Final
Oi pessoal!
Será que ainda tem gente
que lê aqui?
Bom, vamos lá!
Eu até tentei repostar a segunda temporada, mas ela já não me agrada tanto, mesmo com modificações.
Como odeio a forma que terminei Le Nouveau Argent, resolvi fazer um especial pra contar o como a vida da Kat ficou depois da morte do Theo.
Espero que gostem!
Katelyn Argent
Beacon Hills
Dia da Formatura
Quando cheguei a Beacon Hills, não imaginava o como minha vida daria uma tremenda reviravolta. Eu mudei tanto aqui. Me apaixonei, fiz amigos novos, sofri, encontrei meu pai. E, ah, como eu amo minha família. Nunca pensei que pudesse fazer parte de uma alcatéia, e muito menos que eu fosse ama-los. E agora era hora de dizer adeus por um tempo, cada um seguir seu rumo.
Claro que me doia, mas eu não podia deixar de estar eufórica pensando no futuro e no que ele me aguardava. Meu coração ainda doía nas noites que passava sozinha, e eu ainda me pegava acordando e pensando que Theo estaria ao meu lado. Mas ele nunca estava; meu coração ardia e gritava seu nome, e por mais que eu tivesse prometido a ele dar uma chance a Isaac, não consegui. Eu o amava demais para conseguir ficar com outra pessoa, e por mais que Isaac significasse muito pra mim, ele não era Theo.
Seguro o colar com pingente de lobo com força na mão, mandando pra longe esses pensamentos. Não era dia disso, e toda vez que pensava demais nele, meus olhos se enchiam de lágrimas e minha garganta fechava. Já havia se passado tanto tempo desde a morte dele e a dor ainda existia. Diluída, mas existia. E tlavez fosse sempre existir.
Paro o carro na frente da casa de Stiles e suspiro. Mando pra longe toda a tristeza que ainda me restava, pois eu sabia que iria precisar de força e paciência para o que vinha a seguir.
-Obrigado por ter vindo, Katelyn.- diz o xerife Stilinski abrindo mais a porta para que eu pudesse entrar. -Stiles simplesmente surtou. Disse que não vai "a porcaria de formatura nenhuma"- ele suspira, parecendo cansado.
-Bom, se eu estou tendo que pagar esse papel ridículo de usar esse vestido feio -digo apontando para meu vestido azul. -Stiles vai ir a esta droga de formatura.
Noah ri e diz que ele estava trancado no quarto. Subo e paro na frente da porta, dando três socos nela. Qual é, paciência não é muito o meu forte, todos sabem bem disso.
-Eu te dou meio segundo pra sair desse quarto, ou eu vou ai e arrebento tua cara. -digo e escuto Stiles murmurar um "então vem". Bufo e giro a maçaneta. Trancada, claro. Reviro os olhos e tiro um dos grampos do meu cabelo que prendia minha franja e o uso para abrir a porta. Não era tão difícil, ainda mais pra alguém com experiência na arte de arrombar portas.
Stiles me olha como se já esperasse por isso e logo volta a olhar para suas mãos. Ele já estava arrumado para a formatura e estava lindo, mas não parecia querer sair da cama tão cedo. Não o julgo, eu também não queria ir a formatura onde eu sentaria com meus amigos e pensaria que Theo também deveria estar ali, conosco, mas não estava graças ao rei do inferno.
-Mieczyslaw Stilinski, quer fazer o favor de levantar essa sua bunda da cama e me acompanhar até a escola? Obrigada.- digo e ele me encara praticamente tentando usar a Força em mim com o olhar para me lançar pro outro lado do quarto.
-É Stiles!- ele diz e bufa.
-Só volto a te chamar assim quando você sair dai.-digo cruzando os braços.
-Eu vou sair! É só que... A partir de hoje tudo vai mudar. Malia disse que quer ir pra França ou algo assim, Scott não sabe bem ainda o que vai fazer, mas disse que não vai ser em Beacon Hills, Isaac e Lydia também... E você vai pra França, sendo que podia muito bem ficar aqui. -ele diz e suspira. Me sento ao lado do meu melhor amigo e seguro sua mão.
-E você vai pra Washington. Mas olha, Stiles, teremos longos seis meses todos juntos aqui nessa pacata Beacon Hills até cada um ir pro seu canto. E nós somos um bando! Não vamos nos afastar. -digo sorrindo e o abraçando com força. Ele era o único que tinha direito a abraços vindo de mim. -E depois da faculdade, todos nós voltaremos pra cá. Eu te prometo, Stiles, sempre estarei perto de você assim como sei que você sempre estará perto de mim.
