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II. New journey

O dia das compras chegou.

Cada gêmeo segurava uma das mãos de Remus e a lista de materiais. Eles passaram pelo Caldeirão Furado em direção a passagem para o Beco Diagonal, conversando sobre o quão animados estavam para iniciarem seus estudos em Hogwarts.

Assim que passaram pela parede de tijolos, o imenso beco repleto de lojas surgiu perante eles. Os Black começaram a puxar Lupin pela rua, que apenas riu e pediu calma, embora no fundo compartilhasse da alegria dos garotos.

Várias famílias e alunos caminhavam pelo beco, também a procura por seus materiais para o início do ano letivo. O local costuma sempre ficar bastante movimentado nessa época do ano, e por isso Lupin segurava firme as mãos dos garotos, para que não acabasse perdendo eles de vista. Porém, eles não cooperavam, empolgados demais para irem comprar suas varinhas.

Eles passaram pelo Gringots para buscar dinheiro no cofre de Lupin para comprarem os materiais.

Os garotos riram ao ver o pai adotivo ficar levemente enjoado pelo caminho até o cofre. Não ficaram muito por lá.

A primeira coisa que os gêmeos queriam era enfim ter suas próprias varinhas. Por isso, seguiram imediatamente para o Olivaras para comprar uma. Mesmo que não pudessem usá-las efetivamente ainda, tê-las já seria uma grande realização.

Ao adentrarem a loja, ouviram o sino tocar. Logo avistaram o homem de cabelos grisalhos saltar de trás do balcão, assustando-os, e começar a andar de um lado para o outro em meio às caixas e murmurando sozinho coisas que não conseguiam ouvir ou entender. Não demorou para serem notados.

— Bom dia, Olivaras — Lupin cumprimentou educado.

— Bom dia! — Olivaras cumprimentou de volta num tom animado. — Remus Lupin, quanto tempo! Eu lembro muito bem de quando veio comprar sua varinha. 25 centímetros, cipreste, núcleo de pelo de unicórnio.

— Nunca esquece uma varinha, não é mesmo?

— Claro que não. E vejamos, temos dois belos jovens bruxos aqui.

— Dois bruxos que querem muito uma varinha — Therion disse com um grande sorriso no rosto, como o irmão.

Olivaras riu.

— Canopus e Therion — apresentou Lupin.

— Black, não? Nomes de estrelas, constelações e tudo mais. Vocês são muito parecidos com Sirius Black quando veio comprar sua varinha. — O sorriso dos gêmeos morreu  milésimos de segundo. — Uma varinha excelente! 26 centímetros, cipreste, núcleo de fibra…

— Quero minha varinha logo — Canopus falou, seco. Recebeu uma encarada de Remus e suspirou. — Se não se incomoda em ir mais depressa.

— Meu pai — Therion apontou para Lupin — disse que o senhor faz as melhores varinhas.

Olivaras olhou para Remus, que apenas curvou os lábios num sorriso tímido e sem jeito. O velho artesão apenas deu de ombros e voltou sua atenção novamente para os garotos.

— Os Olivaras são ótimos artesãos de varinhas, tenho que concordar. Mas bem, vamos ver o que encontramos para vocês.

O artesão rapidamente correu por entre as varinhas e pegou duas.

— Experimentem estas. Núcleo de pelo de unicórnio, cipreste e madeira de pinho. — Olivaras entregou as varinhas.

Os garotos as agitaram levemente e em menos de dois segundo as tiveram retiradas de suas mãos e trocadas entre si. Olharam confusos para o homem, antes de as varinhas serem levadas de vez e depois outras serem entregues.

Foram trocadas também e tomadas de volta logo depois.

— Madeira de azevinho talvez.

Nada também.

— Foi tão difícil achar sua varinha também, pai? — Therry perguntou fazendo uma leve careta, impaciente por toda a bagunça de caixas.

— Não muito, na verdade.

— A varinha escolhe o bruxo, meu jovem. Não posso deixá-los sair daqui com qualquer uma! — Olivaras dizia enquanto vasculhava pensativo as outras opções de varinhas para os gêmeos. — Tentemos essas aqui.

O artesão entregou duas varinhas para os gêmeos, uma para cada. E ali a magia aconteceu. Um simples movimento, o ar pareceu mais denso ao redor deles e faíscas saltaram da ponta das varinhas.

