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XXVII. Carry on

Caso gostem de ler com uma musiquinha, recomendo ler o cap com Dynasty – MIIA 🤭

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Remus não esperava voltar para aquela casa algum dia. Nos últimos 15 anos, ele estava decidido a manter distância daquele bairro para evitar todas as lembranças que lhe trazia de Sirius e de todo o tempo que viveram juntos.

Agora ali estava ele, parado em frente a casa, hoje abandonada, sendo banhado pela chuva enquanto segurava firmemente sua mala em uma mão e a embalagem para viagem de um restaurante trouxa em outra. Esteve semanas caminhando sem rumo, pulando entre pousadas sem um teto para morar ou um trabalho para garantir o seu sustento e dos filhos.

Seu alívio era saber que Therion e Canopus estariam bem com seu pai, seguros e muito bem protegidos em uma casa, com camas para dormir, comida na mesa e onde ele não poderia machucá-los.

Remus ainda se culpava e tinha pesadelos à noite pelo que havia acontecido. A imagem de seu filho completamente ferido, banhado em sangue, sabendo que ele havia feito aquilo, o aterrorizava.

Um longo suspiro deixou seus lábios, e ele adentrou a casa, ultrapassando as barreiras de proteção que ele mesmo havia ajudado a colocar anos atrás. Estavam reforçadas e com novos feitiços para escondê-la, mas sabia como entrar.

Fechou a porta atrás de si após pisar no assoalho de madeira depois de tanto tempo. Seus olhos percorreram todo o cômodo, enquanto uma imensa nostalgia tomava conta.

Os móveis estavam velhos e um pouco empoeirados e havia teias de aranha no teto, mas ainda estava da mesma forma que ele se lembrava. O mesmo lugar onde ele um dia pensou que poderia ser feliz com quem amava e formar uma família; seria o lar de sua dinastia, como Sirius costumava dizer.

Remus quase podia ver Sirius na poltrona próximo a lareira ninando um bebê sonolento nos braços enquanto uma música calma tocava na vitrola; ou brincando com os gêmeos no tapete, rodeado de brinquedos bruxos e trouxas. Se lembrava com clareza do dia que Canopus voou direto para dentro da lareira com a vassoura de brinquedo que ganhou de James no aniversário de 1 ano.

Aquela casa trazia muitas lembranças.

Remus colocou a mala no chão e pegou sua varinha, usando lumus para iluminar o local e olhando ao redor em alerta. Aquela casa deveria estar abandonada, mas sabia que havia alguém ali.

Sirius? — chamou relutante, apertando a varinha com força.

Ele avistou uma sombra no corredor escuro que levava ao escritório, a qual começou a se aproximar e vir em sua direção. A sombra foi adentrando a área iluminada e olhos azuis-acinzentados brilharam ao vê-lo ali.

O homem estava ali vestido em uma calça jeans surrada e uma blusa do Queens, os cabelos escuros caindo por suas costas. Ele exibiu um largo sorriso, e Lupin suspirou aliviado, sentindo-se ainda mais nostálgico.

— Oi, Moony.

— Oi, Padfoot — respondeu.

Remus sorriu fraco e avançou até ele, abraçando-o com força. Não disse mais nada, apenas mergulhou no calor de poder sentir Sirius consigo de novo e ver que ele estava bem.

Black retribuiu o abraço, apertando-o com força contra si e enterrando o rosto em seu pescoço. Ele aspirou o perfume de Lupin, sentindo-se um tanto inebriado. Sentiu muita falta perfume de Remus.

Quando se afastaram, Sirius segurou o rosto de Remus entre ambas as mãos, vendo as lágrimas brilharem nos olhos castanho-esverdeados, enquanto seus próprios olhos ficavam marejados.

— Você está bem? — Lupin perguntou, pousando as mãos na cintura do mais velho.

— Estou… Estou, sim — respondeu baixo.

— Recebi sua carta… Se esconder na nossa casa, Sirius? Sério?

— Ninguém vai me procurar aqui, e eu reforcei os feitiços de proteção para me manter escondido. Mas e você? Está bem? Naquela noite… Eu não te machuquei muito, né? Estava tentando proteger os meninos… Desculpa.

Remus riu desacreditado.

— Está mesmo preocupado se me machucou na lua cheia? — indagou, elevando um pouco a voz. — Eu era o perigo ali, Sirius. Não devia ter esquecido a poção… Eu poderia ter te machucado também!

— Alguns arranhões não vão me matar — disse Sirius. — Você não teve culpa. E eu consegui me cuidar bem.

As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Lupin, e Black secou-as rapidamente. Odiava vê-lo daquela maneira, e isso doeu tanto que uma lágrima também desceu por sua pele. Remus se afastou bruscamente, passando a mão por seus cabelos, transtornado.

Sirius tentou se aproximar outra vez, mas ele se afastou.

