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quarenta minutos /15/

A proximidade dele inebria minha percepção da realidade. Seus lábios tão perto dos meus fazem meu corpo ascender em reações estranhas, tudo o que consigo identificar é o gosto cítrico que ele carrega em sua língua.

Beijos... beijos calorosos.

Nunca pensei que um dia iria almejar algo tão assustador e delicioso como essa fusão. Nunca havia sido beijada dessa maneira, nunca fui beijada assim... De uma forma que muda totalmente a atmosfera ao nosso redor transformando-a em chamas acolhedoras feito uma fogueira no inverno. Posso afirmar que fui vítima de situações degradantes, de esfregar odiosos de beiços putridos e sujos. Os vermes rastejantes do meu passado foram criativos em muitos aspectos, mas ainda sim, não estragaram o poder desse singelo toque.

Suponho que o beijo seja algo sentimental e que envolva carinho, portanto nunca tive meus lábios acariciados como ontem a noite em seu castelo. A promessa que o ruivo emite nesse momento faz meu interior latejar de expectativa. Meu tio Joon está na porta, muito próximo, por mais que tenhamos privacidade e estou sendo envolvida, não quero que ele pense mal de mim. Não desejo que titio veja. Sei que appa  concordou com o fato do Conde ser meu amigo, mas será que isso deve ser permitido na nossa amizade?

Meus pensamentos se perdem quando  ele segura com sutileza minha cintura por dentro do casaco. Um arrepio desce em minha espinha e me faz gemer. A seda fina não impede que eu aprecie o calor do seu corpo e toque possessivo sobre minha pele. O calor se acumula no meu interior ao ponto de expandir para o lado de fora e fazer minha cabeça girar. Percebendo meu estado de possível inconsciência, escuto a voz distante do conde fazendo eco em meu tímpano:

— Papoula, onde você está? Fique aqui comigo, lembre-se que somos amigos e que meu toque é o seu toque sobre o meu.

Como assim, o seu toque é o meu toque? Será que ele está dizendo que somos um só? Mas eu só o conheço à poucos horas.

A voz rouca e sombria do leão vermelho toma forma sobre as sombras das criaturas nefastas que transitam em minha mente. Mais uma vez ele ganha com seu rugido o espaço dentre meus medos e, como se estivesse recebendo a primeira lufada de ar depois de estar submersas em águas geladas, abro meus olhos e encaro a lava escaldante das suas íris pegando fogo, os olhos ferventes me aquecem dentro dessa escuridão que estamos imersos.

— E-e-eu estou aqui, Vossa Graça...

—  Está? — provoca faceiro.

Assinto tendo sua língua deslizando sobre meus lábios em um convite descarado para entrar na minha boca como há horas atrás em seu castelo. Fico sem reação por alguns segundos. Firmo o olhar em desespero na direção da porta de mogno que esta fechada, mas ao mesmo tempo tão próxima de nós com a presença de meu sumchun.

—  Não olhe para nada além de mim! — ele profere com firmeza beijando as maçãs do meu rosto de modo que a boca aberta me faz sentir o calor de sua língua.

Minha respiração se apressa imediatamente ao experimentar seu hálito delicioso deslizar calorosamente alcançando meu queixo e por fim meu pescoço até o lóbulo da orelha.

— Lembra das caricias dos leões? Você lembra minha papoula? — ele me faz recordar dos dedos grossos tateando sobre minha pele, sobre meus peitos.

— Si-si-sim... Sim.

— Que bom, agora mesmo quero te acariciar por completo e ter você em minhas mãos do mesmo jeito de ontem. Senti saudades, não quero ficar sem a nossa amizade. — seus lábios sussurram sensualmente em meu ouvido, fazendo cosquinhas dentro da minha barriga igualmente borboletas dançando, minha pele arrepia exercendo comando para  minha calcinha ensopada. 

Ai meu Deus, será que farei xixi novamente?

Em um ato de preservação o afasto e fico nervosa apertando as pernas. Ele me encara curioso e digo envergonhada com os lábios trêmulos:

— Desculpa, mas...

— Mas o quê?

— Você deixa meu corpo estranho é-e-e não quero fazer...

