Capítulo 12- Amor recíproco
A imagem desse capítulo é do pinterest, crédito ao autor.
Esse capítulo possuí 3700 palavras.
Os poderes de Evie têm relação com Deus da morte, alguns vão ser abordados nesse capítulo.
Boa leitura 🖤
Os sentimentos que estavam confusos, tal como nunca ficara em seus milênios. Sempre manteve a serenidade, não importava a situação, além de não se importar com ninguém além de sua família.
Possuía empatia para com outrem, mas aquilo diferia, não era simples e puramente por ser algo certo a fazer, tanto que seus sentimentos estavam se misturando.
Pensara que apenas estivesse confuso, ou vendo coisas onde não tinham, mas vê-la olhá-lo com tanto desejo, despertou sentimentos que jamais sentira. Evie nem ao menos sabia o que fazia consigo, isto era o que mais instigava seu sangue, pois ela não o conquistava de propósito.
Tomaria aqueles lábios convidativos se Eros não tivesse os interrompido, estava furioso com o Deus do amor, por mais que entendesse seus sentimentos, afinal Evie era sua irmã, normal ele agir daquela maneira.
— Somente não quero que ela se machuque, Evie não é como as demais Deusas, ela vê o amor de forma diferente, acredita que os seres são destinados um ao outro e que exista fidelidade, o que os Deuses não praticam, então se pretende usá-la apenas para o prazer, se certifique que seja isso que ela quer, pois do contrário, só lhe dará esperanças de algo que não pode cumprir — Eros fala seriamente.
Entendia o que o Deus queria dizer, soube que ela era diferente assim que a viu pela primeira vez, mesmo mostrando uma personalidade forte e destemida, sabia que ela era uma alma sensível.
Isso era algo que encantava nela, mesmo possuindo uma profunda escuridão vinda de seus poderes, a alma dela emanava uma luz tão linda que o encantava a cada instante.
Os sentimentos que estavam sendo despertados por ela, não era apenas luxúria, apesar de desejá-la tanto, mais do que deveria. Era uma linda mulher, sensual e cativante, mentiria se dissesse que não queria saciar o desejo que sentia, mas fazer isso implicaria em algo que não compreendia.
Não queria machucá-la, falara sério quando disse que a protegeria, faria que fosse preciso para manter aquele brilho em sua alma.
— Não estou brincando com a sua irmã, jamais faria algo que a ferisse — afirmou encarando o Deus do amor com firmeza.
Eros olhou-o por longos segundos sem mudar o semblante, até sorrir maroto em sua direção.
— Interessante, isso é algo que não imaginei que fosse ver algum dia... — Eros fala malicioso.
— Ver o que?! — perguntou confuso.
— Vai descobrir sozinho, eventualmente... às vezes é mais divertido sem que tenha aviso... — Eros se limitou a rir diante sua face completamente confusa.
Revirou os olhos diante a atitude, se esquecera o quão irritante Eros conseguia ser em alguns momentos, pelo visto aquele era um deles.
Manteve o semblante sereno, procurando não demonstrar seus sentimentos, por mais que fosse difícil, estar diante a Thanatos, sentindo diversão ao treinar com ele, era como uma traição ao seu pai.
Os sentimentos estavam tão confusos em seu interior, não conseguia pensar com racionalidade.
— Vamos começar com as sombras, você tem poder de controlá-las, deixe que elas façam parte de você, sinta as sombras — a voz de Thanatos era calma e fria, trazendo uma sensação de tranquilidade, se fosse honesta, era um sentimento bom.
Fechou os olhos, procurando se guiar pelas suas explicações, a sombra era uma parte sua, não precisava temê-la, apenas aprender a lidar com ela.
Gradualmente um leve frio preencheu o ambiente, fazendo-a se encolher instintivamente.
— A escuridão não é calorosa, mas não tenha medo, quanto mais frio ficar, mais terá controle sobre ela — Thanatos explicou calmamente.
