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III. Hatstall

Os gêmeos estavam sozinhos na cabine quando o trem partiu. Debruçados na janela, acenaram para o pai antes de perdê-lo de vista enquanto a locomotiva ganhava velocidade pelos trilhos. Sentaram-se um ao lado do outro.

Pouco depois, a porta se abriu, dando a visão de uma menina baixinha de cabelos acastanhados e com uma faixa preta na cabeça puxando-os para trás. Os olhos verdes encararam-nos com curiosidade, e um sorriso leve surgiu por entre os lábios rosados.

— Oi — cumprimentou ela, timidamente.

— Olá! — os gêmeos responderam em uníssono.

— Posso ficar aqui? Não achei espaço nos outros vagões.

— Claro.

Ela sentou-se na frente deles. Trazia um gato cinza escuro consigo, o qual ronronava de olhos fechados enquanto ela acariciava suas orelhas.

Um minuto de silêncio se seguiu. Os garotos analisaram a menina, que vestia uma saia plissada preta junto de uma blusa cinza de mangas curtas e meia-calça da mesma cor da saia. O maior destaque certamente era o colar de ouro que carregava no pescoço com um pingente da letra M, que se destacava em meio às roupas escuras. E o nariz com a ponta levemente avermelhada lhe dava um ar até que… Fofo.

— Eu sou o Therion — o garoto a direita apresentou-se.

— Eu sou Canopus.

— Nomes peculiares — ela comentou rindo. — Me chamo Merliah.

— Nossa família tinha o estranho costume de nomear os filhos com nomes de estrelas e constelações — Canopus riu. — Colar bonito.

— Meu avô fez pra mim. Ele é artesão de jóias. Minha família tem uma loja no centro de Londres.

— Na Londres trouxa? — Therion perguntou animado.

— Hm… É. Trouxas é como chamam pessoas sem magia, não é?

— Sim. Você é uma nascida-trouxa?

— Sim?

— Legal!

— Nossa mãe também era — Canopus comentou.

— Meus pais ficaram bastante surpresos quando a carta chegou e um funcionário do Ministério foi lá em casa explicar tudo.

Os três sorriram animados. Aquele parecia o início de uma boa amizade.

Um miado estridente chamou a atenção deles enquanto continuavam a conversar.

— Quer conhecer nossos novos amigos? Desculpa, esqueci de apresentar você — Merliah falou com o gato e ajeitou o animal em seus braços. — Esse é o Bastet.

— É um gato muito bonito — disse Therion.

— Ganhei ele ainda filhote. Fiquei feliz quando vi na carta que os alunos podiam levar um gato. Terei uma companhia de casa.

— Nós temos uma coruja.

— Maneiro! Minha mãe comprou uma para podermos trocar cartas, mas ficou em casa porque eu só podia trazer um animal. Eu não ia abandonar o Bastet, não é, bebê?

A garota beijou a cabeça do gato, que voltou a miar e mostrou as garras, em reclamação. Ela riu e voltou a fazer carinho, e ele logo estava calmo e ronronando outra vez.

Logo a senhora com o carrinho de doces passou pela cabine. Os meninos compraram alguns e dividiram com a nova amiga, que não conhecia os doces bruxos.

Enquanto riam e conversavam, a porta se abriu mais uma vez. Um garoto gorducho de rosto redondo apareceu.

— Vocês viram meu sapo? Eu o perdi!

— Eca! Um sapo? — Merliah fez uma careta.

— Não vimos. Nós te procuramos se virmos ele por aí — Canopus falou.

O garoto saiu para continuar a busca pelo sapo. A porta continuou aberta e viram alguns alunos passando pelo corredor. Therion estava quase a fechando quando viu dois garotos ruivos no corredor e ouviu o que disseram.

— É verdade! — disse um.

— Nós o vimos com nossos próprios olhos — disse o outro.

— Harry Potter está mesmo no trem.

— Harry Potter está aqui? — Therion questionou alto.

