Capítulo 14- Visita a lua
A imagem desse capítulo é a representação dos domínios de Nanna, foi retirado do pinterest, crédito ao autor.
Esse capítulo possuí 3445 palavras.
Boa leitura 🖤
O coração estava acelerado de uma maneira que jamais sentira em sua existência, correu como nunca, até seus pés cansarem, as suas pernas tremeram, levando-a diretamente ao chão, teria se machucado feio se não fosse pelas mãos delicadas de Minthe, segurando-na com firmeza.
— Está bem? — Minthe pergunta ansiosa.
Olhou confusa em direção a ninfa, por que ela estava sendo gentil consigo?
Ela era uma das ninfas do Harém de Hades, certamente estivera com o Deus, então por que diferente de Adrastéia, ela a tratava bem?
— Estou bem... eu...
Sua voz morreu ao perceber o lugar onde estava, um campo florido com as mais belas flores que vira em sua vida, de uma beleza rara e estonteante, algo que não vira nem mesmo nos domínios de sua mãe. Era uma variedade infinita de cores, tão vibrantes e vivas, sob uma grama extremamente verde, tal qual jamais vira.
Que belo lugar era aquele?
— Campos elísios, é um lugar lindo, não? — Minthe perguntou com um sorriso meigo.
Desviou o olhar até a ninfa, seu semblante era sereno, sem nenhum tipo de sentimento ruim, ela não emanava nada além de gentileza pura. Observar isso a fez sorrir suavemente pois, pelo visto estava enganada a respeito da ninfa, apesar dela poder enganá-la, se fosse o caso, em seu íntimo não sentia isso.
— Sim, aqui é muito lindo — admitiu.
— Aqui é o lugar onde os bem-afortunados descansam — Minthe explicou suavemente, sentando-se sob uma pedra e batendo ao seu lado, para que sentasse junto dela.
Sentou-se timidamente, sentindo as bochechas corarem pelo olhar curioso dela em sua direção, ficar ao seu lado somente a fazia se lembrar do Deus.
Pensar nisso deixou um gosto amargo em seus lábios, era de seres como a bela ninfa que Hades se interessava, não por um ser tão inexperiente como ela.
— Você... hum... você é do harém, certo? — sua pergunta saiu como uma afirmativa, retirando um suave riso da ninfa.
— Isso é um problema? — Minthe pergunta divertida.
Não exatamente, mas como explicaria que nesse exato momento sentia vontade de matá-la, sendo que não tinha nada com a vida de Hades?
O sentimento queimava em seu peito, somente o pensamento dele encostando em outra, fosse apenas por luxúria, era agonizante.
Não o queria com outra, sendo bem honesta, não queria ele com ninguém além de si, pensar nele tocando elas com a mesma intimidade que a tocará, tratá-las de uma maneira diferente, era terrível, não queria isso.
O que estava sentindo?!
— Está com ciúme — Minthe afirmou lemente divertida, fazendo-a engasgar na própria saliva.
— Ciúme? O que... não sei do que fala — respondeu nervosa.
Os olhos tão intensamente verdes da ninfa a fitaram com um brilho divertido, deixando-a completamente rubra, o que retirou de Minthe uma graciosa risada em resposta.
— Não precisa admitir isso para mim, mas seja honesta consigo mesma — Minthe fala suavemente.
Honesta?
A ninfa acreditava que mentiria sobre isso?
Não sentia isso, não tinha motivos!
"Evie, eu... nos Deuses temos nossas necessidades, então por isso... mas é apenas isso, necessidade!"
A voz do Deus ecoou em sua mente, com aquela maldita explicação, ele precisava saciar suas necessidades com qualquer uma!
Pensar nisso fez seu peito apertar, assim como aquela queimação aumentar de forma exponencial.
Aquele sentimento que queimava em seu peito somente com o pensamento de vê-lo com outra, era ciúmes?
Como poderia ter ciúmes?
Fechou os olhos por um instante, lembrando-se das sensações que seu corpo ficará ao estar em contato com o dele, o desejo intenso que ele a tomasse, sem se importar com as consequências.
Admitia que o desejava, mas ciúmes não era um sentimento acompanhado de outros... românticos?
— Ciúmes é sentimento desencadeado pelo medo de perder algo ou alguém que ama, ele é irracional, despertado por sentimentos românticos — respondeu mecanicamente.
O riso divertido de Minthe ecoou pelo local, fazendo suas bochechas ficarem rubras.
— Ousa dizer que não sente nada por ele? — Minthe perguntou sarcástica.
Sentia?