Deixou aquele frio tomar conta, abraçando-a por completo, o começo fora complicado se acostumar com aquela sensação estranha, mas gradualmente quanto mais permitia a escuridão cercá-la, mais se sentia bem com ela.
Levou um boa parte da tarde, até finalmente conseguir manter a calma diante as trevas, sentindo-se levemente bem com elas.
— Ótimo, com o tempo será mais fácil, após hoje você conseguirá manter o controle, pode ser que consiga ver fantasmas e eles se comunicarem com você, no início não saberá se são vivos ou não, será confuso, principalmente pelo fato deles não terem a consciência que estão mortos — Thanatos fala calmamente.
— Isso não é perigoso? — olhou com cautela em direção ao Deus da morte que sorriu levemente em sua direção.
— Não, como minha filha, eles te reconhecem como herdeira da morte, a marca está na sua alma e eles não podem fazer mal a você — ele respondeu simplesmente.
Assentiu um tanto confusa, sempre esteve ali, a marca dela pertencente aquele mundo, mas nunca percebera.
Como nunca percebera nada errado?!
Por mais que tentasse entender sua mãe, uma parte sua se ressentia, afinal se soubesse de seus poderes desde o início, poderia ter aprendido controlá-los e muitas coisas poderiam ser evitadas.
Como aquele maldito...
Assim que o pensamento atravessou-a, sentiu seu corpo retrasar, não podia pensar nisso, jamais seria culpa de sua mãe!
— Está pronta para o combate corpo a corpo? — ele perguntou calmo tirando-a de seus pensamentos.
— Estou, mas fique ciente que não sou tão frágil, Ares me ensinou muito bem — respondeu olhando-o arrogante.
Um largo sorriso surgiu na face do Deus da morte, instantaneamente um par de asas totalmente negras surgirá em suas costas, tão bela e assustadoras quanto asas de um corvo.
Olhou admirada em sua direção, elas eram lindas!
— Acha que não sou páreo para guerrear? — ele perguntou agitando levemente as asas em sua direção.
Era claro como água que ele era um guerreiro, mas também era um certo insulto, fora treinada pelo Deus da guerra, ele não era nada comparado a Ares.
— Talvez — retrucou presunçosa.
— Meu físico não é apenas enfeite — ele respondeu aumentando o bater das asas.
Em alta velocidade ele passou para seu lado, desferindo um potente soco contra seu abdômen, arfou com a dor sentida, até sentir novamente o punho do Deus contra seu corpo, em um ataque feroz, ergueu as mãos, mantendo a guarda e se protegendo dos ataques, mesmo assim sentia dores em todo seu corpo.
— Não são apenas meus punhos, mas as sombras estão atacando-a, não fique apenas se protegendo, faça o mesmo — ele ordenou inabalável.
Era um tanto difícil se desviar dos golpes e convocar as sombras, exigia um controle extra, aquilo era totalmente diferente dos treinos que tinha com Ares, pois seu pai reforçava o combate físico, já Thanatos os entrelaçava com seus poderes.
Naquele instante percebera que o subestimou demais.
Thanatos lutava ferozmente, sem mudar o semblante sereno, como se a luta não instigasse seu sangue, ele era tão frio assim?
Golpes e mais golpes foram desferidos no seu corpo, nem ao menos tivera a chance de revidar!
— Por hoje chega — ele ordenou, parando abruptamente.
— Mas eu nem encostei em você, somente me defendi! — resmungou contrariada.
— Sua arrogância é incrivelmente igual a Ares, até um pouco mais irritante — ele replicou olhando-a debochado.
— Como?!
— Evie, acredita mesmo que conseguiria encostar em mim no primeiro treino? — ele perguntou com tanta calma que deixou-a irritada.
— Se sou arrogante, você é o que?! — retrucou entredentes.
— Você é sangue quente, estimulada com a pressão da luta, não terá isso comigo, sou frio até demais, costumo analisar tudo com calma, isso irrita seres como você, então jamais terá vantagem contra mim se ficar dessa maneira — ele explicou com uma calma exagerada.