— Não quer fazer o quê Poppy? — sua voz se torna mais grossa e mais sombria.

— Desculpa. — peço soluçando, e ao mesmo tempo voltando o olhar para a porta ao nosso lado em um conflito interno se devo sair ou ficar e não causar problemas para Appa.

Sei que essa amizade é uma forma de meu pai ver que sou capaz de ser um pouco normal. Não posso ser internada, ficar longe dele e do seu carinho. Tenho problemas, mas não sou mais maluca igual ao período que passei com aquele monstro e aquela velha cruel.

"WHAP! WHAP!
MENINA MALVADA! MENININHA MALVADA!"

Respiro com dificuldade, lágrimas de dor rolam por meu rosto ao lembrar das inúmeras chibatadas que levava nas pernas até ficar cortada, açoitada dias e noites por Dona Shoi, a respiração acelerada do Conde me traz de volta, abro os olhos devagar para encarar a minha derrota e possível desdém estampado na bela face sardenta de olhos de fogo. Porém tudo que eu vejo são fendas amarelas acesas, e suas lindas sardas fazendo contraste com seus lábios grossos rosados e sua pele esquentada. 

Será que ele está com calor, ou ele está com raiva de mim?

—  Não fi-fique bravo comigo, por favor...

Sua proximidade lenta, seu perfume, faz minha calcinha ficar ainda mais escorregadia até que o mesmo pega meus dedos com cuidado e murmura quase como se quisesse controlar algo forte e perverso dentro de si, essa percepção me faz tremer e, em um ato de reflexo o ruivo a minha frente geme rouco entre os dentes:

— Você está tremendo de medo? —  me pergunta com seu olhar devorador.

— Não consigo controlar.. — respondo  envergonhada, minha calcinha encharca com a visão da sua boca em beicinho e as lembranças do seu quarto no luar.

— Hmmm... não precisa se desculpar papoula, quero saber por que aperta as suas pernas deste jeito? Você quis se mijar de medo como da última vez?

Olho para seu rosto corado, e não entendo a sua reação. A timidez toma tudo de mim, fico vermelha e lágrimas salgadas molham ainda mais o meu rosto. Deixando-me surpresa, ele me pega em seu colo com força e senta-se em uma das poltronas fixas que existe na sala de jantar privada.

A forma como ele me embala em seu colo, afaga minha coluna e pescoço é diferente. Não consigo controlar os tremores, mas ainda sim, é distinto de qualquer outra coisa que senti. Não existe apagões e muito menos surtos psicóticos. Muito longe disso, fico hipnotizada pelos movimentos deliciosos e provocantes. É como se eu fosse uma massinha de modelar em suas mãos grandes, ele sabe fazer os movimentos certos em minha pele para me deixar melhor e mais mole.

— Diga para mim tudo que você sentiu.

Mordo o lábio inferior em receio, todavia antes que eu pronunciei, ele puxa com firmeza, mas não a ponto de causar dor e sim furiosos arrepios, os fios que ficam em minha nuca. Abro minha boca em um grito mudo por causa do susto ao mesmo tempo que ele ataca meus lábios, agora sua língua macia com gosto de café me preenche por completo. Eu não sei como fazer, mas ele conduz com veemência nosso beijo. Entre lambidas e chupadas, ele fala quase ofegante.

— Não consigo evitar beijar essa sua boquinha gostosa. Alguém já te beijou papoula? Alguém tocou essa língua antes de mim?

A sua pergunta me faz gemer de dor pelo passado, nossas bocas se encaixam de uma maneira que me faz questionar que o ato de Fargus era um beijo mesmo ou na verdade era uma violência, mas não sei se ele entende por que logo ele me morde de um jeitinho indescritível. E lembrando de suas palavras no noite anterior, menciono parte da verdade.

—Eu... eu... nu-nunca beijei ninguém. Não tive alguém para fazer carinho em minha boca. Não tenho amigos... — a  dificuldade em minha voz tentando entender sua pergunta, então continuo. — Estou fazendo errado?

Sinto o beijo se aprofundar, sua língua adentrar com mais intensidade,  nossas bocas se colidem com tanto fogo, seu corpo me abraça com tanta vontade. Suas mãos sobem por minhas coxas deixando todos os meus pelos eriçados, o medo vem como uma torrente gelada e involuntária apesar da nova sensação, meu corpo grita de desespero em uma tremedeira sem fim.