— Remmy…

— Eu estraguei tudo.

— Moony, não! Você não tem culpa de nada!

— Se eu tivesse sido mais cuidadoso, teria prestado atenção que era dia de lua cheia. Peter só fugiu porque eu me descontrolei e… E-eu… Eu machuquei você, machuquei eles — lamentou Lupin. — Me desculpa, Sirius… Desculpa…

— Não se desculpe, Remus! — exclamou Black e aproximou-se dele apressadamente. Segurou-o pela cintura com uma mão e levou outra ao seu rosto. — Não é culpa sua. Eu também deveria ter lembrado que dia era… Peter é o único culpado de tudo! Tudo está acontecendo porque ele nos traiu!

— Mas eu não tomei a poção, Sirius! — retrucou. — Eu… O Canis, ele… Ele quase morreu por minha causa! Meu dever era cuidar deles e… Falhei nisso. Eu quase matei os meus filhos...

— Moony, para…

— E-eu…

— Moony…

— Sirius, eu…

— Por Merlin, Remus! Me deixe falar! — Sirius exclamou alto, calando Lupin. — Não havia pessoa melhor para cuidar dos meninos do que você…

— Sirius…

— Eu ainda não terminei!

Remus se calou rapidamente.

Ele estava a beira de um colapso, algo que tem sido bastante rotineiro ultimamente. Passou as últimas semanas remoendo sua culpa, preocupado com Sirius e com os filhos, sentindo-se horrível por tê-los machucado. Por mais que Therion e Canopus tenham falado várias vezes para que não se culpasse tanto, era inevitável.

Agora, ali, em frente a Sirius, ele estava desmoronando. Todos os últimos anos, seus sentimentos, os eventos recentes, tudo estava o consumindo de uma só vez. Ele passou muito tempo tentando se manter firme e forte, e não conseguiu firmar por mais.

Era demais para ele aguentar sozinho.

Sirius detestava ver Lupin tão quebrado, tão vulnerável. Queria tanto poder ter estado ao lado dele, tanto…

— Nada do que você tenha feito durante a lua cheia foi sua culpa — disse num tom firme. — Eu te conheço, Remmy. Você não tinha controle do que fazia.

Remus soluçou, as lágrimas encharcando o rosto marcado por várias cicatrizes novas.

— E você não falhou — prosseguiu Black. — Sei que cuidou muito bem deles, talvez até melhor do que eu faria. Pelo que consegui ver, você fez um ótimo trabalho, Moony… Eles te amam. A última lua cheia não vai mudar isso.

— Eu não queria…

— Sabemos que não.

Sirius secou as lágrimas de Lupin e voltou a abraçá-lo. Eles permaneceram como estavam por longos minutos, sem querer soltar um ao outro.

Aquilo não sairia da cabeça de Remus tão fácil, mas era bom para ele ouvir Sirius.

— Senti tanto sua falta... — sussurrou.

— Eu também senti a sua… — Black sussurrou de volta.

Quando enfim se desfizeram do abraço, eles não se afastaram muito. Remus encarou os olhos de Sirius profundamente e acariciou seu rosto, ao que sentia o polegar dele deslizando por sua bochecha e a mão firme em sua cintura.

Era visível no rosto de Sirius que ele também não estava tão bem quanto dizia. Foi mais de uma década na prisão sendo atormentado por dementadores, meses fugindo do Ministério e caçando Pettigrew. Ele estava extremamente magro e pálido, embora com um aspecto melhor sem as roupas de prisioneiro.

Lupin acalmou-se aos poucos e logo rodeou o cômodo com o olhar, então voltando a encarar Sirius.

— Acho que temos bastante o que conversar, não é mesmo?

— Sim… Temos — confirmou Sirius. — Como estão os meninos? Eles… Eles estão bem? Canis…

— Estão bem agora. Por sorte, eu não os mordi, mas… Canis ficou tão machucado que eu… Eu fiquei com tanto medo de…

— Mas ele está bem agora, não está?

Remus assentiu com a cabeça. Sirius suspirou, aliviado por saber que os gêmeos estavam bem e seguros.

— Isso é o importante. Onde eles estão?

— Com o meu pai. Eles vão ficar com ele até… Até eu consegui estabilizar tudo. Pedi demissão de Hogwarts.

— Remus, se você se demitiu por causa…

— Isso não está em discussão, Sirius. Já é tarde demais para voltar atrás.

Black comprimiu os lábios, respeitando o que Remus disse, por mais que não achasse justo ele abrir mão de seu emprego em Hogwarts.

Ele se afastou e olhou ao redor.

— Há quanto tempo está aqui? — perguntou Remus.

— Uma semana e meia, eu acho. Despistei os aurores próximo ao porto. Fiz acreditarem que estava tentando fugir para fora do país… Pode funcionar por um tempo — respondeu Sirius. — Você… Trouxe algo para comer? Estou faminto!