-Ah, eu amo você, Argent. -ele diz e sorri.
-Também te amo, Stilinski. Agora, vamos, temos que nos formar!
-Chamo Katelyn Argent para representar a turma. -diz o diretor, e uma salva de palmas é ouvida.
Xingo mentalmente todos os alunos que votaram para que eu fosse a pessoa a falar ali na frente. Eu estava morrendo de vergonha! Maldito Isaac Lahey que deu essa ideia absurda pra turma toda. Lá estava eu, pagando o maior mico. Respiro fundo e subo ali.
Pego o papel e o desdobro, tentando parar de tremer. Qual é, sei que sou foda, mas uma garota pode se sentir nervosa, certo? Mas de repente aquelas palavras não me pareceram mais tão boas. O que eu sentia por aquele lugar era muito maior que aquilo.
-Quer saber? -digo e amasso o papel. -Todos aqui sabem que eu cheguei no começo do ano. Uma garota estranha e deslocada, eram o que diziam.- digo e todos acabam rindo. -Mas aos poucos eu fui me encaixando aqui e acabei descobrindo que poderia ser feliz nesse lugar. E, bem, eu tenho algo a dizer as todos vocês que fizeram parte desse meu ano. - respiro fundo. -É fácil se sentir esperançoso em um lindo dia como hoje, mas haverá dias sombrios a nossa frente. - digo e todos me olham com atenção. -Dias em que você se sentirá sozinho, e são nesses dias que precisamos de esperança. Não importa o quão ruim fique ou o quão perdido você se sinta, me prometam que vocês terão esperanças. Mantenha-a viva.Temos que ser maiores do que o que sofremos.- olhos para meus amigos e dou um breve sorriso.- Meu desejo para vocês é que se tornem a esperança. As pessoas precisam disso. E mesmo se falharmos não há forma melhor de se viver. Como vemos aqui hoje todas as pessoas que nos ajudam a formar quem somos. -vejo Stiles sorrir pra mim e eu sorrio de volta.- Eu sei que parece que estamos dizendo adeus, mas carregaremos cada um de vocês em todas as coisas que faremos e para nos lembrarmos de quem somos e de quem deveríamos ser. Passei um ótimo ano com vocês, eu vou sentir muito a falta de todos. Obrigada por terem feito meu ano ser incrível, pessoal.
Todos aplaudem e começam a assobiar. A euforia era tanta que um garoto até caiu da cadeira na hora de se levantar. Seguro meu riso e saio do palco.
-Mandou bem lá. -diz Malia e eu dou risada.
-Dei umas fumadas antes, ai veio a inspiração.- digo e ela ri.
-Só assim pra aguentar essa demora toda.- reclamou Isaac. -Isso não vai acabar nunca não?
-Meu Deus, como você é chato, Lahey!- digo e dou risada. Ele revira os olhos, mas sorri.
-Eu sei que você me ama.- ele diz e se aproxima pra me abraçar.
-Ei ei ei! Que pouca vergonha é essa aqui!- escuto a voz do treinador logo atrás da gente.
-Treinador... Você não deveria estar com os outros professores?- diz Isaac.
-Ainda bem que não estou! Cheguei a tempo de impedir essa pouca vergonha aqui! Vocês e esses hormônios a flor da pele- ele diz
-Treinador, o senhor sabe que somos só amigos, né?- digo mas ele ignora e sai dali murmurando. Dou risada e Isaac revira os olhos.
-Vai, ânimo. Só faltam mais duas horas até acabar.
Chegamos na casa do Scott morrendo de cansaço e fome. Havia demorado mais do que imaginavamos. Me jogo no sofá no meio de Stiles e Isaac.
-Topam uma pizza? - diz nosso querido Alfa e todos dizem que sim. Contanto que ele pague, eu aceito qualquer coisa.
-Vocês viram só como o Treinador ficou triste quando fomos embora? Doce de gente ele, não? -diz Stiles. -Ele estava quase chorando.
-Stiles, ele estava quase chorando por que você pisou no pé dele. -diz Malia e todos dao risada. Stiles fica encabulado.
-Não! Tenho certeza que era de emoção.- ele insiste e ela revira os olhos.
