34.1 and even when everything is changed, you are the only constant
"E mesmo quando tudo está mudado, você é a única constante"
- Taeyeon (Time Lapse)
sexta, 6h25min
Era 23 de setembro.
Começo do outono, quando aconteciam os feriados tradicionais na Coreia do Sul. Provavelmente a época que Sohye tinha as melhores lembranças da vida, mas que há 9 anos também tinha a pior.
Fitando o calendário sobre a mesa, ela se lembrou da imagem do irmão e da mãe no final do corredor do hospital, ouvindo atentos o que o médico à frente deles dizia. Quando o homem de jaleco terminou de mover os lábios, ela viu a mulher mudar a expressão para desespero e Jin a segurar no exato momento em que pareceu perder o controle das próprias pernas. De onde estava, ela ouviu o choro alto e dolorido vindo da mãe.
Naquele momento Sohye não precisava de mais para entender o que tinha acontecido.
Após meses de um tratamento exaustivo, ele, seu pai, enfim descansou.
Em silêncio, Sohye sentiu lágrimas quentes descerem por seu rosto, enquanto não conseguia desviar o olhar do irmão, ainda segurando a mãe em um abraço apertado, sussurrando algo tentando a acalmar, enquanto ele mesmo também chorava.
Sohye nunca tinha visto Haydée daquela forma.
Era óbvio que ela já não era a mesma mulher das memórias de boa parte de sua infância. A que tinha sempre aquele brilho no olhar capaz de iluminar qualquer ambiente, agora sempre os tinha cansados e com marcas escuras embaixo deles. Os cabelos castanho-claro e cacheados que serviam de moldura para o rosto jovial, agora viviam presos em um rabo de cavalo ou coque bagunçado, e a feição dela parecia de alguém bem mais velha do que realmente era. Fora os tantos quilos que ela perdeu e que deixavam suas roupas largas e parecendo alguns números maior do que o seu tamanho.
Mas Sohye nunca tinha visto a mãe daquele jeito, aos prantos, desacreditada.
Nunca tinha a visto chorando desesperada e gritando daquela forma, dizendo que não era possível, que o médico estava errado. Que ela não podia ficar sem o amor da sua vida. Que não fazia sentido o que estava acontecendo. Que aquela era uma brincadeira idiota da merda do destino. Eles não mereciam que aquilo estivesse acontecendo.
Haydée era tipo a mulher maravilha deles. Aquela que segurava tudo. Que conseguia ver o lado bom das coisas independente do quão ruim fosse a situação. Foi ela que por todos aqueles meses convenceu todos da família que o marido iria melhorar e que logo poderiam retomar a vida de antes. Que eles voltariam a fazer os churrascos nos finais de semana, encheriam a casa de amigos, ouviriam Beatles a tarde toda e Sohye rodopiaria com o pai enquanto ela e Seokjin tocavam violão.
Mas como a Sohye de 15 anos poderia se sentir ao ver a mulher mais forte que ela viu na vida, desabar daquela forma?
Ela sabia bem o quanto seus pais se amavam, não era a toa o tanto de coisas e situações que eles lidaram para ficarem juntos. Eram culturas diferentes, pessoas completamente diferentes, tradições e crenças que não batiam. Mas que de alguma forma eles souberam contornar tudo aquilo para construírem a vida que sonharam. Ela e Jin eram frutos daquela história. Aquela história que começou desde que seus pais se olharam pela primeira vez em alguma lanchonete da calma região da Borgonha, lá na França. Desde quando Haydée se atrapalhou e derrubou vinho na camisa branca do turista sul-coreano, resultando em uma cena exagerada feita pela gerente, e uma quase demissão. De quando seu pai, se sentindo culpado por ser ele quem esbarrou primeiro, deixou o telefone do quarto de hotel em que estava hospedado, anotado em um guardanapo antes de ir embora, e sua mãe, apesar de ter enfiado o papel no bolso do avental, enrolar alguns dias para decidir o telefonar e marcar para se encontrarem.
Aquele conto de fadas que a Sohye adolescente achava lindo e um dia queria viver algo parecido, tinha se tornado um pesadelo. Ela não se sentia forte o suficiente para amar alguém daquela forma e depois, por algum motivo, perder essa pessoa.
