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Conto: Intenso Presente

Nota da autora:


 Olá pessoal, eu atrasei o cap por um motivo muito especial, tem mais uma grande e importante amiga minha fazendo aniversário e como to pobre demais para dar um presente real para ela, fiz esse conto na forma de um. Vocês ainda não conhecem a Sheron, mas ela vai aparecer mais pra frente na história e sei que vão amar ela, incluindo um conto dela e do Silas, no qual terá mais que um cap, que tenho planos de fazer mais pra frente e vocês poderão conhece-la melhor.

Como essa minha amiga é a Sheron, o presente dela é narrar esse dia importante para a personagem dela também. Ju, não posso comprar um moreno de ombros largos pra você no Submarino, mas posso descrever como o Silas é e rezar para que no futuro um assim apareça para você um semelhante kkkkkk

Feliz Aniversário! Dedicado a juulivrosamor.

Espero que gostem.

Boa Leitura!


   *Silas e Sheron - Aniversário *


"Se fosse do meu jeito, eu te desmontaria
Se fosse do meu jeito, eu te transformaria
E se meu corpo tivesse voz, eu teria prazer novamente
Estou com medo do que posso dizer, porque eu estou no meu limite

Os nossos olhares se cruzam pelo ambiente
Tem só uma coisa que nos resta fazer

Você pode me tocar devagar
Acelere, amor, me faça suar
Terra dos sonhos, me leve ao ápice porque eu quero seu sexo
Se meu corpo tivesse voz, eu não negaria
Tocar, fazer amor, te provar
Se meu corpo dissesse a verdade, amor, eu faria exatamente o que eu quisesse

Se fosse do meu jeito, eu tomaria o controle
E se fosse do meu jeito, eu te levaria até o fim
E se meu corpo tivesse voz, eu iria me abrir
Te mostrar toda a renda vermelha por baixo desse vestido..."

Body Say – Demi Lovato.


Coloquei minha bolsa encima da mesa e liguei o computador. Seria apenas mais uma segunda-feira normal de trabalho, é claro, se não fosse pelo fato de que eu estava ficando mais velha hoje. Acordei com uma ligação da minha mãe me desejando feliz aniversário e com uma chuva de beijos dos meus lindos sobrinhos que foram me acordar e felicitar antes que fossem para a escola, isso as seis da manhã. Minha irmã apenas riu de toda a cena e ignorando os meus resmungos por ter sido acordada vinte minutos antes do que deveria, prometeu que me faria o meu bolo favorito e que teríamos uma pequena festinha em casa quando eu voltasse do trabalho. Sorri com a lembrança e abri as persianas dos dois lados da minha mesa.

Eu trabalhava a quase um ano na Advocacia Walker e sinceramente, eu gostava do meu trabalho. O espaço que serviria como uma recepção era bem arejado e claro, com alguns vasos de plantas aqui e ali e com quadros nas paredes cor de creme que mostravam ser de muito bom gosto. Minha mesa de carvalho era grande e espaçosa, o computador era moderno e não me dava trabalho nenhum, o telefone ficava no lado oposto da mesa junto com alguns porta canetas e clips, dois porta-retratos onde tinham fotos da minha família e uma cestinha onde eu costumava deixar os documentos que já estavam prontos. Também havia alguns enfeites aqui e ali que eu tinha trazido de casa, eu amava ter minhas bugigangas e tinha agonia de ver lugares muito vazios. Minha cadeira era de couro e super confortável, ficava não muito longe do ar-condicionado e de uma mesinha no canto onde havia uma cafeteira, um filtro com água fresca e biscoitos deliciosos. Isso e o fato de trabalhar para o chefão fazia com que muitas das secretarias do prédio me olhassem torto.