O seu coração acelerava de maneira desregrada ao pensar no Deus, seu sorriso perfeitamente alinhado, os olhos acinzentados tão intensos em sua direção, como um belo enigma que adoraria resolver.
Não era possível sentir algo por ele, o conhecia a pouco tempo!
Aquilo era somente desejo, poderia nunca ter se entregado aos prazeres, mas ainda era suscetível ao desejo e Hades era muito desejável.
Ele era lindo, deslumbrante e totalmente atraente, então era normal estar interessada nele, contudo isso nada tinha a ver com amor.
Aliás, como poderia entregar seu coração a alguém que vivia como ele?
Não suportava essa maneira como os Deuses viviam, em um mundo de luxúria onde a traição era vista como algo comum e incentivado, somente esse pensamento ocasionava em uma profunda raiva em seu ser.
Era incompreensível essa maneira que eles viviam, tudo bem que a perspectiva de a eternidade com alguém era assustador e sentimentos mudavam, mas era preciso somente terminar tudo e não trair.
Qual era a porra da graça com a traição?
Nem poderia ser pela adrenalina de ser pego, pois pelo que percebera, os cônjuges sabiam e muitas vezes não se importavam, então qual o real motivo?!
Talvez fosse diferente por ter crescido longe dos outros Deuses, sem essas influências, mas seu ser ansiava por outra coisa, por mais que não admitisse em voz alta.
Era um ser pertencente ao submundo, mais precisamente às trevas, seus poderes eram totalmente opostos a luz, mesmo assim, ainda tinha um coração puro, queria alguém que preenchesse seu ser, que a amasse e a respeitasse, mostrasse o mundo que ansiava em conhecer, não a prendesse e nem ferisse seu ser, fossem cúmplices, amigos e acima de tudo, amantes.
Aquilo era errado de se pensar?
Fidelidade não era uma mera palavra, então não poderia permitir aquele sentimento crescer, para seu próprio bem.
— Os desejos de Hades somente podem ser atendidos por alguém que goste de mesma liberdade que ele, jamais poderia dá-lo isso — respondeu seriamente.
— Eu vi a maneira como estavam juntos, jamais o vi daquela forma com ninguém, nem mesmo comigo. Ele mudou, não é mais o mesmo e todas podemos ver isso — Minthe admitiu melancólica.
Olhou curiosa para a ninfa que mantinha o semblante sereno, apesar da leve tristeza que a rodeava.
— Vocês...
— Pertenço ao harém, mas não vivo nele, sou de certa maneira, privilegiada — ela respondeu triste.
— Privilegiada?
— Por muitas eras fui a amante favorita dele, adquirindo vantagens que nenhuma teve, cheguei a pensar que ele alguma hora me colocaria como sua esposa — Minthe admitiu tristemente.
Aquelas palavras machucaram seu coração, não somente pelo pensamento dele ter um relacionamento tão intenso com outra, mas pela empatia que sentiria pela tristeza nítida da ninfa.
Segurou a mão delicada, fazendo-a sorrir levemente, apesar da lágrima solitária que escorreu pela bela face.
— Ele jamais me tratou como rainha, nenhuma ousou sentar em seu trono, mas ele o fez por você. Evie, pode não saber, mas todos os privilégios e autoridade que tem aqui, foram dadas como se você fosse a rainha do submundo e desde instante que ele a conheceu, não tocou em mais ninguém, ele pode ter feito isso de maneira inconsciente, mas isso não diminui o feito — Minthe fala suavemente.
Olhou pasma em direção a ninfa, ele teria lhe dado autoridade como uma... rainha?!
— Ele só está sendo gentil, isso não tem nada com... não, ele não me deu autoridade como rainha — balbuciou nervosamente.
— Ele acredita verdadeiramente que é inocente e que deve controlar seus poderes, mas ainda é considerada uma prisioneira pelos Deuses, mesmo ele fazendo o que quer, não acha que tem liberdade demais para uma prisioneira? — Minthe pergunta divertida.
Minthe olhava divertida em sua direção, deixando-a confusa.
Não entendia a maneira que ele a tratava, agia com autoridade sobre suas tarefas como Deus, mas negligenciada as dos outros, tratando-na como uma visita em seus domínios.
— Ele não... está enganada — balbuciou incrédula.
— Ele é implacável, suas ordens são leis absolutas, todos evitam dizer seu nome, sejam Deuses ou mortais, para evitar provocar sua ira. Ele jamais foi alguém guiado pelas emoções, como está sendo desde que a conheceu e principalmente, ele jamais ficaria contra os irmãos, mesmo que não concordasse com eles. O Olimpo a vê como uma ameaça, Zeus em principal, ordenando que seja uma prisioneira, ato que Hades nunca cumpriu.