Ela não queria passar por algo assim.
Foi naquele momento que a chavinha dentro dela virou e Sohye começou a se ver não querendo se permitir viver algo tão intenso aquele ponto. Foi quando ela começou a pensar que o melhor talvez fosse focar nela, apenas nela, porque afinal, ela sempre estaria ali por si mesma, certo?
Mas então, Taehyung apareceu.
E com ele, parecia que a Sohye que antes acreditava nos contos e nas histórias bonitas de romance, tinha voltado de algum lugar em que esteve adormecida por tanto tempo.
Ouvir as 3 batidas na porta do quarto, a fez se desligar dos próprios pensamentos e se virar para ver o que era. Encontrou o irmão com parte do corpo para dentro do cômodo, a fitando em silêncio. Ele parecia estar ali há algum tempo.
— Não queria te atrapalhar... — Sohye apertou os lábios e movimentou a cabeça, negando. Ela tentou disfarçar a lágrima silenciosa que segundos antes brotou no canto do olho, e Jin fingiu não a notar. — Vou passar na halmeoni antes de deixar a Yuna na escola e nós vamos ao columbário deixar flores para o papai. Quer ir com a gente? Na volta te deixo na Yonsei.
Sohye apertou os lábios mais uma vez, e negou outra, balançando a cabeça.
— Eu vou depois da faculdade e do trabalho. Costuma ter bastante gente na parte da manhã...
Jin assentiu em silêncio. Ele sabia que ela negaria, só não queria deixar de tentar mais uma vez.
Eles ficaram em silêncio por alguns segundos.
— Come algo antes de sair de casa, tá? — Jin foi o primeiro a falar. Sohye assentiu, dando um sorrisinho singelo para o irmão.
Já era tradição que em todo dia 23 de setembro, Sohye não ia de carona com o Jin para o trabalho ou para a faculdade. Ele também já sabia disso, mas todo ano perguntava se ela não queria ir porque ainda tinha esperanças que ela mudasse de ideia.
Seokjin ia com Yuna buscar a avó e a tia, e antes de começarem sua rotina, iam ao columbário visitar as cinzas do pai, avô, filho e irmão. Ela sabia que os Jeon e os vizinhos e conhecidos mais próximos também estariam por lá, então Sohye sempre ia ao final do dia, e quando chegava em casa, jantava com os outros membros da família. Era o máximo que conseguia fazer na companhia de mais pessoas.
Não tinha aprendido 100% a lidar com a sensação de que estava sendo egoísta, não querendo viver aquilo junto à família e as pessoas próximas, mas os olhares de pena que recebia de alguns, eram o suficiente para ignorá-la por um pouquinho.
Não era por mal, ela só preferia passar aquele tempo apenas com o pai. Pensando também nos momentos bons que eles viveram enquanto ele estava bem.
Enquanto caminhava em direção ao metrô, ela se encolheu com o vento frio que passou. O céu estava cinza com bastante nuvens e as pessoas passavam umas pelas outras a passos apressados. Adolescentes com uniformes escolares, adultos com roupas formais. Uma típica manhã de sexta-feira em Incheon.
Apenas mais um dia na semana.
Apenas mais uma sexta.
Após desviar das pessoas que lutavam para entrar no metrô, Sohye encontrou um último lugar vago e se sentou entre a barra vertical de ferro e um homem de terno que parecia muito mais preocupado em digitar alguma mensagem no celular do que notar a moça do outro lado do meio de transporte que o observava com um certo brilho no olhar.
Ela não o julgava. Um dia um rapaz de sorriso quadrado a disse, naquele mesmo lugar, que ela parecia sempre perdida nos próprios pensamentos e não prestava atenção ao seu redor.
A Kim tirou os fones da mochila, colocou nos ouvidos e deu play no aplicativo de músicas do celular.
In my life, dos Beatles, começou a tocar.
Era a favorita do Sr. Kim.
14h20min
Sohye sorriu observando a fila que as crianças formavam voltando do pátio da escola para continuar a atividade que eles começaram na sala. Cada um tinha as mãozinhas cheias de elementos que eles consideravam da natureza e tinham recolhido na área externa da escola. Alguns tinham pedrinhas, outros folhas secas, galhos de árvore...