-Stiles, você devia parar de se iludir tanto. -diz Lydia rindo.
-Que seja. Scott? Morreu?- ele grita e Scott aparece ali na sala e se senta ao lado de Malia, passando o braço em volta de seu pescoço.
-Daqui meia hora teremos pizza.- ele diz. -Enquanto isso, vamos ver um filme.
-É hoje que você não escapa Scott McCall, hoje que você vai assistir Star Wars!- Stiles praticamente grita e Scott solta um gemido sofrido.
Todos começam a rir e eu me pego pensando em como eu amava esses momentos em que passavamos juntos.
Eu ia sentir muita falta disso quando eu fosse pra França.
Quando Isaac tomou um tiro meses atrás, eu descobri que minha mãe tinha se libertado dos Calaveras outra vez. E agora, meses depois, estava cara a cara com ela para resolvermos de vez nossos problemas e por um ponto final naquela história.
Vocês provavelmente devem estar imaginando um campo de batalha, certo? Kate transformado, eu com arma em mãos, muito sangue, gritaria e correria. Mas não enada disso que está acontecendo.
Estou cara a cara com minha mãe, numa pequena loja de doces aqui em Beacon Hills. Eles vendem a melhor torta de limão que já comi na vida, e nem mesmo Kate é capaz de tirar de mim esse apetite. Enquanto eu comia minha torta, ela tomava um café em silêncio, me observando e sem pressa pra começar a desembuchar logo o que ela quer e me deixar em paz.
-Então.- digo quando acabo de comer. -O que você quer comigo?
Kate parecia abalada e distante, diferente da mãe horrorosa que ela sempre foi. Me parecia triste, e mesmo que eu devesse não me importar, eu me perguntava o motivo de sua tristeza.
-Sei que me odeia, Katelyn.
-Nossa, mãe, que bom que sabe. - digo com sarcasmo e ela suspira.
-Mas eu realmente queria acertar as coisas entre nós?- ela diz e eu engasgo, chocada. Kate Argent querendo acertar as coisas? Ah, como se fosse fácil assim.
-Você ta de tiração com minha cara ou o que? - digo indignada. -Eu tenho uma lista gigantesca de motivos pra te odiar, Kate. Péssima mãe, arruinou minha vida e sanidade mental, matou meus avós, tios, primos, todos queimados em um incêndio graças a você, sua maldita! E escondeu meu pai de mim, a melhor coisa que já me aconteceu. Eu tenho orgulho de ser uma Hale e você me faz ter nojo de ser uma Argent. Que bom qie tenho o Chris pra mostrar o real significado do nosso sobrenome, por que você faz ele parecer podre. Você desonrou os Argents tanto quanto desonra ser um lobisomem, jaguar, coiote ou o que quer que você seja agora.
-Sei que mereço cada palavra sua.- ela diz e fecha os olhos com força. -Desculpas nunca vão apagar todo o mal que eu te causei, Katelyn. - disse ela. -Mas eu queria que você fosse forte. Por que esse mundo não é fácil. Eu sei que passei de todos os limites existentes com você, mas eu te amo. E é por isso que eu tomei uma decisão.
-Uau, e vai me deixar saber qual a próxima atrocidade que vai cometer?- digo sarcásticamente, mas ela ignora. Ela coloca na mesa uma faca de prata, o símbolo dos Argents gravado nela.
-Eu quero que me mate.- disse ela. -Mergulhe a faca em Wolfsbane e me mate.
Fico chocada demais para dizer qualquer coisa. Sim, eu a odiava, mas ela ainda era minha mãe. E ve-la ali, pedindo perdão, tentando concertar as coisas... Não. Eu não podia mata-la. Pego a faca e ela fecha os olhos.
-Eu não vou te matar, mãe. - digo e ela abre os olhos, me encarando com confusão. Eu suspiro. -Você pode mudar ainda. Nunca é tarde pra isso. Nem todos são tão ruins que não possam se tornar bons. E nem todos são tão bons que não possam se tornar ruins. Tudo vai de acordo com nossas escolhas. E você escolher me dar a sua vida é uma prova que ainda tem salvação.
Kate sorriu e nada mais precisava ser dito entre nós. O silêncio bastava.
Os dias passaram, os meses também. Faltava pouco para que eu finalmente fosse para França junto com Malia, e eu não podia estar mais ansiosa pra isso.