Canopus arregalou os olhos, surpreso, e correu para o corredor. Os gêmeos Black encararam os garotos ruivos, que também eram gêmeos.

— Está!

— Onde? — Canopus perguntou.

— Lá. Dois vagões a frente, lado esquerdo. — Os gêmeos ruivos apontaram na direção.

Os Black rapidamente deixaram seu vagão. A garota que estava com eles correu atrás, sem entender.

— Quem é esse Harry Potter que tanto falam? Por que é tão famoso? — Merliah perguntou confusa.

— Ele simplesmente sobreviveu a pior maldição de todas — respondeu Therion.

— E digamos que conhecemos bastante os Potter. — Completou seu gêmeo.

Eles seguiram até o vagão indicado e abriram a porta da cabine. Os dois garotos pegaram surpresos ao ver o mesmo menino de óculos e olhos verdes que conheceram na Madame Malkin um mês antes. Logo riram pela grande coincidência.

Harry os reconheceu imediatamente. Seria difícil esquecer os gêmeos que viu discutirem com o loiro metido na loja de roupas no Beco Diagonal. Quando eles sorriram, exibiu um sorriso tímido de volta.

— Ora, ora! Então você é o Harry Potter — falou Therion.

— Sou. — As bochechas de Harry assumiram uma coloração rosada. Não estava acostumado com a fama.

— Devíamos ter desconfiado, Therry.

— Um mini Prongs chamado Harry. Fomos burros demais, Canis.

— Um mini… O quê?

— Esquece, não importa agora. Não nos apresentamos direito naquele dia na Madame Malkin. Eu sou Therion.

— E eu sou Canopus.

O garoto ruivo que estava com Harry riu.

— Pode rir. Pelo menos tenho um apelido legal.

— Isso mesmo, Canis. E qual seu nome ruivinho?

— Ron Weasley.

— Já que estão todos se apresentando, eu sou a Merliah. Agora que viram a celebridade, vamos entrar ou ficar parados no corredor mesmo? Eu sinceramente não sou muito fã de ficar em pé. — A garota passou pelos gêmeos e entrou na cabine, sentando-se ao lado de Ron.

Os gêmeos também entraram e sentaram-se junto de Harry. O rato no colo de Ron, que até então dormia, acordou e ficou meio agitado.

— Bastet, ele não é comida — Merliah disse ao gato, que encarava o rato fixamente.

— Deixe esse gato bem longe do Perebas. — Ron aconchegou o rato junto ao seu peito.

— Ele vai se comportar. Não vai, Bastet?

O gato olhou para ela e depois para o grupo na cabine. Parecia até ter compreendido o que foi dito e fazer uma expressão de tédio. Ele começou a lamber sua pata com desinteresse do que acontecia ao redor.

Merliah disse um "Bom menino" para o bichinho e recostou-se no banco, comendo um sapo de chocolate.

A cabine também estava cheia de doces que o Potter havia comprado. Ele continuou a comê-los com Ron, enquanto os gêmeos devoraram algumas varinhas de alcaçuz e barras de chocolate que trouxeram de casa.

— Você vivia com seus tios trouxas, não era, Harry? — Canopus perguntou.

— Sim. Nem sabia que era um bruxo até um mês atrás.

— Eu também não sabia. Imagino a surpresa — Merliah comentou, compreensiva.

— Espero que tenha sido legal — disse Canopus.

— Não muito, na verdade. — Harry abaixou o olhar.

— É verdade que Hogwarts é um castelo? — a menina perguntou.

Eles continuaram conversando e se entupindo de doces. Mas é claro que com Harry Potter no trem as coisas não permaneceriam calmas por muito tempo, não é mesmo? Não demorou para outra pessoa curiosa aparecer, também conhecida pelo menino-que-sobreviveu.

Assim que a cabeleira loira surgiu na porta, os gêmeos reviraram os olhos, reconhecendo o garoto. Atrás dele estavam outros dois garotos bem maiores, como se fossem dois guarda-costas. Não gostaram deles também.

