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sangue & obsessão | part II /51/

Tenho percepções que me reviram o estômago sobre o quão suja estou por dentro. Não é possível estar digna para alguém ao ter consciência de tudo que passei, com tantos homens e velhos nojentos que me fragmentaram.  Este lugar não ajuda em nada, a não ser à fortificar meus medos. Quantas vezes pensei em contar a verdade para o homem que amo, mas nunca tive coragem. Tantas. Agora sou Poppy, não sou mais Siena, não estou pronta para deixá-la emergir das cinzas. Relutante em pensar que finalmente chegou a hora e não posso mais adiar, relutante em pensar que, mesmo sendo Poppy, ainda fui estuprada, talvez diversas vezes quando estava na minha casa na Coreia, na proteção do meu appa e do meu samchon.

Choro me vendo cercada e tensa com o coração preso na garganta, é assustador, aterrorizante e mortal, não consigo manter os meus traumas escondidos dentro de mim. Quem sou eu de verdade? Uma fraude? Não consigo lidar com meus demônios. As chamas nas velas soltam estalidos devido a umidade, e esse som simples me assusta. Respiro fundo, dando um passo para trás, talvez este seja o momento de liberar a dor e a revolta presas em meu âmago, mas tenho medo.


Medo, medo, medo de morrer é a única coisa que sinto e vem de todos os lugares. Tenho medo porque quando olho para a tumba de mármore parece que os ossos abaixo estão me olhando de volta, estou sendo vista por almas penadas, por monstros, por todo esse lugar assustador que deseja um hospedeiro e minha alma.

Roselyn, não queria ser assim, me perdoa... Dale....

— E-me d-desculpe...

Não dou tempo para que me segure, quando viro meu olhar para ele sinto meu sangue congelar, o máximo que ele faz, empunhando a adaga com a lâmina afiada pingando nosso sangue, é apertar o maxilar, e me fitar de um jeito analisador. Eu absorvo essa energia maligna nos circulando. Estou tremendo, meu coração bate tão alto que posso escutá-lo, meus pés, tocando à poeira do chão, agem por conta própria, mais dois passos para trás e guiada pelo medo batucando na minha cabeça, em um último olhar, saio correndo em disparada da cripta, indo para os túneis, bem longe, querendo fôlego e proteção, correndo para escapar do terror.

POPPY!!!! VOLTE AQUI!!!  — A voz dele reverbera como um trovão, um rugido de leão.

***

Avanço em direção às paredes de ossos, abraçando-me com as mãos trêmulas para esconder o corpo praticamente nu agarrado aos trapos que sobraram da saia e blusa azuis, ao menos ainda uso a calcinha branca. Por algum estimulo de proteção tento caminhar no meio do corredor sem me aproximar das ossadas, não me atrevo a olhar ou tocá-las. Mesmo sem sentir frio, não tem como a espinha não arrepiar só de pensar que todos os crânios incrustados e empilhados formando extensas paredes de ossos são humanos! Eles não são falsos, pertenciam a alguém, mesmo que estejam aqui por algum propósito sagrado. Esgueiro-me em um novo corredor escuro, suspirando e procurando o portão, arrependida por ter agido num impulso, busco às luzes para encontrar a saída.

Por favor, por favor.... Preciso sair.


O som sibilante semelhante a sussurros e segredos confiados em línguas antigas e esquecidas percorre a catacumba a cada cinco segundos consecutivos, fora meus passos descalços e sorrateiros, não se ouve mais nenhum silvo, nem mesmo a voz de Dale que me chamou uma única vez. Temendo que insetos ou caveiras me machuquem e me agarrem pelos pés, acabo tomando o caminho errado que parecia fácil e entro em um túnel diferente, outro corredor, na verdade um vão com espaço suficiente para duas pessoas caminharem lado a lado, há pouca iluminação por lampiões que queimam trazendo um cheiro mórbido. Reparo nos fios de queima que interligam as luminárias, e vejo que é o mesmo sistema de queima por acionamento de indução de atrito automático e óleo, iguais os dos templos budistas. 

"Ai meu deus, não vou conseguir sair daqui. Não tem eletricidade, é como se eu estivesse presa no inferno onde alavancas acionam a risca da queima da pólvora e tochas e fantasmas surgem de todos os lugares."