Abri um sorriso para o nado e olhei a paisagem por uma das janelas, para a vista movimentada de uma das principais ruas da cidade. Silas Walker, aos vinte quatro anos era um dos advogados criminalistas mais jovens e bem sucedidos da cidade. Tinha aberto seu próprio escritório pouco tempo depois de se formar e agora, dois anos depois, já tinha em posse três andares de um prédio no centro da cidade e uma quantia razoável de funcionários e colegas de trabalho. Era exigente, competente, pontual, não muito tolerante com erros e sempre cobrava o melhor de todos. Não se permitia regalias por ser o chefe, era sempre um dos primeiros a chegar e dos últimos a sair, dependendo do trabalho que pegava, tinha vezes que ele nem mesmo ia embora, o que me fazia admira-lo muito. Tudo isso sem contar que o infeliz era tão lindo que me fazia perder o ar.

Com seus ombros largos, imponência digna de um homem de negócios, olhos negros e um sorriso desorientador, ele reinava em todas as minhas fantasias mais impuras. Meio clichê a secretaria ter uma queda pelo patrão, eu sei, mas isso era porque quando o assunto era aquele moreno, nem o clichê importava. Olhei para o relógio no meu pulso, um presente de formatura que uma amiga tinha me dado, e vi que já eram sete e meia, eu tinha que dar uma arrumada na sala do meu chefe porque ele logo estaria chegando e do jeito que eu era distraída, eu poderia ainda estar vegetando quando ele chegasse.

Entrei na sala e fui direto abrir as persianas para iluminar o ambiente. A sala de Silas era grande e luxuosa, mas não muito extravagante. Sua grande mesa de carvalho ficava de costas para uma das grandes janelas que davam vista para o centro da cidade e era muito bem organizada como sempre. O computador ficava de um lado, porta canetas, pesos de papel, porta-retratos e um carrinho que eu sabia ser a miniatura do que ele dirigia estavam muito bem alinhados ao longo da beirada de toda a mesa, o telefone ficava no lado oposto, o que dava uma espaço bem grande para ele espalhar os seus papeis. A grande cadeira de couro era preta e fazia a minha parecer de brincadeira de tão grande que era. Ao lado da janela a parede era toda coberta por uma enorme estante abarrotada de livros e vários outros objetos que eu acreditava serem pessoais, incluindo um prêmio que ele tinha ganhado no ano anterior como destaque.

Em uma mesa no lado oposto da sala estava alguns vidros caros de whisky e copos de cristal, dois sofás de couro pretos e uma mesinha de centro de vidro. Bem no canto da sala e quase escondido estavam duas portas, uma que eu sabia levar ao banheiro e outra a uma área particular na qual Silas ficava quando não ia embora. Nas paredes havia quadros de paisagem europeias e estas eram pintadas de cores claras e evidentemente masculinas. Era um bom lugar para se trabalhar. Ao contrário do que muitas propagandas de chefes por ai, não havia um desfile de peruas para dentro da sala do meu chefe onde ele faria a farra com elas, pelo menos, se tivesse algo assim, eu nunca escutei nada. Bonito, rico e a cara não negava que era mulherengo, mas pelo menos o infeliz tinha o credito de ser discreto.

Liguei o computador, ajeitei alguns novos papeis encima de sua mesa e sai da sala. Parei na frente de um espelho que tinha na parede ao lado da porta e chequei meu visual, quer dizer, meu novo visual. Em apenas uma semana era como se minha vida toda tivesse virado do avesso. Passei meses tentando esconder, não que eu conseguisse ser muito discreta, o precipício que eu tinha por Silas, e naquela semana tudo tinha ido por água a baixo. Tínhamos passado semanas apenas trocando olhares e as vezes tendo algumas pequenas discussões que deixavam o clima tenso, mas tudo isso acabou quando na terça-feira ele chegou decidido e me deu um beijo que me tirou até o ar. Na quarta eu tive os melhores amassos da minha vida encima daquela mesa grande e na quinta eu vi que seria o fim da minha sanidade, se um amigo dele não tivesse chegado e atrapalhado o momento. A sexta-feira da minha perdição foi durante um evento no qual eu o acompanhei, acabei bebendo um pouco demais e por fim, tive a melhor noite da minha vida acordando no outro dia com dores em lugares que eu nem sabia que existiam e ao lado de um moreno com expressão séria.