— Shiii... calma minha linda. — ele me  tranquiliza lambendo minhas lágrimas como da ultima vez. — Eu não vou te machucar, eu só quero te acariciar de novo. 

Beijos pequenos e demorados escorregam por meu e pescoço, sinto seu carinho e sua vontade de me deixar tranquila com seu toque. Ele fala tão baixo, que penso ter escutado tudo errado. Porém ele repete suave e gostoso de novo no pé da minha orelha:

— Vamos fazer assim, eu toco em você só para saber se está prestes a se mijar, e depois em deixo você me tocar um pouco, o que acha? Lembra disto?

Observo seus olhos brilhantes e que demonstram certo mistério,quando penso em morder os lábios em frustração, ele chupa e morde de levinho o lábio inferior. 

— Só eu posso fazer isso agora. Será nosso código de amigos.

— Código de amigos?

— Sim, e... — sua mão boba começa a subir entre as minhas pernas, enquanto uma me abre a outra toca com delicadeza a parte interna das minhas coxas levantando meu vestido. —Esse continuará a ser o nosso segredo. Quero tanto ser seu melhor amigo papoula. Você deixa?

Enfrentando meus medos digo baixo sobre seus lábios:

— Não toque lá... você sabe onde....

—Por que? Não gostou de ontem?

— É que... e se você me machucar? — tento não gaguejar.

Sua respiração muda e seu olhar ganha uma forma da qual aprendi a reconhecer os sinais. Ele está desconfiado, a minha sujeira está começando a aparecer para ele e não posso deixar isso sair. Fargus nunca colocou aquela coisa nojenta dentro da minha vagina, ele disse que isso era para quem pagasse mais. Depois que fugi de suas mãos, descobri o quão suja essa parte do meu corpo é, mesmo que ninguém a tenha machucado por dentro como meu bumbum e minha boca, ainda sim, ela foi infectada pelos toques dele. Pensando nisso não quero que ele sinta minha podridão.

— Alguém te fez mal aqui? — ele pergunta agora segurando meu sexo e acariciando, gemidos escapam de mim.

— Não! — respondo assustada, e falo rápido com vergonha de mim mesma e da minha sujeira como ser humano. —  Você vai su-sujar a mão com xixi...

Isso o distrai e admiro sua expressão misteriosa e opulenta. O Conde afasta com cuidado a minha calcinha para o lado, me sinto exposta. Com a outra mão ele brinca com a sinta liga na minha coxa. Sua boca carnuda se conecta com a minha que está tremendo.

— Alguém te machucou nessa parte?

O meu coração acelera temendo tudo que poderia acontecer comigo, gemo a única coisa que poderia colocar para fora nesse momento:

— Eu.. eu... —  enquanto tomo coragem assisto seus olhos de fogo crescer em labaredas flamejantes, minha garganta trava, mas ouso expulsar um dos meus pequenos tormentos passados em minha infância. — Antes de Appa me buscar, eu e muitas me-me-meninas tínhamos que lavar nossa sujeira para não ofender os deuses. Sra. Shoi sempre dizia que meninas são imundas, nojentas e precisam se purificar. Ela mandava nos esfregarmos até nossa pele arranhar e arder muito. Machucava demais, principalmente entre as pernas, onde ela dizia que nós meninas somos co-contaminadas. Então igual as outras, eu tinha que esfregar com as esponjas ásperas muitas vezes até estar li-limpa. Depois tínhamos que usar calcinhas diferente, com cintos estranhos, para estarmos bem com as vontades dos Deuses. Eu me-me recusava e e-e-e-ela, ela

Sua respiração mudou e sua mão que estava parada antes, começou a alisar meu sexo em uma carícia semelhante a um afago. 

—  Na infância você usou cinto de castidade?

— Não sei dizer, mas havia um cinto e ele não nos deixava descoberta.

Assisto-o sério me perguntando com um tom curioso.

—  Você usaria um de novo algum dia? Um que fosse bonito e um presente?

