Capítulo 13- Harém
A imagem desse capítulo é do pinterest, crédito ao autor.
🚨Terá uma morte no capítulo, mas nada explícito ou aterrorizante.🚨
Esse capítulo possuí 3700 palavras.
Boa leitura 🖤
O treinamento mental estava mais intenso, cada vez entendia o motivo de Hades falar que era um trabalho difícil, pois observar aquelas inúmeras almas, nem todas dignas de um descanso. Em sua opinião, as mandaria diretamente para o Tártaro, sem pesar toda sua vida na balança, não importando nada além de seus crimes, pois era repugnante ver que elas poderia ter um final feliz, mesmo que em sua vida cometera inúmeros crimes, apenas por que seus acertos eram maiores.
Contudo, conseguira manter um certo controle, talvez pelo fato de seus pensamentos vagarem para outro lugar.
Não conseguia esquecer a noite anterior, o comportamento das duas ninfas para consigo, tão distintos e estranhos, aquilo não estava deixando descansar, pois sentia que tinha algo nisso.
Resolvera não comentar nada, principalmente por ver que Hades não falara nada também.
Talvez ele nem soubesse que virá as ninfas.
Será que era vigiada ali?
Não que fosse realmente um problema, afinal não fizera nada errado, aquela ninfa Adrastéia que faltará com respeito consigo!
— Acredito que por hoje está bom, pode ir descansar — Hades fala suavemente tirando-a de seus pensamentos.
Assentiu um pouco confusa, era apenas metade do dia, poderia usar a outra para treinar com Nix, por que ele queria que descansasse?
Olhou confusa em direção ao Deus que abriu um largo sorriso em resposta, fazendo seu coração acelerar de forma desmedida em seu peito.
— Não quero sobrecarregá-la, sinto que está distante hoje — ele respondeu suavemente.
Ele a conhecia a esse ponto?!
— Como pode saber? — olhou com curiosidade em sua direção, fazendo-o sorrir.
Delicadamente a mão masculina tomou a sua, entrelaçando-as numa intimidade que fez seu cada célula de seu corpo vibrar, tão intensamente que fora impossível controlar o suspiro.
— Estou aprendendo a conhecê-la — a resposta sussurrada num tom tão rouco, arrepiou-a por completo.
Os olhos cinzentos brilhavam intensamente em sua direção, parecendo dois pontos luminosos, tão belos que era impossível desviar o olhar dele.
Será que ele tinha noção do quanto era lindo?!
Cada instante seu coração acelerava na presença do Deus, deixando-a confusa e ansiosa pelos sentimentos que ele despertava.
Ergueu a outra mão em direção ao peitoral largo, sentindo a respiração dele acelerar em resposta, assim como o coração, este batia rapidamente sob sua palma, sorriu olhando-o marota.
— Não brinca comigo — ele falou intensamente.
Mordeu os lábios sensualidade, enquanto vagava a mão até a camisa, abrindo lentamente os primeiros botões e discretamente passando a ponta dos dedos em sua pele, tão quente que a fez suspirar.
Os braços fortes enlaçaram sua cintura, puxando-a contra o corpo forte, sentia cada centímetro da pele pecaminosa contra a sua.
Ele era tão sedutor!
Sentiu a boca seca diante ao ardente desejo que queimava em seu interior, queria que ele a beijasse tão avidamente como sonhava.
Os lábios carnudos tão chamativos, aproximaram-se tão lentamente que a deixou zonza, sentiu um leve crispar, aumentando o desejo que sentia.
O queria tanto que nem conseguia raciocinar mais, tudo que pensava era no perfume másculo que ele emanava, um forte aroma amadeirado com um toque de almíscar e jasmim, esse último não era doce, a flor exalava um aroma suave, intenso e magnético.
Quanto mais o perfume preenchia o ambiente a sua volta, mais perdia totalmente o foco, estando por completo nas mãos do Deus.
Um suave beijo fora deixado em seu pescoço, tão delicado que quase não sentira os lábios tocando em sua pele, fora impossível conter o gemido, fazendo-o suspirar em deleite e apertá-la mais contra seu corpo.
