visita inesperada /47/
Eu tenho que rir. Isso é uma piada, uma piada de muito mal gosto.
Joon Soo Hu Park nunca teve problemas quanto capturar alguém, mas esse treco com peitos é uma tarefa árdua. Ela teve uma sorte inexplicável, mas que será substituída pelo azar que tanto merece! Todo azar é pouco para uma futilzinha do caralho chamada Julianne Macay, essa foi uma pedra no meu sapato nas últimas três semanas, depois da hesitação de Kang com o plano, não perdemos tempo... Mas ela se safou oito vezes, 8 tentativas frustradas para capturar a filha de uma égua, e tive que recalcular bem a rota em cada uma delas. Na penúltima vez, tentei sequestra-lá após a saída do seu restaurante preferido, cansado de tentar o mesmo em baladas e museus. Esperei armado do lado de fora numa noite estrelada de sábado pra no fim, perder meu tempo. Mandei meus homens entrarem no estabelecimento e descobri que ela saiu pela saída de emergência. Por um segundo fiquei nervoso, achei que haviam descoberto o nosso plano, todavia no dia seguinte a trequinho já estava na rua como se nada tivesse acontecido.
Mais parecia que ela estava debochando da minha capacidade de assassina-la.. juro que ela estava.
Paranoico, beirando a um colapso, pensei em desistir, mas firmei o plano porque o prazer que terei quando Poppy estiver em minhas mãos será recompensador. Interceptei as ligações fúteis e cheias de Blá, blá, blá da Dálmata caçula, entediado, quase batendo minha cabeça nas paredes para ter sossego; ela mencionou a uma das suas amigas "Eu-não-como-Glútem" "eu-pre-ci-so daquele Louboutin" que compraria novas lingeries em uma loja exclusiva. Por pouco eu deixei a informação passar, mas ávido para capturá-la e estrangula-lá antes do sol se pôr, entrei em contato com a gerente da loja, na verdade todo mundo tem um preço e claro, eu subornei a funcionária.
Pleasurements, uma das lojas mais exclusivas no mundo. E penso no desperdício de uma peça naquela coisa desengonçada com a cara enferrujada igual a do irmão. Que triste...
Fiquei momentaneamente sem palavras ao entrar na loja luxuosa e pesquei alguns segundos imaginando Poppy vestida na lingerie preta provocativa em um dos maniquins da vitrine. Cerquei a loja e todo quarteirão com meus ninjas. A gerente, sem muita escolha, cumpriu o combinando e assim que Julianne entrou no provador cheia de peças em mãos eu a ataquei. Deveria ser um plano simples, eu não contava que a trequinho peituda e nojenta fosse fazer um inferno, parecia uma garça endiabrada pulando, me chutado jogando calcinhas e sutiãs coloridos e tacando em mim tudo que via pela frente, até chegou a disferir o maldito salto alto que usava no meu rosto abrindo meu supercílio. Até nos dias bons e cheios de sorte, como aquele, ela não seria capaz de me vencer, dado a este fato empurrei ela nos provador e saquei minha arma, a engatilhando e encostando o cano em sua teste. Confesso que a minha vontade não era enfiar um buraco em sua testa, e sim de picotar seu corpo sardento inteiro colado naquele vestido de tecido acetinado de estampa floral, mas fiquei satisfeito com a sua cara assustada ao se dar conta que estava cercada, até poderia emoldurar a expressão dessa vadia se não fosse tão entojada.
***
Feliz, ou nem tanto assim por estar em território Itáliano ( acompanhado pelo mais insuportável dos seres), especificamente na Sicília, sede da Cosa Nostra; levei Julianne em cárcere privado para uma casa de campo comprada em nome falso há uma semana atrás. Sou extremamente meticuloso para que nada dê errado e fuja do meu controle, ainda que seja impossível um desses mafiosos xexelentos me alcançar, menos problemas é a melhor opção para me manter invisível.
Fiz questão de mostrar para praga ruiva com quem ela está lidando e, se caso abrir a boca e tentar qualquer gracinha, isso se for libertada, afinal eu não sou tolo de matar a irmã do novo Marquês se não for de extrema necessidade. Um coisa é certa, garanto que meus tímpanos são configurados como importantes, e usarei métodos não tão divertidos para tirar o seu sangue. A ameaça funcionou por um tempo, ela ficou assustada, mas não conseguia se manter calada, não parava de matraquear e reclamar. Eu juro que depois de matar Dale eu vou fazer essa mulher engolir um quilo de pimenta da mais forte que existe! Onde já se viu?! Ela está na droga de um cativeiro e pensa que tem um rei na barriga, só mantenho ela meramente digna para estimular a velha mamãezinha Macay.
