rodeava em um vórtice, com agulhas nas extremidades, evitando aproximações, seu olhar caiu em direção a Afrodite que estava aos berros, tentando se soltar de Nix, que a segurava com seus poderes, não dando chance para Afrodite, pois ela não conseguia lutar contra Nix.

Seu corpo agiu automaticamente, pisando ao lado dela, assim que entrou por completo no círculo que Nix fizera, sentiu seus poderes explodindo a rocha em milhares de pedaços, tudo simplesmente virou pó.

Escutá-la dizer seu nome aliviou um pouco a angústia que sentia, ao menos ela estava consciente, então quando ela caiu desmaiada em seus braços, sentiu um profundo ódio de quem a fizera passar por isso.

— Vem Afrodite! — ordenou enquanto saia com Evie desmaiada em seus braços.

— Espere! Posso ajudar! — a voz de Nix ecoou deixando-o furioso.

Olhou-a de canto, sem conter sua aura, ato que deixou-a em choque.

Fique longe dela! — sua voz sairá gradual e mais profunda, assustando não apenas Nix, mas Afrodite também.

Não esperou por respostas, estava louco para arrancar a cabeça da Deusa, mas o mais importante no momento era deixar Evie segura.

✯❍

O quarto estava cheio, a família de Evie a rodeava, os irmãos se mantinham um em cada lado da cama, apesar de perto, deixavam Thanatos e Afrodite avaliá-la, ambos estavam tentando curá-la, sem sucesso, pois as feridas que preencheram seu corpo eram tão profundas que não conseguiam curar por completo. Não notara isso de imediato quando a pegou no colo, pois sua prioridade era levá-la para longe daquela sala maldita, mas assim que a colocou sob a cama, viu aquelas profundas feridas.

— Minthe! — ordenou furioso.

Não conseguia conter o sentimento de culpa, não deveria tê-la deixado sozinha, se ela estava daquela forma a culpa era toda sua!

Era sua obrigação protegê-la e falhou!

— Senhor, chamou-me...

A voz de Minthe morreu ao ver a cena, percebeu que ela de imediato ficou abalada, não precisou falar nada para a ninfa, ela correu para perto de Evie, verificando primeiramente seu pulso, então as mãos dela brilharam em verde.

— Senhora Afrodite, por favor afaste-se um pouco, preciso checá-la e sua aura está muito oscilante, isso somente atrapalha — Minthe fala firme.

Thanatos puxou Afrodite para longe, isolando a área em volta da cama com seus poderes, impedindo que nossas auras atrapalhassem a ninfa, aproveitando a barreira Eros e Anteros usaram seus poderes para acalmar a mãe, pois da maneira que ela estava, daqui a pouco precisariam ajudá-la.

Então as mãos iluminadas de Minthe passaram a vagar por todo corpo de Evie, numa concentração extrema.

— Os poderes foram demais, apesar dela ser uma Deusa, seus poderes são de uma titânides, sua carne não suportou seus poderes. Normalmente ela aguentaria, mas eles foram ampliados — Minthe balbuciou incrédula.

Olhou para Afrodite que continha a mistura de pânico e arrependimento no semblante.

Que treinamento fizeram?!

Não tinha intenção de ser rude, mas estavam falando da sua Evie!

— Eu criei uma rocha, aquela que destruiu, usei meus poderes para canalizar energias das coordenadas, isso aumentaria o poder de quem estivesse ali — Nix comenta entrando no quarto sem que ninguém visse.

Virou-se com ódio em direção a Deusa, está que continha o semblante sereno.

—QUE PORRA TINHA NA CABEÇA?! — sua raiva queimava como puro fogo em seu interior, sua vontade era de matar a maldita.

— Você mesmo pediu para intensificar os treinos! — ela retruca audaciosa.

— Não era para matá-la no processo! — sua aura reagindo aos sentimentos intensos de ódio, começou a rodeá-lo e então como uma explosão, seus poderes foram em direção a Deusa que simplesmente ergueu a mão, formando uma barreira que a protegeu.

— Seu moleque insolente, com quem pensa que está lidando?! — a voz de Nix soará suave, mas tão intensa, assim como os poderes em resposta, estes que atingiram-no em cheio, fazendo-o cair sob os joelhos com a mão sob o peito.

A dificuldade para respirar era enorme, sabia que a Deusa usava seus poderes com magia para intensificar o ataque, mas jamais imaginou que ela fosse tão poderosa.

— CHEGA! — o grito de Thanatos a fez parar o ataque de imediato.