Canopus e Therion se entreolharam quando o garoto loiro começou a falar com Harry. Uma conversa rápida pelo olhar. Eles faziam muito isso. Se entendiam como ninguém. A mensagem era clara: "Quanto tempo para sermos expulsos do trem por fazer o loirinho sair voando pela janela?"

— Eu sou Malfoy. Draco Malfoy. — Apresentou-se com uma expressão prepotente em seu rosto. — E esses são Crabbe e Goyle.

Ron riu.

— Acha meu nome engraçado, não é? — Malfoy encarou-o enojado. — Vamos ver: ruivo, sardas, vestes de segunda mão. Você deve ser um Weasley.

— Sou mesmo. E daí?

— Meu pai já falou sobre vocês. Ele disse que os Weasley são todos ruivos e com mais filhos do que podem sustentar.

— E você deve ser o filho único mimado pelo papai, não é mesmo? — Therion disse com um sorriso irônico e os braços cruzados. Seu irmão estava da mesma maneira.

Ele direcionou um olhar mortal para os gêmeos e voltou-se para Harry.

— Não vai demorar para descobrir que algumas famílias de bruxos são bem melhores do que outras. Você não vai querer fazer amizade com as ruins. Eu posso ajudá-lo nisso. — Estendeu a mão para Harry.

Potter não apertou sua mão.

— Acho que consigo descobrir quais são os tipos ruins sozinho, obrigado — falou friamente.

— E a primeira descoberta: Malfoy. Que tal anotar, Therry?

— Vou pegar um pergaminho agora mesmo, Canis. Algum de vocês pode me emprestar uma pena?

— E vocês se acham grandes bruxos, não é? Minha família é uma das sagradas 28 e com muito reconhecimento no mundo bruxo. Já vocês — ele riu com escárnio antes de prosseguir: — Não passam de dois mestiços com sangue trouxa.

— Com muito orgulho, obrigado — disse Therion.

— E de família "pura" reconhecida pelos Sagrados 28 nós entendemos, meu bem. Não que nosso sobrenome seja do seu interesse. — Completou Canopus. — Agora, se não se importa, estávamos tendo uma ótima conversa antes de Vossa Senhoria resolver interromper-nos para dar o ar de sua graça. Então, saia!

Draco e Canopus encararam friamente um ao outro. O Black não cedeu por um segundo. Ele realmente tinha um dom quando se tratava de manter contato visual, principalmente irritado como estava.

Malfoy estava quase tão vermelho quanto os cabelos de Ron. Ele desviou o olhar, fazendo Canis sorrir lascivo. O loiro voltou seu olhar novamente para Harry.

— Eu teria mais cuidado se fosse você, Harry — disse — A não ser que seja mais educado, vai acabar como os seus pais. Você se mistura com gentinha como os Weasley, aquele Rubeus e esses dois e vai acabar se contaminando.

Harry, Ron e os gêmeos se levantaram rapidamente.

— Repita — Weasley disse, vermelho de raiva.

Draco manteve sua pose superior e cruzou os braços.

— Repete o que disse agora — Canopus disse com a voz grave pela irritação e deu um passo com os punhos cerrados.

— Uh estão bravinhos. Vão brigar? — caçoou.

— Não se você sair agora — disse Harry, também dando um passo à frente em um ato de coragem que não sabia de onde veio.

— Ah mas não estamos com vontade de ir. Não é, rapazes? — Malfoy falou com seus amigos, e eles concordaram.

— Acho melhor você e seus capangas darem o fora daqui — ordenou Therion.

— Ou o quê?

— Se eu fosse você, não iria querer descobrir, Malfoy. — Canopus falou num tom ameaçador.

Tensos instantes de silêncio se seguiram até que Draco bufou e se afastou. Antes de ir, ele apontou os gêmeos e disse:

— Isso não acabou aqui.

— Então até a próxima, Malfoy. Tenha uma boa viagem.

E então Draco se foi junto dos outros dois.