De uma secretária que se vestia de modo desleixado, aqui estava eu agora. Meus cabelos negros antes longos agora estavam com um aspecto mais moderno, cortados até a nuca na parte de trás e mais longos na parte da frente, indo até um pouco abaixo do meu queixo. Eles tinham acordado de bem com a vida essa manhã e agora estavam de um liso um pouco ondulado, de uma maneira quase selvagem. Minhas sobrancelhas finas e escuras estavam bem feitas e, assim como os óculos quadrados que eu não deixei de usar, marcavam meus olhos negros que sempre eram muito elogiados. Eu não costumava passar muita maquiagem para trabalhar, mas hoje tinha feito o esforço para esfumar um pouco meus olhos e passar um batom rosa claro em meus lábios carnudos. Minha pele morena, uma bela herança genética, agora estava limpa sem aquelas malditas espinhas e eu agradecia aos céus por isso. Eu não podia dizer que tinha um corpão, mas estava na medida. Minha bunda era de tamanho médio, mas parecia um pouco maior com o vestido preto que eu estava usando, minha cintura era fina e meus peitos eram muito bem avantajados, o que me fazia escolher muito bem os decotes das minhas roupas.

O vestido que eu tinha escolhido hoje era bem simples, preto com decote quadrado e ia até um pouco acima dos joelhos, havia alguns detalhes bordados na barra e um corte um pouco mais ousado nas costas. Meus saltos não eram muito altos, o que não me faria estar chorando de dor no final do dia. Ajeitei meu cabelo e, satisfeita com o resultado, me virei para começar o trabalho, mas congelei no lugar assim que olhei para as portas do elevador. Com 1,80m de altura, ombros largos e musculoso esculpido a mão e delineado por um terno cor de carvão, destacado apenas pela camisa branca, já que a gravata também era preta, um cabelo escuro levemente despenteado, olhos negros intensos e um maxilar desenhado por uma barba por fazer com um covinha no queixo, Silas Walker chegou para arrebentar com a minha segunda-feira.

Minha Santa Mãe Virgem! Era como se ele não tivesse penteado o cabelo e seu rosto ainda transparecesse aquela aura de sonolência, o que fez meu corpo arrepiar ao lembrar que eu já o tinha visto acordar em uma manhã de sábado e o quão preguiçoso ele podia ser. Seu perfume, uma mistura de amadeirado e cítrico, com um leve toque de banho recém tomado impregnava o ambiente e fez com que eu me sentisse mole. Como se isso não bastasse, ele me encarava intensamente com seu típico olhar de me agarre e faça o que quiser comigo.

—Bom dia, Sheron. – falou com a voz rouca e profunda.

—Bom dia, Dr.Walker. – respondi com a voz o mais firme que pude.

Ele chacoalhou a cabeça com uma expressão séria e caminhou em minha direção, passando bem ao meu lado e quase me levando junto apenas com o cheiro quando foi em direção a sua sala.

—Pra minha sala. – falou e parou a porta quando não sai do lugar. – Agora!

Arregalei os olhos e fiz meia volta, indo atrás dele. Meu Santinho, ele nunca falou daquele jeito comigo, o que será que eu fiz? Se bem que ele ficou ainda mais sexy usando aquele tom de voz autoritário... Foco Sheron, não é hora de pensar no quanto seu chefe é um pedaço de mal caminho, uma criação diabólica que faz você se perder com a voz, o corpo e... Sheron Steele, controla esse fogo! Senti vontade de socar a mim mesma por estar tendo uma discussão telepática, mas em parte não era minha culpa. Eu já vivia em um estado constante de fogo e pensamentos sacanas, depois de ver aquele homem sem roupa, isso apenas piorou.

Entrei em sua sala e fechei a porta atrás de mim sentindo minhas pernas vacilarem. Assim que me virei, Silas estava parado no meio da sala com as mãos nas costas e com aquela expressão séria, o que não ajudava nem um pouquinho na minha concentração.

—Dr.Walker, eu... – comecei.

—Primeiro, já falei um milhão de vezes para me chamar apenas de Silas. – falou me cortando. – Dr.Walker é apenas para momentos formais, Sheron, e esse claramente não é um deles.