Os garotos sorriram um para o outro e começaram a analisar os detalhes de suas varinhas.

— Ela é linda! — Therion exclamou admirado.

— É mesmo — o irmão concordou.

— Varinhas gêmeas, para bruxos gêmeos. Que ironia do destino.

— Varinhas gêmeas? — Canis inclinou a cabeça, confuso, e perguntou.

Nunca viu nada sobre varinhas gêmeas.

— Os núcleos são de pena de cauda de fênix. Ambos da mesma ave. Núcleos advindos da mesma criatura são gêmeos — explicou o artesão. — Tenho apenas dois pares de varinhas gêmeas com núcleos de pena de fênix no estoque. Bom, uma das varinhas já foi vendida há muito tempo na verdade e restou apenas sua gêmea. Se eu soubesse o que aquela varinha faria, teria pensado melhor antes de vendê-la.

Os gêmeos apenas o encaravam, sem entender absolutamente nada do que dizia além de suas varinhas serem gêmeas.

— Vamos indo ver seus uniformes logo, meninos.

— 15 galeões.

— Tem ouro nessas varinhas?

— Canis! — Lupin repreendeu-o.

— O que foi? Eu ainda quero dinheiro para comprar uma coruja.

— Primeiro os materiais, depois nos preocupamos com os animais de estimação.

Deixaram a loja rapidamente após o pagamento. Distraídos com suas varinhas, os gêmeos esbarraram em uma mulher que ia em direção à loja.

Ela olhou-os com uma expressão irritadiça.

— Desculpe, senhora — Therion desculpou-se.

A mulher passou as mãos por sua roupa e direcionou-lhes um rápido olhar confuso, antes de sua expressão tornar-se de desprezo. Ergueu o queixo com um ar superior, retirando os poucos fios platinados que lhe caíam no rosto e partiu para dentro da loja sem dizer nada.

Os garotos imediatamente fizeram uma careta.

— Mas que mulher metida.

— Eu pedi desculpa e ela olha pra gente como se fôssemos lama no sapato.

— Esqueçam, meninos. Vamos indo. — Remus disse segurando-os pelos ombros.

Eles deram de ombros e seguiram para a Madame Malkin — Roupas para todos os eventos e ocasiões. Pararam na frente da vitrine e Remus segurou o estômago, ainda sob efeito da viagem pelos cofres de Gringots. Ele também não pôde aproveitar muito de seu café da manhã, já que os meninos o arrastaram apressados para o beco, o que o deixava pior. Estava faminto.

Não os culpava pela animação. Mas precisava de pelo menos um chocolate quente!

— Como os senhores não deixaram eu ter meu precioso café da manhã — começou a dizer —, e acho que deve ter mais alunos comprando suas roupas, vou comer alguma coisa no Caldeirão Furado. Vocês dois, não saiam da loja até eu voltar, entenderam?

— Entendemos — eles responderam juntos.

— Estou falando sério. Se não estiverem aqui quando eu voltar, estão muito encrencados.

— Não colocaremos um pé para fora, pai — Therion disse.

— Não vou demorar.

Remus saiu, e os garotos se entreolharam.

— Dois pés até a loja de corrida para dar uma olhada nas vassouras, talvez? — Canopus sorriu travesso.

— Uniforme. Depois vamos. Espero que não demore.

— O meu primeiro.

— Não mesmo.

— Eu nasci primeiro!

Os dois entraram na loja se empurrando.

— Dois minutos não contam!

— Contam sim. Eu sou o mais velho.

— Somos gêmeos, seu… Opa!

Canopus e um garoto se esbarraram, e Therion trombou com o irmão logo atrás, fazendo os outros dois tropeçarem e irem ao chão.

— Parece que tiraram o dia para se esbarrar em nós dois. Olha por onde anda!

— Desculpa. Mas você que esbarrou em mim — reclamou o garoto.

— Talvez precise de óculos novos para ver melhor as pessoas chegando nos lugares.

Depois que Canis se levantou, Therion estendeu a mão para ajudar o outro garoto. Ele aceitou a ajuda e ajeitou os óculos em seu rosto.

Ele era da mesma altura dos gêmeos. Os olhos por trás dos óculos redondos eram incrivelmente verdes, como esmeraldas; e os cabelos escuros, rebeldes e bagunçados, os quais ele tratou rapidamente de ajeitar para cobrir parte de sua testa.