Os quatro garotos suspiraram pesado e voltaram a se sentar. Merliah estava quieta o tempo todo, apenas observando a cena tensa se desenrolar enquanto comia uma varinha de alcaçuz e acariciava os pelos de seu gato, como se assistisse a um programa de televisão.

Observar brigas sempre foi muito melhor do que se meter nelas.

Ela disse:

— Adorei o show. Hogwarts será sempre animada assim?

Os garotos olharam para ela como se fosse maluca.

— Vocês já o conheciam? — Ron perguntou, ignorando o comentário da garota.

— No Beco Diagonal. — Harry disse e contou tudo que aconteceu naquele dia.

— Já ouvi falar deles. Depois que Você-Sabe-Quem desapareceu, eles voltaram para nosso lado e disseram estarem enfeitiçados. Papai não acredita nisso.

— E saíram ilesos — disse Therion. — Vários aliados dele se safaram.

—  Bom, ele não se safou. — Canis falou.

— Ele quem? — perguntou Harry.

— Ninguém importante.

Therion sabia muito bem a quem seu irmão se referia. Também permaneceu calado quanto a isso.

Uma garota de cabelos cheios e uniforme apareceu na porta.

— Olá, Hermione — Harry disse.

— É melhor vocês se apressarem e trocarem de roupa. Acabei de ir lá nafrente perguntar ao maquinista e ele me disse que estamos quase chegando. Vocês andaram brigando? Vão se meter em encrenca antes mesmo de chegarmos lá!

— Encrenca é quase nosso sobrenome — disse Therion rindo.

A garota saiu.

Notaram que já estava escurecendo. Merliah deixou a cabine para os garotos poderem colocar as vestes de Hogwarts, depois eles fizeram o mesmo por ela.

Logo uma voz ecoou pelo trem:

— Vamos chegar a Hogwarts dentro de cinco minutos. Por favor, deixem a bagagem no trem, ela será levada para a escola.

Todos ficaram ansiosos, sentindo o estômago revirar de emoção. O primeiro ano em Hogwarts era uma sensação completamente nova e mágica, até mesmo para aqueles que cresceram no mundo bruxo como Ron e os gêmeos.

Quando deixaram o trem, seguiram Hagrid junto dos outros alunos do primeiro ano. Ao avistarem o castelo um coro de "Ooooh" ecoou entre as crianças, impressionadas com o quão imenso e majestoso era. Foram até a margem de um lago, onde uma frota de barquinhos os aguardava para levá-los.

Apenas quatro podiam ir em cada barco. Os gêmeos ficaram junto de Merliah e um outro garoto que não conheciam.

Olhavam ao redor maravilhados. Seus estômagos borbulhavam em ansiedade e nada seria comparável àquele momento.

Ao chegarem no castelo, subiram pela escadaria até o salão de entrada, onde uma mulher os esperava.

— Essa é a professora Minerva McGonagall.

— Obrigada, Hagrid — agradeceu ela — Assumirei a partir daqui. Sigam-me.

Seguiram a professora castelo a dentro. Podiam ouvir barulhos vindos de um salão, onde imaginaram que outros alunos estivessem reunidos. Foram levados até a sala ao lado.

Minerva parou em frente a todos para iniciar os anúncios.

— Bem-vindos a Hogwarts — disse ela. — O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem às
mesas, vocês serão selecionados por casas. A Seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui, sua casa será sua família em Hogwarts. Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre na sala comunal.

Os gêmeos estavam novamente junto de Harry, ouvindo tudo o que a professora dizia.

— As quatro casas são: Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina — explicou — Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior número de pontos receberá a taça das casas, uma grande honra.

Canopus e Therion se entreolharam comprimindo os lábios. Sua casa que os perdoassem pelos pontos que certamente seriam perdidos.

— A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam. Por favor, aguardem em silêncio.

O olhar dela mirou em Harry e nos gêmeos antes de partir.

Potter rapidamente tentou arrumar os cabelos rebeldes, enquanto Ron limpava uma sujeira em seu nariz. Os gêmeos ficaram um de frente para o outro, analisando como se fosse um espelho.