Apenas a luz fraca e ambarina dos lampiões é suficiente para criar grandes sombras que avultam conforme caminho, ficando na ponta dos pés para não pisar em pedregulhos, franzo a testa e respiro pesadamente ao ponto de sentir enjoo com o ar abafado. Noto que as paredes estão cheias de buracos, comportando mais ossos e no final do corredor sem saída, choramingo vendo um grande símbolo pintado e descascando da parede.

Reconheço de imediato, a Cruz Celta  sendo formada por uma cruz sobreposta em um círculo. Foi uma das primeiras coisas que vi na minha pesquisa. Em suma, ela representa a junção dos quatro elementos essenciais para o equilíbrio da vida. O círculo representa o sexo feminino e a cruz representa o sexo masculino. Desse modo, representa a união sexual. Logo, consiste em um símbolo que retrata a prosperidade e fertilidade. Além disso, a Cruz Celta é comumente gravada ou esculpida em pedras, para a benção das terras. E, ela evoca o equilíbrio, harmonia, e a proteção dos Ancestrais celtas.

***

ESTOU PERDIDA!!! PERDIDA, PARA SEMPRE AQUI, PARA SEMPRE SOZINHA COM OS MORTOS.

Minha mão boa está suja de tanto tatear as rochas em busca de qualquer escrita nas paredes, quando vejo o mínimo de luz iluminando um canto eu corro para o lugar, mas logo grito de medo ao me deparar com mais uma galeria de ossos. Perambulando pelos cubículo encontrei um trono de ossos, esqueletos completos cobertos por poeira e teia de arranha que pareciam ansiosas por carne fresca! Além de mais esculturas fúnebres, lapides e caixões de pedra com o mesmo símbolo da cruz gravada.

Cansada de vagar no labirinto infinito, perdendo a esperança e faminta, caio de joelhos no centro de um túnel, ao bater as duas mãos no chão áspero soltei um grito de dor lacinante que ecoa por segundos, até parece que os espíritos que entremeiam o ar estão zombando de mim, imitando minha voz.

Fecho a mão em punho, aperto os olhos, gemendo de dor, o corte se abriu ainda mais e o sangue voltou a fluir.

Choro, choro, lamento e esperneio como uma criança que se perdeu dos pais.

Me p-perdoa Dale, e-eu pro-prometo que vou me c-co-comportar! — juro para o vazio, bem não totalmente vazio.

Não sei quantos minutos fiquei sentada no meio do túnel, na parte onde a meia luz ainda chega, abraçando as pernas contra o peito, chorando até cair em soluços e rezando para que Dale me tire daqui e me perdoe. Porém, num dado momemto, aguçando bem os ouvidos, os olhos arregalados, presos vendo nada além do negrume à frente... Escutei algo familiar, pavoroso e não assobios, e sim... às mesmas lamurias, os suspiros chorosos que escutava na masmorra, agora mais próximos, posso até identificar correntes esfuziando, arrastando.

Levantei-me sentido os pelos do braço eriçados, minha garganta fechada de medo, dei passos para trás, ouvindo os clamores incopressivos, se são de humanos ou de mortos não tenho certeza, mas posso afirmar que quem geme não deve ter língua porque a tentativa de falar, de pedir ajuda é tangível.

— Não... não....

Dando passos apressados ​​para trás, morrendo de medo de continuar no mesmo lugar, me viro pronta para correr e meu corpo simplesmente colide com uma barreira de músculos fortes e quentes.

Ergo o olhar do peitoral e abdômen viril para a expressão não tão animada do meu leão, meu rosto fica quente, mas sinto um alívio genuíno, libero todo ar dos pulmões, pronta para abraçá-lo, beijá-lo....

De repente, estou virada, minhas mãos presas nas costas e minha bochecha dói no atrito contra a parede dura.

— Dale... — tento me desculpar.

— Cale-se! — ele instrui, enterrando os dedos da mão cortada no meu cabelo enquanto a outra prende-me pelos pulsos, feito um policial mau capturando uma criminosa.

— Eu permiti que você fosse embora? Eu permiti?  — a voz gutural troveja.

— Não... Eu... — não sei o que dizer.

— Excelente! — ele puxa meus cabelos, ciciando os lábios no lóbulo da minha orelha, o hálito quente faz com que certas partes do meu corpo se contraiam. — Vou te dar uma lição para você aprender a nunca fugir de mim, esposinha travessa!

Ele move seu corpo pesado centímetros longe das minhas costas, ordenando-me para colocar as mãos estendidas na parede. Ainda ouço os alaridos de sofrimento. Será que Dale também ouve? Bem, se escuta está ignorando, terminando de rasgar minha saia. Com os restos de tecido caro largado no chão de pedras do túnel, sinto-me dominada, submissa, uma mão apalpa meu bumbum, amaciando, beliscando...