Perdida com tal questão sinto um medo triste acertar meu peito:

— Por que? Vo-você me acha sujaaa?

Vendo meu estado, ele dá selinhos doces em meu rosto e fica um tempo murmurando coisas tranquilas antes de falar:

— Isso aqui não é sujo. — afirma alisando o meio das minhas coxas. — Aquele lugar de merda que era imundo.

Suas palavras me deixam espantada, o cafetão sempre disse que eu era uma putinha nojenta igual a minha mãe. Penso que o conde não sabe ver a sujeira direito. Não ainda.

— Eu estou...

— Você está molhada, sabe o que é isso?

— Não queria fazer xixi, mas quando estou perto de você essa parte quente sai de mim e depois..

—  Depois você pode gozar para mim. — ele completa conectando nossas bocas — Não me importa se você se mijar toda enquanto estou lhe acariciando. Até porque, pensei que nunca diria isso para alguém, mas sendo essa reação primal que arranco de você, eu aceito ninfa. Ahhh como aceito. Estarei disposto a tudo para beber sua essência.

— O que?

— Seu medo é sua pureza, e sua pureza é um tormento requintado, do qual eu vou me esbaldar de verdade. Agora eu quero que você fique quietinha, porque preciso sentir você vindo em meus dedos e depois deixo você me sentir devagarinho...

Não consigo entender nada, mas sua mão faz os movimentos gostosos e quando dou por mim, minha boca está tomada pela sua e sua mão desliza para cima e para baixo fazendo ondas em minha mente e criando calor por todo meu corpo. Escuto ao fundo vozes em coreano e fico assustada, mas seu sussurro em minha pele faz tudo sumir.

— Só existe eu e você aqui papoula, esqueça o resto, esqueça tudo, só existe nós dois. — sua fala me joga para esse momento de emoções e meu corpo é eletrizado, seus dentes de leão arranham a pele do meu pescoço, mas nada é dolorido e sim delicioso. Quando percebo estou explodindo em sua mão e meu gemido é engolido por seus lábios ferozes.

Quando os soluços de ondas de prazer passam, o sinto escorregar por meu corpo fazendo uma trilha molhada e  deliciosa na minha intimidade. Ele não para de lamber o meu caldo perdendo total noção de tempo, eu fico atordoada, sentindo o suor escorrer por meus seios e costas. Estamos em uma massa tórrida preciso me segurar para não gemer alto, ele sobe até minha boca e me faz provar do meu gosto mesclado ao seu, seus olhos estão florescentes e poderia iluminar a escuridão mais espessa que possa surgir ao nosso redor.

— Você tem gosto de nuvens e luz... porra você é deliciosa!

Artudida, e sem graça questionono automático.

— Sou?

Ele ri e, como se pressenti-se algo nos levanta e ajeita a minha roupa, sua precisão e seu cuidado de me deixam impecável, estou mais sensível e até mais conectada com esse homem forte, lindo e de uma monstruosidade até então desconhecida.

Tudo é tão rápido, que assim que nos sentamos novamente e ele entrelaça as minhas mãos nas suas, a porta se abre de supetão e meu tio encara a cena com desagrado. Joon mira fixamente nossos dedos ligados, meu sorriso que antes era vibrante  morre por completo ao examinar o semblante mortal de Joon.

Retiro minhas mãos da do conde amuada, mas de imediato o Conde as pega e declara em um tom gelado e quase indiferente ao meu titio.

—  Ainda não terminamos. Kang me disse que tenho autonomia de estar com ela, pelo período que ambos quisermos.

Sua afirmação me deixa surpresa e indecisa, já que meu tio o despreza analisando-o, reflito com o peito subindo e descendo  no que fiz a pouco tempo. Tentando amenizar a situação estranha falo com o homem na porta:

— Tio Joon, aconteceu algo?

Ele desvia os olhos maléficos do ruivo e fala calmo e até levemente preocupado comigo:

— Poppy precisamos ir, seu pai teve uma pequena emergência e acredito que gostaria da sua presença no hotel. Depois o Lorde Macay pode organizar algo mais formal com meu irmão.

A atmosfera da sala esfria tanto que parece que toda a mobília que antes era acolhedora e sedutora, passou a gelar e petrificar os meus ossos.