A Kim já vinha fazendo algumas pesquisas sobre abordagens diferentes das adotadas pelas maiorias das escolas sul-coreanas, mas mesmo depois de tantas pesquisas, construtivismo continuava sendo a que mais lhe agradava, principalmente após a conversa com Inho, sobre como ele enxergava a transição das estações.
Aquele dia do ano não costumava ser um bom dia para Sohye, mas apesar de não estar esperando que Yejin a colocasse para aplicar alguma atividade justamente naquela sexta, no fundo, estava com uma dosezinha de felicidade ao ouvir as crianças conversarem animadas pelos corredores.
De longe dava para ver a empolgação deles, e apesar dos pesares, Sohye sentiu um calorzinho no peito de que pelo menos naquele aspecto da vida, a parte profissional, talvez ela estivesse fazendo algo certo.
A ideia de ir ao pátio fazer essa "busca" surgiu das próprias crianças após ouvirem Sohye fazer a leitura do livro infantil "A árvore das estações que vem e vão". A professora mais nova tinha passado algum tempo conversando com eles em sala de aula, sentados em roda no tatame colorido, e agora todos estavam de volta ao local, na mesma posição, mas observando ao centro tudo que tinham coletado nos minutos do lado de fora.
Cada um explicou o porquê de ter escolhido determinado elemento e Sohye incentivou que eles falassem o que achavam da mudança das estações, como no livro, e o que aquilo tinha a ver com os itens que eles tinham escolhido. Ela também fez alguns comentários sobre o assunto, mas tomando cuidado para que sua fala não parecesse de alguém em posição superior a delas. Não era essa a ideia da metodologia e também não era a relação que ela queria criar com as crianças. Ao fim, uma delas deu a ideia deles devolverem as coisas para onde pegaram, assim não iriam, segundo elas mesmas, "interromper o fluxo da natureza".
Sohye assentiu com um sorriso no rosto.
Eles tinham entendido a lição do dia.
15h30min
Após correr atrás das crianças por metade do intervalo, agora sentada no banquinho de madeira que havia no pátio da escola, Sohye encarou o relógio no pulso. Era estranho pensar que, até aquele momento, seu dia parecia intercalar entre parecer estar voando, e, simultaneamente, se arrastar.
Ainda observava as crianças brincando no parquinho quando viu Gaeul aparecer na porta que dava para o interior da escola, se aproximar e se sentar ao seu lado. Sentiu o olhar da amiga pousar em seu rosto e mesmo sem se virar para a olhar, já entendeu do que se tratava a pergunta que sairia pelos lábios dela a seguir.
— Como você tá? — perguntou.
— Bem. Yejin deixou eu aplicar a metodologia que estou pesquisando e as crianças se adaptaram bem à...
— Não Soso, não foge do assunto. 'Tô falando sobre... você sabe — Sohye deixou o rosto se transformar numa careta e encarou a amiga — Ainda não foi lá, não é? Encontrei com o Jungkook antes de vir para cá e ele comentou que encontrou sua família...
— Eu ainda não consigo ir com todo mundo — Gaeul apenas assentiu em silêncio. Apesar de preocupada, não queria aprofundar muito no assunto e invadir o espaço pessoal da amiga.
— Se quiser que eu vá com você, é só me dizer, ok?
— Ok, Ga. Obrigada, mas não precisa mesmo — Sohye sorriu fraquinho, ao sentir o carinho que a amiga fez em seu antebraço. — Por acaso você viu a Yuna? O Jin disse que a traria, mas eu ainda não a vi em lugar nenhum agora no intervalo... — perguntou. Gaeul piscou os olhos e mexeu a cabeça de um lado para o outro, também percebendo que não tinha visto a garotinha naquele dia.
— A turma dela já saiu para o intervalo?
— Já. O Daeho está ali — Sohye apontou para o caçula dos Jeon. — Será que aconteceu alguma coisa?
— Melhor perguntar o motivo para o próprio gêmeo siamês dela, ele deve saber.
Ao terminar de falar, acenou para o garotinho que estava brincando de pique pega com algumas crianças do outro lado do pátio. Ele demorou certo tempo, mas uma das menininhas brincando acabou por o chamar e apontar na direção das duas. Logo ele estava correndo e parando de frente para a Park e a Kim.
