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Capítulo 33

"Então o que o faz lutar quando tudo cai sobre você?

Você corre e esconde ou enfrenta a verdade?

Quando tudo estivesse terminado

Você poderia ser o único

Com braços e olhos abertos

Você está saltando no precipício

 Achando que poderá voar

Aceite nosso destino para isto

Deixe o desanimo sozinho...".



  What do you do? – Papa Roach.

Um. Dois. Três.

Três foi a quantia de respirações que tomei de olhos fechados tentando controlar a onda de irritação que estava ganhando força dentro de mim. Não posso dizer que estava ajudando muito, mas como eu ainda não tinha pegado minha arma, já era alguma coisa. Eu estava achando muito estranho que meu dia anterior tivesse sido tão bom e esse começo de manhã estivesse muito tranquilo, pensei por algumas vezes que algo de ruim poderia acontecer, mas jamais imaginei que o senso de humor distorcido que o universo tinha iria me mandar Mason. Abri meus olhos devagar e por um segundo desejei ainda estar deitada na minha cama e tendo um pesadelo com tudo aquilo, mas para meu completo desgosto e desapontamento, o belo homem vestido de forma casual parado na porta era mesmo o infeliz do meu ex-namorado.

Mason estava com os cabelos bagunçados como se não os tivesse penteado e sob seus olhos verdes haviam grandes olheiras. Vestia um moletom da sua universidade e jeans desbotado, a barba por fazer modelava seu maxilar e mesmo com esse visual mais maduro, ele parecia incrivelmente jovem enquanto me olhava. Ele podia até estar com uma aparência miserável, mas nem isso fez com que meu coração amolecesse, muito menos os dos homens parados ao meu lado. Olhei primeiro para Derek que estava mais a minha frente, seu corpo tinha ficado tenso, a expressão endureceu e os olhos verdes eram tão afiados quanto a lâmina de uma espada enquanto encarava Mason. Me virei para Morgan e pude notar sua mudança, algo que quem não o conhecia nem iria perceber. Sua postura mudou para um modo mais defensivo e seus olhos esfriaram de uma maneira que era como se eu estivesse olhando par dois icebergs.

Eu nem precisava dizer que mesmo que fosse o mais tranquilo de nossa turma, a fúria que existia por baixo de toda aquela calmaria era assustadora. Ele odiava Mason, algo que, ao contrário dos meus outros amigos, não foi antes ou depois do meu namoro, mas no meio dele. Os dois eram bons amigos e isso sempre me deixou muito feliz, Morgan apoiava meu relacionamento com Mason e ainda brincava que seria nosso padrinho de casamento, erámos um trio inseparável. Até que um dia Morgan chegou na minha casa quando Mason estava lá, falou brevemente comigo e lançou um olhar tão frio ao outro que até eu senti a raiva. Até hoje eu nunca soube o que aconteceu, mas sinceramente? Não importava mais.

—Mason, nós não temos mais nada para conversar.

—Kyle, por favor. – suplicou. – Eu não quero que as coisas fiquem desse jeito entre nós.

—Pelo que me lembro, Mason, não existe mais nada entre nós dois. – falei com a maior calma que pude. – E achei que meu tapa na sua cara antes de ir embora tivesse deixado isso bem claro.

Ele fez um careta como se lembrasse do ocorrido e deu um passo à frente, tentando ficar mais próximo a mim e parecendo completamente ignorante aos homens que o fulminavam com o olhar.

—Desculpa por aquele dia, eu sabia que nosso primeiro encontro não seria caloroso e amigável, mas não queria que as coisas tomassem aquele rumo. – falou e fechou os punhos. – Se ao menos aquele cara não tivesse aparecido e...

—Pode parar ai. – o cortei. – Não venha culpar o Carter por sua estupidez. Ninguém te obrigou a nada. Além do mais, você queria falar comigo e falou, queria que eu te escutasse e eu escutei, não tínhamos e não temos mais nada para falar. No momento que me levantei e sai, já estava tudo resolvido.

—Ele não tinha o direito de se meter entre nós! – defendeu-se um pouco exaltado.

Fechei meus olhos e respirei fundo. Será que aquele imbecil estava escutando algo do que eu estava falando? Ele parecia prestar atenção em apenas metade do que eu falava. Dei alguns passos em sua direção e parei bem na sua frente, Mason podia ser mais alto que eu, mas se encolheu diante do meu olhar.