Devo confessar que uma das coisas pelas quais me apaixonei por ele foi o jeito como falava meu nome, sua voz assumia um tom mais rouco e profundo, de uma forma quase venerável. Engoli em seco e assenti.

—Desculpa, Silas. – sussurrei e vi um sorriso se desenhar em seus lábios.

—Segundo, nunca mais saia da minha casa sem antes me avisar. – falou e passou uma das mãos nos cabelos. – Eu fiquei que nem um louco procurando você até Carter me avisar que a tinha visto pegando um táxi. Nunca mais faça isso comigo, acho que perdi meia dúzia de fios de cabelo só naquele dia.

Eu não queria, mas me encolhi com culpa. Eu estava preparando o café da manhã para ele quando minha mãe me ligou exigindo que eu aparecesse urgentemente em casa, como Silas não estava no apartamento por ter que resolver uma coisa rapidamente, sai correndo sem tempo para avisar nada.

—Desculpa por isso também, eu esqueci que minha mãe as vezes vai até o meu apartamento nos sábados de manhã, quando ela não me viu em casa, surtou. Eu tentei ligar para você, mas só caia na caixa postal. – expliquei nervosa.

Eu não tinha notado que a cada coisa que ele falava, se aproximava mais de mim. Agora estávamos a menos de meio metro de distância e eu já sentia minha respiração se agitar, assim como meu coração, que estava numa corrida maluca desde que entrei na sala. Silas soltou uma risada baixa e passou a mão nos cabelos de forma nervosa.

—Isso é porque eu derrubei o caralho do celular dentro da pia da cozinha quando ia ligar pra você. Eu estava tão nervoso que quando chacoalhei a mão, arremessei aquela merda dentro de uma bacia cheia de água.

Levei uma mão a boca e tentei conter a risada, o que fez um sorriso se espalhar por seu rosto.

—Não ria, sua tentação, pensei que você não quisesse me ver e muito menos falar comigo.

Franzi a testa em confusão.

—E porque diabos você achou isso? – perguntei.

—Pelo que aconteceu na sexta e... Bem, na manhã de sábado. – falou coçando a cabeça. – Achei que tivesse se arrependido.

Dei dois passos à frente e fiquei cara a cara com ele, mesmo que eu tivesse que ergueu o pescoço para encarar seus olhos.

—Escute bem aqui, Silas Walker, posso estar bêbada como um gambá, mas não vou para cama com homem nenhum, não importa o quanto ele seja gostoso, se não tiver pelo menos 98% de certeza sobre isso.

—98% de certeza? – perguntou não contendo a risada.

—100% é exigir demais de uma pessoa bêbada, então não abuse.
Silas jogou a cabeça para trás e soltou uma gargalhada gostosa que vibrou por todo o meu corpo, voltando a ser o homem sorridente e descontraído por quem eu, com nem um pouco de vergonha, estava muito apaixonada.

—Ok. – falou depois de um tempo. – Agora tenho uma terceira coisa para te falar.

—Que seria?

Com um movimento rápido, ele enlaçou minha cintura e grudou nossos corpos, baixou a cabeça e levou os lábios ao meu ouvido.

—Feliz aniversário, minha morena. – sussurrou.

Senti meu corpo estremecer e esquentar, enquanto minha mente debatia se eu agarrava ou batia nele por fazer aquilo comigo. Ele sabia como me deixar em chamas e o sorriso do safado não negava sua intenção. Se afastando um pouco, ele tirou uma das mãos das costas e me estendeu um caixa preta de veludo de tamanho médio com o logotipo de alguma joalheria que eu não conhecia, mas que tinha certeza que devia ser cara.

—Silas... – comecei.

—Apenas abre e não reclame, mulher. – falou ele. – Tive um trabalho dos infernos para escolher alguma coisa para te dar de presente. Tive que ligar para Rebeca me ajudar e ela me xingou um monte por que o fuso horário daqui da Turquia, onde ela está com o noivo dela, são bem diferente e eu acabei acordando ela.