-Pai, você promete que vai me visitar?- pergunto fazendo biquinho e ele da risada.
-É claro que vou te visitar, Kat.- disse Derek sorrindo. -Já não consigo mais viver sem você me irritando todos os dias.
-Ser um Hale é ser um grosso amoroso. É, consigo entender de onde veio toda minha frieza e falta de compaixão. - digo com sarcasmo e ele ri.
-Finalmente nos livraremos da pirralha irritante.- resmunga Peter e eu sorriu. Vou até ele e o dou um abraço apertado, deixando ele extremamente sem jeito e confuso. -Ei!
-Awn, Peter, também vou sentir sua falta seu lobinho idiota e cruel.- digo com sarcasmo, mas era verdade. Até de Peter e suas reclamações eu sentiria falta.
A porta do loft se abriu e pude ver Isaac entrando com um sorriso no rosto.
-Você está atrasado.- eu digo e ele da de ombros.
-Ninguém é perfeito, nem mesmo eu.- ele diz e eu reviro os olhos enquanto vou em sua direção.
-Eu volto mais tarde.- digo pra meu pai com um sorriso.
-Mas assim, bem mais tarde.- disse Isaac e eu o dou um soco no braço. Isaac choramingou massageando o braço enquanto eu passo por ele e saio do loft.
-É bom você saber o caminho até lá, por que eu não faço a menor ideia.- digo e Isaac revira os olhos.
-Sempre tão despreparada. - ele suspira e eu mostro a língua pra ele. Sempre tão chato!
O caminho até o parque de diversões não foi longo. Logo que chegamos encontramos os outros, o que me deixou extremamente feliz. Seria uma de nossas últimas noites juntos, e nada seria capaz de estragar isso.
-Vem, eu quero ir na montanha russa.- digo pegando a mão do meu melhor amigo, mas Stiles me puxa de volta.
-Nem a pau! Eu morro de medo e você sabe.- ele resmunga.
-Stiles, por faaaavooooorrrr.-imploro juntando as mãos. -Por favorzinho.
-Não! - ele diz decidido.
-Então nunca mais volto da França.- digo cruzando os braços e ele choraminga.
-Chantagista.- ele diz enquanto seguimos para a fila.
Eu gritava de felicidade enquanto o carrinho descia e girava e Stiles gritava de puro horror e medo. Podia jurar que ele desmaiou em um certo momento e acordou gritando de novo. Quando saimos, Stiles deitou no chão e fiquei parado por cinco minutos enquanto Lydia e eu caimos na gargalhada.
-Que bebezao.- digo e Lydia ajuda o namorado a se levantar.
-Tão Stiles.- ela suspira entrelaçando sua mão na dele. Eles formavam um casal tão fofo, fico toda soft.
-Katelyn.- me chama Malia e eu me viro. Ela estava com uma expressão estranha. -Está vendo aquelas três garotas? Não parece que a conhecemos de algum lugar?
Olho na direção que Malia apontou e franzo o cenho. Eram três adolescentes que andavam de mãos dadas. A do meio tinha cabelos negros, e as outras duas eram extremamente loiras. Fico confusa, eu tinha certeza que as conhecia, mas de onde? Meu olhar se encontra com os delas, e elas abrem sorrisos, vindo em uma sincronia sinistra de passos na minha direção.
-An... Pessoal.-chamo e todos ficam ao meu lado, vendo as garotas se aproximarem.
As três param na minha frente, sorrisos em seus lábios. Se eu não tivesse tão assustada, diria que eram sorrisos calorosos.
-Olá, Katelyn Argent Hale. Faz tempo que não nos vemos.- disse a garota loira da esquerda.
-Me desculpa, mas quem são vocês?- digo e elas dão risadas em sincronia, o que fica ainda mais bizarro.
-Eu sou Brenda.-disse a da esquerda.
-E eu sou Caitlin.- disse a morena.
-E eu sou Alanna.-disse a da direita.
Se Scott não tivesse segurado minhas costas eu teria caido dura no chão. As três bruxinhas? Não pode ser, elas morreram com seis anos, era crianças quando as vi pela última vez! E aquelas meninas na minha frente deveriam ter dezesseis anos!
-Eu... O que?- é tudo o que consigo dizer. Caitlin da uma risadinha. -Mas vocês não estão, hum, mortas?
-Ah, mas nós não estamos vivas.- disse Alanna.
-E nem mortas.-completou Brenda.
