Capítulo 1 - União Sublime
Em alguns capítulos as imagens serão feitas através de IA por mim, outras retiradas da Internet, sempre vou colocar os créditos.
A imagem desse capítulo é do pinterest, crédito ao autor.
Esse capítulo possuí cenas 🔞
Ele tem 3523 palavras.
Boa leitura 🖤
Seu dever como Deusa era espalhar o amor, desejo e luxúria, fazia isto com maestria, por onde passava emanava uma luz própria, mais brilhante que o próprio sol, encantando todos à sua volta. Aquilo era um verdadeiro fascínio, encantar a todos, mas pela primeira vez em eras, não era aquilo que queria. O olhar percorria a multidão, observando os mais diversos tipos de prazeres emanando, os risos ecoando pelo local como uma amostra da mais pura felicidade. Estava cansada daquelas festas, eram sempre as mesmas, não existia nenhuma novidade por ali, era como se, mesmo com a multidão, estivesse totalmente sozinha. Olimpo estava repleto de todos os Deuses, mas nenhum que chamasse a sua atenção, embora por onde passasse despertava o desejo dos presentes. Aquilo não fazia seu sangue ferver, queria novidade, um desafio.
Saiu dali sem nem pensar, sentia a necessidade de ter seu sangue instigado da maneira mais sublime que poderia encontrar. Somente sentira tanta alegria assim quando conhecera Ares. Vê-lo chegar de mais uma de suas guerras com o peitoral à mostra e repleto de cicatrizes, a levou para o mais profundo prazer. Os encontros com ele passaram a ser constantes. O amava, de seu jeito, afinal não precisavam estar em um casamento, sua relação perdurava décadas assim, mas nem mesmo seu amante estava fazendo-a se encantar, por este motivo decidiu vagar pelo mundo humano, sentia a necessidade de pertencimento, um sentimento que não sabia de onde vinha.
Observando-os do alto de uma colina, viu que eles estavam em mais uma guerra. Aqueles seres imundos sujavam a natureza com seus ideais frívolos, sempre desejando mais do que poderiam obter, buscando guerras por um poder que não lhes pertenciam. Eles despertavam seu mais profundo nojo. Os Deuses lhes deram tantas oportunidades de redenção, mas eles insistiam em vagar por um caminho sem final. Chegaria o dia em que a humanidade seria extinta, se não fosse pela decisão dos Deuses, seria pela sua própria culpa.
Se sentindo pior que quando estava no Olimpo, decidiu voltar para o mundo dos Deuses, dessa vez em um lugar diferente, seu lugar preferido em todo universo. Ver aquele lago com águas tão cristalinas a fez ofegar em contentamento, não importava a profundidade do local, afinal ele era tão puro que se podia ver o fundo, se despiu por completo, entrando totalmente nua no local, a água quente a fez suspirar em deleite, aquele era o relaxamento que procurara.
Estava tão entretida que somente quando ouvira o barulho e um leve movimentar nas águas, que notara que não estava mais sozinha, seu corpo estava na penumbra, por isto o Deus não a viu de imediato, ato que a intrigou, pois, chamava a atenção por onde passava, não importava como.
Seu olhar vagou até ele, ficando ofegante ao notá-lo nu, a pele clara parecia iluminar perante a escuridão, quando a luz da lua ficou por completo sob ele, percebeu quem era, mas não se impediu de analisá-lo, o peitoral grande e musculoso, não exagerado como de Ares, mas tão definido como de um guerreiro, longos cabelos negros como a noite e os olhos repletos de escuridão, nunca o vira naquela maneira, aliás, sequer o via, seu trabalho era constante, então ele era um Deus que não era muito visto por ninguém, exceto no submundo, onde ficava sua morada.
— Jamais imaginei vê-lo assim, Thanatos — não conteve a malícia em sua voz, ainda mais por vê-lo nu em sua frente.
O Deus arregalou os olhos, parecendo surpreso ao vê-la, ao que parecia, ele não notara que não estava só.
— Quanto tempo está aí? — ele perguntou irritado, isto retirou um pequeno riso de si.
— Tempo suficiente.
— Afrodite, poderia ter avisado! — ele resmungou, se virando.
Fora impossível conter o olhar em seu corpo pecaminoso, era tão belo que mal conseguia conter o desejo em seus olhos, jamais imaginou que ele fosse tão atraente. Mordeu os lábios em puro deleite, analisando-o com atenção. A água batia em sua cintura, pois ele era extraordinariamente alto, mas pelo fato de ser totalmente cristalina, conseguia vê-lo com perfeição.