Em uma reação ensaiada, levanto para ir na direção dos soldados e de sumchun, que está me aguardando em posição, todavia o Leão  diz em tom de ordem:

— Vou levar a Srta. Hu Park para o hotel. Acredito que seus homens e até mesmo os meus podem fazer uma escolta segura, e o senhor, claro como um bom tio que é, irá resguarda-la como um bom cão de guarda. Ahh claro, todo respeito, são apenas referencias europeias, nada mais.

Não tenho certeza, mas  percebo um sarcasmo vindo do ruivo ao meu lado, e tenho para mim que ele não sabe com quem está brincando. Tentando intermediar essa situação digo um pouco receosa:

— Tudo bem Vossa Graça, eu posso ir com meu tio. —  escutando minha resposta ele toma o cuidado de não me tocar sobre o olhar de outras pessoas, mas entra na minha frente e retruca sedutor parecendo um novo segredo, somente de nós dois.

— Vossa Graça não, apenas Dale. Para você sempre Dale, papoula... — ele se aproxima mais em um sussurro. —  Da próxima vez que a tocar, quero ouvir meu nome em seus lábios...

Fico congelada ao mesmo que meu  rosto ferve. Ele me analisa e um sorriso maroto cresce. Sem reação a sua fala, sou pega de surpresa por suas próximas palavras:

—  Vou leva-la. Tenho um trato com seu irmão e acredito que não queremos quebra-lo.

Tudo fica mais lento depois da sua frase,  como se a opinião das demais pessoas ao nosso redor não servisse para nada, o Conde, ah... conde não, Dale! O Dale, abriu passagem para mim, e fez com que passasse a sua frente e me levou na  direção de um carro lindo e clássico fora do restaurante.

Ele abre a porta para que eu entre e depois ocupa o banco ao meu lado, ele diz sereno agora que estamos protegido pelos vidros escuros:

— Agora temos vinte minutos no céu papoula. Já brincou disso antes?

Balanço a cabeça negando. E com um sorriso gigante de Cheshire ele diz rouco.

— Ahhh como eu estou ficando viciado em primeiras vezes...

Depois de passar vinte minutos beijando e sentindo meus dedos correndo sobre o rosto, braços e peitoral de Dale no banco do carro, enfim chegamos ao hotel. Ele estaciona e me preparo para descer, mas sou puxada novamente para seu colo, e recebo um beijo tão febril que arranca o ar dos meus pulmões. Quando nossos lábios se separam, estamos em um transe tão potente que acredito que tudo ao nosso redor deixou de existir.

Ele morde meus lábio inferior e responde de um jeito gutural:

— Você tem quarenta minutos para arrumar suas coisas. Seu pai já deu seu aval para nossa viagem e passeio. Não vou esperar mais...

O choque atravessa minha face, e ele ri da minha expressão perdida.

— O que foi? Pensou que não estava falando sério sobre leva-la aos lugares mais lindos  do mundo?

— E-e-eu não estava esperando.

— Bom, agora você sabe que só tem quarenta minutos.

— Não consigo arrumar as minhas malas em quarenta minutos. Nem sei quanto tempo ficarei fora.

Suas grandes mãos mais semelhantes a patas de leão, tomam as minhas e sua fala baixa e seu olhar insistente aprisionam toda minha atenção.

—  Poppy, pegue somente o necessário. O restante eu compro para você, não se preocupe com isso. — derrubando beijos em minha pele ele termina — Vá depressa Papoula, não sairei daqui sem você.

Nesse momento ele me libera e em um estado de embriaguez saio do carro, quase cambaleando.  Percorro o saguão do hotel e entro em minha suíte quase  desorientada. Pensando em tudo que aconteceu nessas ultimas horas, juro que estou em algum filme onde os monstros existem, mas um portão mágico os aprisiona para fora do castelo. E durante esses poucos momentos que estive com Dale, isso me faz pensar que seu poder é grande demais para o meu psicológico.

Indo até as minhas malas, sou rápida em pedir para Stela preparar o necessário para um semana longe. Em menos de dez minutos tudo está pronto, caminhando até a minha escrivaninha pego meu kit de pinturas e lápis de desenhos. Retiro meus cadernos que sempre mantenho escondidos em algumas bolsas e verifico todos os papeis dentro dele.