Soltei uma risadinha se sua expressão triste e peguei a caixa em minhas mãos, a abrindo com cuidado. Senti meus olhos se arregalaram quando fitei a joia que estava lá dentro.

—Silas! – falei abismada e o bastardo apenas riu.

—Termina logo de abrir.

Puxei o resto da tampa da caixa e dei uma boa olhada. O colar era de prata e sua corrente era fina e trançada, o pingente tinha um ar antigo e elegante, bordas entalhadas e bem desenhadas envolviam uma belíssima e irregular pedra negra que reluzia pela luz que entrava pelas janelas.

—Isso deve ter custado o olho da cara. – resmunguei.

—Felizmente, amor, a atendente da loja achou que pedir um olho meu seria um pouco bárbaro demais. – falou piscando para mim. – Ela queria o número do meu telefone, mas falei que já era comprometido e que minha morena não gostaria nada disso.

Estreitei os olhos para ele.

—Não divido o que é meu, ainda mais com vadias oferecidas.

Ele abriu um sorrisinho convencido e apontou para a pedra.

—Sabe porque escolhi essa pedra? – perguntou e eu chacoalhei a cabeça. – Lembra de uma das primeiras coisas que eu disse quando nos conhecemos?

—Você elogiou os meus olhos. – respondi. – Disse que...

—Você tem os olhos mais lindos e negros que as mais belas pedras de ônix.

Eu lembrava daquele dia, ao contrário de sua antiga secretaria e das outras três candidatas que estavam disputando a vaga para ocupar aquela posição, ele não reparou nas minhas roupas e nem na minha aparência, avaliou cada uma das minhas reações a suas perguntas pelos meus olhos. Eu tinha o achado lindo como todas as outras, mas não tinha ficado como elas, usando roupas provocantes, mordendo os lábios, mexendo nos cabelos para chamar a atenção dele e nem me atrapalhando ao responder uma pergunta simples, muito pelo contrário, fui formal, sincera e profissional. Fiquei uma pouco mais do que feliz e satisfeita quando ele em pessoa me ligou no dia seguinte dizendo que o emprego era meu.

—Sabe porque eu escolhi você? – perguntou e eu chacoalhei a cabeça novamente. – Mais do que seu currículo impecável, eu admirei a sua sinceridade e profissionalismo. Admiro mulheres que correm atrás do que querem e não abaixam a cabeça para ninguém e nem desanimam diante de uma dificuldade, que sabem separar o lado emocional do profissional, o que querem fazer do que precisam fazer. Escolhi você, não apenas para minha vida profissional como para a pessoal, por que vi nesses belos olhos negros que você é a mulher que eu quero ao meu lado.

Vendo a sinceridade brilhando em seus olhos, senti meu corpo virando um motinho de geleia. Eu não diria que tivemos o começo dos mais fantásticos, mas foi especial da mesma maneira, tínhamos desentendimentos normais como patrão e funcionaria e como duas pessoas que tinham sentimentos uma pela outra, nada dramático como em uma novela, mas foi uma das melhores coisas que eu já tive na minha vida. Sorri para Silas e toquei o pingente com a ponta dos dedos.

—Coloca para mim? – perguntei.

Ele sorriu e deu espaço para que eu me afastasse. Silas pegou a caixa das minhas mãos, tirou o colar e se posicionou as minhas costas, passou o colocar ao redor do meu pescoço e, sem o impedimento do cabelo cumprido, prendou o fecho. Levei minha mão ao pescoço, olhei para o colar e sorri.

—Eu amei. – falei. – Obrigado.

—Pra você só o melhor. – falou com as mãos deslizando por minha cintura e com o nariz fazendo o mesmo pela curva do meu pescoço. – A propósito, esse seu cabelo curto ficou muito sexy.

Meu corpo se arrepiou e arqueei mais o pescoço para o lado enquanto sua barba deslizada por minha pele, sua boca deixando beijos quentes e suaves da parte de trás da minha orelha até a parte do meu ombro que o vestido deixava à mostra.

—Silas... – murmurei mesmo contra a vontade. – Alguém pode chegar.