—Primeiro, abaixe esse tom que eu não permito escândalos dentro do meu estúdio. – falei entredentes. – Segundo, não existe mais nós. Tivemos uma relação, mas isso foi a cinco anos atrás e você acabou com tudo. Eu segui em frente e você também, até alguma maldita culpa te atormentar e você resolver atrapalhar a minha vida com algo de anos atrás e que já é insignificante para mim.

Ele engoliu em seco e seus olhos me fitaram cheios de magoa.

—Nosso relacionamento foi insignificante para você?

Eu queria bater minha cabeça na parede, ou mais eficaz que isso, bater a de Mason, já que ele estava querendo testar os limites da minha paciência.

—Você é insignificante, sua besta! – falou Derek dando um passo à frente e ficando bem ao meu lado.

Mason virou seu olhar para ele e estreitou os olhos, o que eu podia garantir que era uma grande estupidez. Se não tivesse peito para aguentar uma discussão, era melhor nunca desafiar Derek para nada, ele nunca recusava um desafio e ia até o fim com todas as suas cartas. Mason estreitar os olhos para ele era o mesmo que o chamar para uma briga.

—Summers. – falou com amargura. – Continua aqui pelo visto.

—Ao contrário de você, Harrisson, eu não fraquejo diante de uma dificuldade. – falou D com segurança. – E muito menos abandono quem eu digo amar. Se tais palavras saem da minha boca, eu sempre vou estar ao lado da pessoa.

O tapa verbal foi tão grande que eu poderia basicamente visualiza-lo indo na direção de Mason. Senti outra presença do meu lado e vi que Morgan também tinha dado um passo à frente.

—E se me lembro bem, Mason, eu já tinha te falado uma vez. – falou com a voz gelada. – Kyle é da nossa família e isso é uma coisa que nunca vai mudar, não vamos sair do lado dela.

Mason olhou para Morgan como se tivesse acabado de ver um fantasma, o que mais uma vez despertou minha curiosidade. O que teria acontecido para ele ter tanto medo de Morgan? Engolindo minha curiosidade, me virei para Mason novamente e resolvi dar um ponto em tudo aquilo antes que ele desse mais chilique.

—O que estou querendo dizer e que você entenda, Mason, é que tudo que houve é passado. – falei chamando sua atenção. – Tivemos um relacionamento e foi bom, mas isso foi quando eu era uma garota inocente e apaixonada. Eu não sou mais essa garota e não sinto mais nada por você, então entenda isso e supere. Não tem mais o que explicar ou desculpar, não tem o que conversar. Você não passa de um fantasma do meu passado que eu gostaria muito que não ficasse me atormentando.

Seu rosto ficou pálido e com traços de dor, o que fez com que eu perguntasse até que ponto daquilo era fingimento. Mason não tinha mostrado dor quando terminou comigo e muito menos quando o vi depois. Era um bom namorado, mas também nunca foi tão caloroso a ponto de fazer uma cena dessa. O que será que realmente tinha feito ele ir atrás de mim depois de cinco anos? Ego ferido, consciência culpada ou amor mesmo?

—Um fantasma? É isso que eu sou pra você?

—O que mais você esperava ser? – perguntei. – Isso não é um livro ou um filme onde nos encontramos anos depois da nossa separação e vivemos um intenso romance, porque vimos que depois de tudo ainda somos apaixonados. Acorda Mason. O que mais eu preciso dizer para que você entenda que não é mais nada para mim?

—É por causa dele? – perguntou com a voz dura e cheia de sofrimento. – É por causa do Carter? Vocês estão juntos?

Fechei os olhos e contive um gemido de frustração. Meu Senhor, era mais fácil falar com uma criança do que fazer aquela anta entender que o motivo era que não havia mais nada para ser tentado ou discutido. Será que todos os ex eram assim? Eu tinha minhas dúvidas, mas como a sorte sempre gostava de sorrir para o meu lado, um desse jeito tinha que ter vindo para mim.

—O que eu e Carter temos ou deixamos de ter não é da sua conta!

—Talvez seja da minha. – falou uma voz enjoada que reconheci rapidamente.