— Você vai contar cada tapa e não vai soltar nem um gemido! Entendeu?

Faço que sim, tudo para sair daqui! Tudo para ele me perdoar.

SLAP!

Ressoa um grande tapa, mesmo sabendo que ia bater não esperava que doesse tanto ao ponto da nádega queimar, e eu não consigo evitar gemer mordendo os lábios, a palma cheia estala mais uma vez com mais potência e eu não posso reclamar de nada porque estou sendo punida pelo que fiz, porque sou dele.

Estes tapas não são nada! NADA SE VOCÊ CAIR NAS MÃOS DOS MEUS INIMIGOS!

SLAP! PAFT PLAFT!

Mais uma estalada violenta, mais uma bofetada que arranca minha alma do corpo, atingindo duramente em sequência. Perdi a conta, mas ele não para, tanto que posso sentir meu bumbum, as ambas nádegas inchar.

— Pare de ser estúpida! OU SE FAZER DE ESTÚPIDA SUA SAFADA! A porra daquelas coreanos não tem nada de santos! São um bando de desgraçados!!!!

Uma bofeta intensa me fez arranhar a própria parede de dor e posso sentir algumas das minhas unhas quebrando próximo a carne, os cantos dos meus olhos enchem de lágrimas. Ele continua, brutal:

— Eles são a máfia, e assim como seu marido aqui... não tem um pingo de escrúpulos!!!

Acertando e acertado sem medir a intensidade de cada tapa na minha bunda, sinto a pele arder como fogo. Ele encerra estourando o tapa mais cruel que poderia me fazer curvar senão estivesse com os braços bem esticados e apoiados na parede:

— Na próxima vez que fizer isso caralho, na próxima vez que fugir e me assustar, vou fazer muito mais que espancar o seu rabo, vou te açoitar! Foder de tal modo, até que fique em carne viva! Vou te fustigar e flagelar até você gozar!!! Irei deixar sua boceta toda esfolada a ponto de não conseguir andar!! Sou seu marido, um pecador, o demônio que não vai te deixar escapar!!!

Nós dois respiramos apressadamente, meu peito quase descoberto toca as pedras, percebo que por um curto período esqueci por completo dos alaridos próximos. Seus lábios tocam minha orelha e ele pergunta ofegante:

Quantos tapas...?

N-não sei... — lamento, querendo colocar o bumbum numa banheira gelada para cessar a ardência.

Os lábios dele se alongam num sorriso modesto e termina prendendo meus cabelos curtos na mão fechada:

—  Uma mulher inocente está nas mãos do bestial Hu Park por culpa de suas mentiras, maldita! A parte mais doente disso tudo, é que você sabe que é a minha irmã, sua cunhada, e mesmo assim continua segurando suas merdas. Saiba que você me bater, querida esposinha, e preferir uma corja de parvos filhos de uma puta, me diz muito ao seu respeito! Poppy Macay você não tem mais escolha, se é que teve alguma quando pisou nas minhas terras, nos meus condados! Agora todas às suas verdades serão minhas por bem ou por mal! Prepare-se para receber tudo o que sou!

Antes que eu possa dizer uma única palavra, antes que eu possa me desculpar, ele me sufoca, apertando meu pescoço, puxando meu cabelo e me arrastando à força de volta para o quarto do túmulo de Aindan e Roselyn.

Fugir foi inútil, uma medida diferente da que costumo tomar quando estou com medo, mas ainda assim inútil.

Ele me trouxe arrastada, e meu corpo lutou a cada segundo porque eu sabia que ele estava me levando para a cripta, e eu só quero sair desse lugar, tomar um longo banho e comer.

Dale me libera dentro da cripta acionando as alavancas, uma grande e pesada grade que protege o sarcófago range conforme desce e finalmente atinge o chão. Não sendo o bastante, meu marido gira uma manivela estranha que possui correntes na lateral ao lado dos candelabros, e os portões de ferro pesados na frente da cripta se fecham, apresentando assim uma dupla resistência para qualquer fulga, nos isolando em um círculo mortificante.

Os meus ombros estão tensos, e em pé trêmula, analiso a tumba aberta com os ossos que restaram de um casal histórico.  Meu Deus, preciso aceitar aconteça o que acontecer.