Lupin sorriu fraco, secando com a manga do casaco o rosto molhado. Pegou a embalagem do restaurante e mostrou a Sirius, podendo ver os olhos brilharem.

— Do restaurante onde fomos no aniversário de um ano dos meninos.

— Ainda existe?!

— Passou por umas reformas, mas… Sim. A louça ainda está intacta?

Um leve sorriso surgiu no rosto de Black.

Logo os dois estavam sentados em frente a lareira acesa com seus pratos. Sirius devorou tudo em poucos minutos, mostrando como realmente estava faminto.

Lupin se desfez das roupas molhadas pela chuva e trocou por outras de sua mala no banheiro. A casa inteira estava exatamente como haviam deixado, cada mínimo detalhe.

Sirius começou então a explicar tudo que aconteceu após sua fuga no hipogrifo. A criatura estava na garagem, onde antes ele guardava sua moto. Remus não desviou os olhos dele por um instante sequer, ouvindo tudo atentamente.

— Tudo ainda está aqui — disse, após finalizar a parte de como chegou a casa e reforçou todos os feitiços de proteção. — Todas as minhas roupas e as coisas que deixei aqui. Ainda estão servindo bem — apontou para as roupas que usava. — Os berços ainda estão no quarto dos meninos, todos os móveis… Você não levou muita coisa daqui, não foi?

— Não — admitiu Remus. — Depois… Depois que descobri tudo o que houve, ainda fiquei aqui com os meninos por um tempo, mas não consegui ficar. Eram… Lembranças demais… — Encolheu os ombros, desviando o olhar para a lareira pela primeira vez. — Fui embora com eles alguns meses depois de completarem 2 anos. Apenas peguei as roupas, os brinquedos, algumas fotos... E fomos para o mais longe possível antes da próxima lua cheia.

Havia sido um dia bastante conturbado para Remus. Ele estava completamente acabado, ainda afetado por tudo que aconteceu. Estar ali o fazia se lembrar de Sirius; todo canto, cada parte daquela casa. Não podia continuar, seria doloroso demais para suportar.

Era difícil não só para ele, mas para os filhos também. Aquela casa também lembrava aos garotos de Sirius, e não vê-lo ali não fazia nada bem aos dois pequenos.

Muitas vezes eles iam até o quarto de Sirius para procurá-lo, chamando por ele e começando a chorar ao não encontrá-lo. Remus sempre os pegava no colo e os abraçava, dizendo que ele logo voltaria, mesmo que fosse uma grande mentira. Tentava distraí-los com os brinquedos, brincando com eles grande parte do dia para que não pensassem tanto em Sirius, mas não funcionaria a todo momento.

Lupin ouviu incontáveis vezes Canopus chorando e chamando pelo pai durante a noite nos primeiros meses, e ele quem ia acalentar o pequeno garoto, com uma grande dor em seu peito, aninhando-o em seus braços para que se acalmasse. Ele o abraçava com força, encolhido sobre a poltrona ao lado dos berços, deixando as próprias lágrimas escorrerem por seu rosto enquanto cantarolava a mesma canção de ninar que Sirius cantava para eles.

Therion sempre chorava em dias de tempestade e chamava pelo pai, assustado. Remus pegava ele e o irmão e levavam para o quarto, para que dormissem consigo e ele pudesse protegê-los do medo que tinham.

Doía demais ver os filhos sofrerem tanto por estarem longe de Sirius. Chegou um dia que não suportou mais e juntou todas as suas coisas, partindo sem pensar muito no rumo que tomariam.

Os dois primeiros anos foram certamente os mais difíceis. Mas Remus não se arrependia de perder o seu sono durante muitas noites para poder consolar os meninos e estar com eles quando precisavam. Ele era tudo que eles tinham.

— Eles ficavam chamando por você… — disse Lupin, com um grande nó em sua garganta enquanto tentava não voltar a chorar. — Os primeiros meses foram bastante complicados. Eles sentiam muito a sua falta, até te procuravam pela casa…

Sirius sentiu o coração doer ao imaginar seus dois bebês procurando por ele em casa.

Enquanto os aurores o levavam para Azkaban, tudo em que ele conseguia pensar era que nunca mais veria os filhos ou Remus, e ele sequer pôde se despedir. Queria ao menos poder ter dado um último abraços em seus bebês.

— Eu vim pra cá porque quero continuar perto deles. Não quero mais ficar longe deles… — confessou, com os olhos voltando a marejar.

— Sirius… — Remus respirou fundo. Aquela conversa não seria fácil, para nenhum dos dois, mas era necessária. — O que aconteceu exatamente naquela noite? No dia 31 de outubro…

Black comprimiu os lábios, afastando o prato vazio. Ele abraçou seus joelhos, recordando-se mais uma vez daquela noite que o atormentava há doze anos.