Os olhos da Deusa em direção ao próprio filho eram frios, assim como sua postura, então ela realmente possuía o coração de gelo?!

— Senhor Hades, a senhorita Evie precisa de cuidados, ela está toda machucada! — Minthe fala urgente.

A atenção foi toda em direção a pequena que estava mais pálida e com algumas manchas roxas pelo corpo.

— Posso cura-

— Não a quero perto de Evie novamente! — Thanatos cortou a fala de Nix, deixando-a surpresa.

— Não quis matá-la! — Nix retruca irritada, ocasionando em uma risada alta do Deus.

Olhou em choque em direção a Thanatos, nunca o tinha visto rir, menos ainda com um olhar tão assassino.

— Mãe, você é muitas coisas, mas burra não é uma delas, acredita mesmo que eu cai na sua de defendê-la dos Deuses? De querer ajudá-la em seus treinamentos? Você quer algo com isso, ainda não sei o que é, mas salvá-la não é, seu coração é tão frio quanto o próprio gelo, não sabe sentir nenhum sentimento! — Thanatos vociferou furiosamente.

Os olhos escuros de Nix assumiram um leve brilho malicioso, deixando-o em alerta e então ela sorriu docemente para o filho.

— Não a defendi por ela ser sua filha, me da nojo saber que foi fraco ao cair nos encantos dessa maldita, logo você que é tão perfeito, tantas Deusas para se deitar, mas felizmente ela lhe deu uma prole poderosa! Defendi Evie apenas para enfrentar os Deuses, principalmente aquele covarde do Zeus, mas infelizmente ele tem irmãos inteligentes. Agora sobre ajudá-la, realmente apenas quero treiná-la por experimento, ela foi criada com um objetivo e quero saber o que é, pois até agora não consigo ver o que ganham com isso.

Apesar de esperar essa resposta, o semblante de Thanatos desmoronou, assim como os presentes.

Sabia que deveria ficar de olho nos treinamentos de Evie, falara a verdade sobre confiar nela, mesmo assim fizera questão de deixar Afrodite junto dela, não imaginou que Nix faria algo com ela ali.

— Saia dos meus domínios, está expulsa daqui! — ordenou fazendo-a rir.

— Os Deuses ordenaram que eu ajudasse com-

Meus domínios quem manda sou eu, estou mandando sair educadamente, não sou meu irmão, acredite nisso! — interrompeu-a com fúria.

O olhar da Deusa caiu em Evie por longos segundos, antes de sumir em meio a uma névoa escura.

— O que podemos fazer para ajudar Evie? — perguntou olhando para Minthe que ainda mantinha as mãos sob Evie numa concentração invejável.

— Os pais dela tem que usar seus poderes de cura da luz e escuridão, mas em conjunto, precisa ser preciso e no mesmo instante e intensidade — Minthe ordena.

Ambos assentiram, aproximando-se da pequena, numa sintonia perfeita, as mãos vagaram pelo corpo de Evie, curando de imediato as feridas, até deixar nada além de uma fina camada de sangue sob sua pele. Assim que ambos acabaram, Minthe aproximou-se para avaliá-la novamente, com os poderes da ninfa, Evie gradualmente ficou com as bochechas vermelhas, parecia apenas estar dormindo.

— Ela ficará desacordada por algum tempo, embora nossos poderes a curaram, seu corpo e mente sofreu muito dano, ela precisa descansar — Minthe fala cambaleando, antes que pudesse cair, Anteros segurou-a.

— Acredito que usou seus poderes além que poderia — Anteros fala usando os seus para dá-la vigor, a ninfa assentiu desmaiando sob os braços do Deus.

Anteros olhou assustado em sua direção, fazendo-o rir fraco, era evidente que ele não conhecia as ninfas do submundo, principalmente as d'água.

— Anteros, pode levar Minthe até o Rio cócito?

— Ela não precisa de cuidados? —Anteros retrucou olhando para a ninfa em seus braços.

— Sim, o rio irá curá-la, não se preocupe, apesar dela ter exagerado com seus poderes, ela sabia o que estava fazendo, agora precisa apenas ficar perto da água, em algumas horas vai melhorar — respondeu fazendo-o assentir.

Ele saiu sem falar mais nada, com o olhar sob a ninfa.

— Conhece muito as ninfas... — Eros alfinetou deixando-o irritado.

— Eros agora não! — olhou surpreso para Thanatos, não esperava que ele agisse como padrasto.

O olhar irritado do Deus da morte retirou um leve sorriso em resposta, outro momento tiraria sarro.