Porque Deus? Quem eu matei que me fez merecer algo assim logo hoje? Como se minha manhã já não estivesse estragada o suficiente, tinha que chegar mais uma para fechar o circo. Meu pessoal andava de um lado para o outro a todo vapor e eu tinha certeza que estavam escutando tudo, mas eram educados e profissionais demais para sequer virar a cabeça para olhar. Aceitando que o inferno tinha aberto as portas dentro do meu estúdio, que talvez até o chefão quisesse me fazer uma visita e que milhares de respirações não me dariam a paciência que eu estava buscando, soltei um suspiro e encarei a mulher que vinha em nossa direção com toda confiança.

Sienna Williams era uma linda mulher, nem eu poderia negar isso. Seus sedosos cabelos loiros estavam soltos, os olhos verdes frios eram destacados por uma maquiagem bem feita e o batom vermelho cereja destacava seus lábios cheios. A roupa era obviamente muito cara, uma blusa branca que devia ser de seda, um blazer preto com botões dourados dobrados até os cotovelos e um short jeans um pouco desfiado. Nos pés Ankle Boots pretos e dependurada no braço uma bolsa vermelha apenas um tom mais claro que seu batom. Vestida para arrasar, isso parecia ser sua marca registrada. Ela parou bem ao lado de Mason e me encarou os olhos furiosos.

—Sienna. – cumprimentei.

—Kyle. – devolveu com desgosto. – Não vai responder a pergunta do rapaz? Qual a sua relação com o meu namorado?

Juro que eu não queria, mas com aqueles dois seres parados na minha frente exigindo a mesma coisa sem direito algum, era demais para mim e para aquela forte compulsão que estava me dominando. Soltei uma gargalhada alta e senti todo o meu corpo tremer com a força dela. Minha ação foi tão inesperada que até Morgan e Derek olharam assustados para mim. Eu não podia culpa-los por isso, nem eu mesma queria estar rindo, mas era fazer isso ou matar alguém e eu realmente não queria ir presa hoje. Fiquei nisso por um bom tempo, até quase perder o ar, o que pareceu deixar Sienna ainda mais irritada.

—Responda! – exigiu.

Levantei os olhos para ela e sorri friamente, mais controlada do meu surto. Ela realmente não sabia com quem estava mexendo se achava que podia mandar em mim.

—Primeiramente Sienna, acho melhor eu deixar bem claro. – falei abrindo mais o meu sorriso. - Eu não recebo ordens de ninguém, ainda mais de você. Estamos no meu estúdio e eu posso fazer o que bem entender. Segundo, até onde sei sou uma pessoa livre e não sou obrigada a responder nada que não queira. Terceiro, já falei para Mason que ele não tem mais nada a ver com a minha vida e não devo satisfação a ninguém. Mas para responder sua pergunta, eu e Carter somos jovens e solteiros, se quisermos ter alguma coisa, vamos ter. E se ele fosse realmente seu namorado, estaria com você e se me lembro bem, já que ele fez questão de deixar isso bem claro, você é tão namorada dele quanto eu sou de Mason.

O silêncio reinou na recepção, tanto que seria possível escutar um alfinete caindo no chão.

—Eu não posso acreditar nisso! – se manifestou Mason.

Morgan abriu um sorrisinho frio que fez até os pelos da minha nuca se arrepiarem e estreitou os olhos para Mason.

—Tem uma confiança tão cega em si mesmo que acha que mulher nenhuma o superaria? – perguntou dando mais um passo à frente. – Não foi isso que me disse uma vez anos atrás?

Olhei para Morgan ao ver Mason virar praticamente um fantasma na minha frente.

—Do que está falando, Mor? – perguntei.

Morgan olhou para mim e respirou fundo.

—Eu não quis dizer naquele tempo porque você estava empolgada e faltava poucos dias para o seu aniversário. Depois porque as coisas já estavam ruins e nem fazia mais sentido focar num assunto que já tinha acabado. Mas agora acho que é bom você finalmente saber. – falou e olhou para Mason de lado. – Você sempre quis saber porque Mason e eu paramos de nos falar, não é?

—Sim, vocês eram muito amigos, nunca entendi porque começaram a agir como estranhos.