— O dia começou… Normal — começou a explicar. — Eu estava brincando com os meninos e ajeitando as decorações de Halloween. James tinha marcado de falar comigo pela lareira, mas ele não fez isso. Eu mesmo tentei falar com ele pela lareira, nosso espelho de duas faces, até mesmo por aquela coisa trouxa que Lily e Karina insistiram em instalar nas casas.

— O telefone?

— É. James não me respondia de jeito nenhum, e eu sabia que algo deveria ter acontecido. Fiquei um bom tempo pensando, com medo… Então não aguentei mais esperar e decidi ir até lá ver se estava tudo bem.

— E foi aí que eu cheguei — lembrou Remus.

— Sim. Eu não sabia a que horas você voltaria da missão da Ordem que Dumbledore te enviou, mas… Você chegou em boa hora — continuou. — Te deixei com os meninos e fui até Godric's Hollow na minha moto.

— Você podia ao menos ter me dito alguma coisa. Saiu daqui desesperado, só dizendo que precisava ir, os meninos estavam chorando…

— Eu estava desesperado e com medo! Sabia que alguma coisa tinha acontecido, eu não pensei muito, só… Precisava ir! — justificou-se, exasperado. — E então, quando cheguei lá…

Sirius não pôde mais conter as lágrimas. Ele fechou os olhos com força, a imagem do corpo de seu melhor amigo ao pé da escada assombrando sua mente. Nunca havia sentido um terror tão grande quanto naquele momento.

Ele havia entrado em estado de choque. Mal se lembrava de tudo que fez exatamente. Se recordava de gritar muito e chorar, tentar reanimar James de alguma forma, mas já era tarde demais.

Aquela imagem assombrou seus pesadelos pó muitos anos.

— Ele estava morto, Moony… — choramingou, com a voz embargada. — James estava ali, ao pé da escada… Morto. Meu melhor amigo estava morto bem na minha frente.

— Sirius…

Remus aproximou-se para abraçá-lo. Aconchegou Sirius em seus braços, deixando-o chorar em seu ombro. Não conseguia sequer imaginar a dor que ele deve ter sentido naquele momento.

— Eu não conseguia acreditar… Ainda não acredito que James não está mais aqui…

— Minha mãe sempre me dizia que quem amamos sempre está conosco… Mesmo que já tenham partido dessa vida — disse tentando consolá-lo.

Um pequenino sorriso despontou por entre os lábios de Black. Ele apertou Lupin naquele abraço e não soltou. Não queria soltá-lo nunca mais.

— Eu ouvi Harry chorando… — prosseguiu num tom baixo com a voz falha, ainda abraçado a Remus. — Lily estava no chão… Bem na frente dele. Ele a matou na frente do Harry!

Sirius soluçou e Remus o apertou com mais força, também deixando as lágrimas voltarem a cair por seu rosto.

— Eu peguei ele no colo. Ele estava chorando tanto… Estava com um corte na testa. Eu… Não sei bem o que ia fazer. Talvez trazê-lo para casa.

— Hagrid chegou nessa hora, não foi?

— Sim. Ele disse que Dumbledore havia o enviado ali para buscar Harry e levá-lo para um lugar seguro. Eu tentei ficar com ele, mas… Hagrid insistiu, e eu confiei que Dumbledore o deixaria seguro.

— E depois?

— Depois… Eu fui atrás aquele rato desgraçado — disse, com uma ponta de raiva em sua voz. — A única forma de aquilo ter acontecido era se ele tivesse aberto a boca para o Voldemort e contado tudo. Ele tinha traído nossos amigos. Ele matou o James e a Lily… Mas aí, quando o encontrei…

— Ele fez parecer que foi você — completou Lupin.

Sirius assentiu. Eles não disseram mais nada, apenas continuaram abraçados, consolando um ao outro.

Remus começou a se sentir ainda mais culpado por não ter feito nada. Ele deveria ter feito alguma coisa. Não deveria ter acreditado tão facilmente que Sirius trairia todos os amigos daquela forma. Peter realmente andava estranho naquela época. Ele devia ter suspeitado.

Havia falhado mais uma vez.

— Desculpa… — sussurrou.

— Pelo quê?

— Por não ter te ajudado…

— Você não sabia, Remmy. Eu deveria ter te contado tudo antes — disse Sirius, erguendo o rosto para encarar Lupin.

— Eu realmente acreditei que você tinha feito tudo aquilo! — falou ele. — Devia ter desconfiado, tentado fazer investigarem e te dar um julgamento justo. Eu deixei você ser preso por todo esse tempo…

— Remus, por favor, pare de se culpar por tudo!

— Mas eu podia ter feito alguma coisa! — insistiu, enquanto chorava, exasperado. — Me senti tão mal quando eu soube de tudo. No começo não quis acreditar, mas no fim eu realmente acreditei que você tinha nos traído. E-eu… Eu senti tanta raiva, não entendia como você podia ter feito tudo aquilo sem pensar nos nossos amigos, nos meninos, sem pensar em nós… Me senti um verdadeiro idiota.