— Senhor Hades, estamos aqui como ordenado — a voz de Adrastéia ecoou quebrando o encanto.
Olhou irritada em direção a ninfa que estava sorrindo largamente, como se estivesse deliciada ao interrompê-los, a raiva que sentia aumentou diante ao fato.
Uma segunda presença logo fora notada, Minthe entrou olhando brava para a ninfa e então vagou o olhar para ambos, ficando levemente chocada ao vê-los tão próximos e então voltou sua atenção para a ninfa.
— Eu disse para que esperasse, senhor Hades, desculpe pela interrupção — Minthe responde com um leve semblante triste ao olhar em direção a ambos.
Olhou em direção ao Deus que continha um olhar irritado em direção a ambas, principalmente para a Adrastéia.
— Estava mesmo pretendendo falar com ela na presença de Evie — ele falou sério.
Hades se desvencilhou, afastando-se levemente, mas sem tirar as mãos de sua cintura, mantendo-a perto dele, com uma intimidade desconcertante, os olhos de ambas ninfas seguiram até onde a mão dele estava, a primeira a desviar o olhar fora Minthe, sentiu-a levemente melancólica, já Adrastéia mantinha um semblante irritado, tal qual seus sentimentos.
Conhecia aquele sentimento, já o vira antes, quando a sua mãe falara da humana por quem Eros se apaixonara. Afrodite tinha ciúme da beleza da mortal, acreditando que tal beleza deveria ser apenas dos Deuses.
Aquelas ninfas exavalam aquele sentimento, o ciúme, mas por quê?
Olhou discretamente para Hades que mantinha o semblante fechado e irritado. Ele exalava sentimentos intensos de raiva e irritação, aumentando sua curiosidade.
— Adrastéia, creio que tenha algo a falar para Evie, estamos esperando — Hades falou suavemente.
A ninfa olhou furiosamente em sua direção, sentia um ódio puro emanando dela, diferente do que sentira na presença de outros Deuses, aquele sentimento era novo e confuso, pois nunca o presenciara.
— Não pedirei desculpas para essa vadia imunda, ela levará os Deuses a ruína! — Adrastéia vociferou furiosamente.
Sem que sequer notasse, Hades já não estava próximo a si, o Deus mantinha a mão firme contra o pescoço da ninfa, seu ser exalava uma raiva sem igual, deixando-a desconcertada.
— Vadia imunda é você, pensei ter deixado claro como ela deveria ser tratada! — Hades respondeu com calma em contraste com sua ação, pois, ele segurou com mais força o pescoço a ninfa, a sufocando.
As mãos da ninfa seguraram as vestes do Deus, arregalou os olhos ao notar a sensação da morte, ela estava tentando matar Hades?!
Não!
Sentiu uma agitação em seu interior, somente com o pensamento, quando foi se mover em direção a ambos, sentiu as mãos delicadas de Minthe a segurando com firmeza no lugar.
— Você extremamente burra, esse poder patético não funciona em mim, poderia lhe dar uma chance, mas diante a afronta, está morta! — Hades vociferou com fúria.
O corpo de Adrastéia instantaneamente se cobriu com uma intensa chama totalmente negra, queimando-a por inteiro, os gritos da ninfa ecoavam como uma música macabra.
Que chamas eram aquelas?
Tão densas e escuras, sua aura extremamente pesada e sufocava levemente o ar em sua volta.
— Chamas do submundo, meu senhor tem total controle dela, elas não podem ser extintas — Minthe sussurrou ao seu lado.
Olhou confusa para a ninfa que mantinha um semblante inalterável em sua direção.
— Minthe, leve Evie até Nix, parece que tenho que avisá-las novamente — Hades falou com a voz tão sombria que cada pelo de seu corpo eriçou pelo medo.
— Sim, meu senhor — Minthe respondeu servente e então ergueu a mão gentilmente em sua direção, em sinal para que a seguisse.
Estancou no lugar completamente confusa, ele acreditava mesmo que sairia dali sem uma explicação?!