— Tudo certo, Canis.

— Tudo certo, Therry.

— Como seremos selecionados? — perguntou Harry.

— Meus irmãos dizem que fazem um tipo de teste. Espero que não doa. — Rony respondeu.

Os gêmeos riram. Viram alguns fantasmas passarem e muitos alunos se assustaram. Remus já havia lhes contado sobre eles, então não foi surpresa e apenas sorriram empolgados.

Logo Minerva retornou e disse que a seleção se iniciaria.

Todos adentraram o salão principal boquiabertos, observando o teto. Havia sido encantado para simular o céu do lado de fora e dava a impressão de que estavam quase em um pátio a céu aberto. Velas flutuavam iluminando as quatro mesas dispostas com os alunos, os quais estavam distribuídos por uma cor específica em detalhes do uniforme e possuía chapéus pontudos nas cabeças.

Os primeiroanistas se posicionaram à frente do salão, não muito longe da enorme mesa disposta para os professores. Um banquinho de quatro pernas e um chapéu foi posicionado ali.

O chapéu era velho e remendado. Therion sempre imaginou que ele fosse um tanto mais… Majestoso, mágico, imponente. Parecia apenas um chapéu bruxo esfarrapado.

E então, o chapéu começou a cantar:

Ah, vocês podem me achar pouco atraente,
Mas não me julguem só pela aparência
Engulo a mim mesmo se puderem encontrar
Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.
Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,
Suas cartolas altas de cetim brilhoso
Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts
E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.
Não há nada escondido em sua cabeça
Que o Chapéu Seletor não consiga ver,
Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer
Em que casa de Hogwarts deverão ficar.
Quem sabe sua morada é a Grifinória,
Casa onde habitam os corações indômitos.
Ousadia e sangue-frio e nobreza
Destacam os alunos da Grifinória dos demais;
Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,
Onde seus moradores são justos e leais
Pacientes, sinceros, sem medo da dor;
Ou será a velha e sábia Corvinal,
A casa dos que têm a mente sempre alerta,
Onde os homens de grande espírito e saber
Sempre encontrarão companheiros seus iguais;
Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa
E ali fará seus verdadeiros amigos,
Homens de astúcia que usam quaisquer meios
Para atingir os fins que antes colimaram.
Vamos, me experimentem! Não devem temer!
Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!
(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)
Porque sou único, sou um Chapéu Pensador!

Aplausos ecoaram por todo o salão. Ele reverenciou cada casa antes de voltar a ficar em silêncio.

— Venham até o banco e coloquem o chapéu quando eu chamar seus nomes para a seleção — disse Minerva. — Anna Abbott!

Uma garota loira foi até o banco. Após uma curta pausa, o chapéu anunciou:

— LUFA-LUFA!

A mesa à direita implodiu em aplausos. A professora chamou outro nome, que foi para a mesma casa. Outro foi para Corvinal.

— Canopus Black.

O garoto respirou fundo e caminhou em direção ao banquinho. Alguns burburinhos começaram a surgir por entre os alunos, que não passaram despercebidos nem por ele e nem por seu irmão.

Black?! — Therion pôde ouvir Draco exasperado logo atrás.

Ele encolheu os ombros enquanto outros continuavam a murmurar surpresos.

"Um Black?"

"Merlin! Ele é mesmo um Black?"

"É filho do Black preso em Azkaban?"

Até mesmo Rony passeava os olhos de um gêmeo ao outro, surpreso. Ele também já ouviu falar na família Black.

Canopus sentou-se no banquinho e encontrou o olhar do irmão antes de ter o chapéu enorme sobre sua cabeça. Sentiu uma amargura em seu peito.

— Hmm um Black — murmurou o chapéu. — Possui uma grande coragem, como seu pai, eu vejo. Um grande talento e vontade de se provar... interessante. Também há uma grande ambição em você, bastante astuto e calculista, vejo muita grandeza e um lado que muitos não conhecem…

O chapéu pareceu pensar. Quatro minutos se passaram.