Remus encarou os olhos de Sirius fixamente, perdendo-se na imensidão acinzentada daquele azul. Aqueles olhos ainda o afetavam demais.

— Eu me senti um bobo, um idiota por ter acreditado em você e depois ver tudo o que tinha acontecido, e-eu… Eu me sentia sujo por ter me entregado para alguém que traiu a minha confiança e se tornou um assassino! E-eu… — Ele soluçou alto e afastou as mãos de Sirius, levando-as ao seu rosto. — Você não tem ideia de tudo que senti durante todos esses anos pensando que você realmente era o responsável pela morte da Lily e do James. E agora, vejo que nada foi como pensei e que… E que eu falhei com você…

— N-não, Remus! Você está aqui comigo agora!

— Eu deveria ter te defendido! Deveria ficar ao seu lado!  Eu prometi a ela que não…

Ele se calou no meio da frase, engolindo em seco. Mordeu o lábio inferior com força, querendo se bater por ter falado demais. Escondeu o rosto entre as mãos, desabando em lágrimas.

— Do que está falando?

Nada — mentiu.

Remus não disse nada. Ele havia prometido não falar.

Uma voz ecoou em sua mente, uma lembrança distante. Ele nunca havia contado aquilo para Sirius, por mais vezes que tenha pensado em o fazer.

Sirius nunca soube que Karina havia feito Remus prometer que estaria sempre ao lado de seus filhos e cuidaria deles caso algo acontecesse a ela. E ele estava incluso naquela promessa. Lupin prometeu que nunca abandonaria nem os gêmeos, nem Sirius.

Ela pediu duas semanas antes de morrer. Remus viu naquele dia que ela sabia que ele cumpriria a promessa, que sempre estaria ao lado deles, porque ela também sabia o que mais o motivaria a continuar ali. Ela sabia. Sabia que ele o amava e nunca o deixaria sozinho.

Mas ele falhou nisso também quando se deixou levar e acreditou que Sirius era culpado.

— Me desculpa por não ter confiado em você…

— Eu não tenho porque te desculpar, Remus. Você não sabia.

— Por favor, Sirius…

— Se te deixa mais tranquilo, perdoo tudo, okay? Não te culpo por nada. O importante é que você está aqui agora — Sirius segurou a mão de Remus e entrelaçou seus dedos. — Vamos esquecer isso, está bem?

E mais uma vez eles se abraçaram. Talvez ainda fizessem muito isso naquela noite. Foram anos longe um do outro, sofrendo com a falta que faziam.

Sirius pegou as velhas almofadas do sofá e reuniu todas no chão. Ele e Remus ficaram ali, escorados no sofá e nas almofadas juntos, abraçados de lado. Não disseram mais nada, apenas aproveitaram a presença e calor um do outro por um tempo.

Ambos sentiam falta de quando ficavam assim, em frente a lareira acesa, cada um com um dos bebês no colo, sonolentos e dormindo sobre eles. Queriam poder voltar àquele tempo.

Sirius começou a imaginar Remus daquela maneira com os filhos, sozinho. Ele cuidando dos dois durante todos aqueles anos como um verdadeiro pai.

Não chegaram a falar sobre eles em si. Não sabiam como abordar tudo, sobre como estava a relação deles antes do que aconteceu. Depois de tanto tempo e tudo pelo que passaram, queriam apenas ficar perto um do outro e aproveitar o momento e o tempo que tinham.

Um dia falariam disso. Agora, queriam apenas estar juntos e compartilhar seus sentimentos e experiências com tudo o que aconteceu.

— Como eles são? — Sirius perguntou de repente, depois de um longo tempo em que ficaram em silêncio.

— O quê? — Remus perguntou confuso.

— Os meninos. Como eles são? O que gostam de fazer?

Black deixou a cabeça recair sobre o ombro de Lupin, enquanto abraçava sua cintura com ambos os braços. Remus sorriu fraco, secando o rosto molhado pelas lágrimas, que já não mais escorriam por seu rosto, sentindo seu coração acelerado.

Sentia-se bem estando assim com Sirius. Passou um braço sobre os ombros dele e suspirou, tentando controlar suas emoções fervendo em seu peito.

— Eles odeiam que eu diga isso, mas eles me lembram muito você as vezes — disse.

— Percebi isso na Casa dos Gritos… Canis deixou bem claro que não gostava de ser comparado a mim.

— Já brigamos feio por isso uma vez, mas… Não fique mal por isso. Eles tiveram um ano difícil. Eu fiz o meu melhor para protegê-los disso, mas é quase impossível impedir que liguem sempre eles ao seu nome e as acusações pelas quais você foi preso.

— Eu entendo eles. Também odiava quando diziam que me parecia com minha mãe ou meu pai — disse Sirius.