—Tínhamos ido em uma festa e Mason estava muito bêbado, então o levei para casa. – falou e vi, se fosse possível, meu ex perder um pouco mais a cor. – Você sabe que ele fica com a língua muito solta quando bebe muito, então começou a me falar umas coisas. Disse que tinha começado a namorar com você por puro interesse, queria saber se você ainda era virgem, já que sempre a via junto comigo e com o D e que se surpreendeu quando descobriu que ainda era. Disse que tinha curiosidade sobre sua família e que passou a gostar mesmo de você, mas estava cansado de seu jeito sério e autoritário, assim como das regras chatas do seu pai. Disse que você tinha sorte por ele gostar de você e por ser tão compreensível e um monte de blá, blá, blá. Se não fosse por mim ele teria beijado a Stacie naquela noite. Depois de deixa-lo em casa, encerrei nossa amizade com o soco que dei na cara dele.
Fiquei em silêncio por um momento, digerindo suas palavras.

—Só vi Mason dois dias depois que vocês saíram. Ele estava com o olho roxo e não quis me dizer por que. – falei lembrando vagamente. – Acho que isso explica muita coisa.

—Desculpa ter sido um péssimo amigo e não ter contado antes.

—Você não tem que se desculpar, Mor. – falei dando um breve sorriso para o meu amigo. – O errado aqui não foi vo...

O movimento foi tão rápido que nem mesmo eu sabia como tinha enxergado. Em um momento Derek estava ao meu lado, no outro ele deu um soco tão forte na cara de Mason que o arremessou no chão, fazendo com que deslizasse um pouco no piso. Arregalei os olhos e Morgan encarou a cena espantado, olha que não era muito fácil surpreende-lo. Derek deu um passo à frente, mas antes que pudesse se aproximar mais, Sônia surgiu em sua frente e colocou a mão em seu peito, o impedindo de prosseguir. Isso apenas me deixou ainda mais surpresa.

Derek estava furioso. Isso era notável pelo olhar raivoso e seu rosto vermelho, nem mesmo eu que vivia o desafiando gostaria de receber um olhar daquele. A única coisa que o impedia de ir mais a frente e acabar com a raça de Mason do jeito que queria era a delicada mão de Sônia em seu peito, o que era um feito admirável. Em toda nossa vida, os únicos que conseguiam controlar Derek quando ele tinha um ataque de fúria, tirando nossos pais, eram Morgan e eu, tanto pelo nosso treinamento quando pela costume da convivência. Sônia mais uma vez mostrava o porquê tinha meu respeito, não era qualquer um que entrava na frente daquele homem quando estava possesso daquele jeito. Eu podia ver, através das veias saltadas de seu pescoço, o quanto ele estava tentando se conter e o quanto aquilo era difícil para ele.

—Derek? – chamou Sônia em voz baixa, deixando de lado qualquer formalidade.

Derek sempre foi o estressado da roda, era pior do que Jason quando perdia o controle, mas para deixa-lo realmente furioso era preciso um motivo muito forte. No caso, juntando o ódio que ele já tinha de Mason e o quanto era protetor em relação a mim, aquilo estava propenso a dar uma grande merda. Podíamos sempre brigar e eu odiava a maneira como ele tentava me controlar, mas aquele mandão me protegia como ninguém.

—Me dê um minuto. – sussurrou de volta para Sônia tão baixo que só ouvi porque estava perto.

Sienna olhou toda a cena com desprezo e se virou para os dois.

—Isso mesmo, fofa, controle o seu namorado estressadinho porque agora não é hora de dar showzinhos.

Sônia se virou para ela lentamente com um olhar tão mortífero que encheu meu coração de orgulho.

—E você cuide da sua língua antes que acabe perdendo os dentes. – retrucou a ruiva.

Vi o corpo de Derek tremer, mas dessa vez não era por sua raiva e sim porque ele estava contendo o riso. O rosto de Sienna ficou vermelho e seus olhos se estreitaram tanto que agora mais pareciam fendas.

—Sua empregadinha mal paga, quem você pensa que é para falar desse jeito comigo? – perguntou com raiva.

Sônia nem sequer piscou diante da ofensa dela, apenas estreitou os olhos da mesma forma e ergueu o queixo.

—A secretária e assistente de um estúdio famoso muito bem paga, que vai arrancar fio por fio dessa palha que você chama de cabelo se não calar a boca.

—Sua sem classe! – chiou. – Ninguém fala comigo desse jeito.

Antes que Sienna pudesse fazer o que queria, eu agi. Dei dois passos em sua direção e segurei seu pulso, a mão aberta no ar mostrando qual era a sua intenção. Não era como se eu duvidasse da capacidade de Sônia de se defender, muito pelo contrário, eu apostaria todas as minhas fichas naquela ruiva em uma briga, mas eu estava cansada de tudo aquilo. Também não iria permitir que destratassem minha amiga daquela maneira.