— Oi, tia Ga! O que foi? — ele sorriu mostrando a falta de dentinhos.
— Então, Dae, cadê seu chicletinho que vive grudado em você? — o garotinho encarou a mais velha, sem entender. Sohye deixou um risinho escapar com a cara de Gaeul — A Yuyu, cadê ela?
— Ah, a Yuyu... Ela foi fazer xixi.
— Mas as duas professoras de vocês estão ali... — Sohye disse notando as duas mulheres próximas ao parquinho, observando alguma das crianças.
— Ela foi sozinha, ué.
— Vocês já vão sozinhos ao banheiro? — Gaeul perguntou, confusa. Ela e Sohye eram ajudantes das turmas de crianças mais novas, então nenhuma das duas sequer tinha pensado sobre aquilo.
— Ué, tia Ga, a gente não é mais criancinha, não — Daeho disse, semicerrando os olhos. Gaeul apertou os lábios com a resposta enquanto Sohye franziu a testa se lembrando que nos últimos dias Yuna tinha dito diversas frases daquele tipo. Ela se perguntou se era algo recorrente nas crianças daquela idade. Talvez uma necessidade de mostrar independência.
Ainda em silêncio, tanto Gaeul quanto Sohye se encararam. As duas querendo se levantar e ir procurar a menina, mas, ao mesmo tempo, sem saber se aquilo era algo comum nas turmas acima e concordado pelas professoras.
— Eu posso voltar para a brincadeira? — o menino chamou impaciente.
— Pode sim, Dae. Obrigada, tá bem? — Sohye respondeu, recebendo um sorriso e um assentir de cabeça da criança, que logo correu de volta de onde veio.
— Só eu tô sentindo uma sensação esquisita? — Gaeul perguntou, fazendo careta.
— Ai Ga, não fala isso... — Sohye passou a mão no cabelo, colocando algum dos cachos atrás da orelha. Se lembrou de todo o discurso que estava cansada de ouvir da diretora da escola, que ela não deveria se meter na educação da menina só pelo vínculo familiar — Eu não sei o que fazer e tô ficando preocupada mesmo.
— Calma Soso, eu posso ir lá para você, fica tranquila... — ela se pôs de pé, logo sendo acompanhada por Sohye.
— "Ir lá", aonde, Park Gaeul? — uma terceira voz foi ouvida. Sohye foi a primeira a ver a diretora da escola, parada atrás da amiga que apenas fechou os olhos e fez careta — Acabei de voltar da sala do maternal e notei faltar uma das estagiárias. Não estou nem um pouco surpresa que é você, Gaeul.
Antes de se virar, Gaeul rolou os olhos.
— Eu vim ao banheiro e parei para cumprimentar a Sohye. Já estava voltando para a sala. O "ir lá" era exatamente sobre isso. — Gaeul mentiu, e sorriu forçado, sem se esforçar nem um pouquinho para disfarçar.
O quanto ela não gostava da mulher já estava mais que óbvio. Ela até entendia que deveria ser profissional, mas a diretora Choi estava na lista das pessoas que ela simplesmente já estava de saco cheio. O tanto de coisas que ela e Sohye já tinham escutado vindo daquela mulher, justificavam o "ranço".
— E você, Kim Sohye. Por que não está com as crianças? E se uma delas cair e se machucar? Vou precisar falar aos responsáveis que a estagiária que deveria estar tomando conta do filho deles estava de papo com a amiga no meio do expediente?
Sohye apenas inclinou levemente a cabeça para baixo, em silêncio, sem nem se dar ao trabalho de esclarecer que ela e as outras meninas revezavam para que pudessem lanchar. Se Gaeul já estava sem paciência para a mulher, ela não estava muito diferente, já que tinha a impressão que as implicâncias com a amiga começaram justamente depois que ela descobriu a ligação entre as duas.
— Vamos Park, vou te acompanhar até a sala.
— Não precisa se incomodar, senhora Choi, eu sei o caminho — Gaeul sorriu com os lábios fechados.
— Eu faço questão — a mulher sorriu tão forçadamente quanto a mais nova — E você, Kim Sohye, cumpra seu papel de estagiária. Se não, tudo o que vocês terão para escrever no relatório de hoje é que ficaram sentadas fofocando. E isso não é muito útil de se escrever em um relatório, não é mesmo?