Remus sabia bem que Sirius tinha uma péssima relação com os pais.

— Eles aprontam bastante. Desde pequenos, sempre gostaram de brincar e bagunçar — falou, e Sirius sorriu.

— Eu me lembro disso. Brincávamos bastante, o tempo todo.

— Vocês três me deixavam maluco — Remus disse rindo.

— O pouco que vi deles, Canis parece…

— Difícil. É, ele se estressa bem mais fácil.

— Isso veio da mãe.

— Sirius, sabe que você tinha um pouco disso também.

— Fala do Theo.

— O Therion… Ele é bastante cuidadoso, atencioso… Mas é claro que também vive aprontando. Ele gosta muito de poções.

— Poções? — Sirius ergueu a cabeça e arqueou a sobrancelha.

— É. Ele já leu todos os meus livros sobre poções da nossa época de escola e sempre me pede novos de presente. Canis gosta mais de criaturas mágicas e animais. Ele já me pediu quase um zoológico inteiro de tantos animais de estimação que ele já quis ter.

Black riu, lembrando-se de quando o filho cuidou dele na forma animaga, sem saber quem era. Ele agia e falava com bastante cuidado e carinho, com um grande brilho no olhar.

— Quando comprei uma coruja no primeiro ano, ele ficou bastante feliz — continuou e então encarou Sirius. — Foi você que comprou aquelas vassouras, não foi?

— Foi — ele admitiu, encarando-o de volta com um sorriso torto. — Eu vi quando a vassoura do Harry quebrou. Decidi comprar uma nova de Natal para ele e também comprei para os meninos. Pensei que eles gostariam.

— Eles amaram — Remus disse e sorriu. — Como você comprou? Elas são muito caras.

— Pedi ao Bichento, aquele gato de uma das amigas deles, levar na loja um pedido de compra nos nomes deles, mas o dinheiro foi tirado do meu cofre em Gringots.

— Do seu cofre?

— É. E eu sei que você não chegou nem perto dele nos últimos anos.

— Bom, eu não tinha a chave e para conseguir acesso a ele para os meninos seria uma burocracia que eu não queria enfrentar. E também… Estava com raiva o bastante para não querer nenhum dinheiro vindo de você ou da sua família.

— Eu entendo — Sirius disse, compreensivo.

Remus encarou-os por alguns instantes, em silêncio e pensativo. Depois, ele se afastou de Black, que olhou-o confuso, e foi até suas malas. Abriu uma delas e tirou de lá os seus álbuns de fotografias bruxas.

Sirius franziu o cenho sem entender, observando Lupin voltar a sentar-se ao seu lado com os álbuns no colo.

— O que é isso?

— Você queria saber mais sobre os meninos, então acho melhor ver com seus próprios olhos — disse. — Eu tenho fotos deles desde pequenos até os dias de hoje.

— Sério?

— Sim.

Remus entregou um álbum a Sirius e deixou que ele visse as fotos. Black encarou seus olhos por alguns instantes enquanto ele exibia um sorriso pequeno e tocava seu ombro, permanecendo ao seu lado.

Sirius abriu o álbum e sentiu os olhos marejaram no instante em que viu a imagem de dois bebês de menos de um ano caminhando em sua direção, o registro de seus primeiros passos.

A lembrança invadiu sua mente junto a nostalgia. Recordava-se da imensa alegria que sentiu ao ver os garotos em pé e tentando segui-lo enquanto o chamavam. Havia gritado por Remus e pedido para ele pegar a câmera no mesmo instante para fotografar o momento. Foi naquele mesmo dia que ele pensou pela primeira vez em o quão bom era compartilhar todas aquelas experiências com Lupin e como podiam formar uma família juntos.

Olhou para Remus, que apenas o incentivou a continuar. Passou as fotos até chegar a uma que nunca havia visto. Os garotos estavam um pouco maiores do que quando os deixou, evidenciando que havia sido tirada depois de sua prisão, o que fez uma lágrima escorrer por seu rosto.

Therion e Canopus estavam com recém feitos 3 anos, sentados no colo de Lupin no chão de uma sala de estar, em frente a uma árvore de Natal. Remus sorria na foto e os meninos batiam palmas, rindo.

— Um ano depois que você foi preso, no Natal. Estávamos na casa do meu pai… Estava me ajudando… — explicou Lupin num tom baixo. — Ele insistiu que eu ficasse lá até arranjar um emprego depois do Ano Novo e comprou presentes para os meninos… Meu pai gostou bastante da ideia de ter ganhado dois netos.

Sirius riu baixo.

— Ficamos quatro meses com ele — continuou. — O dinheiro havia acabado, eu não conseguia um emprego… Estava desesperado. Os meninos estavam começando a ficar com fome e… E eu não podia suportar fazer eles passarem por isso.