— Vamos dividir as tarefas, sei que todos querem ficar com ela, mas tem seus deveres como Deuses, não é momento para chamar atenção do Olimpo, então todos vamos agir normalmente. No momento ela precisa tirar esse sangue da pele, Afrodite, pode dar banho nela?

A Deusa assentiu em resposta, não fora preciso ajudá-la a levar Evie até o banheiro, surpreendentemente Afrodite continha uma enorme força, em silêncio ele e Eros passaram a arrumar a cama, trocando por roupas limpas, queria deixar tudo confortável para ela.

Seu olhar não desviava nenhum segundo dela, esperando que ela acordasse, já haviam passado três dias, mas sem sinal que ela acordaria, isso aumentava sua angústia.

Sabia que sua mãe tramava algo, mesmo assim permitiu que sua filha corresse risco, não se perdoaria se a perdesse. Deveria tê-la cuidado melhor, agido como pai, embora não fizesse nem ideia de como, afinal aquilo era tão no novo quanto era para ela, mas de algo tinha plena certeza, não permitiria que ocorresse riscos novamente.

Evie era sua vida, saber que apesar de tudo, fora presenteado por uma menina tão doce, era mais que merecia!

Casualmente começou a afagar seus longos cabelos ruivos, ela era tão especial, não apenas por ser sua filha, mas continha um brilho especial e próprio, faria qualquer coisa para que esse brilho nunca se apagasse. Mesmo que morresse, pois sua vida nada valia perto da dela, pensar naquilo o fez chorar, tinha poderes sobre a vida, poderia ceifá-las com apenas um toque, mas estava morrendo de medo que algo lhe tirasse seu bem mais precioso, sua filha.

— Realmente não mentiu, ela é deslumbrante — a voz gradual de Morfeu preencheu o ambiente, fazendo-o suspirar.

Limpou o rosto discretamente, não que tivesse vergonha em expor seus sentimentos, mas naquele instante não queria roubar a cena, quando quem precisava de atenção era sua Evie.

— Eu disse para vir sozinho, Hipnos! — retrucou sem tirar os olhos da filha.

— Sabe que não controlo Morfeu — Hipnos resmunga emburrado.

— Não perderia a oportunidade de conhecer minha sobrinha, então não seja ranzinza! — Morfeu replica malicioso.

Suspirou profundamente, procurando calma, não valia a pena brigar com o irmão, afinal Morfeu somente fazia o que queria.

Com seu silêncio, ambos se aproximaram da cama, curiosos para finalmente vê-la. Pelo canto de olho notou Afrodite parada no batente da porta, sem saber o que fazer.

Apenas sua presença, o fez sorrir involuntariamente, ato que ela retribuiu, entrando timidamente e ficando ao seu lado.

— É uma bela criança, só de olhar consigo perceber o quão doce é, tem tanta sorte por tê-la, a alma dela é tão linda e amável! — Hipnos fala com a voz orgulhosa.

A mão dele tocou delicadamente a de Evie, de uma maneira tão leve quanto uma pluma, sorriu leve ao ver o semblante amoroso de ambos irmãos para a sobrinha, era bom saber que ela era amada.

— Concordo, aposto que essa parte é de Afrodite, pois você não é amável, Thanatos — Morfeu replica divertido fazendo seu sorriso morrer.

— Cala boca!

— Não seja malcriado, principalmente em frente a sua doce companheira, não vai nos apresentar? — Morfeu pergunta olhando-o com malícia.

— Já conhece Afrodite — resmungou irritado.

Os olhos roxos de Morfeu brilharam em pura malícia, deixando-o alerta.

— Não a conheço como sua companheira e mãe da sua única filha — Morfeu retruca fazendo-o suspirar.

— Afrodite, esses são meus irmãos idiotas, Morfeu e Hipnos — resmungou apontando para os dois fazendo-a rir — Idiotas, essa é Afrodite, minha companheira.

A menção dela como sua companheira a fez tremer contra seu corpo, fazendo-o sorrir leve, aquela era a primeira vez que anunciava em voz alta, um desejo que tinha a anos.

— Prazer conhecê-la como minha cunhada — Hipnos fala suave, numa reverência respeitosa.

— Sim, antes a conhecia apenas como a paixão secreta de Thanatos, sabia que ele sonhava com você? — Morfeu pergunta maroto e então emenda sorrindo largamente — Sonhos bem quentes, aliás, fico me perguntando se era uma reprodução de como Evie foi fabricada, ou se era apenas a imaginação dele.