—Agora já chega! – falei de uma maneira fria e baixa, mas que ecoou por todo o saguão e fez todos congelarem no lugar. – Você pode ser filha até de um rei lá fora, Sienna, mas aqui dentro você não é nada além de uma visita, indesejada ainda por cima, então trate de colocar os seus pés no chão que você não é melhor que ninguém aqui. Estamos dentro da minha empresa e não permito que você trate a minha secretária dessa maneira. Essa mulher tem poder quase total aqui dentro, se ela quiser chutar seu rabo daqui pra fora e processa-la por agressão, ela tem todo liberdade e meu apoio para isso, então seu eu fosse você tomava cuidado com o que fala ou faz a ela. Todos merecem respeito e você não tem direito algum de chegar aqui e achar que pode destratar todo mundo.

Seu rosto ficou ainda mais vermelho e vi medo brilhar em seus olhos arregalados quando não conseguiu se livrar do meu aperto.

—Se quiser tirar alguma satisfação sobre o que está acontecendo, vá falar com Carter e não venha me atrapalhar no meu ambiente de trabalho. – falei friamente. – Se bem que, por tudo que eu ouvi, já sei o bastante de você para entende-lo. Você não passa de uma garotinha mimada que sempre teve tudo o que quis na vida, que nunca teve que se esforçar por nada e que acha que todos são inferiores a você e que devem fazer suas vontades. E só está fazendo esse barulho todo porque o único cara que você que realmente quis na vida, não a quer de volta e você não aceita isso. Acha que ele é uma propriedade sua e que tem direitos sobre ele. Patético.

—Carter me ama! – gritou ultrajada. – Você que está atrapalhando tudo!

—Se ele te amasse estaria com você e não fugindo como o diabo foge da cruz. Eu não tenho nada a ver com a escolha dele. – falei irritada. – Carter não quer uma dona, ele quer uma mulher ao lado dele. E você não passa de uma garotinha que acha que o mundo gira em torno do seu umbigo, que reclama de como o mundo é injusto com você sem nem saber o significado da palavra injustiça. Acorde e cresça, nenhum homem merece que você se humilhe por ele, ainda mais um que não quer nada com você. O papel que está fazendo é ridículo, então faça um favor a você mesma. Saia do meu estúdio, vá para casa e aprenda a ser uma mulher antes de exigir algo de alguém.

Sienna me olhava com raiva e os olhos brilhavam de lágrimas que ela se recusava a deixar cair.

—Sua vadia! – gritou.

Soltei seu punho e ela cambaleou, quase tropeçando nos próprios pés por ainda estar tentando se soltar.

—O que você pensa de mim não afeta quem eu sou. – falei sem me alterar. – Agora quero que saia do meu estúdio e não volte nunca mais, muito menos chegue perto de mim novamente. Engula todas as informações que conseguiu para chegar até aqui e fique fora do meu caminho. Não vou ser tão agradável assim se tivermos que nos encontrar novamente. E que fique em mente que eu não faço ameaças, dou avisos.

Juntando os pedaços que restavam do seu orgulho e tomando a atitude mais sabia, Sienna girou sob os saltos e marchou para fora do estúdio sem dizer uma única palavra. Me virei para Mason que ainda estava caído no chão, limpando insistentemente um filete de sangue que não parava de escorrer do canto de sua boca. Eu tinha certeza que por dentro sua boca estava tudo cortada.

—Quanto a você, - falei e seus olhos se arregalaram. – quero que vá embora e nunca mais apareça na minha frente. Eu já te avisei duas vezes para ficar longe de mim, Mason. Não sou uma pessoa com quem você vai querer mexer, então enfia na merda da sua cabeça que não temos mais nada para resolver e que passado é passado. Quero que entre no seu carro, volte para sua vidinha de estudante de Direito e esqueça que eu existo.

Virei de costas para ele sem esperar por sua resposta e olhei para o pessoal que estava parado olhando tudo.

—Vocês não tinham que estar trabalhando? – perguntei com a mão na cintura.

Sem que eu precisasse falar mais nada, todos voltaram a seus afazeres. Olhei para meus amigos e franzi a testa, Sônia me encarava com um sorrisinho orgulhoso e Derek e Morgan me olhavam assustados.