Nem Gaeul, nem Sohye responderam nada. Elas apenas se encararam em uma despedida silenciosa e enquanto Gaeul seguiu ao lado da mulher em direção ao interior do prédio, Sohye foi para os brinquedos onde as crianças ainda brincavam. A vontade de procurar pela sobrinha a dominando pouco a pouco.
15h50min
Sohye passava de mesa em mesa observando enquanto as crianças faziam as atividades rotineiras propostas pela professora titular da turma. Ela ouviu seu nome ser chamado e ao olhar na direção viu uma das garotinhas com o bracinho levantado, pedindo ajuda para completar as sílabas no exercício. Ela se aproximou da menina e se inclinou ao lado da mesa, prestando atenção na dúvida da criança.
Os acontecimentos a seguir, pareceram ocorrer em câmera lenta.
Sohye ouviu alguém dar batidas na porta da sala e viu a professora se deslocar de uma das mesas das crianças para atender. Aquilo atraiu não só a atenção dela, como também dos pequenos, então Yejin falou tão baixinho que não dava para ouvir o que ela conversava com a outra pessoa.
A senhora meio grisalha do outro lado da porta tinha o rosto em uma expressão apreensiva e a própria Yejin, mesmo de costas, pareceu ficar com os ombros tensos após ouvir o que a mulher disse. De onde estava, Sohye ergueu o corpo, no mesmo instante que ela se virou em sua direção para a olhar.
— Kim Sohye, você pode me acompanhar até a secretaria? — a mulher que Sohye logo reconheceu como secretária da diretora, disse.
Aquilo foi o suficiente para a garota sentir o coração começar a acelerar no peito. Ela assentiu, e ao cruzar a porta, fitou Yejin na espera de conseguir alguma informação prévia do que tinha acontecido, mas tudo o que conseguiu foi a mulher apertando seu ombro de leve. O que no fim só a deixou mais nervosa ainda.
Ela se perguntou o que a diretora da escola teria inventado agora para a chamar no "meio do expediente" como ela mesma disse várias vezes. Será que era sobre as fugas de Gaeul durante o intervalo? Será que era algo relacionado à vaga delas de estágio? Alguma advertência mais séria?
O corredor até a secretaria nunca pareceu tão longo.
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Oiii, como estão?
Antes de tudo, acho que preciso justificar a minha demora para voltar aqui, já que prometi que não demoraria tanto. Realmente, não estava nos meus planos demorar, mas o que aconteceu foi que eu senti muita dificuldade de escrever esse capítulo. Acho que por toda importância que ele tem para a história, já que tantas coisas vão acontecer nele. Vários pontos que serão explicados daqui para frente precisam ser revisitados nesse momento e não só isso, mas eu também fiquei meio chorosa porque caiu minha ficha do quanto esses personagens são grandes.
Uma história que eu comecei a escrever para voltar a reviver o sentimento e para matar a saudades que eu tinha da escrita, se tornou algo muito mais importante do que um dia eu jamais imaginei. Parei para pensar nas pessoas e histórias que chegaram até mim, graças a Learning, e nossa, me vi chorando várias vezes vendo o quanto a Sohye, o Tae, a Yuyu, e todo mundo aqui tem um lugar muito especial no meu coração e no de tanta gente. Personagens são realmente como filhos, e a gente cria um vínculo muito forte mesmo. Enfim, meu muito obrigada a todo mundo que passou aqui pela Learning e deixou um pouquinho de amor em forma de comentários. Saibam que leio todos e mesmo quando demoro um pouquinho para responder, todos foram lidos e recebidos com muito carinho.
A divisão do capítulo em duas partes, coisa inédita na Learning e até na minha escrita, foi uma decisão que também me fez demorar um pouquinho a atualizar. Eu mesma não queria, então espero que entendam, mas é que por todos esses motivos que falei antes, o capítulo ficou GIGANTE e eu não queria que ficasse algo cansativo de ler. É bom dar uma respirada, as vezes, não é?
Então é isso, nos vemos logo, tudo bem?
Espero que tenham gostado, e obrigada por continuarem por aqui. Cada voto e comentário significa muito!
Abraços coloridos,
Polly ♥
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