O gêmeo mais novo inclinou levemente a cabeça, achando aqueles olhos estranhamente familiares.

— Você me é familiar — falou Therion, confuso.

— Hogwarts, queridos? — Madame Malkin apareceu, chamando a atenção deles.

— Sim — os gêmeos responderam em uníssono, virando suas cabeças em direção a mulher ao mesmo tempo.

— S-sim — gaguejou o outro garoto em seguida.

— Quanta sincronia, que fofo! A última vez que atendi gêmeos foram os Weasley. Venham queridos. Você primeiro.

Madame Malkin levou Therion até o banquinho ao lado de onde estava outro garoto. Ele sorriu vitorioso para o irmão. Educadamente, Canis mostrou-lhe a língua e foi prontamente retribuído.

O gêmeo mais velho riu quando a roupa preta com o dobro do tamanho do irmão foi jogada sobre ele. Seu olhar foi para o garoto ao lado, que olhou para os dois com um ar superior. Os cabelos loiros eram quase tão claros quanto a pele pálida. A bruxa que cuidava de sua roupa estava quase acabando.

Ele o lembrou da mulher em quem se esbarraram.

— Hogwarts também? — o garoto perguntou a eles.

Os três assentiram.

— Viemos comprar todos os materiais hoje com nosso pai — Canopus disse.

— Meu pai já está na loja ao lado comprando meus livros e minha mãe foi atrás de varinhas.

— Nós acabamos de comprar nossas varinhas! — Therion ergueu a sua varinha animado.

— Não use magia aqui, querido — Madame Malkin alertou enquanto ajustava a roupa do garoto.

— Tudo bem, nem sabemos usar direito ainda. Mas em casa vamos pedir ajuda ao nosso pai com encantamentos simples.

— Se ele nos pegar quando formos ver as vassouras, ele vai é ajudar a trancar as varinhas no porão.

— Eu irei levar meus pais até a loja de corridas para dar uma olhada nas vassouras depois. Não vejo por que os alunos do primeiro ano não podem ter vassouras individuais. Acho que vou obrigar papai a me comprar uma e vou
contrabandea-la para a escola às escondidas.

— Se quiser pegar uma bela detenção — Canis disse de braços cruzados e com um sorriso ladino no rosto.

— Mas ter vassouras seria legal. A do papai é velha.

— Uma Nimbus 2000 seria incrível.

— Você tem uma vassoura? — o garoto loiro perguntou ao de óculos.

— Não.

— Sabe jogar quadribol?

— Não…

— Eu sei. Um pouco ao menos, meu pai também não é dos melhores e só ensinou o básico — Therion respondeu. — Meu irmão adora.

— Eu sei, e sou muito bom. Meu pai falou que vai ser um crime se não me escolherem para
jogar pela minha casa, e sou obrigado a concordar. Já sabe em que casa vocês vão ficar?

Canopus assumiu uma expressão de desgosto no rosto. Não gostava da forma pomposa e tediosa que o garoto falava. O lembrava de um dos antigos chefes do pai, que fez um comentário nada agradável sobre lobisomens quando o viu uma vez — sem saber que Remus era um, é claro.

Com aquela forma de falar e o nariz empinado, já soube que devia fazer parte de uma das famílias ricas e chatas do mundo bruxo.

— Não — o garoto de óculos respondeu a pergunta.

— Bom, ninguém sabe mesmo até chegar lá. Mas eu sei que vou ficar na Sonserina.

— Como tem tanta certeza? — Therry perguntou rindo.

— Toda a minha família ficou lá. Imagine ficar na Lufa-Lufa! Acho que eu saía da escola, você não?

— Melhor ser um lufano que um riquinho mimado e supérfluo como você — Canopus resmungou seco.

O garoto loiro mirou os olhos azuis nele, as sobrancelhas arqueadas e uma expressão desacreditada e indignada.

— O que disse?

— É surdo também? Prefere linguagem de sinais ou que eu escreva em um pergaminho?

— Como ousa falar assim comigo? Sabe quem eu sou?

— Oh, desculpe!  Não sabia que estava falando com o príncipe do Reino Unido. Devo ser mais respeitoso? Quer uma reverência também? — Canopus falava em tom de deboche, com uma falsa expressão de surpresa e arrependimento.