***
A vadia faz silêncio quando entro acompanhado por meus ninjas na sala onde está amarrada, mas acredite, seu silêncio dura pouquíssimo tempo. Desprezo sua voz acendendo meu cigarro, dou uma longa tragada e espio numa brecha entre as cortinas o belo matagal em volta da propriedade.
— Já está na hora de me soltar não acha? Meu irmão vai acabar com você seu, seu chinêzinho! VOCÊ NÃO TEM CULHÕENS! — ela berrou numa voz esganiçada.
Contenho uma expressão aturdida, impressionado com a audácia dessa garota, depois dou risada. Ela não tem medo da morte, deve ser porque a língua é maior que a boca ao ponto de não medir os riscos das gororobas que diz. Kang, eu deveria ter te trazido. Esse treco me faz ter arrependimento por não tê-lo aqui. Ele saberia mantê-la calada com toda sua ladainha, já eu sou mais prático e o jeito que vejo de manter essa vitrola desligada é empalando-a viva.
Kang não veio comigo para Itália, eu precisava dele longe dos meus passos, encaminhei meu velho irmão corpulento para Escócia. E como eu imaginei... Ele foi alvejado. Sofreu um grave acidente assim que colocou os pés na zona do Conde/Marquês. Eu não esperava menos. Agora o até então atual chefe da Yakusa está completamente debilitado, o corpo cheio de fraturas e respirando com ajuda de aparelhos. Não sei se ele vai sobreviver, mas tenho a certeza que aquele Dálmata vai ficar muito encrencado com a sua esposinha! Afinal, o meu irmão mais velho sofreu um acidente dentro das suas terras, e soube que seu genro fez questão de feri-lo.
Ahhh... Kang, aquele sardento é muito sanguinário, e essa qualidade as vezes se torna um defeito. Penso que não importa agora se foi Dale ou.... Ahhh deixa para lá. Isso cai como uma luva para mim, até porque, a Yakusa tem a informação que meu irmão sofreu atentando de estrangeiros e isso já basta. Hora ou outra um dos capangas do Dálmata vai matá-lo ou fazer coisa pior. As chances são mínimas, e não posso dar importância suficiente para meu irmão, em menos de um mês a Yakusa terá um novo líder! Isso já estava ocorrendo por trás dos panos e com a queda inesperada de Kang o processo correrá mais rápido.
Kang, Kang foi por lealdade ao sangue que estive tanto tempo ao seu lado, contudo meus instintos não permitem mais tal cortesia. Em breve você conhecerá o outro lado do paraíso, tudo que posso desejar é uma boa passagem de ida.
— Ahhhhnggg!!! Me tira daqui, me tira daqui seu brocha, impotente!!! — a voz irritante me tira dos devaneios.
Cerro um dos punhos dentro do bolso da calça, trago o cigarro e solto a famuça me aproximando do treco barulhento:
— Eu acho que você não está entendendo o que está acontecendo aqui, não sabe o circo mídiatico que posso fazer caso sua mamãe não entregue o que eu preciso. Imagine que tipo de roupa ela vai usar para chorar nos sites e programas televisivos anunciando seu desaparecimento...
— Está enganado! Você não conhece meu irmão...
— Dale Macay? Pfft Seu irmão não está nem aí pra você, pouco se fodendo. Mas sua mãe ela não liga pra ele, só pensa em você! E vai achá-lo se quiser a princesinha dela de volta! Eu enviei o seu vídeo nessa situação, como você diz mesmo? Descabida, inconcebível! É!!!Amarrada nessa cadeira e machucada, sendo torturada neste lugar que nem está a sua altura! Ainda achou que eu iria pedir milhões por sua cabeça? É uma garota patética. Não vale um centavo.
Vejo ela suar frio, a respiração pesada, a face estremecida, penso até que vai chorar, mas ela ergue o queixo e arregala os olhos verdes numa expressão debochada:
— Você deve ter um pauzinho muito pequeno, pequenininho! — ela abre o maior sorriso trincado — Eu já li em alguma revista que os chinêses...
— Eu sou Coreano!
— Que seja! Só tendo um pintinho minúsculo para perder seu tempo desse jeito...
— Você está querendo ver? Oh É uma cadela. Quer que eu mostre? Não se anime muito, você não faz o meu tipo, mas de qualquer jeito teria uma grande surpresa.
Dou uma piscadela. Ela mostra os dentes raivosa.
— Sajang Hu Park, saeloun jeongboga issseubnida ( Senhor Hu Park, temos novas informações ) . — Donghyun, meu ninja mais fiel bate na porta já abrindo-a e segurando um Tablet, peço para que entre e espere.