Por mais que quisesse negar, ele tinha razão, era muito cabeça quente e isso se devia totalmente a personalidade herdada de sua mãe. Era facilmente irritável, manipulável com facilidade e sem controle algum.
Agora entendia o que Hades dissera sobre treinar com Thanatos, ele era perfeito para ajudá-la a controlar seus poderes, pois a frieza das sombras era um contraste absurdo com sua personalidade, ambos não casavam e isso a deixava instável.
Por isso não poderia parar!
— Preciso aprender, não posso parar de treinar! — resmungou irritada.
— Evie, sei que está ávida para dominar seus poderes, mas por hoje já exigiu muito do seu físico e mental, já é noite, precisa descansar — ele respondeu firme.
Seus olhos foram em direção ao céu escuro, não conseguia perceber a diferença, menos ainda que horário era.
Thanatos se aproximou, fazendo-a pular pelo susto, as mãos do Deus foram em direção aos seus ferimentos, cobrindo-os com uma densa escuridão, sentiu um leve desespero e medo, como se ela tivesse más vibrações, teve o instinto de se afastar, quando ele a segurou com mais firmeza.
— Estou curando seus machucados, sei que não é agradável, mas se não me deixar fazer isso, sentirá uma dor insuportável depois — ele respondeu suavemente.
Assentiu olhando com curiosidade cara ferimento sumir como mágica, não restando nem ao menos a dor como lembrança, era uma cura diferente de Afrodite e Ares, pois por mais que ambos a curassem totalmente, ainda sentia a dor.
— Sempre fiquei bem machucada após os treinamentos, mesmo sendo curada ainda sentia muita dor, então ficar sem dor é uma maravilha, obrigada — respondeu timidamente ao Deus que assentiu sem responder.
Olhou por um longo instante em direção a face serena, antes de rir avidamente, ele precisava melhorar sua comunicação!
— Você não sabe manter uma conversa — falou fazendo-o franzir o cenho confuso.
— Sabe essa é uma ótima oportunidade para se aproximar de mim, mas você não sabe conversar! — explicou em deboche.
A resolução se fez na face do Deus que revirou os olhos, olhando-a tranquilamente.
— Então me conte sobre você — pediu curiosa.
— O que quer saber? — ele perguntou cautelosamente.
O semblante dele era quase tímido em sua direção, embora ele escondesse bem, aquela era uma face que jamais imaginou nele.
— Tem irmão? — olhou curiosa em sua direção.
Ele sorriu levemente em sua direção, como que estivesse se divertindo com sua curiosidade, poderia ficar irritada diante a face dele, mas a curiosidade era maior.
— Sim, tenho muitos irmãos, Éter Deus do céu, Hespérides Deusa da tarde, Filotes Deus da amizade, Geras Deus da velhice, Momo Deus da ironia e do sarcasmo, Oizus Deus da miséria, Nêmesis Deusa da vingança, Quuer Deusa do destino do homem em seus momentos finais, Moros Deus do quinhão que cada homem receberá em vida, Morfeu Deus dos sonhos bons ou abstratos e um irmão gêmeo chamado Hipnos, ele é o Deus do sono — Thanatos responde aumentando sua curiosidade.
— Nossa quantos irmãos! Vou poder conhecê-los? Quanto a Hipnos, Ele é igual a você? Na aparência eu digo, ele é poderoso? Sua personalidade é como a sua? Espero que não, pois de eremita basta você! Será incrível! Como que com uma grande família você é fechado desse jeito?! — perguntou ansiosa arrancando uma pequena risada em resposta.
De imediato sentiu as bochechas quentes pela vergonha, fazendo-o olhá-la divertido, quando ficava empolgada, esquecia da sua personalidade tagarela, como naquele momento, enchendo-o de perguntas.
— Meus irmãos não são muito a favor de você, assim como os demais Deuses, eles querem a sua morte, então se eu puder mantê-la longe deles, eu farei — Thanatos fala com calma.