— Quanta insolência! Vai se arrepender de me dirigir a palavra dessa maneira.

— Sério? E você mesmo quem vai cumprir a ameaça ou vai chamar seu pai para isso?

— Escute aqui, seu… — O garoto desceu do banquinho e Canis pegou sua varinha.

— Um passo e terei o imenso prazer de estrear minha varinha em você.

O loiro hesitou e voltou para o banquinho bufando. Canopus sorriu de canto e guardou sua varinha de volta.

Covarde, ele pensou.

— Acabei com você, querido — Madame Malkin disse.

Therion pulou do banquinho, e seu irmão não demorou a ocupar seu lugar, olhando mortalmente para o garoto ao lado.

O de óculos guiava seus olhos de um ao outro, sem entender nada do que acontecia. Ele apenas queria pegar logo seu uniforme e ir embora dali o mais rápido possível.

— Caramba, olha aquele homem! — o loiro exclamou.

Os quatro olharam para a vitrine. O moreno de olhos verdes sorriu, feliz por saber algo que o garoto metido não sabia.

— É o Rubeus. Ele trabalha em Hogwarts.

— É um empregado, não é?

— Guarda-caça. Ele está me acompanhando.

— Meu pai já falou dele — Therion disse.

— Ouvi falar que é uma espécie de selvagem. Mora num barraco nos arredores da escola.

— Acho que ele é brilhante — falou o garoto de óculos.

— Acha, é? — o loiro riu com desdém. Os gêmeos reviraram os olhos. — Por que ele está te acompanhando? E seus pais?

— Mortos.

— Ah, lamento.

Canopus e Therion olharam com compaixão para o garoto. Ele parecia bem mais simpático.

— Sinto muito. Eu e meu irmão entendemos como é — falou Therion.

— Nossa mãe também morreu.

— Mas eram do nosso mundo, certo?

— Eles eram bruxos, se é o que você quer saber — respondeu o garoto, encarando o loiro com cara de poucos amigos.

— Eu realmente acho que não deviam deixar outro tipo de gente entrar. Não são iguais a nós, nunca foram educados para conhecer o nosso modo de viver. Alguns nunca sequer ouviram falar de Hogwarts até receberem a carta.

— Então pessoas com sangue trouxa não deveriam estudar em Hogwarts ou viver entre os bruxos? — Therion perguntou seco.

— Óbvio que não.

— Oh céus! A vovó Hope não era trouxa? Alguém devia ter avisado ao vovô Lyall antes de se casarem que papai que não podia estudar em Hogwarts! — Canopus exclamou em falsa surpresa, com a mão no peito.

— Como é possível um mestiço ter se formado entre os melhores alunos? Que absurdo! — Therion seguiu o sarcasmos do irmão.

— E a mamãe? Ela não era uma nascida-trouxa?

— Um verdadeiro absurdo. Que vergonha, não?

Os gêmeos riram em seguida e olharam com escárnio para o garoto.

— Você tem alguns princípios bastante idiotas, meu caro. Sugiro repensá-los. — Concluiu Canis, pulando do banquinho ao Madame Malkin finalizar sua roupa.

— Oh! Papai já está na porta com o Rubeus.

— Sem vassouras hoje.

— Uma pena. Qual seu nome, garoto? — Therion perguntou ao menino de óculos.

— Harry.

— Até mais, Harry! — Os gêmeos disseram em uníssono e deixaram a loja após pagar pelos uniformes.

Do lado de fora, Remus estava conversando com Rubeus Hagrid. Ao ver os filhos saírem da loja com carinhas e sorrisos inocentes, logo imaginou que tivessem aprontado alguma coisa.

— Como foi o café da manhã, papai?

— O que vocês aprontaram?

— Nada. Só uma discussão amigável com um de nossos futuros colegas. — Canopus exibiu um sorriso inocente, inclinando levemente a cabeça.

Lupin os encarou desconfiados. Então, deu de ombros, afinal, tudo parecia bem.

— Oi — os gêmeos cumprimentaram Hagrid.

— Olá, meninos!

— Therion, Canopus, esse é o Hagrid. Ele trabalha em Hogwarts. Eu o encontrei no Caldeirão Furado — apresentou Remus.

— Muito prazer — eles disseram, juntos.

— O prazer é meu revê-los. Na última vez que os vi, cabiam na palma da minha mão. Estou cuidando muito bem da moto de seu pai.