Aquela ninfa a xingara duas vezes, ele a matou na sua frente sem mais explicações, como poderia agir normal diante a isso?!
— Espera, avisar a quem? Por que ela agiu assim? Quem era ela? — perguntou confusa.
Hades suspirou pesadamente, aproximando-se sem quebrar o contato visual, pela visão periférica observou Minthe saindo do local, deixando-os a sós.
Assumiu uma postura séria, não sairia dali sem que ele falasse tudo, não permitiria que ele a enrolasse!
— Uma subordinada-
— A raiva dela em relação a mim não era de uma subordinada leal, não era como a raiva que os demais sentem, não minta para mim! — interrompeu-o brava.
Ele se contentou em olhá-la profundamente, encarou-o sem alterar o semblante, não desistiria de descobrir os motivos!
Aquela ninfa exalava ciúme em sua direção, parecia ter uma certa posse com ele, então teria que ter um motivo.
— Esquece isso — ele pediu suavemente, tomando seu rosto entre as mãos.
Hades olhava ansioso em sua direção, fazendo-a franzir o cenho, desconfiada de sua atitude.
Esquecer?
Agora que descobriria tudo!
— Se não me falar, descobrirei sozinha! — retrucou irritada.
Ele soltou um largo suspiro, poderia senti-lo irritado, ansioso e principalmente com medo, mas por que motivo ele estaria assim?
— Ela era apenas uma... concubina — Hades respondeu rendido.
Arregalou os olhos completamente pasma.
Concubina?
Então eles...
Por isso aquele ciúme, a ninfa se sentia ameaçada!
Lembrou-se então da fala de Eros, dizendo que Hades não deveria tocá-la com intimidade, pois não era como as suas ninfas.
Eros falara no plural, então ele teria...
— Você tem um harém de ninfas? — perguntou incrédula.
Por mais que tentasse esconder os sentimentos, ele deixará escapar alguns, como a vergonha e constrangimento.
Seu coração apertou diante o semblante dele, não entendia o que sentia, mas aquela dor era irritante, sentia-se traída, embora soubesse que não deveria possuir esse sentimento.
— Evie, eu... nos Deuses temos nossas necessidades, então por isso... mas é apenas isso, necessidade! — ele respondeu sem graça e ansioso.
Olhou sem conseguir conter o semblante decepcionado, esperava aquela atitude de todos, menos dele. Hades sempre demonstrou ser tão diferente, mas ele era como todos eles, pregando a luxúria!
A aproximação dele consigo também era apenas isso, a vontade de saciar sua... necessidade?
Óbvio!
Ele era lindo e encantador, não era surpresa estar atraída por ele, mesmo que os sentimentos dele fossem genuínos para consigo, não era nada além de luxúria.
Entendia esses comportamentos que os Deuses possuíam, mas não era assim, seu corpo era um templo, dá-lo a alguém era somente se tivesse sentimentos e fosse recíproco e não simplesmente pela luxúria.
— Entendo... — respondeu séria, afastando-se abruptamente, não poderia permitir que os sentimentos por ele avançassem mais, pois somente se machucaria.
Hades arregalou os olhos, tomando seu rosto entre mãos, o sentia tremer contra a sua face, assim como conseguia captar os sentimentos que ele deixava escapar.
Ansiedade e medo estavam se sobressaindo, cobrindo o Deus por completo, senti-lo assim apenas aumentava a confusão em seu interior.
Por que ele estava daquela maneira se não era nada além de diversão para ele?
Aliás, nem isso já que eles mal se envolveram!
Ele era milhares de anos mais velho, mais experiente e apostava que seu harém não seria pequeno, não era a única diversão dele.
O que era diante disso?
— Evie, isso foi... antes, eu... não me relaciono com nenhuma desde que chegou aqui, juro para você! — ele fala ansioso.
Apostava que não, afinal ele tinha uma missão, ajudá-la a controlar seus poderes, não era nada além disso.
Não acreditava que fora tão imatura ao ponto de permitir sentir algo por ele!