— Então foi pedir ajuda? Depois de dizer que nunca, por nada no mundo, iria fazer isso e dar trabalho ao seu pai?

— Eu fiz por eles… Eles precisavam.

Remus abaixou a cabeça, comprimindo os lábios. Tudo que ele fazia era pensando nos filhos. Ele apenas queria vê-los bem, seguros.

Doía pensar que eles estavam longe de estar seguros convivendo consigo.

— Você cuidou bem deles, Remus — Sirius disse, levando uma das mãos até a bochecha de Lupin, o que o fez erguer o rosto para encará-lo.

Ele não disse nada, apenas permaneceu calado encarando os olhos acinzentados.

Black voltou a analisar as fotos e olhou uma por uma, vendo seus filhos cada vez maiores através delas. Sorrisos bobos surgiam por entre seus lábios enquanto observava as imagens, ao mesmo tempo que as lágrimas se acumulavam e por vezes escapavam de seus olhos.

Um riso baixo saiu por sua boca ao ver uma foto de Therion brincando com o velho caldeirão de Remus, que ele usava na escola, com um grande sorriso no rosto. O garotinho não parecia ter mais que 5 anos, os cabelos um pouco grandes na altura do pescoço.

Ele deslizou os dedos por uma fotografia de Canopus aos 7 anos sorrindo animado olhando para uma borboleta pousada em seu dedo e rindo quando ela voou e pousou em seu nariz, os olhinhos ficando vesgos para olhá-la. Ele parecia feliz e encantado, com um brilho no olhar que ele conhecia bem e já havia visto antes, na mesma pessoa que lhe deu a alegria de tê-los ali.

Observando as fotos, Sirius percebeu que os filhos realmente se pareciam bastante consigo, mas o sorriso e aquele brilho no olhar, definitivamente, herdaram da mãe. O mesmo sorriso luminoso e caloroso que aquecia o coração de qualquer um e o brilho encantador no olhar que Karina tinha.

— Eles têm o sorriso dela — comentou baixo.

— Têm — Remus concordou. — Eu dei as fotos que tinha dela para eles.

— Mesmo?

— Eles tinham o direito de saber mais sobre a mãe deles.

— Falou dela para eles?

— E de você também — disse. — Eu tentei não esconder nada deles. Alguns detalhes não podia falar é claro, mas… Contei o que pôde.

— Não deve ter falado coisas boas de mim.

— Mais ou menos… Não falei muito, só o necessário. Falei mais sobre os Marotos, o que fazíamos na escola. Eles sempre adoraram ouvir histórias das nossas travessuras.

— Pegamos muitas detenções aprontando pela escola.

— Eles estão seguindo o exemplo — Remus riu. — Recebi uma carta dizendo que eles e Harry receberam detenção até o último dia de aula agora no fim do ano letivo depois que fui embora. Eles fizeram o terror no castelo.

Sirius sorriu orgulhoso e voltou a olhar as fotografias. Viu os filhos crescendo à medida que as fotos passavam, com vários registros de diversos momentos deles.

Remus apenas admirou enquanto Black olhava todas as imagens. Contou mais algumas coisas que os garotos fizeram ou aconteceram, deixando-o a par de tudo o que ocorreu nos últimos 12 anos, vendo os olhos dele brilharem mais a cada foto e história nova.

Ele acabou voltando a chorar, embora tenha se segurado, enquanto via as fotos dos filhos. Queria poder ter acompanhado o crescimento deles de perto.

— Eles usam óculos? — perguntou risonho e confuso enquanto secava as lágrimas ao ver uma foto dos dois garotos de óculos com os livros que ganharam de aniversário.

Usavam. Óculos de descanso. Therion sempre reclamou muito de dor de cabeça e Canis tinha dificuldade de enxergar algumas coisas quando ficava muito tempo lendo. Quando levei a um medibruxo, disse que não era nenhum problema sério, eles forçavam demais a vista e era bom usar óculos de descanso e para ler às vezes — explicou. — Não precisariam usar muito, mas mesmo assim eles viviam quebrando o tempo todo.

— Não usam mais?

— Não. Esses óculos nem servem mais neles, eles cresceram. Eu ia juntar dinheiro para comprar novos, mas eles disseram que estava tudo bem e poderiam ficar sem. Prometeram que se a vista começasse a incomodar demais, me diriam. Como não era um problema sério, eu deixei.

— Eles ficam fofos de óculos.

Remus concordou com ele.

Logo Sirius viu todas as fotos dos filhos, e olhou para Lupin, devolvendo os álbuns de fotos. Ele segurou a mão de Remus, encarando profundamente seus olhos.

— Obrigado por me mostrar.

— Você perdeu muita coisa da vida deles… Merecia conhecer nem que fosse um pouco — disse Remus.

— Eu quero mesmo ficar perto deles. Não vai ser fácil precisando me esconder do Ministério, mas quero manter contato e resolver tudo.