— Moto? Que moto? — Therion indagou confuso e olhou para Remus.

— Não sabia que tinha uma moto, pai.

— Quem imaginaria Remus Lupin com uma moto.

— É igual daqueles filmes trouxas que vimos uma vez?

— Er… Sirius quem tinha uma moto, na verdade. Ele comprou para irritar seus avós.

Os gêmeos geralmente esqueciam que normalmente se referiam a Sirius Black como seu pai, não Remus. Não gostavam muito de pensar no pai criminoso.

Eles rapidamente colocaram uma máscara de indiferença no rosto, ignorando aquela parte da conversa.

— Nos veremos em Hogwarts, acredito — disse o gêmeo mais novo.

— Sim. 

— Até lá, então — Canis falou e voltou a olhar para Remus. — Pai, podemos ir comprar uma coruja agora?

— Vamos ver seus livros primeiro, tudo bem? — respondeu Lupin. — Foi bom revê-los, Hagrid. Boa sorte em sua missão para Dumbledore.

— Obrigado, Lupin. Tenha um ótimo dia!

Então Remus e os gêmeos seguiram para a próxima loja.

***

Lupin estava deitado em sua cama, sem conseguir dormir. Era dia 31 de agosto. No dia seguinte, os meninos embarcariam no Expresso de Hogwarts, e não se sentia preparado para isso.

Eles cresceram rápido demais.

Olhava distraidamente para o teto, pensativo. Repensou os últimos dez anos. Seria a primeira vez que ficaria tanto tempo longe daqueles garotos. A primeira vez que eles ficariam longe de seu abraço.

Tinha boas lembranças da época de escola, graças aos seus amigos. Esperava que eles também fizessem amigos tão verdadeiros.

E que não fossem traídos por um deles, é claro.

Pensar na ida dos gêmeos para Hogwarts trouxe muitas lembranças dos sete anos que esteve estudando no castelo. Estava impossível dormir com tantas coisas passando por sua cabeça.

— Papai? — ouviu uma voz baixa e uma batida leve na porta.

O olhar de Remus foi para a porta do quarto, a qual foi aberta devagar, dando-lhe a visão dos dois garotos vestidos em seus pijamas e com os cabelos bagunçados.

— Está acordado?

— Estou — respondeu e sentou-se na cama. Pegou sua varinha e acendeu uma luminária ao lado, olhando para eles em seguida. — O que houve? Não conseguem dormir?

— Podemos dormir aqui hoje? — Therion perguntou num tom baixo.

— É a nossa última noite em casa.

Remus sorriu doce e assentiu.

— Venham — chamou e ajeitou-se no meio da cama — Também pensando muito na escola?

Os garotos assentiram com a cabeça. Canopus aconchegou-se ao lado direito e Therion ao lado esquerdo, ambos sendo abraçados por Lupin e deitando suas cabeças em seu peito.

Remus começou a fazer um leve carinho nos cabelos negros dos meninos, que haviam sido cortados no dia anterior. Eles fecharam os olhos e aproveitaram as carícias, a última vez que receberiam por longos meses.

— Conta de novo sobre Hogwarts? — pediu Canis.

— E os Marotos.

Lupin não questionou, apenas começou a contar sobre sua chegada em Hogwarts e algumas das melhores aventuras por lá junto de seus amigos. Os três riram juntos de algumas confusões contadas por ele, e quando ele os proibiu terminantemente de repetir qualquer travessura daquelas.

Os garotos imaginavam tudo de acordo com o que lhes era descrito. Sonhavam com o dia que iriam para a tão incrível escola de magia. Queriam poder aproveitar seus anos lá da melhor forma, assim como também se dedicarem a serem os melhores bruxos que pudessem ser.

— Será que vamos para a Grifinória também? — Canopus divagou, pensando sobre para qual casa seriam selecionados.

— Grifinória é legal. Seremos ótimos grifinórios, como o papai.

— Eu não sei se sou um grifinório tão bom.

— Não seja modesto, papai.

— O senhor é uma das pessoas mais corajosas que conhecemos.

— Não sou tão corajoso, Canis.

— É sim. Dois contra um, Shh!

Remus riu. Sentiria muita falta daqueles dois.

— Não importa para qual casa sejam selecionados, estarei orgulhoso de vocês.