Ele não tinha culpa de nada, era livre e mesmo que fosse comprometido, isso seria problema dele e de sua companheira, embora isso não fosse problema entre os Deuses, a infidelidade era aceita e muitas vezes encorajada.
— Não precisa se explicar, não tenho nada com a sua vida — respondeu afastando-se.
Saiu da sala sem dá-lo a chance de falar algo, escutou seu nome repetidas vezes enquanto corria com a ninfa ao seu encalço, preferiu não dar ouvidos à ele, precisava colocar a cabeça e sentimentos no lugar, antes de qualquer coisa.
O semblante disperso dela chamou sua atenção, preferiu não falar nada, embora apostasse que teria algo a ver com acontecido da noite anterior.
Preferiu acabar com o treinamento, mas não imaginara que as ninfas o iriam interrompê-los em um momento íntimo, se antes estava furioso com Adrastéia, agora estava irado.
Estava tão bom ter Evie em seus braços, mas era bom resolver a situação o quanto antes, não poderia permitir que Adrastéia avançasse daquela forma.
A raiva latente que sentiu por ver Adrastéia destratar Evie, era um sentimento intenso que não estava acostumado.
Matou-a rapidamente, sem nenhum arrependimento, pois somente o pensamento da ninfa fazer algo com Evie, odeixava completamente furioso.
Outro sentimento assumiu seu ser ao vê-la curiosa a respeito das ninfas, sabia que ela não desistiria de descobrir quem elas realmente eram.
Não deveria se importar com isso, sua atitude era normal e todos Deuses o faziam, até mesmo as Deusas.
Além que era solteiro!
Então, por que ficara relutante em deixá-la saber de seu harém?
O semblante decepcionado em sua direção o trouxe um sentimento amargo e dolorido, era como esmagar seu próprio coração, apenas de vê-la daquela forma.
Aquele sentimento se intensificou quando a viu sair correndo, por mais que gritasse seu nome, ela não parou.
Por que ambos estavam daquela maneira?
Por que sentiu que preferia morrer ao ver novamente aquela expressão em seu rosto?
"Ainda sentia a pele vibrar apenas com a lembrança do corpo contra o seu, estava cada instante mais louco por ela.
Seus pensamentos eram repletos dela o dia inteiro, até mesmo seus sonhos ela estava, simplesmente não conseguia esquecer, ou até pensar em outra que não fosse ela.
O que eram aqueles sentimentos?
Fechou os olhos se lembrando do brilho intenso que virá nos olhos bicolores, tão diferentes e tão fascinante em simultâneo, olhar para eles era sua parte favorita do dia, apesar dela tentar esconder seus sentimentos, seus olhos não mentiam e amava isso nela.
O doce sorriso que ela continha, era outra coisa que admirava, pois jamais vira nada tão belo em sua vida.
Evie era perfeita!
Uma leve batida o tirou de seus pensamentos, olhou curiosamente para porta, quando a bela ninfa entrou.
— Perdoe por interrompê-lo, mas o assunto é urgente — Minthe fala ansiosa.
— O quê aconteceu?
— A senhora Evie estava na ala nordeste, Adrastéia acabou encontrando com ela e a destratou — Minthe explicou nervosa.
Sentiu seu sangue ferver, fora bastante claro ao dizer como ela deveria ser tratada, não admitiria que agissem daquela maneira com ela!
— Traga Adrastéia ao salão após os julgamentos — respondeu furioso a ninfa que assentiu rapidamente.
Sentou-se na poltrona com as mãos sob a cabeça, sentia um doloroso latejar, deveria ter feito como seus irmãos e manter o harém num local longe de seu Palácio, assim evitaria situações assim.
As mãos delicadas da ninfa foram até seus ombros, massageando com precisão e delicadeza.
— Posso ajudá-lo a aliviar a tensão — Minthe fala sedutora perto de seu ouvido.
O perfume dela preencheu o ambiente, doce com um toque refrescante, pela primeira vez não fizera nenhum efeito, era tão diferente do aroma de Evie, o cheiro dela sim que o instigava, deixando-o tonto apenas com sua presença.