Olhou atônita para a ninfa, isso queria dizer...
Não!
Ele não sentia nada, era apenas luxúria, aliado com seus ideias, ele acreditava que era inocente, por isso era assim consigo!
— Isso não tem nada a ver com sentimentos, ele somente acredita que a liberdade vai me fazer bem, em contrapartida, ficarei controlada, por isso está agindo assim — respondeu mecanicamente.
A ninfa suspirou irritada, fazendo-a olhá-la pelo canto do olho.
— Se isso é verdade, por que ele desfez o harém? — Minthe perguntou séria.
Ele teria...
Não!
Por que ele teria desfeito seu harém?!
— O quê? Como sabe disso?!
— As ninfas podem se comunicar, recebi a mensagem assim que vim atrás de você, ele desfez o harém, todas acham que ele está apaixonado por você, perguntaram se ele a faria sua rainha, mas ele não respondeu, pelo contrário, agiu de forma tímida e inquietante, coisa que jamais fez — Minthe respondeu triste.
Hades... apaixonado?!
Não, isso não poderia ser verdade, o Deus apenas era...
A imagem do olhar intenso dele preencheu sua mente, ocasionando em um solavanco em seu coração, sentia-se a ponto de explodir.
— Não, isso não, está enganada — respondeu nervosa.
— Não estou, mas você não está pronta para isso, somente peço para que cuide do coração dele, meu senhor jamais amou, não quero que ele sofra — Minthe responde seria.
Seu olhar foi até a ninfa que mantinha um semblante triste, deixando-a sem graça, pois sentia os sentimentos vindos dela.
— Você o ama — afirmou sentindo uma leve culpa.
Não queria ocasionar dor nela, em princípio julgou que ela fosse ser igualmente a ninfa que conhecera, mas quanto mais conversava com ela, mais podia ver seu coração, tão puro e cheio de luz, a culpa a consumia por lhe trazer tristeza.
— Amo, por isso quero que ele seja feliz — ela admitiu sem alterar o semblante.
Escutar aquilo a surpreendeu, principalmente ao confirmar a veracidade das palavras em conjunto com os sentimentos da ninfa.
— Minthe-
— Está tudo bem, sempre tive a consciência do meu lugar, embora por um tempo acreditasse que isso poderia mudar. O amor que sinto por ele é grande, mas quando amamos alguém, queremos a sua felicidade, então fico verdadeiramente feliz que seja você, consigo ver sua alma, tão pura, isso me alegra, pois sei que ele será feliz ao seu lado — Minthe a interrompeu.
Seguiu o olhar da ninfa, até o céu levemente alaranjado, aquela fora a primeira vez que pudera contemplá-lo, então ficou em silêncio, respeitando a dor de Minthe.
Seu olhar percorria o Olimpo como os olhos de uma águia, o tempo passara, mas não conseguia esquecer aquela afronta, sua própria família o apunhalou, esperava a traição de todos, menos de Hera e Ares, saber que eles agiram daquela maneira, queimava como lava em seu coração.
Não importava o que aquela titânides representava ao seu filho, menos ainda se ela conseguisse realmente controlar seus poderes, pois ela seria morta no final, asseguraria isso!
— Senhor Zeus, perdoe-me pela interrupção, mas preciso lhe falar — a voz doce ecoou pelo recinto, assim como perfume.
Olhou por entre os ombros, ficando surpreso ao ver a ninfa, não era sua propriedade, mas sentia que já a vira antes, corpo voluptuoso e com roupas tão curtas que instigava seu sangue, cabelos e olhos numa cor intensa e incomum, jamais esqueceria um rosto belo daquele.
— Sou... ou melhor, era uma das ninfas de Hades — ela respondeu irritada.
Fora impossível conter a confusão em seu semblante, o que a propriedade de Hades estava fazendo ali?
Não que recusasse as ninfas de outros Deuses, mas naquele momento não queria nenhuma ligação com o irmão.
Seu cenho cerrou ao perceber suas palavras.
— Era?
— Ele desfez seu harém, por conta daquela... Deusa — a ninfa respondeu com nojo evidente.
Olhou incrédulo em direção a ninfa, seu irmão não poderia estar envolvido com uma maldita titânides!
— Como?!
— Ele a trata como uma rainha, todos tem que obedecê-la, até mesmo permitiu que sentasse em seu trono, ao lado dele! — a ninfa respondeu com raiva.