Era uma bela visão e ele nem ao menos estava desperto.
— E perder o show? Não! — a fala pareceu irritá-lo, pois ele suspirou descontente.
— Tenho mais o que fazer, não quero participar dos seus jogos — ele respondeu friamente.
Aquilo era uma novidade, era a Deusa do Amor, exalava beleza, não existia ser mais belo que ela, no entanto, ele parecia não ligar para sua presença, pelo contrário, parecia totalmente indiferente, aquilo a irritou.
— Não acredito que não esteja nem um pouco mexido com a minha presença, vários Deuses, até mesmo humanos, se matariam para estar no seu lugar — não conteve a irritação na voz.
Ele virou lentamente, olhando-a tão frio que por um instante seus ossos congelaram. Jamais vira a intensidade de sua aura, era poderosa. Em outro momento poderia achá-lo poderoso, digno de um Deus, mas agora temia por sua vida, pois sua presença a sufocava e nem ao menos estava demonstrando seus poderes totais.
— É apenas um corpo, não é novidade alguma — ele respondeu frio.
Arregalou os olhos, totalmente ultrajada pela maneira como ele agira consigo, não conteve seu temperamento, aproximou-se em alta velocidade, colocando-o contra uma rocha. Ele não pareceu surpreso, não demonstrou emoção alguma, não olhava para nada além dos seus olhos, nunca isto acontecera com ela, estava nua, colada ao corpo dele, também nu, e ele não esboçava reação alguma, nem mesmo seu corpo reagia, era como se ele não sentisse nada.
— Entendo, prefere homens? — perguntou sem conter o sorriso de canto.
Resolvera provocá-lo, afinal, para não gostar dela, somente essa opção era viável, não existia ser que pudesse resistir aos seus encantos, ele não seria o primeiro, exceto caso realmente preferisse homens, neste caso o entenderia.
— O quê? — a confusão em seus olhos quase a fez rir, mas manteve a face neutra.
— Alguns sentem atração pelo mesmo sexo, não o condeno, já tive experiências incríveis com belas mulheres, posso apresentar alguns que compartilham o mesmo gosto que o seu, aposto que vai se divertir — responde inocentemente.
O seu corpo fora prensado contra o rochedo sem notar, somente tivera tempo de arregalar os olhos quando viu a escuridão escapando dos olhos do Deus à sua frente. Aquele momento percebera que o irritou além do que pretendia.
— Afrodite, eu gosto de mulheres, o que não tenho interesse é em você — ele respondeu irônico.
Aquilo fora um baque enorme para seu ego, que ele não tivesse interesse nela, poderia entender, nem todos possuem gosto refinado, mas ter a audácia de lhe falar isto sem remorso algum a magoou de certa forma.
Era a Deusa da beleza, luxúria e prazer, espalhando luz por onde quer que passe. Nascida em meio à espuma do oceano, quando Cronos castrou seu pai Urano, desde seu surgimento fora ensinada que não existia ser mais perfeito que ela, os Deuses a reverenciavam, os humanos nem se falava, não existia um único ser que não a quisesse.
— Afrodite? — a voz preocupada de Thanatos tirou-a de seus pensamentos.
Somente naquele instante percebera estar chorando, nunca seus sentimentos foram magoados daquela forma, empurrou-o sem falar nada, virando para voltar à penumbra, onde estava antes, afinal chegara primeiro ao lago. Se sua presença era tão irritante, ele que fosse embora.
O seu corpo doía, não conseguia acreditar na quantidade de almas que resgatara naquele único dia, os humanos ocasionam seu próprio fim, o que via da guerra acontecida ali, somente reforçou o nojo que possuía dos humanos, era apenas uma disputa de territórios, o rei era arrogante e gostaria de ter mais do que lhe fora ordenado, por culpa disto, pessoas inocentes estavam sendo mortas.
Era acostumado a ser um Deus indesejado, afinal sua presença significava o fim daquele ser, quem gostaria disto?
Então, não possuía sentimentos algum perante aquelas almas, somente fazia seu trabalho, este incansável, já que era algo sem fim, por isto era um Deus totalmente isolado, detestava aquelas festas no Olimpo, aqueles seres agiam com futilidades, sempre priorizando seus prazeres, eles não eram tão diferentes dos humanos a quem tanto odiavam.
Quando a guerra finalmente acabara, pela primeira vez não sentiu vontade de voltar para o submundo, estava sonhando em relaxar, sabia o local perfeito para isto, um lago onde sabia que as águas eram totalmente cristalinas, calmo e a temperatura se ambientava no que precisava, aquilo era tudo que poderia sonhar.