—O que foi? – perguntei. – Eu queria apenas acabar com toda essa merda logo, estou cansada.

—Isso e você tem trabalho em menos de vinte minutos. – lembrou Sônia.

Suspirei e passei a mão no rosto. Eu só queria terminar aquela merda e sair para encher a cara com o meu melhor amigo. Eu não era de beber, mas depois de tudo aquilo, eu estava implorando pelas milagres irresponsáveis do álcool.

—Ainda tem isso. – resmunguei. – Eu só não queria que fosse o Lorenzo, ele reclama demais.

Sônia abriu um sorriso solidário e colocou uma mão no meu ombro.

—Quer que eu busque um cappuccino pra você? – perguntou. – Eles sempre melhoram o seu dia.

—E chocolate. – acrescentei.

Derek franziu a testa e olhou para ela de lado.

—Mas você não tinha ido fazer café? – perguntou ele e o rosto dela ficou vermelho.

—Eu... Eu... Eu estava fazendo, mas ai ouvi a movimentação aqui e deixe as coisas lá pela metade.

D estalou a língua de modo reprovador e abriu um sorrisinho torto.

—É feio mentir, ruivinha.

—Eu não estou mentindo! – se defendeu com seriedade e com o rosto ficando mais vermelho. – E não me chame de ruivinha!

—Acho melhor pegar um pra você também, por minha conta. – falei.

Apenas assentindo, Sônia girou sob os saltos, pegou sua bolsa atrás do balcão e marchou fumegando para a porta. D encarava suas costas com um misto de admiração e confusão, o que momentaneamente me deixou com o humor mais leve. Era difícil alguma coisa o deixar frustrado, tirando as minhas escapas e alguns problemas nas empresas.

—Eu... Acho que já está na minha hora de ir. – falou sem tirar os olhos da porta.

—Ela não é mulher de brincadeiras, Derek, então é melhor saber onde está pisando. – falei.

—Eu não sei do que você está falando. – falou mentindo na cara dura. – Além disso, tenho cara de ser homem de brincadeiras?

—Esse sou eu. – falou Morgan. – Você ainda não aprendeu o significado de brincadeira.

—Vão se ferrar vocês dois!

Com sua pequena explosão do D que conhecíamos e amávamos, ele nos deu as costas e saiu do estúdio.

—Isso vai ser interessante. – falei.

—Apenas interessante? – perguntou Morgan com os olhos arregalados. – Isso é um sonho realizado!  Preciso contar pro Liam que a praga dele foi mais rápida que o esperado. Aquela ruiva vai fazer o mandão perder todos os cabelos que ele ainda não perdeu com você.

Como amostra de um dos talentos de Morgan, soltei uma gargalhada de sacudir os ombros. Ele tinha razão, D tinha achado uma mulher a altura para bater de frente com ele e eu só queria ver onde isso ia dar.

—Então... – começou depois que parei de rir. – O que mais além dessa sessão você tem pra fazer?

—Essa sessão vai ser longa e cansativa, então vai ser apenas ela. – falei vendo seu rosto desabar um pouquinho. – Mas depois não tenho mais nada pra fazer e serei todinha sua.

—Gostei de saber disso. – falou sorrindo.

—E que tal me ajudar nessa sessão? – perguntei piscando de modo inocente. – Com a possibilidade de ser cantado por várias modelos e trabalhar ao lado de uma velha amiga?

Ele pensou por um momento, coçando o queixo.

—Você disse modelos?

Revirei os olhos para ele.

—Idiota.

Ele bateu o ombro no meu e abriu um largo sorriso.

—Pegue as câmeras, amor. – falou. – Está na hora de fazermos a nossa arte.


**********

Nota da autora:

Olá pessoal, aqui está mais um cap pra vocês!

Estou muito feliz em ver que estão gostando da história e mais ainda pelas recentes manifestações de algumas leitoras. Os comentários de vocês sempre ajudam e contam muito para incentivar qualquer escritor, então quando pedimos para comentarem, por favor, mandem ver. Mas lembrando, qualquer critica feita deve ser de valor construtivo, todo trabalho deve ser respeitado. Lembrando novamente que AS tem grupo no Whats e quem quiser participar, basta deixar seu número, seja no comentário ou no privado que eu add lá. Bem, acho que era isso.Espero que gostem.

Boa Leitura!

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