Voltando a trequinho, apenas digo:
— Lady Julianne, desculpe se eu atrapalhei a sua viagem. Se você quer sair inteira te aconcelho pela última vez a manter o bico fechado. Eu não sou conhecido por ser gentil e posso deixar de presente nesse rostinho delicado uma cicatriz horrorosa que só poderia ser concertada, talvez, com ajuda de um cirurgião plástico. Para você acredito que seja pior que a morte, isso se eu não desmembrar sua velha mamãe em pedaços. E o que falar do seu irmão? Ele vai desejar nunca ter se colocado no meu caminho.
Peço para Seojun amordaçar a vadia novamente e deixo-a se contorcendo.
— Chefe, mandamos o vídeo há três dias, Bridget mandou uma resposta, disse que faria o que fosse necessário para ter a filha dela. Acha que vai encontrar o Marquês? — Donghyun informa vindo até mim.
— Ela vai, só precisamos de um pouco de paciência e cuidar muito bem da filhinha dela.
A antiga condessa escrota está à procura da filha do jeito que esperava. Está desesperada, mas sei que por mais que tenha ódio do Dálmata, ela não vai ficar contra ele diretamente. Isso representa a perca dos seus bens. Ela não é mais uma condessa e tudo que usufrui está no nome do filho, até o castelo onde vive na Escócia. Se Dale morre ( mal posso esperar esse dia) todas as riquezas, absolutamente tudo vai parar nas mãos de Poppy e, consequentemente nas minhas mãos, já que com a eminente morte de Kang a curatela da minha sobrinha, cuja está bem guardada na gaveta da minha escrivaninha, vai funcionar para mantê-la do meu lado.
Eu sonho com isso todas as noites, tudo voltando a ser como era antes. Eu e ela.
A velha ignorante Lady Macay sabe que a perca do seu filho, nada amado, vai gerar consequências drásticas no modo de vida que leva, no entanto eu vou usar do amor de mãe que tem por Julianne para ela encontrar esse canalha. Dale está cagando para irmã, não se interessa o bastante a ponto de trocá-la por Poppy (e não julgo, as duas não têm comparação) mas a irmãzinha, essa daria até a vida por ele! O que importa é que Bridget Macay não tem o mesmo asco pela filha, e se ela não contatar o dálmata e fizer ele abdicar da minha sombrinha! Ahhhh... então eu vou estripar essa garota, fazer muito pior até que não sobre absolutamente nada dela para enviar de presente.
Eu sou paciente. Sei esperar, a qualquer momento vou receber boas notícias. Admito não ter encontrado muitas fraquezas em Dale, exceto sua mamãe rancorosa... E eu estou contando com ela.
Uma semana depois:
Há alguns dias recebi a notícia que me deixou enérgico, me fez sair do estado melancólico atual. Kang caiu, está com os dias contandos. Morte Cerebral ao que parece, mas ninguém se apresentou para desligar os aparelhos, não ainda. O acidente, verdade seja dita: O atentado, aconteceu nas terras altas da Escócia, nas extensões territóriais do meu caro Druida Ducan, Marquês de Exeter.
Os danos foram profundos, o atentando está sobre investigação, mas nenhuma pista ou prova foram apresentadas até o momento. A princípio pensei ter sido obra dos criminosos que estão caçando a cabeça dos Hu Park ao meu comando, mas não, nenhum filho da puta se apresentou devidamente como o protocolo da convenção exige. Tirando isso e a consciência de que o bife de rato sarnento dos diabos não deu as caras, creio que esse tenha ciência que no instante que pisar na Escócia será fuzilado ou entregue para mim, o que é bem pior, tenho quase certeza que o bosta está envolvido nessa tentativa de homicídio do próprio irmão e só está esperando a proteção política para entrar no país, como um membro da família do chefe de estado da Coreia Do Sul, só quer cuidar do seu irmão que certamente veio para visitar a filha e se fodeu, ele tem esse direito! O chorume é ardiloso! Assim ele estará em demasia protegido e intacto contra qualquer batalhão.
Reconheço almas sujas e ambiciosas como a desse saco de lixo, Kang já é um homem morto e se Joon assumir o poder, eu terei que ser mais rápido, afinal eu fui enganado feito patinho na lagoa! Se ele assume o poder do irmão, o trato que fiz tempos atrás com Kang naquele restaurante... Passará a ser dele e então terá poder sobre as águas que eu concedi em troca da Poppy. Eu preciso deter esse desgraçado, e mais ainda, manter Poppy longe por mais que ela o idolatre.