O local estava mergulhado na penumbra, nada do que não fosse acostumado, por isto não pensou em nada, apenas se despiu por completo, o contato da água com a sua pele o fez suspirar, estava quente como uma terma, totalmente relaxante, isto que não demorou muito tempo, pois a voz dela se fez presente pelo lugar, a malícia em sua voz o irritou profundamente, ela o viu chegar ali e não falara nada.
Afrodite a Deusa que mais detestava no Olimpo, para ela tudo era festa e sexo, sequer tinha um papel importante, afinal tudo que ela fazia era instigar o desejo dos seres, sejam eles quais forem, não negaria que era bela, mas aquilo era sua casca, não conseguia contemplar nenhuma beleza nela, sabendo a podridão de sua alma, jamais a olharia de outra forma. Não conteve as palavras rudes em sua direção, afinal ela era um ser sem sentimentos, não faria diferença alguma, tudo que ela buscava eram os prazeres da carne.
O choque percorreu seu ser ao ver o rosto perturbado da Deusa, pior fora ver as lágrimas escorrendo de sua face, ela o empurrou sem nada responder, simplesmente voltara para a escuridão, sem nem lhe falar mais nada.
— Afrodite? — aproximou-se agoniado, ficando em choque quando ela lançou uma pedra em sua direção, esta se transformando em um chicote de fogo, desvirara por pouco.
— Se inspiro tanto nojo em você, pode muito bem sair e me deixar só, afinal cheguei a este lugar primeiro que você — a voz dela saiu totalmente fria e desprovida de qualquer malícia, algo que nunca vira nela até então.
Aquela fora a primeira vez que se arrependera de suas palavras, julgou erroneamente que a alma dela era podre, quando nem ao menos conseguia vê-la, não era um ser desprovido de sentimentos, pelo contrário.
— O lago é grande, podemos ficar aqui sem problema algum — não acreditara que aquelas palavras haviam saído de sua própria boca, mas fechou o semblante sem dar espaços para alguma gracinha dela.
Para sua surpresa, ela o ignorou e continuou a aproveitar a água com os olhos fechados, como se estivesse a sós ali, por um momento se permitiu olhá-la sem que ela percebesse. A deusa possuía longos cabelos loiros, tão claros quanto o sol em um dia nublado, corpo voluptuoso que instigava a todos o pecado, pois jamais vira algo tão belo, mas o que era mais lindo, eram seus olhos, sabia serem azuis tão puros quanto os céus, realmente, a Deusa era um espetáculo da natureza. Sentiu uma pontada no baixo ventre, o choque preencheu a sua face ao perceber que ficara excitado ao analisá-la.
— Isto sim, é novidade — a voz dela ecoou pelo recinto, assustando-o, quando um riso feminino e divertido o deixou alerta.
Ela não poderia ter notado seu desejo, ou poderia?
— Thanatos, sou a Deusa dos prazeres carnais, nem adianta esconder, está exalando desejo e tenho poderes para sentir — a resposta dela a sua pergunta muda o deixou em choque.
— Não sei o que está falando — não a deixaria entrar na sua mente, ela só poderia estar brincando.
— Estou falando do desejo evidente, está excitado comigo, sendo que afirmou que não possuí interesse por mim, isto é bem irônico, não? — o rancor em sua voz o fez perceber que a magoara mais do que ela deixara transparecer.
Não conseguia formular frase alguma, tudo que pensava era na sua voz frágil e seu corpo estonteante, ela estaria usando seus poderes nele?
Acreditara que era imune aqueles malditos poderes dela, mas como poderia saber já que nunca ficara a sós em sua presença?!
— Não se preocupe, não tenho a intenção de instigá-lo a nada, na verdade, estou de saída, o lago é todo seu — seus olhos vagaram em direção a sua voz, péssima escolha, a Deusa saía das águas, nua.
Os olhos estavam hipnotizados em sua direção, as gotas escorrendo pela pele leitosa, o deixou em transe, sem que notasse, aproximou-se dela, fato que a surpreendeu por completo, segurou com firmeza os longos cabelos loiros em seu punho, puxando-a em sua direção, os lábios se encostaram com fervor, o sangue em suas veias pareciam fogo puro, o desejo pulsava em seu ser, algo que nunca sentira, nem mesmo em seus milênios de vida.
— Thanatos?! — os olhos arregalados dela, eram um reflexo de seu próprio espanto, não era seu costume agir pela emoção daquela forma.