— Acho que a tradição Black irá continuar dessa vez — disse, e então gritou: — SONSERINA!

Canopus ofegou surpreso, enquanto seu uniforme magicamente ganhava detalhes em verde e o brasão da Sonserina, e sua gravata tornava-se verde e prata. A mesa da Sonserina explodia em aplausos e gritos de felicidade.

Ele olhou para o irmão por alguns instantes antes de seguir para a mesa. Os alunos receberam-no alegremente. Os mais velhos pareciam bastante felizes em receber um Black. Ele apenas olhou na direção do banco, apreensivo.

— Therion Black.

O mais novo dos gêmeos engoliu em seco. Olhou para Harry e Ron ao lado e então seguiu até o banquinho, sabendo que ainda havia muitos comentários sobre ele e seu irmão.

Potter percebeu o quanto ele parecia apreensivo.

— O que tem demais nos Black que tantos falam? — perguntou a Ron num sussurro.

— É uma das famílias mais antigas e influentes do mundo bruxo. São piores que os Malfoy! — disse o ruivo no mesmo tom — Só há um Black vivo com herdeiros, que dizem ter filhos gêmeos. E ele está preso em Azkaban por se aliar ao Você-Sabe-Quem e assassinato! Só podem ser filhos dele.

Harry arregalou os olhos, surpreso.

Therion encolheu-se no banco enquanto o chapéu era colocado em sua cabeça. Fechou os olhos com força e apenas desejou não poder ouvir nada naquele salão. Nada sobre ele ser um Black, sobre seu pai estar em Azkaban.

— Outro Black — disse o chapéu. — Corajoso e impulsivo, mas extremamente ambicioso e autopreservativo também. Grande bravura, eu vejo, porém… Difícil, difícil…

Ele permaneceu ali, sem dizer uma única palavra.

Passou-se um minuto. Dois minutos. Três minutos. O chapéu ainda possuía dificuldade em selecioná-lo para uma casa.

Mais de cinco minutos se passaram e mais burburinhos surgiram.

— Um empata chapéu! — murmurou um dos alunos da mesa da Grifinória.

— Não tem um desses há anos! — disse outro.

— Está demorando demais. — reclamou um dos primeiroanistas.

Therion mordeu o lábio inferior com força. O Chapéu Seletor estava bastante indeciso entre duas casas.

— Grifinória ou Sonserina… Muito difícil.

O garoto choramingou quando completaram-se quase dez minutos.

Se está tão difícil decidir, me deixa com meu irmão pelo menos, ele pensou. Tal pensamento não passou despercebido pelo chapéu.

— Uma decisão bastante difícil, então devo levar isso em conta — disse.

Demorou, mas o chapéu enfim anunciou o veredito:

— SONSERINA!

————————

Olá, meus amores!

E os gêmeos Black seguem a tradição da família 👏👏

Uma pequena explicação sobre empata-chapéus: Um Hatstall, empata-chapéu, é alguém que o Chapéu Seletor leve mais de cinco minutos para decidir sua casa, pois apresenta personalidades e valores igualáveis a duas casas. Há os quase empata-chapéu, que são mais comuns; decisões difíceis, mas não a um nível de Hatstall. Um verdadeiro empata-chapéu é muito raro de se acontecer, ocorrendo uma vez a cada quarenta ou cinquenta anos. Therion é um verdadeiro empata-chapéu, entre Grifinória e Sonserina. No fim, o chapéu optou pela Sonserina.
Peter Pettigrew também foi um verdadeiro empata-chapéu entre essas duas casas.

Outro pequeno detalhes que gostaria de compartilhar: Não prolongarei muito o primeiro e segundo ano, então o tempo poderá passar um pouco rápido pelos próximos capítulos.

Espero que tenham gostado de capítulo! O que acharam?
Não esqueçam de votar e comentar!

Até a próxima!
Beijinhos,
Bye bye 😘👋

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