Arregalou os olhos em sua direção, estava tão alegre por ter uma enorme família que esquecera que não era desejada.
— Evie, ninguém ousará encostar em você, matarei quem tentar, até mesmo meu próprio sangue — ele fala com uma calma tão exorbitante que a deixou pasma.
— Sem conhecer a família então... — sussurrou olhando nervosamente para suas mãos.
— Não todos, Hipnos e Morfeu querem conhecê-la, mas não quis apresentá-los ainda, pois você tem muita coisa na mente, tudo mudou tão rápido na sua vida, não queria apressá-la — Thanatos fala gentilmente.
Olhou curiosa para o Deus que sorriu largamente.
— Hipnos é fisicamente diferente de mim, seus cabelos são médios e tão brancos quanto a lua e os olhos num tom perolado, quanto a personalidade é tranquila, até demais, dificilmente o verá irritado, a não ser que o acorde — Thanatos fala divertido.
— E Morfeu?
— Ele é um tanto irritante, sonhador demais e adora falar, se estiver com pressa não o peça para contar uma história, quanto ao físico, ele possuí os cabelos em um tom claro de vermelho parecidos com os seus e olhos roxos — ele respondeu carrancudo.
Olhou divertida em sua direção ao ver seu semblante alterar pela primeira vez naquele dia.
— Ele é o irmão que te enche a paciência? — perguntou divertida fazendo-o revirar os olhos.
Um doce perfume preencheu o ambiente, sorriu leve ao reconhecê-lo, por curiosidade olhou para o Deus ao seu lado que estava completamente hipnotizado com a visão de sua mãe, Afrodite vindo em direção a ambos.
Os olhos de Thanatos sempre tão escuros, agora jazia um brilho especial, este que era compartilhado com sua mãe, até mesmo corada ela estava!
Nunca a vira daquela maneira, não fora preciso usar seus poderes para sentir o amor emanando de ambos.
— Deveria aproveitar para resolverem isso — resmungou quando ela se aproximou.
— O quê? — ambos perguntaram em conjunto, fazendo-a suspirar.
— Estou falando do visível sentimento que ambos possuem, guardar os sentimentos assim não é algo bom, devem resolver isso logo, pois somente vão se machucar e machucar os outros ao redor — respondeu com calma.
— Evie! — Antes corada, agora Afrodite estava completamente rubra, assim como percebera um leve tom nas bochechas pálidas de Thanatos.
Confessava que não era fácil pensar em sua mãe com outro que não fosse Ares, por mais difícil que fosse, não poderia obrigá-la a nada, pois seria egoísmo, além que estaria machucando a todos. Seu pai Ares merecia a felicidade, alguém que estivesse ao seu lado plenamente, não alguém dividido como era a sua mãe, ele apenas se machucaria ao lado dela.
Assim como Afrodite e Thanatos mereciam encontrar a felicidade, talvez concretizar o amor que ficara adormecido por anos ou ao menos serem honestos com seus sentimentos.
— Podem conversar agora, vou tomar um belo banho e dormir, estou exausta! — respondeu encaminhando-se para a porta.
— Evie, nós não temos-
— Francamente! Vocês fogem de ficarem sozinhos, principalmente você, Thanatos, então se resolvem logo, não são crianças! — interrompeu-o brava.
Não esperou por respostas, saiu deixando-os a sós, de uma coisa tinha certeza, não poderia interferir na vida de ninguém, nem mandar nos sentimentos.
O treinamento com Evie fora completamente diferente de tudo que já fizera, mentiria se dissesse que pegara leve com ela, pelo contrário, lutou avidamente como se estivesse em uma guerra, embora confessasse que nenhum de seus ataques fora letal.
Afinal sabia que para fazê-la forte, precisava machucá-la, mas isso não significava feri-la gravemente ou matá-la no processo.