"Voce precisa Poppy, você precisa." É o que Roselyn sussurra. "Renda-se a verdade que ambos abrigam em seu ser, e mergulhe na doce agonia de pertencer eternamente a mais pura ligação que existe entre a luz e a escuridão"

Ouço os passos sorrateiros do leão que me feriu, logo ele aparece atrás de mim, uma de suas garras puxam meus quadris e a direita segura a adaga de gume extremamente afiado que desliza na minha pele alva com tanta delicadeza para não cortar de imediato. Não nego meus arrepios, meus tremores, meus medos, o suor frio mesmo no calor mortal. Isso tudo transparece. Umedeço os lábios, Dale circula o meu corpo com a adaga deslizante e fica na minha frente, encarando-me  com suas pupilas  dilatadas refletindo o desejo pecaminoso de fazer coisas comigo num ambiente como este, de conhecer a leoa ferida. Em cada traço do seu rosto posso vê-lo saborear o medo avassalador que toma meu corpo. O monstro que habita no felino selvagem que tanto quer se rebelar, deseja se alimentar. E eu sou o seu alimento.

— Eu quero a verdade da sua alma e você terá a verdade que habita no meu interior.

Dale se abaixa, encostando um dos joelhos no chão, dou um passo para trás e ele me puxa de volta segurando meu bumbum dolorido, não sei se posso resistir...

Então ele roça um dedo por cima da minha calcinha, me olha nos olhos e usando a Adaga pressiona a lâmina no meu quadril, abrindo uma fenda horizontal perfeita. Mordo os lábios, suportando a dor latejante do corte 1ue chega doer na espinha, franzindo o nariz e querendo chorar, mas seus lábios são mais rápidos, o corte queima tendo o meu sangue sugado por sua boca. Gemo erguendo o rosto para o teto e vendo que não é totalmente escuro, algumas manchas formam com clareza a Cruz Celta.

Usando os dois dedos indicadores, Dale puxa minha calcinha para baixo, tirando-a e guardando-a no bolso, primeiro ele olha para meu rosto corado com o olhar de alguém que quer dizer :

"Aqui você é minha e eu posso fazer com você o que eu quiser"

Nesse instante a ponta da sua língua macia, junto com a sua barba beijam a minha bucetinha, formando círculos e brincando ali, tão devagar que me castiga!

Parece certo, parece errado! Fazendo algo assim com tantas testemunhas mortas e principalmente com seus ancestrais. As chamas balançam nos candelabros como se os espíritos que nos espionam estivessem gostando. Dale se levanta, e com um gesto, sem precisar dizer nada, eu sei o que ele quer que eu faça...

Ele abre a mesma linha fina de sangue com a lâmina em seu próprio quadril. Meu coração galopa no peito, prendo a respiração e me ajoelho no chão irregular, de frente para a tumba e os ossos atrás dela. Agora sou eu quem o fita e o vê saboreando seus lábios lascivos, então obedeço, experimentando o gosto suave, e ocre do seu sangue.

Vejo que a calça dele está apertada, escondendo uma ereção forte, o monstro que adora usar o meu corpo está vivo pedindo uma parte minha. Então, ousadamente penso em ajudar a libertá-lo, mas Dale segura meu pulso. Em um movimento rápido, sou puxada e beijada com força, quase engolida por sua boca que me estimula a uma entrega, um arrebatamento infernal, sua mão acaricia meu rosto selvagemente, arrepios crescem, sou tomada por sua língua e nossos gostos se misturam como vinho.

O medo é nutrido por esse sabor, por outra coisa que instiga e perfura por dentro, como posso ficar excitada aqui??? Ele deve estar com muita raiva para querer fazer sexo nesta catacumba.

— Está na hora da verdade, Papoula... —
Declarou interrompendo o beijo.

— O quê?! — questiono, sem fôlego. Os batimentos cardíacos aumentando.

***

Dale me pega no colo e me coloca dentro da tumba profunda e espaçosa contra a minha vontade, em cima dos ossos dos amantes, em cima dos mortos, sinto que vou mesmo morrer. Uma rajada de emoções muito fortes me pega desprotegida.

— Dale, por favor... Por favor não faz isso... Deus!!!

Gritei batendo e chutando a tumba, choro tentando não sentir agonia, o túmulo em si não é tão desconfortável, é bem acolchoado, mas os ossos, a sensação é letal e devastadora. Não consigo olhar para Dale, a tumba é profunda, mas o que me impede de verdade é o medo de entrar em contato direto com os ossos. Escuto ele tirar as botas e depois abrir o zíper da calça, por ultimo entra na tumba.  A luz alaranjada o ilumina com perfeição, completamente nu, excitado como um animal.