A mera lembrança do aroma da Deusa ocasionou em um forte desejo, fazendo-o suspirar em deleite, era tão forte que quase conseguia sentir o corpo delgado contra o seu.
Beijos em seu pescoço o despertou rapidamente, pulou assustado, pois não sentira nada além de estranheza, como se seu corpo não quisesse ser tocado por outra, esquecera da presença da ninfa, esta que o olhava confusa.
Não era aqueles lábios que desejava, não queria estar com Minthe quando seus pensamentos estavam em Evie.
Nunca recusará Minthe, aliás mulher alguma, mas o sentimento de estar cometendo um crime era como um espinho em sua pele.
Por que se sentia assim?
— Senhor?
— Não estou no clima, por favor me deixe sozinho — respondeu sério.
Ela olhou confusa em sua direção, sabia que era por que seu corpo demonstrava ao contrário.
Como explicaria que seu corpo reagirá ao estímulo da lembrança de Evie e não dos toques de Minthe?"
Rosnou saindo de suas lembranças, não sabia o motivo de estar assim, mas uma coisa era certa, precisava lembrar o lugar daquelas ninfas em sua vida.
✯❍
Aquela área era exclusiva delas, os quartos se seguiam ao longo do extenso corredor, decorados com tanta feminilidade que mal parecia seu castelo. Sabia que elas não estariam em seus aposentos, aquele horário elas costumavam festejar no salão.
Quanto mais se aproximava do salão, mais conseguia escutar os leves risos e sons de música que ecoavam pelos corredores. Ao entrar no salão, observou a enorme festa que se fazia, ele estava decorado com velas aromáticas, exalando um leve cheiro doce e enjoativo, as mesas de postas no canto com bebidas em um leve tom rosê, bebida de ninfas, era um álcool extremamente doce, quase parecido com hidromel dos Deuses, mas a Kya como era chamada, era feita de caule de roseiras cor de rosa e demorava cerca de dez anos até estarem no ponto certo, as ninfas amavam a bebida.
Não fora surpresa encontrá-las todas juntas, com exceção de Minthe que deveria estar com Evie.
Os risos sessaram assim que adentrou o recinto, a imagem vista era algo do qual estava acostumado, as ninfas em sua maioria seminuas, em outros tempos aquilo faria seu corpo reagir, mas agora não conseguia sentir desejo algum.
— Meu senhor, estávamos com saudades suas — uma voz melodiosa preencheu o ambiente, assim como um perfume extremamente doce e enjoativo.
Olhou sério na direção dela, a bela ninfa com a pele escura e brilhante, estava com um enorme sorriso estampado em sua face. Éris caminhou lentamente em sua direção, usando seus poderes para chamar sua atenção, a pele a cada instante parecia brilhar sob sua visão, assim como os longos cabelos azuis ao vento.
Pelo visto ela não sabia do acontecido com sua irmã, ou não tentaria seduzi-lo.
As mãos delicadas foram em direção ao seu casaco, puxando-o até ela, os lábios tocaram os seus com avidez, suspirou irritado ao se afastar, sem retribui-la.
— Éris, estou aqui para falar com todas, não invada meu espaço, sabe que odeio isso — respondeu sério.
— Faz dias que não nos vê, não sente saudades? — ela replicou irritada.
Suspirou afastando-se, aquilo era uma tremenda dor de cabeça!
Os olhos acompanharam seus passos até o centro do salão, olhou cautelosamente para cada uma, antes de se voltar para Éris.
— Sua irmã está morta, ela me desobedeceu e eu a puni — falou sério a ninfa que arregalou os olhos em choque.
O som dela caindo sob os joelhos ecoou pelo recinto, sentiu uma leve culpa pela dor que via nela.
Todas mantinham os olhos em direção a ninfa que encarava o chão em completo choque.
— Meu senhor, o que ela fez? — Diana, outra ninfa do submundo perguntou pasma.
— Tentou me matar após ordenar que ela precisava se desculpar com Evie sobre seu comportamento — respondeu irritado.