Pela primeira vez em toda sua vida experimentará a vergonha, sentia suas bochechas quentes pela vergonha.

Sabia que o miserável não perderia a oportunidade, já que guardava a maldita piada há dezoito anos!

— Você é um pervertido! Fica de olho nos sonhos alheios! — resmungou irritado.

— Não me culpe, afinal nunca teve sonhos em toda sua existência, como queria que eu não ficasse curioso?! — Morfeu replica sorrindo.

Sentiu as bochechas quentes ocasionando em um leve riso nos presentes.

— Não fique com vergonha, sabe que não tem nada errado em sonhar com nossos amores... ainda mais em ter sonhos quentes com eles! — Morfeu cutuca sorrindo maroto.

Revirou os olhos, virando-se para Hipnos que parecia concentrado em Evie, afinal era o real propósito que o chamara ali. Seu olhar adquiriu um tom luminoso, naqueles incríveis olhos brancos.

— Consegue acordá-la? — perguntou ansioso.

Hipnos abriu lentamente os olhos, não fora preciso ele verbalizar, o entendimento se fez quando viu seu semblante desolado.

— Porquê? — sua pergunta sairá num sussurro, mas o irmão entendera, pois suspirou pesadamente, sabia que ele estava tentando ser gentil, principalmente por conta de Afrodite.

— Ela é muito forte, um Deus normal não aguentaria aquela carga de poder, mesmo seu corpo não sendo compatível, ela suportou bem, mesmo assim, ela precisa de tempo, acredito que uma ou duas semanas. É o tempo que seu cérebro vai levar para se curar por completo e sem danos, tentar acordá-la a força agora vai deixá-la com sequelas, não fora apenas seu corpo, mas seu cérebro que sofrera os danos — Hipnos fala com pesar na voz.

Ao escutar aquilo, o corpo de Afrodite cedeu, fazendo-a cambalear, seu braço segurou firmemente a cintura delgada, mantendo-a contra seu corpo.

— Nossa menina! — a Deusa começou a chorar em seu peitoral.

Vê-la tão frágil era terrível, ainda mais por conta da sua filha, se sentia duplamente inútil.

— Afrodite, ela está bem, apenas está se recuperando, sei que é difícil escutar isso, mas preciso ser honesto com vocês, era para ela ter morrido, esse foi o propósito daquele treinamento, testar quanto poder ela suportaria — a fala de Hipnos deixou-a mais abalada.

O choro compulsivo da Deusa, deixou todos sem ação, seu ímpeto fora abraçá-la com toda delicadeza e ternura, embora não soubesse se aquilo funcionaria, nunca ligará para sentimentos, nem ao menos sabia agir num momento como esse.

— Bela maneira de dar notícias! — Morfeu resmunga.

— Desculpa, não quis ser grosseiro, eu... desculpa — Hipnos fala envergonhado.

A mão de Morfeu delicadamente segurou a de Afrodite, fazendo-a olhá-lo em meio ao choro.

— Prometo a você que será no máximo duas semanas, ela vai acordar, cuidarei para que ela tenha lindos sonhos, isso aliás, vai ajudá-la — Morfeu garantiu com o semblante decidido.

Sorriu em direção ao irmão, embora ele fosse insuportável quando queria tirá-lo do sério, sempre que precisava dele, Morfeu sempre esteve lá.

Um largo suspiro escapou, assim como as lágrimas, doía vê-la deitada naquela cama sem que pudesse fazer nada, sentia-se tão culpada, fora fraca.

Nem ao menos percebera que ela estava sofrendo, somente quando a viu de joelhos percebeu, mas os braços firmes de Nix a mantiveram no lugar, nem mesmo seus poderes foram capaz de combater a Deusa.

Agradecia muito a Hades, se não fosse por ele, sua pequena agora estaria morta!

Ainda não conseguia compreender o laço que ele tinha com sua pequena, mas era grande e poderoso, o mais profundo amor que existia, algo que nem mesmo seus poderes alcançavam.

— Mãe, trouxe aquele livro para ler, Minthe falou que ela pode nos escutar — a voz de Anteros ecoou tirando-a de seus pensamentos.

Seu olhar foi em direção a porta, vendo Anteros e Eros, ambos passavam a maior parte do tempo com Evie, não queriam deixá-la só.

— Agora é Minthe isso, Minthe falou aquilo, esta bem próximo da ninfa — Eros apontou com malícia.

Pela primeira vez vira Anteros corar e desviar o olhar, a face tão vermelha quanto os cabelos de Evie, ato que chocou Eros também, antes que o filho mais velho falasse algo, sacudiu a cabeça.