Eu sei que eles estão famintos por minha esposa, ela representa muito poder político, muito dinheiro e influência em duas coroas, com seus dois títulos de nobreza. Condessa britânica e Marquesa da Suíça. É demais pra mim, é quase certo que ele foi seu amante, ele matando o irmão seria uma tentativa e tanto para nos desenterrar da fortaleza. No enterro de Kang seria no mínimo suspeito, Poppy a filha adotiva do morto não comparecer e, se Joon afirmar que a sobrinha não dá sinais de vida logo depois do casamento e nem apareceu no enterro do pai, na certa vou virar suspeito número um e vai tudo pro buraco! Serei exposto, porque como nobres devemos seguir ditames escrotos e evasivos por parte da monarquia.
Essa fossa de excremento vai transbordar, até o topo, e lá no pico terá esse cara de cu e olhos puxados achando que tem chances de me conter, maldito, mil vezes maldito!
***
De volta ao meu escritório às oito e quinze da matina, bebo meu café escocês que desce queimando na garganta, o cheiro floral de papoulas está impregnado na minha pele e vai continuar até eu virar um velhinho com um pé na cova.
Endireito-me na cadeira para esticar as costas e entro em contato com Verlak, ele me passa as últimas atualizações de Kang. As fotos do acidente foram divulgadas e são grotescas, o corpo volumoso do mafioso mais inchado que o normal, cheio de roxos que mal da pra reconhecê-lo, inúmeras fraturas, vários traumas no crânio e um ferro da estrutura da grade de proteção na qual seu carro colidiu, atravessou o seu abdômen. Fizeram cirúrgias de alto-risco com a autorização de Joon, já que não existe outros familiares. Agora o infeliz está em estado vegetativo! Se Poppy sonhar com isso... Vai ser o bastante pra ela.
O que me deixa mais intrigado no dossiê é a veracidade afirmada que Kang veio para Escócia não só para procurar a filha, como também foi visto no local dos irlandeses. Isso aciona um alerta no fundo da minha mente: Será que meu amiguinho Macquenze não desembuchou tudo? Será que tem mais coisa pra contar?
Só uma pessoa na minha ausência pode lidar com Macquenze do jeito certo, se não tivesse boceta talvez não conseguisse tirar nada do tarado, ele tem um fraco por qualquer tipo de moça. Sei que não é porque me ama que ela concederia essa ajudinha... E sim porque estava com problemas até a boca com eles.
Disco o número de Margareth Standford no telefone de alta criptografia de satélite não interceptavél, ela atende no terceiro toque com a mesma voz amarga:
— Quem fala?
— Sou eu, a sua graça.
— Vossa graça! O que quer? Não estou com humor pra joguinhos! — ela bufa — Não estou afim de escutar o como você está fodendo a traíra duas-caras, a única coisa que a madame aqui deseja é ver o sangue desses lordes de meio-pau, filhotes de lombriga debaixo das solas dos meus sapatos! Eles pensam que podem mandar no concelho em sua ausência, é mole? Então seja breve!
Bebo mais um gole do café e molho meus lábios. Eu realmente andei nigligenciando meus outros negócios, em consequência tá mais que na hora de dividir os riscos. Um acordo com a sapatinho até que será bem vindo.
— Quero que faça o seguinte, você deve averiguar porque Kang foi atrás dos Irlandeses quando entrou na Escócia, o "acidente" dele está sendo muito mal investigado, por causa de uma maldita grade que atravessou o corpo gordo dele.
Standford estala a língua e fica em silêncio, penso que ela desligou, mas ela abre a boquinha segundos depois:
— Tenho cara de pet da realeza Macay?
Fico confuso será que ela está drogada? Mas pensando na pergunta...
— O quê? Que tipo...
— Eu tenho cara de animal doméstico?!
— Ah você late demais. Pergunte a alguma das suas mulheres. — respondo soltando a respiração.
— Por que caralhos você acha que é só ligar, jogar uma tarefa dessas nas minhas costas e achar que eu vou fazer tal qual uma escrava?
Aprecio o tom da sua voz, mas respondo furioso:
— Primeiro que eu sou vossa graça, então mereço mais respeito. Segundo, você não é a porra de uma escrava, ou está esquecendo a cadeira que conquistou graças ao Conde aqui? Perdeu a noção Standford?! Só pode porra!!! Você até pode não fazer o que eu quero e assumir as consequências, mas não admito esse desacato!
— Supere! Eu não abaixo minha cabeça para meu pai, por que abaixaria pra você? Sou sua aliada, mas não sou capacho. Não confunda as coisas, não vai gostar de me ver como sua inimiga.