Peço para ele parar, grito, balanço a cabeça, tento me levantar. Contudo, ele briga com meu corpo, afastando minhas coxas, encaixando ali seu membro duro, quente e lubrificado. Segurando meu rosto com as duas mãos, tenta me tranquilizar usando seu olhar faminto, dilatado e perverso; ou melhor, tenta dominar-me como uma presa cuja o coração bate forte, cuja pele nua, exceto pelo tecido fino que ainda cobre os seios, está eriçada.  O leão rosna, lambendo a minha clavícula como uma leoa abatida, baixando as garras até o tecido que esconde meus mamilos endurecidos e rasgando-o como se fosse um pedaço de papel, calafrios percorre minha espinha ao sentir os ossos ao nosso lado se mexendo. Fecho os olhos, o membro dele pressiona, intumescido em minhas dobras sensíveis, abrindo-me, querendo explodir em mim.

Mmmm você é tão doce papoula, que eu poderia te comer viva! Você é minha luxúria, minha fraqueza, minha loucura. Eu vou te provar, te devorar, nenhuma parte do seu corpo ficará limpa, vou fazer com que você nunca esqueça o momento em que se render, farei com que nunca esqueça o quão forte te fiz e farei você gozar. — ele declara, me mordendo, apertando meus seios, arrancando gritos meus.

Por favor, por favor.... — soluço, suplicando. — Isso, isso não é uma blasfêmia...?

Ele sorri.

Não seguimos o catolicismo, sigo algo muito mais antigo neste mundo. Ahh Poppy Macay, deixe-me entrar, abra esses olhos e mantenha eles nos meus! Quero ver a porra da sua alma! Tudo!

Impulsionando o corpo poderoso, e com força, seu membro me rasga inteira por dentro, cravando cada centímetro latente no meu interior apertado, sinto como se meu ventre esticasse para recebê-lo! Eu sei que é sobrenatural, que esse fogo que incendeia da minha carne pressionada, molhada com seu pênis é fora do normal. Dale grunhe, geme, eu gemo e nossos olhos, os meus tão azuis e os seus tão amarelos se misturam em algum universo paralelo e é como se eu pudesse enxergar, sentir todo ódio! Toda raiva, ganância, poder, luxúria, gana e vigor maligno para torturar. Seu ser é mortífero, cruel e desumano! É isso que ele é, o monstro atroz que me faz subir pelas paredes, em outras palavras, me contorcer no túmulo ao dobrar o inferno dos seus sentimentos.

E como um homem possuído pelos piores demônios, ele mete na minha buceta sem piedade, estocando loucamente, cada arremetida quente e pulsante me faz viajar numa onda de prazer e medo, o som é livre e sensual. Meu corpo se choca, estremece, vibra! Nossos quadris oscilam de um jeito delirante, o nivel de prazer que sinto é indescritível! Mas junto com esse prazer, arranho sua costas, pois o medo não adormece, muito pelo contrário, sinto tanto pavor que fico insana! Os ossos abaixo e ao nosso redor, rangem e tentam me puxar para vagar nas profundezas, crânios duros e secos beijam minha bochecha, uma mão oussada e cadaverica tenta agarrar um dos meus seios e nisso eu aperto Dale, puxando-o mais fundo para dentro de mim.

Um furacão, uma avalanche de desejos degenerados, desejos assassinos de vingança, desejos sanguinários que despertam o pior contagiam meus pensamentos; sou instigada pelo gosto do sangue, subjugada pela dor e doutrinada pela loucura e pela crueldade, mas eu amo, eu amo e eu sei que esses sentimentos, essa fúria intensa não me pertence! 

Dale esfrega sua mão cortada em meu rosto, forçando a palma sobre minha boca, sinto o gosto mais forte do seu sangue e automaticamente um arrepio de enxurrada de sensações antigas acometem meus pensamentos. O sabor ocre misturados a sensação de não conseguir respirar com sua grande mão no meu rosto deixa o meu corpo dormente. Quando sinto que as lembranças estavam escorregando de dentro de mim, ele retira a mão que sufocava meus gritos, e reviro os olhos recebendo sua boca na minha, ele prende meu lábio inferior em seus dentes, saboreando-se, chupando e roubando minha energia. A penetração torna-se tão lenta que é torturante, meu sexo escorre, entrando no ritmo dessa dança sensual e sexual, rebolando, entregando-me.