—Ninguém vai chegar. – sussurrou dando uma mordida no lóbulo da minha orelha. – Eu dei folga para todo mundo. Esses três andares são só nossos.

—Eu não acredito que você fez isso. – tentei parecer indignada, mas soou mais como uma exclamação prazerosa.

—Pois acredite, amor, - falou me virando e fazendo com que eu ficasse de frente para ele. – quero passar o dia todinho com você e não quero que ninguém atrapalhe isso.

Seus olhos estavam ainda mais escuros que o habitual e me encaravam com um fome que me fez estremecer, seu rosto tinha assumido uma expressão predatória e eu nem precisava ler mentes para saber o que aconteceria. Abri um sorriso travesso para ele e seus olhos caíram direto na minha boca, se possível, ficando ainda mais escuros. Eu não perdi tempo, enrolei meus dedos nos cabelos de sua nuca e grudei minha boca na sua em um beijo faminto e cheio de paixão. Silas não se fez de rogado, apertou minha cintura grudando mais nossos corpos e mergulhou a língua de encontro a minha. Eu não percebi o momento que começamos a andar, mas assim que minhas costas encostaram na parede, o beijo se tornou selvagem e meu corpo parecia que entraria em combustão apenas por esse toque.

Meus pensamentos tinham pegado o barco da insanidade e eu estava pouco me importando se o mundo lá fora acabasse. Meu coração batia tão rápido que eu tinha medo que pulasse para fora do peito, minha respiração estava tão enlouquecida que eu não sabia ao certo como estava respirando. O coração de Silas martelava contra o meu e suas mãos navegavam pelo meu corpo sem inibição alguma. Eu sempre fui uma mulher confiante, mas quando estava com Silas, eu me sentia absurdamente sexy, ainda mais na forma como ele sempre me olhava antes de cada beijo que me dava, eu me sentia mais apaixonada a cada toque e não tinha vergonha nenhuma em dizer que o amava. Seu toque era puro fogo em minha pele e apenas pelos gemidos que soltava quando minhas unhas arranhavam sua nuca, eu sabia que tinha o mesmo efeito sobre ele.

Com as mãos agarradas em minhas coxas e os lábios descendo beijos pelo meu pescoço até o decote do meu vestido, Silas me ergueu e fez com que eu passasse as pernas ao redor de sua cintura, tudo isso sem que seus lábios perdessem o contato com minha pele. Senti seus dedos no zíper do meu vestido e escutei enquanto ele o deslizava lentamente, fazendo com que minha pele nua das costas se arrepiasse com o vento frio do ar-condicionado. Assim que o vestido estava dependurado em meus ombros, ele me colocou no chão novamente sob minhas pernas trêmulas. Seus cabelos estavam bagunçados, as bochechas coradas e os lábios vermelhos e inchados, o olhar de luxúria era um verdadeiro convite para a perdição.

Me apoiando contra a parede, puxei meu vestido para baixo e quando ele caiu nos tornozelos, o chutei de qualquer jeito para o lado. Eu já estava em chamas antes, mas o olhar que Silas me lançou naquele momento me fez sentir o verdadeiro inferno, só que de uma maneira boa. Minha lingerie era vermelha e de renda, o sutiã tinha alças grossas e segurava muito bem os meus seios avantajados, a calcinha não eram nem um pouco inocente, assim como a cinta liga e meia 7/8 que eu estava usando, terminados em um salto azul escuro que combinava com a minha bolsa. Chacoalhei a cabeça olhando para o homem a minha frente e mordi os lábios ao olhar para o corpo totalmente vestido dele.

—Não acha que está muito vestido? – perguntei.

Silas entortou a cabeça e abriu um sorriso que beirava o diabólico.

—É seu aniversário, minha morena, - falou me olhando dos pés à cabeça e lambendo os lábios. – estou aqui apenas para realizar os seus desejos.

Entendendo a deixa e com o sorriso de uma criança satisfeita prestes a aprontar muito, segurei em sua gravata vendo seu sorriso se alargar mais e o puxei em direção ao sofá. Que a festa de aniversário comece!

FIM.

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