Os sentimentos estavam desabrochando, não queria atrapalhar, ainda mais com aquele brilho no olhar cada vez que ele mencionava a ninfa, por mais que tivessem poderes, era preciso deixar os sentimentos fluírem por conta, sem nenhuma influência.

Duas malditas semanas, que apenas mantinha o olhar no corpo imóvel dela.

Ela estava aparentemente bem, seu corpo não apresentara nenhuma sequela, assim como sua mente, mas ela ainda não acordará, deixando todos completamente malucos.

Somente a via pela manhã e pela a noite, muitas vezes dormindo na beirada da cama, contemplando-a em seu sono.

Todos se desdobraram para cuidar dela, não deixando-a sozinha nenhum instante, apesar de proibir Nix de entrar em seus domínios, ela continha poderes que sobreponham os seus.

— Humm...

Seu corpo pareceu levar um choque ao escutar o leve murmúrio, aproximou-se da cama mais rápido que um raio.

Tão lentamente e de forma que o torturou, aqueles lindos olhos bicolores miraram os seus, com tanta intensidade que o deixou sem ar.

— Evie!

Suas mãos foram em direção ao delicado rosto, retirando um leve sorriso dela em resposta.

— Se-sede...

Ao escutá-la seu corpo agiu rapidamente, enchendo um copo e lhe entregando, vê-la sentada com as bochechas coradas aliviou seu coração.

— O que aconteceu? — a voz ainda estava rouca, pela falta de uso nas duas semanas, mas ainda era sua Evie.

Explicou com calma toda a situação, cada palavra a fazia ter uma reação diferente, deixando-o levemente encantado, se não estivesse disposto a levar a conversa até o final, ficaria distraído somente ao olhar para ela.

— Vou chamar sua família, eles estão loucos para vê-la! — anunciou animado.

A mão delicada cobriu a sua, impedindo-o de levantar, elevou a sobrancelha sem entender o motivo dela mantê-lo ali, o ato a fez corar levemente envergonhada.

— Espere, quero tomar um banho antes e não estou pronta para a bagunça deles — ela responde tímida.

Arregalou os olhos diante a fala, não seria problema, mas ela ainda não estava forte para tomar banho sozinha!

— Evie-

— Pode me ajudar com seus poderes, por favor — os olhos pedintes em sua direção deixou-o incapacitado, não conseguiria negar nada a ela.

Foi em direção ao banheiro, preparando com cuidado a banheira e deixando-a na temperatura ideal, perto deixou as roupas que ela usaria, por mais que sentisse seu sangue ferver ao tocar nos malditos pedaços de pano que ela chamava de lingerie, manteve-se quieto, sua Evie precisava dele, então não era hora de ser pervertido!

Com cuidado segurou-a em seus braços, sentindo-a se aninhar contra seu peitoral, não conteve o sorriso, diante a cena.

— Pode sair, eu vou me apoiar na banheira — ela fala corada.

Assentiu deixando-a do lado da banheira, assim que saiu, seus poderes das sombras entraram para auxiliá-la, embora não visse nada, conseguia sentir, aquilo era uma verdadeira tortura.

Por longos minutos, manteve-se parado perto da porta, pronto para invadir o local a qualquer sinal de barulho, mas não houve nenhum, somente um leve chamado dela.

Com cuidado extremo levou-a até a cama, o aroma dela estava por todo lugar, fazendo-o suspirar.

— Dormi tanto, mas estou cansada — ela fala suavemente.

— Normal, ainda esta se recuperando, não quer ver sua família? — perguntou sentando-se na cama ao seu lado.

— Falei com minha mãe, agora quero apenas dormir, amanhã cedo eles estarão aqui — ela responde deixando-o surpreso, se esquecia da ligação telepática que ela possuía com Afrodite.

— Vou deixá-la dormir, não quero cansá-la — falou abaixando-se para beijar sua testa.

— Hades?

A voz tão suave como um miado o paralisou, fazendo-o olhá-la curioso, o rosto delicado estava da mesma cor que seus lindos cabelos vermelhos, aumentando sua curiosidade.

— Sim?

— Dorme comigo? — ela pediu timidamente, mas com o olhar firme em sua direção.

Assentiu deitando-se ao seu lado e a puxando contra seu peito, o leve suspiro dela em deleite ocasionou em um reboliço em seu interior, poderia conquistar inúmeras riquezas, mas tê-la em seus braços fora a maior conquista de toda sua vida.

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