— Se formos para casas diferentes, eu vou amassar aquele chapéu — Therion falou.

— Juntos até o fim. O chapéu que se cuide caso sequer cogite a possibilidade de não nos colocar na mesma casa.

— Nem o Chapéu Seletor escapa de vocês.

— Não — os gêmeos concordaram.

— Vamos dormir. Amanhã cedo iremos para a estação.

Os garotos assentiram.

Remus pegou sua varinha e apagou a luz da luminária. Então, ajeitou-se na cama, com os gêmeos abraçados a si. Beijou a testa de cada um e suspirou.

— Boa noite, minhas estrelas.

— Boa noite, papai.

Os três dormiram ali agarrados, como se os meninos voltassem a ser pequenos bebês que não gostavam de dormir sozinhos.

Na manhã seguinte, levantaram cedo para ir à estação King's Cross. O último café da manhã em família não poderia ter sido mais animado.

— Chegamos! — anunciou Lupin.

— Essa é a entrada para a plataforma?

— Isso mesmo, Therry. Olha!

Remus apontou na direção da pilastra entre as plataformas 9 e 10. Avistaram alguns jovens correndo contra ela e desaparecendo, passando por ela como se fosse um portal, exatamente como Lupin havia contado.

Os gêmeos sorriram e correram animados, empurrando seus carrinhos com os malões. Sobre o malão de Canopus, estava uma gaiola com uma bela coruja de penas negras, descansando, a qual compraram no dia que foram ao Becos Diagonal.

— Vai primeiro, Canis — disse Therion.

— Sério? Eu?

— Não é você o mais velho?

— Não me diga que está com medo, Therry.

— Apesar de bastante familiarizado com coisas mágicas, me jogar contra uma parede ainda me causa certa desconfiança. Se isso falhar e alguém se arrebentar, que seja você.

— Pois agora eu faço questão que você seja o primeiro, irmãozinho. Pode ir na frente.

— Eu não. Vai você!

— Não, não. Pode ir, eu deixo.

— O primeiro que piscar vai.

Os garotos se encararam, e Remus riu. O homem apenas observou, tendo seus últimos momentos de diversão com seus meninos.

— Piscou! Você primeiro, Therry.

— Não sei como você consegue manter contato visual por tanto tempo.

— É um dom. — Canis deu de ombros e sorriu ladino.

— Não se preocupe, querido. É só correr.

— Okay, pai…

Therion respirou fundo, preparando-se para o que faria. Então, correu contra a pilastra e atravessou instantaneamente. Canopus sorriu e correu logo atrás, sendo seguido por Remus.

E assim chegaram à plataforma 9¾.

Os gêmeos olharam animados para o trem e levaram os malões para o bagageiro. Os três admiraram a enorme locomotiva, algumas lembranças retornando a mente de Lupin. O Expresso de Hogwarts continuava majestoso como sempre.

Remus se ajoelhou em frente aos meninos para ficar mais próximo da altura deles, que ficaram de frente para si. Levou cada uma de suas mãos para o rosto de um dos garotos, sorrindo amorosamente enquanto fazia um carinho em suas bochechas.

— Vou sentir muita falta de vocês.

— Eu também — os gêmeos disseram e rapidamente o abraçaram, com força.

— Amo vocês.

— Também te amamos, pai.

Eles se desfizeram do abraço. Lupin deixou um beijo na testa de cada um antes de colocar-se de pé mais uma vez. Olhou uma última vez para os rostos dos meninos e para aqueles brilhantes olhos acinzentados.

Merlin! Como eles fariam falta!

— Comportem-se.

Os garotos se entreolharam e sorriram cúmplices. Olharam para o pai uma última vez, e então, antes de adentrarem o trem e iniciarem uma nova jornada, disseram em uníssono:

— Eu juro solenemente não fazer nada de bom.

—————————

Olá, meus amores!

E aqui partimos para a jornada do primeiro ano dos gêmeos em Hogwarts! Ansiosos?

A cena da Madame Malkin, eu adaptei trechos do livro de Pedra Filosofal, okay? Estava sem muita ideia para algo diferente e queria treta com o Draco Rsrsrs

Para qual casa vocês acham que eles serão selecionados? Façam suas apostas!

Em breve retorno com mais um capítulo!

Até a próxima!
Bye bye 👋😚

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