— Mmmmm Dale.... Dale.... — sussuro gemidos nos seus lábios, os cantos dos olhos molhados e o suor descendo pelas costas.

Um ponto colorido aparece na minha cabeça, contraio minha buceta, esmagando seu pau e querendo mais, mais e mais, uma sensação perdida de melancolia, a verdadeira Siena em sua essência começa a desabrochar junto com meu orgasmo, tento pará-lo, mas não posso. Vem outra onda e outro orgasmo e com eles a feiúra e a perturbação da minha alma quebrada e amarrada.

Não não não....

Dale grunhe, uiva de prazer e de dor, seus olhos se arregalam assombrados, revigorados pelo ódio misturado com pânico, mas isso não o impede de dizer  que sou sua, que sou pra sempre sua e nenhum homem jamais vai me tocar depois disso! Seus lábios entreabrem, e sua expressão é semelhante a horror e algo mais... Ele mete com todas as suas forças, seu corpo parece dividir em dois. Ele geme agora um som de leão machucado, e sinto que ele me vê, que ele não só está dentro de mim, como eu estou deslizando de um jeito inexplicável para dentro dele. Os gemidos deleitados e paranormais dos restos cadavéricos que estão conosco na tumba parecem chegar  comigo no ápice do momento, no clímax transponível.

O terror a vergonha do meu espírito é transcendente. Do mesmo jeito que o senti, sei que ele possui, estimula e está mergulhado no medo, na angústia, no desprezo e na fome de amor e carinho que sempre andaram com Siena.

— PORRA!!! EU TE SINTO, EU TE SINTO....

Ahh Jesus, eu também sinto isso! E não consigo mais ter tantos orgasmos, não tenho mais condições de superar tantos sentimentos junto com o medo que acelera meu pulso. A ira dele, a ira da besta que se abriga está no ápice e parece rugir com seus dentes pontiagudos para tudo o que eu sou.

Não consigo mais segurar a essência sombria dentro de mim e muito menos a dor. Tudo é intenso demais, e acabo fazendo xixi em nós dois, poderia ser vergonhoso, até sujo, e minhas bochechas queimam na hora, choramingo, mas algo ganha vida em Dale, uma forma brutal, só escuto sua voz em pleno pulmões, rugindo de prazer, aumentando as estocadas e esfregando seu peitoral em meus mamilos machucados.

— SEU MEDO É DOCE! DOCE COMO O NÉCTAR DOS DEUSES E EU ESTOU VICIADO NO SABOR!!!

Flechas ardentes passam por nossos corpos e sinto seu membro explodir, bombeando dentro de mim, e mesmo que meus seios, cabelos e cintura sejam puxados pelas criaturas mortas, me permito derreter, escorregando na escuridão que pertence a Dale e Siena.

Tenho dificuldade de abrir os olhos, meu corpo grita, os cortes na palma da mão e no quadril queimam, sem contar que parece que minha bunda foi massacrada e dói muito ao me mexer. Pisco deliberadamente até focar a vista nas antigas paredes de pedra. Aquele som!!! Escuto aquele som de novo, choro, lamentações e arrastar de correntes.

Sento-me no catre de madeira suspenso por duas correntes nas laterais ligadas às pedras. Não estou mais no túmulo, mas ainda sinto o calor infernal que só a catacumba pode proporcionar! Estou numa espécie de quarto de carcereiro em alguma prisão? Vejo uma porta de madeira e uma porta de ferro com apenas uma fresta por onde o ar entra e sai.

Massageio as têmporas doloridas com os dedos, minha cabeça está perdida em confusão. Tenho marcas vermelhas e altas, hematomas espalhados na pele, abro as pernas na esperança de aliviar a queimação na virilha e, num curto espaço de tempo, levo um susto tão grande que quase caio do catre.

Quem é você? — Dale pergunta com uma das mãos no quadril e as sobrancelhas franzidas. Ele se afasta da escuridão total e a luz das velas ilumina seu rosto lanhando por algumas das minhas unhas, seu supercílio está machucado, seus braços arranhados, seu peitoral marcado por mordidas e suas costelas com arranhões profundos. Fui eu quem fez isso?!

Vendo minha boca entre-aberta, meu estado de choque, ele explica, caminhando em passos leves:

— Você lutou até o fim, mas eu consegui sentir sua essência, até enxergar a sua natureza, agora eu quero as respostas? Quem é você?  — Dale termina, limpando a garganta e enterrando as mãos no bolso da mesma calça que usara na cripta.