Seu irmão jamais expressara vontade no casamento, então porque agir daquela forma?!
"Uma dor latente o fazia suspirar, o lado da pancada estava inchado, não conseguira aplacar a dor.
— Ela exagerou dessa vez! — resmungou ao mergulhar novamente a cabeça no gelo, procurando aplacar aquela dor.
Os risos dos irmãos ecoaram irritantemente pelo local, deixando-o mais carrancudo.
— Ninguém mandou trair Hera na frente da mesma! — Poseidon retruca divertido.
Revirou os olhos diante a hipocrisia, como se ele fosse exemplo de fidelidade!
— Cala a boca, minha cabeça está latejando! — resmungou irritado.
— Agradeça que ela acertou sua cabeça, poderia ter acertado sua genital, apesar que seria um serviço para todos — Hades replica perverso.
Ergueu a cabeça para olhar em direção aos irmãos, estes que não escondiam a alegria de vê-lo daquela maneira.
— Quando estiver nessa situação, vou rir de você! — ameaçou emburrado fazendo-o rir.
— Espere sentado, pois não vou casar! — Hades responde divertido.
Poseidon olhou confuso em direção ao irmão mais velho, assim como o fez, que história era aquela?!
Certo que o irmão fugia de Deuses como Eros e Afrodite, por conta de seus poderes, pois não poderia permitir se apaixonar, mas ao ponto de não casar?!
— Não quer ter sua própria prole? — perguntou confuso.
Hades olhou incrédulo em sua direção, assim como Poseidon, deixando-o confuso.
— O quê?
— Fala isso como se fosse algo que se importasse — Poseidon responde rindo.
— Não entendi — olhou confuso para o irmão mais velho, fazendo-o suspirar.
— Não dá atenção a SUA própria prole, acredita que tem algum direito de comentar sobre? — Hades responde num suspiro.
Revirou os olhos irritado, mergulhando a cabeça novamente no gelo, conversar com os irmãos sobre matrimônio e filhos, após ser pego traindo sua esposa, somente aumentava sua dor de cabeça."
Saiu de seus pensamentos sentindo uma irritação sem fim, aquele idiota afirmou que não queria um casamento e nem filhos, agora estava se engraçando com uma titânide!
Isso tudo para que?!
Não se importava com quem ele se envolvesse, mas não poderia permitir que Hades ficasse com a maldita.
A raiva que sentia preencheu seu ser de forma desmedida, espalhando-se como correntes elétricas pelo seu corpo, até ocasionar em uma explosão, os céus ficaram cobertos pelos raios furiosos, aquela maldita morreria, nem que fosse preciso usar suas próprias mãos!
✯❍
O vento circulava em sua volta, como uma leve brisa, isso lhe dava uma sensação de paz, por um momento até mesmo esquecera do motivo para estar ali, pois o ar contido no local, era de uma tremenda harmonia.
Seu olhar seguiu-se até o majestoso castelo, acima das nuvens, erguendo-se como um verdadeiro colosso, tão brilhante quanto a lua, inteiramente coberto de prata, num tom tão puro e intenso, realmente era um belo domínio, isso não poderia negar.
Seguiu firme, adentrando no castelo sem avisar sua presença. O interior era tão incrível quanto seu exterior, o teto era feito de céu aberto, uma clara magia do verdadeiro céu, onde podia ver todos as constelações, planetas e galáxias, assim como a lua, em todas as suas fases.
O chão era um contraste, um branco tão puro e levemente brilhante, ao pisar suavemente, percebera que era como uma água cristalina, assim que seus pés afundaram, um zumbido fora escutado, antes que pudesse reagir, uma flecha perfurou seu ombro, fazendo-o cambalear e cair sob os joelhos.
— Porra Nanna, isso é maneira de receber um convidado?! — perguntou emburrado.
Nanna, o Deus sumério da lua direcionou o olhar vazio em sua direção, enquanto ergueu a mão direita, isso ocasionou em um puxão na flecha, como atraída pela gravidade, ela voltou para a mão do Deus que mantinha o semblante sério.
— Não é meu convidado, aliás, não se chega nos domínios alheios como se fosse íntimo! — Nanna respondeu irônico.
Suspirou irritado diante o olhar estoico, esquecera daquela personalidade irritante.
— Por que não pulamos as desavenças e vamos logo para a conversa interessante? — replicou irritado.
Nanna se contentou em rir, até mesmo o som de seu riso era diferente, tão vazio que o surpreendeu.