Sei que poderia deixa-los aqui, mas não consigo. Desde que descobri essa paixão há dois anos atrás, eu guardo cada folha como um pequeno tesouro. Meu tesouro...

E menti para  Dale na noite passada quando disse que não guardava segredos do meu Appa. Esse é um dos meus primeiros segredos, ele é inofensivo e por isso achei melhor manter comigo, mas ainda sim é um segredo.

Acredito que sou insignificante para várias coisas, mas posso afirmar que mesmo os meus desenhos sendo horrendos, suas linhas me trazem um pequeno conforto e alegria. É como se eu pudesse trazer beleza a um mundo feio e cruel quando estou enlouquecendo.

Guardando meus estojos e pastas junto com minha mala, resolvo ir até Appa me despedir, só falta cinco minutos para o prazo limite do conde. Quando chego a porta que divide as nossas suítes, escuto meu pai e meu tio conversando de maneira exaltada. Sua discussão sooa rápida e o coreano levemente agressivo.

Você não pode estar em suas faculdades mentais, se deseja colocar sua filha nas mãos de um playboy egocêntrico. Kang ele é a escória com titulo de nobreza!

  Não levante a voz Joon! Não quero você levantando falso sobre minha preocupação com minha filha. Poppy precisa de alguém além de mim, e ela necessita se relacionar de verdade. Seus traumas estão dando espaço para que ela progrida, e não vou admitir que duvide de minhas atitudes.

Ouço alguém bufando e por fim escuto meu tio.

— Ela é frágil, e colocar nossos homens ao seu redor não é o suficiente para evitar uma merda fora do lugar. Você sabe disso! Por que agora resolveu mudar sua decisão de reclusão? Por que alterar as coisas??

—  Joon, eu amo a minha filha, e por ama-la além da minha vida que estou fazendo isso por ela. Nós dois sabemos que Poppy é uma oegug-in, em nosso núcleo ela sempre será uma oegug-in. Não viverei para sempre Joon, e preciso olhar por ela enquanto tenho energia para escolher alguém que cuide de todas as suas peculiaridades. Ele foi paciente, apesar da soberba que carrega. E depois um conde é algo muito maior e melhor do que um soldado da nossa organização.

— Poppy nunca seria de um dos nossos soldados! — meu tio afirma com tanta certeza, que eu acredito no que diz.

— Meu irmão, mesmo que você fique em meu lugar, você sabe como funciona o conselho e como tramita a nossa família sobre nossos bens. Nossa dinastia pesa consideravelmente e nae ttal não terá chances após a minha partida.

— Ela será minha! Depois que você partir...

O quê? Do quê está falando Joon? — meu pai questiona agora com uma voz cavernosa.

Minhas pernas tremem, sinto que posso cair, cair literalmente.

Ela será minha para cuidar e encaminhar meu irmão. Pensei que fosse isso que iria querer como uma promessa de devoção ao nossa laço sanguíneo.

Meu coração bate como louco e minhas mãos estão suando de tensão. Tudo isso está acontecendo porque sou um estorvo e minha inutilidade está comendo a sanidade das duas pessoas mais importantes da minha vida.

—  Sei que cuidará dela meu irmão, mas irei tomar minha medidas paliativas. E para isso, a Poppy terá sim seu momento de juventude e conhecerá pessoas de cultura diferentes.

Então...

Não Joon! Preciso de você comigo, mande os melhores soldados. Assim saberemos como protege-la e manter os olhos sobre seus movimentos longe de nossas vistas.

Afasto-me da fresta da porta  tendo um gosto amargo na boca. A situação em que estou agora, é mais uma das tentativas do meu Appa para que eu fique segura e bem. Meus receios sobre essa amizade não podem continuar.  Eu devo me dedicar de verdade, e para tudo correr bem o conde deve gostar da minha companhia e se manter meu amigo, mesmo depois de ver os meus defeitos.

Inspiro absorvendo ar o suficiente para encher meus pulmões e romper o nervoso que estava se instalando.

Capítulo editado pela @Jennifferfelix86

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