Epílogo: A Bala
Pov:Katelyn Argent.
Beacon Hills.
Ao amanhecer.
Caitlin segurava minha mão direita e Alanna minha mão esquerda. Brenda segurava a mão de Alanna.
-Você está nos levando para encontrar nossa mãe?- pergunta Brenda. Suspiro.
-Sim.
Continuamos andando pelo cemitério antigo de Beacon Hills. Por algum motivo, o túmulo da mãe delas ainda estava lá.
-Chegamos. - digo parando sobre a lápide.
Elas soltam minha mão e se aproximam.
-Mamãe está ai. Posso sentir.-diz Caitlin tocando a lápide.
-Você encontrou nossa mãe, Katelyn. Você a encontrou.- diz Brenda e me abraça. As outras duas fazem o mesmo.
-Obrigada.- diz Alanna.
-Não há de que.- digo e dou um sorriso fraco. Elas eram tão indefesas...
-Como você nos ajudou a encontrar nossa mãe... Daremos a você uma coisa que você queira.- diz Brenda.
-Qualquer coisa.- diz Alanna.
E foi nesse momento em que eu tive um pensamento egoísta. Eu podia trazer Theo de volta. Mas isso seria justo? Não... Crowley não iris desistir de obter poder, onde quer que fosse. E eu tinha a chance de evitar que ele fizesse isso. Respiro fundo, contendo minhas lágrimas. Eu sabia o que era o certo a se fazer.
-Eu quero que Crowley jamais consiga obter poder, onde quer que seja. Que todas suas tentativas de fazer o mal sejam falhas.
Caitlin da um sorriso e estala os dedos.
-Pronto. -ela diz.
-É só isso?- pergunto e ela faz que sim com a cabeça. -Ah...
Elas três me abraçam e se afastam de mim, segurando uma a mão da outra. Elas logo desaparecem, num piscar de olhos.
Fiquei mais um cinco minutos ali, esperando que algo acontecesse. Mas não aconteceu. Respiro fundo e saio dali.
Agora sim tudo tinha terminado. E eu sabia que tudo ficaria bem.
[...]
5 meses depois.
Hoje completava seis meses que Theo tinha morrido. E eu sentia que podia dizer que aquela dor havia diminuido o suficiente para que eu pudesse coloca-la dentro de uma "caixa" e deixa-la no fundinho do meu coração. Pois eu sabia que não deveria sofrer para sempre.
E como o prometido, Crowley nunca mais voltou a pisar em Beacon Hills.
Dean e Sam haviam ido embora, caçar. Eles havia me dado um forte abraço antes de partirem, dizendo que sempre que eu precisasse ou quisesse fugir, que podia contar com eles. Como eu amava esses dois.
Estava tudo calmo, não havia nenhum sinal de coisas estranhas em Beacon Hills. E isso me deixava aliviada.
Stiles não parava um segundo sequer de falar da formatura. Era como se fosse algo importante demais, e ao mesmo tempo, horrível.
Stiles não queria que nós todos acabassemos nos afastando, por mais que tivessemos falado umas mil vezes a ele que isso não ia acontecer, eramos um bando! Não importava a distância, sempre teriamos esse laço.
Faltava apenas um mês para a formatura. Eu me sentia feliz e triste ao mesmo tempo. Foi o melhor ano que já havia passado na minha vida, e agora eu teria que ir embora e deixar meus amigos. Bem, eu entendia de uma certa forma o que Stiles sentia.
Eu estava no meu quarto, verificando meus e-mails quando vejo que uma das faculdades pra qual eu havia me inscrito havia me respondido. E eu havia passado. Dou um sorriso. Era a faculdade de Beacon Hills, e por alguns minutos eu rezei para que a da França não me aprovasse... Mas eu sabia que seria maravilhoso estudar la.
Eu começar a ler o outro e-mail, quando meu celular começa a tocar. Era Isaac.
-Oi, Isaac.- digo ao atender. Do outro lado da linha, ele respirava com dificuldade. Parecia que estava correndo. -Isaac? Está tudo bem?
Me levanto da cama, ja colocando meu all star preto e pegando minha bolsa com minhas armas.
