O Rei do Inferno
Katelyn Argent
Beacon Hills
17 horas antes
Depois que Lydia disse que alguém de nosso grupo ia morrer, ela me contou que achava que alguém ia ser levado pelo homem mistérioso, mas que não sabia se era assim que um de nós ia morrer.
-Ainda podemos impedir isso.- disse Stiles. -Ligue pra todos, mandem virem pra cá.
E assim o fizemos. Em questão de minutos o loft foi lotando com todos os nossos amigos.
Eu procurava loucamente Theo entre eles, mas ele não estava em lugar nenhum. Eu comecei a me desesperar.
Tentei ligar e mandar mensagem, mas ele não me respondeu nem atendeu a chamada. Quando já estava prestes a ir até sua casa, ele entra no loft junto com Corey. Vou até ele e o abraço.
-Nunca mais faça isso.- digo.
-Desculpa. Meu celular descarregou, não tinha como te avisar. -ele diz me apertando mais.
-Tudo bem. - digo me soltando dele.
Dean e Sam chegaram por último. Expliquei a situação, e mais uma vez Sam sugeriu que Dean chamasse Castiel.
-Se você falar disso mais uma vez, Sammy, eu vou estourar esses seus miolos.- diz Dean. -Eu não vou chamar aquele anjo traidor!
Sam revira os olhos.
-Quer matar ele ou mato eu?-diz Sam para mim e eu dou risada.
-Qual é, Dean, tudo bem que Castiel fez merda... -começo e ele me corta.
-Merda? Ele fudeu a porra toda! Ele se juntou com o porra do Crowley! Você ta me tirando, Kitty Kat?- ele diz e eu reviro os olhos. Theo da uma risadinha e eu dou uma cotovelada forte em sua barriga, o que o faz curvar pra frente e dar um gemidinho baixo de dor.
-Mas bem, ele pode ser o único capaz de nos ajudar!- digo.
-Que se foda! Não precisamos dele.- diz Dean.- E fim da história.
Dean sai de perto de nós e vai até meu tio, provávelmente indo reclamar da vida.
-Não sei como eu conseguia aguentar essa coisa.- digo para Sam, que ri.
-Não sei nem como eu aguento.- ele diz e se afasta indo atrás de seu irmão.
Enquanto todos ali discutiam sobre planos e se realmente a pessoa que estava caçando eles queriam invocar as bruxas ou não, percebo que estava sem minha arma. Devia ter deixado ela no quarto.
Enquanto todos estavam concentrados, subo rapidamente para pegar a arma. Ela estava em cima da cama.
-Aqui está você meu bebê.-digo a pegando. Sinto algo estranho, e me viro apontando a arma para quem quer que estivesse atrás de mim. Bom, ainda bem que eu o fiz.
-Abaixe essa arma, criança.- ele diz com sua voz irritante. Não me lembrava a última vez que eu havia o visto, mas bem, ele continuava usando aquele paletó e com aquela vozinha que me fazia querer estourar meu próprio cérebro. -Olá Katelyn. Faz muito tempo, não?
-Então o porra que ta matando criaturas sobrenaturais é você? -digo com nojo, ainda segurando a arma apontada pra ele. Não que fosse fazer algum enfeito, afinal. -Você não precisa disso pra ter poder, o que você quer, Crowley?
-Veja bem, minha cara, depois que o lance do purgatório foi um fracasso total por causa daquele maldito anjo, eu tive que arranjar outros meios para ter um certo... Poder. E bem, eu acabei encontrando uma antiga lenda, e estou fazendo testes para ver onde vou chegar.
-Testes coma vida de pessoas inocente?- digo.
-Nem tão inocentes assim, não é? -ele diz e sorri.- Até agora eu só levei pessoas que já mataram pelo menos uma vez. E hoje estou aqui pra levar mais uma, e não vai ser essa sua arma inutil que você insiste em apontar pra mim ou os Winchesters que vão me impedir de concluir o que eu vim fazer aqui.
-Seu desgraçado!
Antes que eu tivesse tempo para fazer qualquer coisa, Theo aparece na porta fazendo com que todas as atenções fossem pra ele. Ele olha confuso pra Crowley, mas ao se lembrar do rei do inferno, sua expressão muda. Ele mal teve tempo de falar um "a" e eu mal tive tempo de dizer nada antes de que o demônio me lançasse um sorriso e fosse pra cima de Theo.
Corro ate eles e me jogo, porém, caio no chão. Eles haviam desaparecido, e a única coisa que sobrava ali era eu e mais nada.
{...}
10 horas antes.
Haviam se passado horas. Horas. E nada.
Dean e Sam estavam tentando a todo o custo rastrear Crowley, mas não obteram nenhum sucesso. Era como se ele simplesmente não existisse mais.
Lydia estava quieta, e quando tentaram falar com ela, ela simplesmente pediu para ficar sozinha, então acharam melhor respeitar o espaço da Banshee. Talvez ela acabasse descobrindo algo importante.
Scott, Malia e Isaac sairam para tentar rastrear o cheiro de Theo. Hayden, Corey, Mason e Liam ficaram tentando conversar comigo para me distrair, mas não deu muito certo, pois eles estavam mais tensos do que eu.
-Vai ficar tudo bem.- dizia Liam, mas eu tinha a impressão que ele falava mais para si mesmo do que para mim.
Stiles andava de um lado para o outro com o celular na mão esperando qualquer notícia que fosse de Scott, e eu esperando de meu tio ou de Dean e Sam. Mas nada.
Quando eu estava sozinha, Derek veio até mim e se sentou do meu lado.
-Você está bem?- ele pergunta. Dou de ombros. -Vamos encontrar ele, Katelyn, e vamos parar esse tal de Crowley.
-Não sei, Derek... Crowley é... Poderoso.
-Não importa. Vamos dar um jeito. Sempre damos um jeito. -ele diz colocando a mão no meu ombro e dando um sorriso fraco. O abraço. Eu realmente precisava de alguém nesse momento.
A porta do loft foi aberta e todos olhamos em direção ao barulho para vermos quem era. Mas não era Scott com os outros ou meu Tio com Dean e Sam. Era um homem alto, com olho azuis bem claros. Ele da um sorriso debochado.
-Cheguei na hora certa, não?- ele diz, e algo em sua voz me dizia que eu e ele não nos dariamos nem um pouco bem.
-Ah ótimo.- diz Stiles com sarcasmo. -Peter voltou, nossos problemas vão todos se resolver agora.
-O que quer, Peter?- diz Derek se levantando.
-Eu vim ver o meu sobrinho favorito.- ele diz e sorri. -E... Onde está Malia?
-Isso não te interessa, Peter.- diz Derek cruzando os braços.
Os olhos de Peter param sobre mim e ele me olha com curiosidade.
-Você é nova. Quem é ela?- ele diz e olha pra Derek.
-Katelyn. Argent.
-Ah, ótimo. O Argent tinha outra filha?- diz Peter dando um sorrisinho.
-Não. Kate tinha.- diz Derek e a expressão de divertimento no rosto de Peter some.
-Ela é sua filha. Não é? -diz ele.
-Como você...- começo mas não termino a frase.
-Lógico que você sabia, não é?- diz Stiles. Peter se vira pro garoto e ri.
-Ora, Stiles. Eu sei de tudo.
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