-Quando você nos salvou, Katelyn Argent, tivemos a chance de fazer nosso poder evoluir e crescer.- disse Caitlin.
-Agora somos mais fortes.- disse Brenda.
-E poderosas.- completou Alanna.
-Podemos assumir qualquer forma.- disse Caitlin.
-E nesta forma somos levadas mais a sério, mas não se choque.- disse Brenda.
-Eu... Fico feliz de saber que estão livres agora. E que sabem controlar o poder de vocês e não vivem mais mercê de pessoas ruins.- digo com um sorriso.
-Mas não viemos aqui somente para te agradecer.- disse Caitlin e eu a olho confusa. -Quando te concedemos um desejo, você foi nobre e escolheu punir o rei do inferno. Mas sabemos que seu coração sofria pela perda de seu amado.
-E sabemos que seu coração ainda bate por ele.- disse Brenda.
-E sabemos que sofre todas as noites em silêncio.- completou Alanna.
-Um simples desejo que lhe realizamos não é o suficiente pra mostrar a você o como somos gratas.- disse Caitlin.
-Então, agora, te concebemos o real desejo de seu coração. Seu amado de volta.- disse Brenda.
Se meu coração ainda batia, ele definitivamente parou com as palavras dela. Aquilo significava que...? Não. Theo estava morto, eu o vi morrer e ser enterrado.
-Kat?- disse uma voz atrás de mim, e, ah, como eu desejei ouvir aquela voz mais uma vez, mais uma única vez. Escuto meus amigos arfarem em choque e me viro, lágrimas em meus olhos.
Theo continuava lindo, nem morrer podia tirar isso dele. Ele tinha um sorriso sincero no rosto, o cabelo bagunçado como sempre. Ele estava ali, estava ali, bem na minha frente. Não podia ser real; a qualquer momento eu iria acordar e perceber que havia sido um sonho, como nas outras milhares de vezes em que eu o reencontrava e acordava na minha cama no loft do meu pai.
Mas eu não acordava. O sonho estava durando mais que os outros, e sinto minhas pernas fraquejarem e eu quase cair de joelhos, mas Stiles me segurou.
-Isso... Não é real.- digo fechando os olhos com força, sentindo um soluço preso na minha garganta. -Pare de brincar com minha mente.
Sinto uma mão envolver meu rosto e Stiles me solta. Eu abro os olhos, encontrando os olhos azuis penetrantes de Theo. Ele tinha um sorriso.
-Tem certeza, Kat?- ele diz e eu não consigo dizer nada. Eu conseguia toca-lo, conseguia senti-lo, conseguia sentir o cheiro de Theo. Ele... Ele estava vivo, vivo e bem na minha frente.
Dessa vez, eu não aguento. Eu choro, deixo toda a dor que guardava sair. Theo me abraça, e eu o aperto com força, meu medo de perde-lo outra vez se tornando maior do que qualquer outra coisa.
-Eu te vi morrer.- digo chorosa. -Você morreu nos meus braços, Theo.
-Eu sei, Kat, eu sei.- ele diz passando a mão pelo meu cabelo tentando me acalmar, mas eu estava histérica. -Mas eu to aqui agora, Kat.
-Como...? Como, isso não faz sentido.- digo me afastando para olha-lo nos olhos.
-Digamos que Caitlin, Brenda e Alanna sabem ser bem persuasivas quando querem algo. Elas negociaram minha volta pra cá.- ele diz rindo. -Eu to vivo, Kat.
-É, mas por quanto tempo?- digo chorosa, o medo de perde-lo outra vez me consumindo.
-Bem, ninguém vive pra sempre, ne? Mas eu não vou te deixar outra vez tão cedo, Katelyn. - ele diz e sorri.
Eu puxo Theo e o beijo. Um beijo pelo qual eu sonhei e desejei ter outra vez por tanto tempo. E ali estava Theo, vivo. Eu o tinha de novo, e nada poderia descrever o quanto eu estava feliz. Eu o apertei com força enquanto a língua dele deslizava pela minha boca e sua mão percorria minhas costas.
E ali, no meio daquele parque de diversões, naquela noite estrelada, minha vida mudou outra vez. E mudou pra melhor. Por que o amor da minha vida estava de volta. E eu não pretendia deixa-lo. Nunca, nunca mais.
Agora sim temos um final digno pra Kat e eu espero que vocês tenham gostado :)
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