— Vai ser arriscado ficar tentando vê-los e falar com eles, Sirius.

— Eu sei, mas… Eu já perdi tanto, Moony…

Lupin suspirou e secou uma lágrima que saiu dos olhos de Black. Segurou seu rosto com a mão livre, deslizando o polegar por sua bochecha.

— Eu vou te ajudar, mas vamos precisar ter cuidado. Quanto tempo pretende ficar aqui?

— O máximo que eu puder — respondeu. — Vai voltar para os meninos quando?

— Quando conseguir um emprego e uma nova casa, mas… Estou com medo de voltar.

— Por quê?

— Não quero ver eles machucados, sabendo que fui eu quem fiz aquilo — admitiu. — Você sabe o quanto as feridas de lobisomem demoram para cicatrizar. Eles ainda não estão totalmente recuperados e eu… Não quero machucá-los mais.

— Já falamos disso, Moony. Você não teve culpa de nada.

— Mas ainda assim… — Uma lágrima deixou os olhos de Remus, e Sirius rapidamente a secou. — Tenho medo.

Black acariciou o rosto de Lupin, ainda sentindo as carícias que ele fazia em sua própria pele. Ele segurou-o com ambas as mãos, aproximando mais do seu enquanto encarava profundamente seu olhos.

— Eles precisam de você, Remus. Eu sei que eles vão ficar bem ao seu lado. Você nunca os machucaria intencionalmente — falou num tom baixo, quase sussurrando. — Você está aqui comigo agora, e eu estou com você. Eu confio que você não vai ferí-los.

Remus encarou-o de volta em silêncio, com o coração a mil. Seus rostos estavam perigosamente próximos, e isso o abalava de várias formas diferentes. A voz de Sirius adentrava seus ouvidos e as profundezas de sua alma, mexendo com cada célula de seu corpo.

Sirius colou suas testas, deixando-os ainda mais próximos. Lupin fechou os olhos, enquanto ele acariciava suas bochechas com uma imensa delicadeza e carinho.

— Vá cuidar dos nossos filhos, okay?

Remus assentiu com a cabeça, abrindo os olhos para encarar as belas orbes azuis-acinzentadas.

— Queria que você pudesse vir conosco para algum lugar — confessou num sussurro.

— Eu não vou poder sair daqui por um bom tempo — disse Sirius.

— Eu nem sei para onde ir com eles. Desde que saí de Hogwarts tenho tentado encontrar outro emprego, mas parece que está ainda mais difícil… Vou precisar procurar algum lugar para ficar com eles.

Sirius comprimiu os lábios e olhou ao redor da sala, começando a pensar. Tinha uma ideia, mas não sabia se Remus gostaria. Talvez fosse melhor falar sobre aquilo de manhã.

— Vamos nos preocupar com isso depois, está bem? — Ele beijou a testa de Lupin, que sorriu fraco.

— Acharia muito bobo da minha parte eu ainda não acreditar que você está aqui?

— Não… Também não acredito que estou com você outra vez, Remmy — admitiu.

Remus beijou a testa de Sirius de volta, mais uma vez apertando-o num abraço forte. Ele percebeu que Black parecia um pouco cansado.

A chuva ainda caía no lado de fora e já era tarde da noite.

Lupin pegou cobertores em sua mala, e os dois deitaram-se juntos no chão mesmo. Sirius abraçou a Remus mais uma vez, e foi prontamente retribuído, com força.

Eles acabaram dormindo ali, juntos. Houve momentos em que Sirius ficou inquieto durante o sono, e Remus conhecia bem o que era. Seus filhos ficavam da mesma forma quando tinham pesadelos. Ele apenas o abraçava com toda sua força, enquanto Black o apertava de volta.

Não seriam tempos fáceis. Sirius ainda era um foragido e Remus não sabia bem o que fazer, mas estariam apoiando um ao outro. Lupin nunca mais o deixaria sozinho, nunca mais.

Eles dariam um jeito de seguir em frente. Os Marotos sempre dão um jeito.

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Olá, meus amores!
Tudo bem?

E aqui está nossa att dupla com um capítulo especial para os Wolfstar! Gostaram?

Hoje, 31 de outubro, vemos os Wolfstar de Legacy juntinhos novamente depois de tudo que aconteceu.

Eles irão ficar juntos, mas ainda teremos algumas coisinhas para desenvolver. Tentei mostrar um pouquinho de como eles são um com o outro normalmente, resolver algumas coisinhas e dar o pontapé inicial para nosso Wolfstar acontecer. Espero que tenham gostado!

Estamos começando uma nova fase e muitas coisas irão acontecer ao longo do próximo ano da história.

Não esqueçam de comentar bastante!

Em breve retorno com mais um capítulo de volta com nossos gêmeos favoritos!

Até a próxima!
Beijinhos,
Bye bye 😘👋

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