— Muita coragem em vir para meus domínios e exigir conversas, não tem mesmo vergonha nessa cara de idiota! — Nanna responde ácido.
— Nanna-
— Um líder por outro, poderia vingar An agora, o que acha? — Nanna o interrompeu avidamente.
Suspirou descontente, até mesmo quando estava disposto a resolver aquela questão, a pirralha atrapalhava!
— Foi a maldita titânides quem matou An! — replicou entredentes.
Nanna pendeu a cabeça levemente, sorrindo abertamente em sua direção, isso ocasionou em um largo arrepio em seu corpo.
Ele estava mais assustador ou era impressão?
— Se cuidasse do seu panteão da mesma maneira ávida da qual cuida em procurar mais vadias para foder, isso não teria acontecido bem embaixo de seu nariz! — Nanna apontou sem conter a voz irônica.
Sentiu a eletricidade percorrer seu corpo, nunca fora muito paciente e naquele momento o maldito estava ultrapassando os limites.
— Quero resolver essa merda, me unir a você para matá-la, então pare de ser temperamental! — respondeu irritado.
Nanna agora ria descontrolado, fazendo uma veia saltar em sua testa.
Como pudera esquecer o quão irritante o filho da puta era?!
— Um idiota que não tem controle sobre a esposa ou a prole, é tão patético! — Nanna resmunga maldoso.
— Não coloque minha família nessa questão! — vociferou irritado.
— Você é um maldito covarde, deixou aquela infeliz da Nix ditar tudo, agora não pode se intrometer diretamente, por isso está aqui, quer que eu faça o trabalho que você não fez! — Nanna respondeu irritado.
Revirou os olhos, sentindo uma enorme irritação tomar conta de seu corpo.
Será que o idiota não percebia que a questão mudara?!
— Meu irmão esta se envolvendo com a pirralha, não posso permitir que isso siga, então para de ser irritante e me escuta! — vociferou furioso.
Nanna franziu o cenho completamente surpreso e então riu.
— Hades apaixonado já é uma surpresa, mas pela vadia é totalmente insano — Nanna riu.
— Isso é sério! — replicou irritado.
— E eu com isso? — Nanna pergunta olhando-o com diversão.
— Você me ajudará nisso, quero matá-la logo, antes que esse envolvimento se aprofunde! — resmungou irado.
Nanna ergueu a sobrancelha em pensamento, enquanto brincava com a flecha de prata nas mãos, esta brilhava intensamente como a lua, gradualmente aumentando o brilho, na mesma velocidade que fora atingido pela primeira vez, novamente a flecha o perfurou, no mesmo lugar e com mais força, transpassando seu corpo por completo e então voltando para as mãos de seu dono.
Gemeu pela dor que sentira, jamais fora atingido assim, não quando estava concentrado, era preciso muito poder para deixá-lo sem percepção, pois possuía os sentidos de uma águia, tão potente que sua audição era extremamente poderosa, assim como sua visão, em um alcance microscópico.
Contudo, o maldito conseguira feri-lo gravemente duas vezes!
— Você é o líder do panteão grego, era sua responsabilidade lhe dar a pena de morte, mas foi um covarde, agora acredita que vou ajudá-lo? — Nanna pergunta irônico.
— Não quer vingança? — perguntou irritado ao tentar parar o sangue que fluía avidamente.
— Seu patético irmão mais velho está envolvido, querendo ou não você jamais ficara contra Hades. Acha que vou confiar em um covarde como você? — Nanna pergunta irritado.
Um zumbido ecoou, instantaneamente usou os raios ao seu redor, como uma barreira, protegendo-o por completo, a flecha de prata voou ao seu redor, até perfurar a barreira, ocasionando em um estrondo.
— Não importa o que faça, a energia da lua te segue — Nanna responde enquanto a flecha perfura seu ombro direito, ocasionando em um ferimento igual ao seu esquerdo.
Apesar da velocidade e intensidade do impacto, sua barreira não fora de todo inútil, pois ao menos diminuirá os danos.
— Vou lhe dar a chance de sair daqui, antes que eu o mate — Nanna fala calmamente.
Os raios crepitavam ao seu redor, em uma tempestade tortuosa, até explodir em direção ao Deus, que tomou as correntes elétricas sem danos.
— Sou imune a esses ataques, não me faça repetir, vá embora antes que me irrite com você! — Nanna vociferou entediado.
Suspirou irritado, sentia uma raiva descomunal pelo Deus, mas resolvera não se envolver em brigas, isso somente chamaria atenção e se quisesse acabar com tudo, precisava ser discreto.
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