Estar junto dela, trouxe um sentimento estranho que não conhecia, mas cada instante amava, mesmo que fosse um misero segundo, isso lhe dava uma sensação saudosa e triste em simultâneo, pois percebera o quanto perdera em relação a ela.
Sentiu uma vontade de rir como nunca quando a viu tão curiosa ao seu respeito, era verdade que seus irmãos estavam ao lado dos demais Deuses, queriam exterminá-la, isso o levou a ficar contra eles, apenas salvando Hipnos e Morfeu, apesar de ambos serem um tanto irritantes, sentiu-se bem ao saber que ambos estavam ao seu lado.
Um doce perfume preencheu o ambiente, fazendo seu coração acelerar, assim como cada célula do seu corpo correspondeu ao simples perfume, tivera que fazer um enorme esforço para ignorá-la, mas era impossível quando a via tão lindamente em sua direção.
Agora a sós com ela, sentia-se patético, o que falaria?
Que a amava loucamente e não conseguia mais se manter longe?!
Não poderiam ter nada, precisava colocar isso em sua mente!
— Thanatos? — a mão suave na sua, assim como a voz melodiosa levou o resto da sua sanidade.
Virou-se em direção ao belo rosto, contemplando com prazer a face corada e os olhos brilhantes em sua direção.
Segurou os cabelos em seu punho, trazendo-a próxima ao seu rosto, sentia o doce hálito batendo contra sua face.
— Pensei que fosse impossível — ela sussurrou rendida.
— Você fode com minha mente desde que eu realmente coloquei os olhos em você! — retrucou entredentes.
— Não usei meus poderes em você! — ela replica brava, fazendo-o rir.
— Não, isso que sempre me irritou, eu desejo você por conta, quero tanto estar ao seu lado que me dói... — confessou cansado.
— Thanatos?!
Sorriu fraco diante a face incrédula, sua filha estava certa, não poderiam mais fingir que não existia nada, isso apenas os machucaria.
— Porra Afrodite! Eu não me importo que você pertença ao Olimpo e eu ao Submundo, pois a única coisa que fica martelando na minha mente a cada maldito dia desde nosso encontro é como quero tê-la para mim — respondeu sincero.
A Deusa do amor arregalou os olhos completamente aturdida, pois aquelas palavras iam contra a tudo que dissera a ela há dezoito anos.
— Eu-
— Eu te amo porra, tanto que desde nosso encontro eu somente durmo sem sonhos, tive que pedir ajuda ao Morfeu, pois a cada vez que fechava meus olhos a via em meus sonhos, já não bastava vê-la em meus pensamentos, estava enlouquecendo, por que sabia que não poderíamos ficarmos juntos, mas isso não importa mais!
Um enorme peso sairá de seus ombros ao confessar seus sentimentos, há muito escondidos a sete chaves, pensara que mantê-la longe seria fácil, mas seu coração não parecia de acordo com isso.
Então por que ficar longe?!
— Se sente o mesmo que eu, fique comigo — pediu ansioso.
— Thanatos, eu amo tanto você! — ela pulou em seus braços, abraçando-o fortemente.
Suspirou ao ter o corpo em contato com o seu, esperou tanto tempo por aquele momento.
— Afrodite, estou disposto a enfrentar todas as dificuldades para que fiquemos juntos, mas isso somente acontecerá se for somente minha, não quero e não vou dividi-la, não sou Ares — sussurrou firme em seu ouvido.
Não suportaria vê-la com outros, eles tocando-a com intimidade sendo que era o único que queria fazer isso.
— Thanatos, eu não me envolvi com ninguém além de Ares após nosso encontro e isso somente ocorreu após Evie ter por volta dos três anos, não conseguia pensar em outro me tocando sendo que quem eu queria era você — ela confessou rendida.
Fora impossível conter o enorme sorriso que surgirá em sua face, puxou o delicado rosto contra o seu, beijando-a avidamente, seu coração parecia explodir de felicidade.
Sorriu debochada ao deixa-los a sós, eles agindo como adolescentes era estranho, mais ainda ela ser a voz da razão, sendo que era a mais nova entre eles.