Coço a barba, estou puto desde meu casamento e se ela estivesse na minha frente, bom, não ficaria por muito tempo. Margareth é fria e calculista e este temperamento passional significa que deve estar abalada com alguma situação, ela está fora de equilibrio e consigo sentir isso no timbre da sua voz. Posso tirar vantagem disso, em todos os aspectos possíveis. Ela pode ser diferente, mas ainda é uma mulher vulnerável em algum lugar:
— Eu a vejo como uma parceira, muitas vezes uma mulher implacável e sanguinária, se eu nascesse com uma boceta seria igual você! Não, não tou te diminuindo, você tem mais visão que muito lorde medíocre. Mas a situação vai ficar feia para meu lado senão começarmos agir, precisamos dar atenção a esse ataque, você deve saber que ele aconteceu nas terras do Ducan, bem próximo das suas fazendas e lotes milady. Acho que pode ser um sinal de alerta e perigo para todos nós.
Seu silêncio é uma resposta. Alívio a garganta bebendo um pouco mais do café adoçado:
— Pode fazer essa averiguação?
— Um acordo... — ela arrasta a voz e já sei que lá vem, terrível e muito inteligente!
— Qual?
— Vou te entregar as informações e até mais, caso eu consiga entrar na máfia irlandesa, mas...
— Mas??? — limpo a garganta e afasto à xícara colocando-a no pires.
— Quero a supervisão do trabalho suplementar no gabinete do novo presidente do comitê da União! — isso é um sorriso na sua voz? Isso é a porra de um sorriso na sua voz!
Axel? Ela quer ter acesso ao Axel?! Hmmm pode ser bom da mesma maneira que pode ser ruim, instável coloquemos assim, mas não me importa. James está com essa missão e não resta mais nada pra ela.
— Não tem como, James exerce essa função.
— Ahhh — adoro a decepção na sua voz — Então eu posso divir com ele, você sabe que sou perfeita para o cargo.
Ela não vai ceder, é impertinente. Standford tem muito interesse em ir para bem longe da Escócia, a função exige isso. James não reclamou da nova posição, pois é um homem super adaptável e aposto que deve tá passando o pau em meio mundo do outro lado do continente.
— Muito interesse nesse cargo, não acha?
— Esse é o único que está acima do meu! — ela afirma, perspicaz. Faz sentido.
— Okay, não tenho problema quanto a isso, vamos fechar o novo acordo.
Nossa negociação é fechada em minutos.
Desligo o telefone e relaxo meus músculos pesados e suados devido às últimas horas de exercício. Sinto uma leve dor de cabeça e um pressentimento apertado, antes que meus pensamentos volte para minha Papoula, na proporção que ela tem estado aérea e recuando dos meus toques no banho, na hora de comer... Uma das serviçais do forte bate na porta acompanhada do mordomo.
— Vossa graça — os dois me reverenciam.
— Sim?
— O milorde têm uma visita, veio de longe, chegou a pouco no iate da família.
— Como? É impossível. Quem é?!
***
O espanto, pura perplexidade apoderou-se das minhas expressões severamente. Desço escadas, quatro andares abaixo até a frente da muralha de entrada.
O vento bagunça meu cabelo e corta minha bochechas, espremi os olhos para ter certeza de que estava enxergando com clareza a mulher de 46 anos, com aparência jovial e bem cuidada usando calças e sobretudo de alfaiataria, os cabelos preso em um coque e bem aquecida pelo cachecol, era ela mesmo! Entrando, autorizada, no meu forte e ficando cara a cara comigo, não por inteiro, pois ja havia me esquecido que desde quando me conheço por gente ela se nega a olhar nos meus olhos a não ser por conveniência.
— O que a senhora está fazendo aqui? E TRATE DE DIZER AGORA COMO DESCOBRIU QUE ERA AQUI QUE EU ESTAVA?! — imponho a pleno pulmões com o maxilar rígido.
— Ah por favor, não vai ao menos dizer "oi mamãe" e me tratar como uma nobre?! Eu tenho coisas a dizer, preciso contar tudo.
Franzo as sobrancelhas pego de surpresa e pressiono os lábios, quando finalmente ela me encara, olha nos meus olhos, eu congelo. É quase uma sensação nostálgica, me sinto pequeno, aquele moleque cheio de raiva. Mas nunca a vi desse jeito, embora esteja bem arrumada, o seu rosto está pálido e sem maquiagem. A aparência cansada se demonstra nos olhos pequenos envoltos em grandes olheiras roxas. Se a megera está aqui, parada na minha frente, e principalmente me fitando, eu tenho a certeza, a mesma da infância que o que irá sair da sua boca não pode ser coisa boa.
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