Eu poderia dizer que ele está blefando, mas lembro de tudo, lembro de como cedi e senti o que ele é! E como ele é ruim, tão ruim! Não vi nem um terço da maldade dele antes disso, mas senti o quanto ele é sanguinário e macabro. Porém em meio a sua escuridão quente e ácida, percebi que a besta que alimenta de horror me ama! Penso que talvez a única coisa que faz um monstro como ele ceder seja o amor, então eu entendo, entendo tudo que passou.

— Eu sou Poppy Mac...

NÃO. Você não é! Essa pode ser a sua máscara, mas você é tudo menos isso que demostra na minha frente. PORRA, Eu acabei de experimentar! EXPERIMENTEI TODA SUJEIRA, TODO MEDO, VERGONHA, DESESPERANÇA E INQUIETAÇÃO QUE EXISTE NO SEU ESPÍRITO! Merda! Sua alma pinga amarguras, sofrimentos contaminados por pesadelos e uma dor dilacerante!

Olho para baixo, encolhida no catre, enquanto os soluços assomam tremendo meus lábios.

— D-D-Dale...

Ele ri, angustiado, como se estivesse rindo da nossa própria desgraça antes de falar para si próprio:

— Ela sabia, porra ela sabia...

Fico aflita imaginando do que ele está falando, e querendo saber quem sabia de quê?

— Dale quem sabia? Do quê está falando? — questiono perdida e ainda impactada com tudo que vivi.

— Aquela bruxa louca da minha mãe sente uma alma fodida a quilômetros de distância, ela sabe quem você é, ela me perguntou se eu estava preparado para o que você tinha pra mim, pensei que sim! Pensei que fosse....— ele fala passando as mãos no cabelo grande e desgrenhado. — Acho que a bruxa sabia que você iria descaralhar minha cabeça de uma vez por todas!

Deixo o conforto do catre indo em direção as portas, incomodada por estar só de calcinha. Minha reação diz tudo, mas isso não importa pra ele.

— Eu preciso que me conte tudo que esconde. Você me sentiu, Papoula. E agora vai ver também. Estou arriscando tudo, mas já que estamos ligados de forma inquebrável, vou te mostrar todas as minhas partes. — ele fala calmo e de um jeito que faz palpitar meu coração.

Com mais alguns passos estou de frente para a porta de madeira, e viro a maçaneta de um lado e para outro, trancada!

As mãos do meu marido envolvem minha cintura. Trinco os dentes sentindo o seu nariz roçar na minha cabeça, inalando o cheiro do meu xampu, se é que ainda cheira.

Dale é mau, muito mau.. ele é o mau puro e borbulhante como o inferno. Ai Jesus, como não percebi que o monstro por qual me apaixonei se alimenta não só de medo, mas também de morte??

Respiro com dificuldade e esse novo elo estranho mas pulsante que nos interliga, faz com que o meu medo e receio escorregue para ele, e mesmo que ele esteja com raiva a sua hesitação derrama sobre mim. 

Porquê ele está hesitando? De quem são esses barulhos?

Forço a maçaneta novamente, e ele fala no meu ouvido:

Não tão rápido... —  informa, abrindo a porta de ferro ao lado e libertando de vez o som malidto que vinha dali.

***

Me semblante se transforma em puro horror, cruzo os braços na frente dos seios, para escondê-los, na mesma hora.

Dale me empurrou para o que parece ser uma enxovia muito antiga, ambiente subterrâneo que servia além das masmorras para os piores criminosos serem torturados. Tanto que a parede no final da sala é brilhante com estaligamites crescendo no teto, isso é a prova que estamos na orla do forte e que atrás das paredes rochosas a unica coisa que podemos encontrar é o fundo do mar.

A cena que vejo parece ter saído de um filme de terror, muito pior até. As inúmeras celas pequenas, com homens sem membros, acorrentados, amordaçados, alguns sem língua, outros amarrados por cabos sendo eletrocutados por correntes brandas a ponto da carne feder a queimado. Tudo é terrível de se olhar por mais de dois segundos. Na parede final, a qual forço meus olhos a distinguir formas, tem barris que exala um fedor podre e carniceiro. As celas são sujas por um tom amarelo e marrom, e o cheiro de fezes, excremento é tão asfixiante que me pergunto como posso resistir e não morrer de tanto vomitar, meu estômago contrai no mesmo segundo.

— Dale.... D-Dale... — gaguejo sem palavras.