Estava tão focada em seus pensamentos, que nem notara por onde ia, somente quando os minutos passaram e não chegará a seu quarto, que notou que se perdeu naquele enorme castelo.
Hades deveria deixar um guia em todos cantos!
Aqueles corredores eram iguais e intermináveis, como chegaria logo ao seu quarto?!
— Seu lugar não é aqui, essa área é exclusiva! — uma voz tremendamente doce ecoou.
Virou-se curiosa em direção a ela, vendo uma bela ninfa do submundo, seus cabelos eram extremamente longos, na altura dos joelhos, tão negros quanto a noite, o corpo voluptuoso estava quase nu, mas não fora isso que a deixou incrédula, mas sim o fato dela olhá-la com desprezo.
— Como?
— Essa área é exclusiva, da o fora! — a ninfa repetiu um pouco mais agressiva.
Mas quem essa ninfa pensara ser?!
— Que petulância é essa ao falar comigo?! — olhou furiosamente para a ninfa que riu sarcástica.
— Você está agindo como uma rainha aqui, mas não é nada além de uma vadia indesejada! — a ninfa replicou ácida.
Sentiu seu sangue ferver, seus poderes estavam na borda, apenas esperando um gatilho, poderia senti-los, estava difícil se controlar.
— Adrastéia não fale assim com ela, sabe que ela é uma Deusa, está acima de você, além que nosso Senhor nos ordenou tratá-la com respeito! — uma voz doce preencheu o ambiente chamando a atenção de ambas.
Olhou irritada na direção da voz, encontrando um olhar firme, mas gentil, uma bela ninfa com longos cabelos verdes e olhos da mesma cor, continha um padrão desenhado na face e estava totalmente maquiada, além de usar roupas diferentes da ninfa a sua frente, ela parecia ter um certo porte, até mesmo para se comportar.
— Minthe-
— Senhor Hades saberá de sua insubordinação, agora de o fora — a ninfa chamada Minthe interrompeu a outra sem alterar o semblante.
Olhou curiosa em direção a Adrastéia que apenas assentiu, saindo do local com o semblante fechado.
— Desculpe por isso, não vai se repetir — Minthe falou doce em sua direção.
— Quem é ela? Aliás, quem é você? — olhou curiosa em direção a ninfa que sorriu em resposta.
— Ela é Adrastéia, uma ninfa do submundo, já eu me chamo Minthe, sou uma naneide do rio cocito.
Olhou curiosa em direção a ninfa, não sentia nenhuma inimizade para consigo, mas havia algo nela que a intrigava.
— Subordinadas de Hades? — perguntou curiosa.
A ninfa se contentou em sorrir assentindo, seus instintos nunca ficaram daquela maneira antes.
Por que sentia que não era apenas isso?
Os Deuses que aparecem como irmãos de Thanatos, são os descritos na mitologia, não irei prolongar sobre eles, pois seria muitos Deuses para falar.
Os que vão aparecer na história são Morfeu e Hipnos.
Hipnos Deus do sono na mitologia grega. Personificação do sono, e da sonolência; mas não do cansaço no que diz respeito à fadiga.
Assim que eu imaginei ele na história:
Morfeu Deus dos sonhos, é um dos irmãos (em algumas versões menos confiáveis, é filho) do deus Hipnos, do sono.
Assim que imaginei ele na história:
A ninfa Minthe ou menta, foi uma ninfa que vivia no rio cócito, ficou conhecida na mitologia por ser uma das concubina de Hades, existem várias versões, onde algumas delas a ninfa foi transformada na planta menta, após se gabar que era melhor e mais linda que a Deusa Perséfone, está esposa de Hades na mitologia.
Na história ela é uma das ninfas do submundo, vivendo sob o rio cócito e também amante de Hades, mas sem o acréscimo de Perséfone, pois aqui ele não é casado com ela.
Abaixo é como imaginei ela.
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