Um vendaval cobriu o local, em segundos Éris ficou em pé, olhando com raiva em sua direção.
— POR CAUSA DE UMA MALDITA VAGABUNDA, VOCÊ OUSOU MATAR MINHA IRMÃ?! — Éris vociferou com os olhos azuis brilhavam no mais profundo ódio.
Elevou as mãos, dissipando os ventos da ninfa.
— Em primeiro lugar segure a merda da língua, ou vai para o mesmo lugar que sua irmã — ordenou calmamente.
Olhou para cada uma que mantinha os olhos firmes no chão, ao contrário de Éris que tremia de raiva olhando em sua direção.
— Dei uma ordem, Evie é uma Deusa, deve ser respeitada, não vou admitir outro tratamento a ela! — sua voz sairá mais intensa que pretendia, fazendo-as tremerem.
— Ela é uma puta prisioneira! — Éris falou em plena fúria.
— Éris-
— Ela é uma prisioneira, deve ser tratada como a ameaça que ela é! Não como uma rainha, VOCÊ está a tratando como sua esposa! — ela o interrompeu furiosamente.
Sem conter seus atos, aproximou-se rapidamente, pegando-a pelo pescoço.
— Senhor, releve o que ela diz, ela está tomada pela dor! — Diana pede em prantos.
Ignorou-a com os olhos fixos na ninfa que transbordava uma fúria cega.
— A maneira como trato Evie, não é da conta de nenhuma aqui, fique bem claro, não perdoarei ninguém que a trate menos que ela é! Muito menos perdoarei se ousarem encostar em um único fio de seu cabelo! — ordenou furioso.
— Sua adorável Deusa admite que tenha esse harém? — Éris pergunta petulante.
As palavras o fizeram se lembrar do rosto decepcionado de Evie, não tinham nada, mas sentia culpa apenas por mantê-las ali, como se esse ato fosse uma traição a ela.
— Você está expulsa dos meus domínios, estou lhe dando uma chance, pois sei que está com dor e reagindo a ela — ordenou sério, fazendo-a rosnar furiosamente.
Largou-a no chão, desviando o olhar para as outras que mantinham o semblante assustado em sua direção.
— Todas tem suas responsabilidades no submundo, podem ficar nessa área se quiserem, mas não são mais nada além de subordinadas — ordenou fazendo-as olharem abismadas em sua direção.
Virou-se para sair quando escutou uma risada alta, olhou por entre os ombros, observando Éris rir loucamente.
— Está se desfazendo de seu harém por conta de uma Deusa patética que no final será morta? — ela pergunta debochada.
Trincou os dentes, sentindo uma enorme fúria em seu ser.
— Some da minha frente, antes que me arrependa de deixá-la viva! — vociferou furioso.
A ninfa sorriu, antes de sumir em meio a névoa escura.
Seu olhar caiu para as demais ninfas que ainda mantinham o semblante assustado em sua direção.
— Meu senhor, Evie será sua esposa? — Diana pergunta assustada.
Paralisou diante a pergunta, jamais imaginou-se casado, muito menos apenas para prosperar com sua própria prole, mas o pensamento de Evie ocupar esse lugar, não era ruim.
Lembrou-se dela sentada ao seu lado no trono, tão soberana quanto uma imperatriz, exalando poder e uma autoridade nata, se fosse honesto consigo mesmo, não existia ninguém além dela para ocupar o lugar.
Pensar nisso fez seu coração acelerar de uma maneira surpreendente, um leve calor subiu até suas bochechas, deixando-o pasmo com sua reação, não fora o único, pois escutou as ninfas arfarem surpresas.
Ótimo, agora Evie o fazia corar na frente de todos!
Éris é uma ninfa que eu inventei, assim como sua irmã Adrastéia, elas não existem na mitologia, apesar de me inspirar em seus nomes.
Éris significa deusa da discórdia.
Assim como Adrastéia significa Deusa da vingança.
Eu imaginei Éris assim:
Diana também é uma ninfa criada por mim, ou seja, não existe na mitologia, seu nome significa Diviana.
Eu imaginei ela assim:
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