Vários instrumentos de tortura estão espalhados no ambiente iluminado por refletores ofuscantes que lhe conferem uma aparência luminosa a ponto de se perder no tempo.

Dale vira para mim e fala lentamente:

— Aqui é o meu parque de diversões. Sei que você sentiu minha ansia, no momento que nos conectamos, os seus olhos sempre amedrontados e receosos se tornaram assassinos. Eu vi, eu te fodi enquanto você lutava de maneira cruel com meu corpo. Você mordeu, arranhou e estapeou o meu rosto quando estava sendo tomada pelo o que eu sou, e em troca você me deu um medo congelante, degradação, aflição e um pânico tão incrustado no seu ser, que me causou dor, muita dor...

Ainda me encarando e vendo o medo se espalhar, eu sinto sua ansiedade, ele quer algo, ele deseja algo me trazendo a esse pedaço do inferno.

— O que.. que é esse lugar?

Soltando um sorrisinho, responde encarando-me diretamente.

— Um pequeno poço do inferno, o covil Macay. — Ele diz abrindo os braços e rodando no mesmo local apresentando aquele ambiente horrível.

Dale pega minha mão com o corte, entrelaçando nossos dedos. Quando nossas feridas se conectam, é como se um choque elétrico bombeasse meu sangue, e no mesmo momento sinto o prazer que ele sente ao ver esses homens sofrendo.

Mesmo querendo me soltar não consigo, pois meu marido me apresenta cada dispositivo de tortura, seus experimentos macabros, me diz que esse é ele internamente, e que esse lugar é apenas uma parte de toda matança que ele tem causado.

O prazer errado e prejudicial entra no meu corpo, e essa conexão puxa algo de dentro de mim. O sentimento que tinha quando era criança e não tinha escolha a não ser estar acorrentada a uma parede comendo minhas fezes e vendo aquele demônio do Fargus molestando o corpo putrificado da minha mãe.

— Da-Dale..

Ele soltou nossas mãos e fez uma pergunta retórica: 

— Você poderia aceitar o que eu sou? — A questão é que já não faz mais diferença, estamos ligados para sempre.

Tenho ânsia de vomito, fico estantaneamente enjoada ao reconher os rostos dos homens, aqueles que estavam no dossiê que me mostrou!

— Ninguém que te tocou vai ficar vivo, e isso não é uma simples ameaça, é uma promessa papoula!

Balanço a cabeça, sem coragem de encará-lo, lhe dou as costas ganhando tempo ou ficando ainda mais apavorada. Meus Deus, para onde olho vejo sangue, fios de arames elétricos, martelos e pedaços de homens, cabeças, braços, moscas circulando toda uma coxa esverdeada. Dale é desumano, o demônio de olhos amarelos que não reconheço. E todos esses homens que ficaram enfermos, gritando sem conseguir falar, começam uma música doentia de "Ahhheeeewwwwooohh" chorando, num cruel e eterno padecimento.

— Nossa conexão é real, pois sinto todo o seu medo! Quando estou com raiva, este é apenas um dos lugares onde expresso meu ódio. Sou capaz de tudo, desde que me entendo como pessoa. Sou parte disso, e a parte violenta e sádica que se alimenta da desgraça e da fatalidade.

Ele da um passo na minha direção, e eu caio de joelhos no chão, aos seus pés. Sentido o vômito bater na garganta eu tusso, tusso e tusso.

Há uma batalha interna na minha cabeça, duas partes brigando, uma porque quer ser revelada e a outra para me confortar, ou pelo menos tentar.

Adivinhe qual eu poderia escolher?

A verdade é que talvez eu prefira que Dale me odeie ao me ver como realmente sou, mesmo enxergando toda sua podridão, ainda o amo demais para preferir que me deteste pelas mentiras do que enxergar que a realidade é muito mais podre. Se eu contasse sobre as trevas dentro de mim ele ainda me olharia como se eu fosse o sol?

Pela primeira vez desde quando me feriram eu sou corajosa e grito fuzilando os olhos dele:

— Agora é a minha vez!!! EU VOU FALAR,VOU TE CONTAR TUDO DESDE O COMEÇO! E você tem que me escutar... Lidar com a miséria, a miséria que sou e sempre serei!!!! — Me revelo rangendo os dentes, o peito agonizando com uma pontada e deixando a dúvida que nos abala se espalhar. — E então tenho certeza que você não aceitará o que eu sou. Porque a podridão nunca é bem vinda...

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