— Apenas hoje, vamos esquecer quem somos — a voz sairá mais rouca do que pretendia, isto fora bom, pois a Deusa pareceu hipnotizada em sua direção.
Voltou a beijá-la com desejo, as mãos vagando pelo seu corpo com dedicação, queria que ela tivesse algo único, apesar de saber que não era único em sua vida, a Deusa era acostumada a inúmeros amantes, aquilo não era novidade alguma. Levantando seu corpo, a deitou ao lado do lago, seus olhos passaram a vagar por ele com dedicação, contemplando-a, os lábios vagaram pelo pescoço, deixando um rastro de beijos, os sons que saia dela, o instigava a continuar, desceu vagarosamente até os seios, dando atenção especial a cada um deles por longos minutos, os suspiros dela foram ficando mais altos, evidenciando o desejo que sentia, olhou-a por entre os cílios se deliciando com a visão dela totalmente entregue sem ele ter feito nada.
Mordeu com sensualidade o bico, arrancando um gemido um pouco mais alto da Deusa, sorrindo em malícia pura, soltou os seios, deixando uma marca evidente, seu coração disparava a medida que ia descendo até sua intimidade, não conteve o sorriso arrogante ao vê-la completamente excitada, mergulhou os lábios, beijando-a intimamente, os suspiros ecoavam pelo local como uma doce melodia.
As mãos dela seguraram com firmeza seus cabelos, trazendo-o até seus lábios, sorriu diante a impaciência dela, a penetrou com força, fazendo-a gritar, os quadris mexiam junto ao dela, com uma sincronia perfeita, gemeu alto ao sentir as unhas em suas costas, ato que ele apreciou, o desejo explodia ao seu redor, era tão intenso, jamais sentira algo assim, era uma união sublime, não entendia isto, mas não se ateve com seus pensamentos, tudo que queria naquele momento, era ela, gozou junto dela, sentindo seu corpo dormente.
Quando a névoa de desejo passou, percebera o olhar de vitória em sua direção, não conteve o rosnar, puxou-a para um longo beijo, cheio prazer que ainda sentia por ela.
— Maldita, provocou isto, não é? — não conteve a malícia, ela o fizera pagar com a própria língua.
Um feroz sorriso pareceu no rosto dela, mostrando que estava certo, não saiu de cima dela, estavam ainda unidos, seu membro ainda pulsava no interior apertado, era ridículo culpá-la apenas, já que não tivera força alguma para resistir aos seus encantos, mas saber que ela usou seus poderes para atiçá-lo não o deixou bravo, pelo contrário, fez seu sangue ferver.
— Aproveitou isto tanto quanto eu — ao escutar a resposta, sorriu em negação, puxou-a para um delicado beijo, o tempo parecia suspenso ao redor, deixaria para pensar na sua imprudência outra hora.
Um mês se passara desde o encontro com Thanatos, jamais imaginou que ele seria um amante tão intenso, muitas vezes seu olhar ficava perdido, seus pensamentos voltavam para aquele momento, seu corpo queimava diante as lembranças, em todos seus milênios de vida, nenhum amante a deixara daquela maneira. O corpo arrepiava somente com seus pensamentos, certo que instigou a sua presença, fazendo-o notá-la através de seus poderes, mas a surpresa fora quando ele a pegou, não intensificou e muito menos comandou isto, fora ele quem a quis, isto a fazia ferver, cada vez que se lembrava disto.
Deveria esquecê-lo, afinal aquilo fora um acaso, ele não era um Deus que se deixava levar pelos sentimentos, deixara isto bem claro para ela, aquilo jamais se repetiria, ele pertencia à escuridão e ela a luz, eram de mundos diferentes, eles não se misturavam, entendia isto, mas não conseguia esquecer.
— Afrodite! — a voz de Ares ecoou pelo recinto fazendo-a pular.
Não notara que ficara dispersa, estavam em um almoço em família, não apenas ele, mas seus filhos a olhavam com curiosidade, não era para menos, afinal costumava a ser alegre e falante, no entanto, há dias estava dispersa, sem conseguir se concentrar em nada.
— Está bem? — Ares perguntou novamente quando a viu piscar várias vezes.
— Sim, eu... — seu olhar vagou até seu prato intocado, o cheiro da comida finalmente chegara em suas narinas, seu estômago embrulhou, sentira um nojo intenso.
— A comida está ruim? — Eros pergunta curioso em sua direção.
O enjoo a fez levantar com pressa, enquanto um suor percorreu seu corpo, se sentira zonza.
— Mãe! — escutou a voz aflita de Anteros, antes de desmaiar.