-Katelyn. Tem alguém atrás de mim. Eu levei três tiros. Acho que é wolfsbane. Você precisa me encontrar.- ele me diz respirando com dificuldade.
-Onde você está?- digo ja saindo do quarto e descendo as escadas.
-Na floresta. Eu não sei se tenho muito tempo.
Ele desliga o telefone. E eu vou correndo para a floresta, o mais rápido que pude.
[...]
Eu estava desesperada. Já haviam se passado 10 minutos desde a ligação de Isaac, e eu não conseguia encontra-lo. Estava escuro demais, e mesmo com a lanterna do meu celular ligada, dava pra ver muito mal.
Tropeço em uma oedra e caio no chão, xinagando mentalmente aquela maldita. Me levanto e limpo minhas mãos na calça.
E foi ai que eu vi Isaac, caido no chão, respirando fracamente. Corro ate ele e me abaixo. Ele estava mal. Muito mal.
-Isaac. Isaac, acorde.- digo e o balanço. Nada. -Isaac!
Eu o balançava com força, mas seus olhos permaneciam fechados.
-Eu não posso perder você também, e eu não vou!- digo e levanto meu punho fechado. Dou um murro em seu rosto. Ele abre os olhos, brilhando em amarelo. -Vamos, preciso te tirar daqui!
[...]
Ajudo Isaac a se sentar na cama de seu quarto. Não tinha ninguém em casa, o que facilitava tudo.
O ferimento em seu abdômen era profundo e parecia não estar cicatrizando. Ele também tinha uma bala em sua perna e outra em suas costas. Alguém realmente estava tentando mata-lo.
-Eu preciso tirar isso, Isaac. Ou vai te matar. -digo e ele concorda com a cabeça, sua cara expressando pura dor.
Vou até o meu quarto ( que agora que eu morava com meu pai eu mal entrava ) e pego materiais médicos que eu tinha ali. Se eu não desse certo como perita criminal, certamente me daria bem como médica.
Volto ate o quarto e fecho a porta e as cortinas.
-Isso vai doer.- digo e ele não diz nada.
Abro a caixinha e tiro a pequena tesoura que era um tipo de pinça e um bisturi.
-Deita ai.- digo e ele deita na cama. Rasgo sua camiseta e começo a tirar as balas de seu corpo.
Depois de alguns gritis de dor, e ele começar a se curar, suspiro de alivio.
-Você quase me matou do coração.- digo o olhando e ele sorri fraco. -Nunca mais faça isso. Nunca. Mais.
-Pode deixar, Argent.- ele diz e se senta na cama. -Obrigada, Katekyn.
Me sento ao seu lado e suspiro.
-Eu gosto muito de você, Isaac, você sabe disso.- digo olhando para minhas mãos.
-Eu amo você, Katelyn, você sabe disso.- ele diz, e essas palavras fazem meu coração acelerar. Eu sabia que ele estava escutando. -E acho que seu coração diz que o que eu sinto é recíproco.
-Eu... não sei o que dizer.
-Não precisa dizer nada. -ele diz, e me vira para que eu pudesse olha-lo, logo e seguida me beijando.
Seu beijo era tão bom quanto eu me lembrava. Era calmo e fazia todo o meu corpo sentir como se correntes elétricas estivessem passando por ele. Eu era apaixonada por Isaac, disso ninguém tinha dúvidas. E eu sabia também que não podia mais mentir pra mim mesma, esconder esse sentimento por muito mais tempo. Então, acabo me entregando ao seu beijo.
Passo a mão em seu cabelo macio e ele segura minha cintura. Nos separamos pela falta de ar, mas não demorou muito tempo para começarmos outro beijo.
Quando as coisas começaram a ficar mais intensas entre nós, sinto algo gelado entrar em contato com minha pele e me separo de Isaac, voltando a me sentar na cama.
-O que foi?- ele pergunta confuso, arrumando sua blusa amassada.
Levanto uma das balas que tirei de Isaac para observar nelhor. Ela não me era estranha. E logo eu descobri de quem era. Sinto meus músculos ficarem rigidos, e todo o sentimento bom do meu corpo ir embora.
-Você sabe de quem é essa bala?- ele pergunta.
-Kate.
Fim
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