✯❍
Os olhos custaram a se adaptar com a claridade, quando seus olhos conseguiram focar, identificou seu quarto, três figuras a olhavam preocupados, os entendia, afinal não tinha saúde frágil, nunca desmaiara antes e muito menos sentira enjoo, exceto quando ficara grávida de seus filhos.
Grávida...
Pulou da cama sem conter o espanto, ficara um mês inteiro focada em Thanatos que nem ao menos notou o que acontecia ao seu próprio corpo, como Deusa sabia de imediato quando uma concepção era feita, mas seus sentimentos estavam tão nublados naquele instante que nem notara, os dias que se seguiram também.
— Afrodite, o que está acontecendo?! — Ares pergunta agora irritado.
Seu olhar vagou até ele, sabia que sua relação era aberta, ele nunca tivera problema algum com isto, mas seus dois filhos eram dele, como ele reagiria à notícia?
Pior, como Thanatos reagiria?
Se seu filho demonstrasse mais predisposição a escuridão, ele iria tirá-lo de seus braços, não podia permitir tal coisa, era seu bebê, estava sabendo da existência dele apenas nesse momento, mas não o queria longe.
— Afrodite-
— Estou grávida! — interrompeu Ares antes que ele falasse algo, seus olhos arregalaram em sua direção, assim como seus filhos.
— Parabéns! — escutou os filhos falarem, os braços de Anteros estavam ao seu redor, enquanto Eros abraçava Ares.
— Não é meu — Ares fala seriamente, olhando-a com tanta intensidade que a fizera se sentir culpada, principalmente pelo olhar em sua direção.
— Como assim? — Eros e Anteros perguntaram em conjunto, pela primeira vez corou diante os filhos.
Claro que ele sabia, afinal desde que Thanatos a tocou, não esteve com nenhum outro, não conseguia sentir desejo, pois seus pensamentos estavam tomados pelo Deus da morte.
Seus olhos vagaram até o Deus da guerra, não conteve a surpresa ao vê-lo triste, ele sempre soubera que não era o único, então por qual motivo estava assim?
— Eu amo você, mas sei que é um espírito livre, a única maneira de tê-la é essa — ele respondeu sua pergunta muda, sentiu seu coração doer naquele instante, jamais pensara nisso, sempre acreditou que o acordo era mútuo, que ele também era livre.
— Ares-
— Tudo bem, não a culparei por isto, mas posso saber quem é? — ele perguntou sem esconder a tristeza.
Conseguia identificar seus sentimentos, estes que ele sempre escondera, ele sentia que era especial por ser o pai de seus filhos, agora perdera o posto para outro, não sabia se deveria contar, na verdade, não queria que ninguém soubesse, se isto caísse nos ouvidos de Thanatos, certamente ele lhe tiraria seu filho.
— Está com medo de contar, mas não é pelos meus sentimentos, o que aconteceu? — Ares pergunta agora totalmente preocupado.
— Mãe, alguém a feriu? — Eros pergunta fazendo Ares e Anteros trocarem olhares preocupados.
Os olhou por longos segundos, talvez fosse melhor que eles soubessem, assim poderiam ajudá-la.
— A criança que espero é de Thanatos — dizer estarem surpresos era eufemismo, eles a olhavam como se ela tivesse dito que era um dragão ou algo assim.
— Como?!
— Ele é atraente, nos encontramos por acaso e aconteceu, chega disso! — estava brava agora, sabia que ele não era um Deus ligado aos desejos, mas eles agiram como se ele nunca fosse olhá-la!
— Por que está com medo dele? — Eros perguntou intrigado.
— Thanatos é o Deus da morte, nem sei que mistura vai sair, a Deusa do amor e o Deus da morte, vivo no Olimpo e ele no submundo, se o ser que espero for mais parecido com ele, Thanatos vai tirá-lo de mim, não quero perder meu bebê — expôs seu maior medo, soubera da existência daquele pequeno ser há poucos minutos, mas já o amava.
— Ninguém saberá, se quiser, eu assumo — Ares fala a surpreendendo, olhou-o com admiração.
Ele estava disposto a assumir o filho de outro?
— Podemos escondê-la de todos, pois é difícil esconder a aura do pai, ainda mais ele, Thanatos é filho de uma Deusa primordial, sua aura é muito forte, todos saberão na hora, mas para todos os efeitos, será meu filho — ele fala decidido.
Aquele fora o instante que o admirou por completo, sempre julgara que o que tinha por ele era algo carnal, mas pelo visto era mais que isto, ambos possuíam ligação entre seus corações.
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